Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











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sábado, fevereiro 28, 2009

A Arte é uma convenção

Segundo a Agência Lusa, “o Director Nacional da PSP, Oliveira Pereira, reconheceu que a PSP errou ao ter apreendido cinco exemplares de um livro que reproduz na capa uma pintura de Gustave Courbet mostrando o sexo de uma mulher, em Braga.
- Eu assumo pessoal e profissionalmente, acho que devemos todos assumir os erros que cometemos e, na minha opinião e depois de uma análise, é minha interpretação que errámos e assumimos o erro, disse Oliveira Pereira.”


E eu, sem querer desculpar ou acusar ninguém, pergunto quantos portugueses ao olharem para a capa do livro não terão uma reacção, no mínimo, de espanto…
O quadro do pintor francês é tão realista que mais parece uma fotografia… e só quem estudou alguma coisa de História da Arte poderá saber que se trata de uma pintura de Gustave Courbet e não uma fotografia tirada por um qualquer voyeur a uma vadia de um dos bares de alterne de Braga…

Desde que a dita senhora foi pintada por Courbet que a polémica não larga a obra do pintor que viu a exibição do quadro ser proibida, tanto em França como noutros países. Aliás, classificar uma obra deste género como Arte é uma questão muito subjectiva, que apenas depende da convenção que se queira adoptar. Noutras circunstâncias, o quadro de Courbet poderia bem ser considerado pornografia, sem grande espanto.

Cá por mim, a PSP está desculpada… além de que esta historieta já atraiu mais atenção do que mereceria… o que só se justifica pela oportunidadezinha rara de se ter uma boa justificação para se publicar uma foto de uma gaja escancarada sem que pareça mal.

domingo, abril 01, 2007

O meu filho olha para mim e vê-me assim...


Será que estou a criar um Picasso?

sexta-feira, março 17, 2006

O Poder da Arte (15 e último)

José de Guimarães instalou uma série de caixotes de madeira pintada. Título: “Retrato de Família”. Para ser sincero, acho as pinturas murais da sala muito mais interessantes.
Mas quem sou eu...
Termino aqui esta visita guiada à exposição que Serralves montou na Assembleia da República. Além de que ficou ainda muito por mostrar, ver in loco, ao vivo e a côres, é bastante mais interessante. Até 16 de Abril têm essa oportunidade...

quinta-feira, março 16, 2006

O Poder da Arte (14)

Está num dos topos da sala dos Passos Perdidos, em frente a um espelho, o que confere outra profundidade à peça artística de Juan Muñoz. É uma escultura em ferro e madeira, de quatro homens vergados. Por isso se chama “Bending”. Deve ser assim que os senhores deputados saem das longas discussões a que o ofício os obriga…

terça-feira, março 14, 2006

O Poder da Arte (13)

É um conjunto de 22 quadros, de Álvaro lapa. Os quadros constam de panos bordados e intitulam-se genericamente “As Profecias de Abdul Varetti, Escritor Falhado”. Com profecias destas, não me admira que tenha falhado…

segunda-feira, março 13, 2006

O Poder da Arte (12)

O artista é José Pedro Croft. Não deu título a esta peça, mas há quem lhe chame “Chaminé”. Está no meio do patamar da escadaria nobre do Parlamento, a atrapalhar o caminho.

sábado, março 11, 2006

O Poder da Arte (11)

Ahh! Paula Rego... São 7 quadros de Paulo rego, genericamente intitulados “Possessão”. Uma obra de um vigor extraordinário. Dos 7 quadros, mostro-vos quatro. Se quiserem ver os outros, apareçam no Parlamento.
Só por eles, vale a pena ir ver a exposição. Os sete quadros estão no 1ºandar na escadaria nobre do palácio. Aquela que tem um tapete vermelho por onde costumam passar os visitantes mais ilustres.

sexta-feira, março 10, 2006

O Poder da Arte (10)

Parecem vasos ou potes. São dezasseis. Estão expostos no espaço onde se pensa que existiu a igreja do antigo convento. Autor: Thomas Schutte. Título: Is There Life Before Death? (Haverá vida antes da morte?)… Não deve ser preciso responder à pergunta, trata-se de uma questão meramente retórica... mas, é muita areia para a minha camioneta, confesso.

quinta-feira, março 09, 2006

O Poder da Arte (9)

É uma coluna, quase que se confunde com as estruturas que a rodeiam… muito originalmente, chamaram-lhe “Colonna”… Uma ideia de Gilberto Zorio, o autor. Na realidade, é um tubo de fibrocimento, daqueles que se usam nas canalizações.

quarta-feira, março 08, 2006

O Poder da Arte (8)

A exposição começa na escadaria exterior, onde estão os leões. É uma representação de Portugal feita com troncos serrados e numerados. Chama-se “Circuito de Manutenção” e é de Pedro Portugal. É uma manifestação de protesto contra o imenso eucaliptal em que se transformou o país. Gosto.

terça-feira, março 07, 2006

O Poder da Arte (7)

Um imenso taipal, logo na esquina dos Passos Perdidos… anunciando um partido de tipos que não se integram (será que Alegre vai aderir?)… uma criação de Raymond Hains. Eis um artista que, em eventual crise de mercado, se poderá dedicar à pintura de outdoors, paredes, tectos e muros.

segunda-feira, março 06, 2006

O Poder da Arte (6)

