"VOINHO"

Geraldo Victorino de França é engenheiro agrônomo, professor aposentado da Esalq/USP – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Foi casado com a professora Zilda Giordano Victorino de França, tiveram 4 filhos, 12 netos e cinco bisnetas. Os verbetes surgiram como um hobby,enviados pela Internet aos filhos e netos. São curiosidades e notas explicativas sobre temas diversos. Como são assuntos interessantes e educativos, surgiu a ideia de compilá-los num livro. Muitos desses verbetes já foram publicados na Enciclopédia Agrícola Brasileira, editada pela Esalq/USP e também na coluninha PLANETA TERRA que era publicada aos sábados no Jornalzinho, suplemento infantil do JORNAL DE PIRACICABA. Também já colaborou na coluna PECADOS DA LÍNGUA, coordenada por Elisa Pantaleão, veiculada aos sábados no jornal A GAZETA DEPIRACICABA.
É membro da Academia Piracicabana de Letras - Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior

“Voinho” é o apelido carinhoso como é chamado pelos netos e bisnetas.

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by Mara Bombo
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terça-feira, 9 de julho de 2019

CONHECENDO A COMPETIÇÃO ENTRE SERES VIVOS



Geraldo Victorino de França (Voinho)

               Dá-se o nome de competição à situação em que dois ou mais organismos competem por um recurso natural que está presente em quantidades limitantes para o seu desenvolvimento. Pode ocorrer tanto entre plantas como entre animais.
                  As plantas, por exemplo, competem por: a) água e nutrientes minerais do solo; b) luz solar para a realização da fotossíntese. Nas regiões frias a competição maior é por luz, ao passo que nas regiões pouco chuvosas a competição maior é por água.
             Numa associação vegetal, como por exemplo  uma floresta, estabelece-se grande competição em busca de luz solar, resultando a formação de dois ou mais andares, distinguindo-se plantas dominantes e plantas de sub-bosque.
           Os animais geralmente disputam um território para garantir abrigo, alimentação e reprodução. Nas espécies polígamas, somente o macho vencedor consegue acasalar-se e reproduzir. Também há muita competição por alimento.
                 Convém lembrar que nas plantações feitas pelo homem, normalmente são feitas capinas periódicas, necessárias para evitar a concorrência das ervas daninhas

sábado, 9 de março de 2019

CONHECENDO OS MAMÍFEROS AQUÁTICOS



Geraldo Victorino de França (Voinho)

              Os Mamíferos que se adaptaram à vida aquática pertencem a três ordens: a) Cetáceos; b) Pinípedes; c) Sirênios.
              A. Cetáceos. Têm o corpo pisciforme ( semelhante ao dos peixes ), sem pelos, com as patas anteriores transformadas em nadadeiras, sem membros posteriores e, apesar de repirarem por pulmões, não podem viver fora d'água. A respiração é intermitente, feita através de espiráculos que permanecem fechados debaixo  d'água, durante vários minutos. Ao virem à tona expiram o ar viciado e aspiram ar fresco.
               Na maioria são marinhos, como a baleia; alguns são de água doce, como o boto. Variam bastante de tamanho, desde o boto com 1,50 m de comprimento até a baleia-azul, que pode atingir 30 metros e pesar 120 toneladas.
               Dividem-se em duas subordens: a) Odontocetos ou cetáceos com dentes - cachalote, boto, golfinho, etc.; b) Misticetos ou cetáceos providos de barbatanas córneas no maxilar superior, que filtram a água, permitindo-lhes alimentar-se de plâncton, crustáceos e peixinhos - baleia, jubarte, etc.
               B; Pinípedes. Mamíferos aquáticos  que têm os dedos das patas reunidos, constituindo-se em nadadeiras. As nadadeiras motrizes são as anteriores na morsa e na otária; e as posteriores na foca. Quase todos os pinípedes  se alimentam de peixes e vivem sobretudo em águas frias.
               C. Sirênios. Pequena ordem de mamíferos herbívoros de estuários, desprovidos de membros posteriores e munidos de nadadeiras dianteiras, incluindo o peixe-boi e o dugongo.
               Há ainda os mamíferos semi-aquáticosou " anfíbios ", que vivem na terra mas se adaptam também na água, como o hipopótamo, a capivara e a ariranha.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

CONHECENDO OS TIPOS DE CAULE



Geraldo Victorino de França (Voinho)

          Caule é a parte da planta intermediária entre as raízes e as folhas. Geralmente é um órgão aéreo, mas assim como existem raízes aéreas, existem também caules subterrâneos.
           Os caules apresentam forma, estrutura e dimensões muito variáveis, podendo ser classificados em vários tipos: a) aéreos - tronco, estipe, colmo, volúvel, etc.; b) subterrâneos - bulbo, tubérculo, rizoma.
           1. Tronco. Caule lenhoso, geralmente ramificado, com os ramos providos de folhas. É encontrado nas árvores e arbustos.
           2. Estipe. Caule lenhoso, geralmente comprido e cilíndrico, não ramificado, com um tufo de folhas na extremidade superior. É o caule das palmeiras.
           3. Colmo. Caule com nós bem definidos e entrenós maciços ( cana-de-açúcar ) ou ocos ( bambu ). É o caule típico das Gramíneas.
           4. Haste. Caule de pouca consistência, herbáceo ou fracamente lignificado, encontrado nas ervas.
           5. Caule volúvel. Caule trepador, que cresce enrolando-se em um suporte que pode ser  outra planta. Exemplos: maracujá, cipós, etc.
           6. Cladódio. Caule achatado, verde  e sem folhas, como o dos cáctos.
           7. Estolho ou estolão. Caule rastejante, que emite raízes para baixo e brotos e folhas para cima. Exemplos: gramas, morangueiro, etc.
           8. Bulbo.Caule subterrâneo com gemas protegidas por catófilos ( folhas modificadas ), que armazenam reservas. Exemplos: alho, cebola, etc.
            9. Tubérculo. Caule subterrâneo, intumescido por conter reservas amiláceas. Exemplos: batatinha, cará, etc.
           10. Rizoma. Caule subterrâneo, de forma semelhante a uma raiz, com função armazenadora de reservas. Emite raízes adventícias  para a terra e folhas para a parte aérea. É  o  caule característico das Pteridófitas, como a samambaia. Encontrado também no bambu  e  na bananeira.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

CURIOSIDADES DO REINO ANIMAL


Geraldo Victorino de França ( Voinho )

            a) Os animais herbívoros alimentam-se  de vegetais em geral, mas alguns deles são específicos. Por exemplo: o bicho-da-seda ( larva de uma mariposa ) se alimenta de folhas de amoreira, enquanto o coala - um mamífero australiano, se alimenta de folhas de eucalipto.
           b) A baleia, apesar de ter uma boca enorme, se alimenta de plâncton, pequenos moluscos  e crustáceos ( krill ) e peixes miúdos, que abocanha em grandes quantidades. Ao fechar a boca, deixa escoar a água por entre as lâminas córneas que descem pelo lado do céu da boca e funcionam como uma espécie de coador, retendo os animaizinhos.
          c) A cigarra é o inseto mais barulhento,  devido ao seu canto característico, emitido através de órgão próprio situado lateralmente na base do abdome. Só os machos cantam.
          d) As formigas cortadeiras ( saúva, quen-quém ) não se alimentam dos restos vegetais  que carregam para dentro do formigueiro. Esse material serve como substrato para um fungo  que elas cultivam e que é consumido como alimento.
           e) O maior roedor é a capivara, que vive nas margens dos rios sul-americanos e tem em  média 1,0 - 1,3 metros de altura e pode pesar até 80 kg.

quarta-feira, 28 de março de 2018

CONHECENDO A RELAÇÃO PLANTA x AMBIENTE




Geraldo Victorino de França (Voinho)