Um vestido de ferro, pendurado num corredor do 2ºandar da Assembleia da República.
O artista "estilista" chama-se Rui Chafes.
Se não o vestirmos, o vestido até dá a ideia de ser leve, não é?
Apesar da "leveza", esta rede de arame tem qualquer coisa de armadura medieval, invoca cintos de castidade, ferrolhos, coisas assim... embora a transparência da "peça de roupa" pareça contradizer essas ideias de clausura.
A Fátima Lopes que se ponha a pau…

domingo, março 05, 2006

O Poder da Arte (5)

Olhei e pensei: "uma floresta"…... mas não, é uma árvore apenas. Chama-se “Árvore: Mandala de Fogo” e é de Alberto Carneiro, um artista com preocupações ecológicas. De toda a floresta, perdão, exposição, esta “árvore” é das que mais me encanta.

sexta-feira, março 03, 2006

O Poder da Arte (4)

Julião Sarmento, pintor, está representado por esta “Besta entre a Noite e o Dia”. Um cão escanzelado, do tipo que a minha filha faz… Tinha ideia que este artista se dedicava mais a temas como o erotismo, desejo, sexualidade…

quinta-feira, março 02, 2006

O Poder da Arte (3)

Peça de Joana Vasconcelos. É uma estrutura formada por uma quantidade de funis azuis, que têm bolas de madeira no interior. Chama-se “Tolerância Zero” e pretende ser uma reflexão sobre a sociedade de consumo. A escolha do local onde foi colocada, não deve ter sido inocente. Está à porta do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda.

quarta-feira, março 01, 2006

Comentário ao comentário

A propósito desta série “O Poder da Arte” que tenho estado a publicar aqui, a minha querida Isabel deixou-me este comentário: “tenho um amigo que é "pintor-instalacionista", destes modernos que já não pintam, fazem só umas coisas. Há uns anos fui com ele até à Alemanha e fomos visitar o museu de arte contemporânea em Frankfurt. Foi lixadíssmo, porque cobraram-nos o bilhete, caríssimo, entrámos e aquilo estava em obras nas primeiras 3 ou 4 salas. O meu amigo observou os escadotes, a serradura, as latas de tinta, as placas de madeira e esferovite, com o seu treinado olho analítico-instalacionista, coisa a que eu já estava habituada, porque ele costumava parar na avenida da liberdade para apanhar folhas de plátano do chão e ficar a observar-lhes os veios...Até que me fartei e lhe disse que ia andando para as salas de exposição propriamente. E foi quando ele me disse que aquilo era a exposição, não eram obras. Era mesmo a exposição principal.Sou uma insensível!” Pois deixa-me dizer-te, Isabel, que não és! Fica sabendo que isso aconteceria a qualquer um. A mim mesmo… num dos dias em que andei a observar as “instalações” que Serralves instalou na Assembleia da República, intriguei-me bastante com algumas “peças” que lá estavam…... fartei-me de puxar pela cabeça, mas não conseguia perceber que raio queriam dizer com aqueles sofás deitados, as mesinhas no meio dos corredores…... as cadeiras viradas de patas para o ar… até que escorreguei na cera e percebi que os móveis tinham sido deslocados pelas senhoras da limpeza… hum!...

Ashes and snow, fotografar sonhos

Quando olho para uma obra artística, normalmente só sei dizer se gosto ou não. Às vezes, a coisa diz-me algo mais… transporta-me em sonhos, deposita-me num canto longínquo da memória. É o que se passa com o trabalho de Gregory Colbert, um senhor fotógrafo.
Procurem bem no portfolio, são fotos improváveis, embora nenhuma delas tenha sido construída através de efeitos digitais, segundo garante o autor.

O Poder da Arte (2)

Nos Passos Perdidos, a antecâmara do hemiciclo, está um trabalho de Pedro Cabrita Reis, “Posto de Observação”… uma escadaria envidraçada. Para mim, o que é mais interessante, é o local onde o “Posto de Observação” foi colocado, como que a convidar os senhores deputados a observarem mais cuidadosamente o estado a que isto chegou…

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

O Poder da Arte (1)

Nunca fui a Serralves, confesso. Talvez para me redimir desse pecado, já vi várias vezes a exposição que a Fundação montou na Assembleia da República. Para quem também nunca foi a Serralves, nem pensa vir a ter pachorra para ir ao antigo Convento dos Frades Hospitalários de São Bento, vou passar aqui a exposição, em pequenas doses periódicas, com os comentários que achar convenientes. Os meus, e os vossos comments…
Esta cabine telefónica é uma peça de José de Guimarães. A mensagem está nas calças penduradas no interior, ou melhor, está representada nas letras pintadas nas calças. Alô? Alô?... ninguém responde...

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Cartoons

Dei com este sítio, onde se publicita um concurso de cartoons políticos sob o lema "Palestinians are homeless". O concurso decorreu no Irão, em 2004. Não interessa quem venceu, os desenhos são, realmente, todos bons. Interessa a mensagem e o significado político que têm. Vejam alguns dos "bonecos"...
O desenho do soldado israelita que, com o seu brinquedo, destrói as casinhas da menina palestiniana é do cubano Enrique Lacoste Prince.


A intifada com peluches... de Cristobal Reinoso, da Argentina.

Ariel Sharon prepara-se para comer a pomba da paz... de Wu Jian Jun, da China.

Há mais uns quantos, mas quem quiser poderá visitar o site do festival. O que interessa falar é da extraordinária eficácia do cartoon político, mordaz e satírico. Um cartoon bem esgalhado, vale mais que mil discursos.


Como é o caso desta "Estátua da Liberdade", desenhada por Ares, de Cuba. Uma verdadeira sinfonia de protesto.

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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