           Dependendo do clima e do solo, as plantas  são obrigadas a adaptar-se, de modo que a vegetação natural acaba refletindo as características ambientais das regiões em que se desenvolvem. Como as características do clima e do solo são muito variáveis, resulta grande diversidade de vegetação natural, que varia desde a escassa vegetação dos desertos ( escassez de água ), até as pujantes florestas dos trópicos úmidos.
             Nos climas áridos e semiáridos, prevalecem as plantas xerófitas, isto é, adaptadas à escassez de água. São plantas com adaptações no sentido de economizar água, facilitando a sua absorção do solo ( raízes profundas ), seja diminuindo a transpiração ( folhas recobertas por cera ou verniz, ou folhas substituídas por espinhos ).
           Nos climas úmidos, as plantas são chamadas hidrófitas, não necessitando grandes adaptações. Nos climas úmidos e temperados tende a se formar a floresta de coníferas; e nos climas úmidos e quentes, a floresta latifoliada  ( folhas largas ).
           Nos climas onde as variações de precipitação são acentuadas, as plantas são chamadas tropófilas: na estação seca perdem as folhas e adotam características de xerófitas, enquanto na estação chuvosa desenvolvem as folhas, florescem e frutificam. A tendência é desenvolver-se as savanas nos climas quentes  e  as estepes nos climas temperados.
            Nos climas frios, com subsolo permanentemente congelado ( permafrost ), desenvolve-se a tundra ( musgos e líquens ).
            As plantas também se adaptam ao solo, se é raso ou profundo, se é fertil ou não. Assim, em solos de baixa fertilidade, por exemplo, formam-se os campos e os cerrados.

terça-feira, 6 de março de 2018

CONHECENDO AS MIRAGENS



Geraldo Victorino de França (Voinho)

                 Miragem é uma ilusão de óptica provocada pela refração da luz, que se manifesta quando diferenças bruscas de temperatura e, consequentemente, de densidade, ocorrem entre finas camadas de ar imediatamente acima do solo. Isso provoca a inclinação ou refração da luz ao passar de uma camada para outra, fazendo com que o observador veja superfícies líquidas que, realmente, não existe; ou imagens invertidas ou de    tamanho exagerado; ou ainda distorcidas, de objetos distantes.
                 O fenômeno da miragem é mais comum nos desertos de areia, nos dias claros de verão, quando a superfície do areal se encontra fortemente aquecida.
As visões aparecem abaixo do nível dos olhos do observador; e se distanciam à medida que o observador caminha em sua direção. Algumas vezes a miragem faz  surgir imagens invertidas, como se fossem refletidas num espelho horizontal ao nivel do solo.
                 Outro tipo de miragem é o que se observa  quando o sol está perto do horizonte: os raios de luz  que chegam ao observador dobram-se para baixo ao  passar por várias camadas de ar de densidade cada vez maior. Assim, o sol torna-se visivel mesmo depois  de haver se ocultado, fazendo com que o astro seja visto sob a forma oval ou achatada, ao invés de circular.
              Também ocorrem miragens no mar, onde barcos e massas de gelo se refletem sobre a superfície das águas

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

CONHECENDO OS PINHEIROS

Coníferas do Canadá




Geraldo Victorino de França (Voinho)

                 Pinheiro é a denominação genérica dada às árvores coníferas , pertencentes à família Pináceas. Os pinheiros verdadeiros pertencem ao gênero Pinus, compreendendo cerca de 90 espécies, apresentando folhas aciculifoliadas ( em forma de agulhas ) e frutos do tipo cone ( pinha ), contendo várias sementes ( pinhões ).
                 Diversos pinheiros são cultivados como plantas ornamentais, bem como para a produção de madeira, resina ( terebentina ) ou polpa para a fabricação de  papel.
                 Numa plantação florestal de pinheiros, geralmente são feitos cortes sucessivos, iniciados entre 7 e 8 anos, até o corte final para madeira.
                 No Brasil, denomina-se pinheiro-do-Paraná uma outra conífera, pertencente ao gênero Araucaria. Nativo da região sul do Brasil, o pinheiro-do-Paraná é muito cultivado por causa da sua excelente madeira.
                 No Chile ocorre outra espécie de pinheiro do gênero Araucaria, porém pertencente a outra espécie - Araucaria imbricata, enquanto que o pinheiro brasileiro pertence à espécie Araucaria angustifólia.

                Quanto ao rendimento, o pinheiro brasileiro fornece em média, aos 15 anos, cerca de 400 m3 de polpa para celulose e, aos 30 anos, ao redor de 800 m3 de madeira para serraria.

sábado, 4 de novembro de 2017

CONHECENDO OS SIGNIFICADOS DA PALAVRA " PRESAS "


Geraldo Victorino de França (Voinho)

               A palavra " presas" é usada em Ecologia e Zoologia com vários significados diferentes, a saber:
              A. Ecologia. Presa é o nome dado a um ser vivo que é capturado por um animal carnívoro, denominado predador, para o seu sustento. Pequenos predadores podem se tornar presas de predadores maiores.
              B. Zoologia.
            a) Nome dado aos dentes compridos e agudos de certos mamíferos. Nos animais pequenos ou de porte médio, como o javali, as presas correspondem aos dentes caninos. Em outros animais, principalmente  os de grande porte, como o elefante, as presas são os incisivos que se desenvolveram consideravelmente. As presas servem como órgão de ataque e defesa. A morsa faz uso de suas longas presas para arrastar-se pelas colinas acima, bem como para arrancar mariscos e outros alimentos das rochas e do fundo do mar.
                b) Nome dado também aos dentes inoculadores da cobras venenosas. Dobrados quando em repouso, esses dentes se endireitam no momento da picada.
Nas Solenóglifas ( como a jararaca ), são por vezes ocos como agulhas de injeção e situados na frente, o que as torna muito perigosas. Nas Proteróglifas ( como a  coral, as presas são menos especializadas , embora ainda situadas na frente e, portanto, perigosas. As Opistóglifas ( como a muçurana ) têm, ao contrário, as presas situadas no fundo da boca e não podem picar as  vítimas, a não ser no decorrer da deglutição.
                c) Também são chamadas de presas as garras das aves de rapina, afiadas e curvas, como as da águia, gavião e coruja.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

CONHECENDO AS CULTURAS CUJOS PRODUTOS SÃO SUBTERRÂNEOS

Geraldo Victorino de França (Voinho)

             As principais culturas que formam produtos no interior do solo são as seguintes:
            1. Alho. Hortaliça cujos bulbos são largamente utilizados como condimento em culinária, e também por suas propriedades medicinais.
             2. Amendoim. Erva da família das leguminosas, cujos frutos são vagens que se desenvolvem no interior do solo e cujas sementes são torradas e usadas na alimentação humana.
             3. Araruta. Planta herbácea cujo rizoma, além de fornecer uma farinha de alto valor nutritivo, pode ser utilizado contra febres intermitentes, contra a dispepsia, sendo que o suco serve contra mordedura de cobra e picada de mosquito.
             4. Batata-doce. Planta rastejante que  produz tubérculos radiculares, ao contrário da batata-inglesa ou batatinha, que produz tubérculos caulinares.  É um alimento importante, rico em carboidratos, que serve também de alimento para animais
             5. Batata-inglesa ou batatinha. Planta cujos tubérculos caulinares fazem dela uma das mais importantes plantas cultivadas, constituindo uma das bases alimentares para centenas de milhões de pessoas que habitam as regiões frias e temperadas  do globo terrestre. Serve ainda de alimento para o gado e tem emprego industrial na fabricação de amido, de álcool e de bebidas
               6. Beterraba. Importante planta olerícola cuja parte comestível é a raiz tuberosa,de coloração vermelho-escura devido à presença do pigmento antocianina. Em países das regiões temperadas, é usada também para a fabricação de açúcar.
               7. Cará. Planta hortícola produtora de grande quantidade de tubérculos muito apreciados para  o preparo de sopas, bolos e pães.
               8. Cebola. Planta herbácea que produz um bulbo arredondado, largamente utilizado como  condimento em culinária.
              9. Cenoura. Hortaliça cuja raiz pivotante é comestível. É rica em cálcio e caroteno - precursor da  vitamina A, que lhe confere a cor alaranjada.
             10. Inhame. Hortaliça cujo rizoma tuberoso e farináceo é consumido depois de cozido; tem propriedades medicinais.
             11. Mandioca ou aipim. Planta arbustiva  com raiz tuberosa e ramificada, rica em amido, mas pobre em proteínas, gorduras e vitaminas. É utilizada na  alimentação humana e dos animais, e na fabricação de farinha. Existem duas variedades: a mandioca brava e a mandioca mansa, que diferem pelo teor de ácido cianídrico. A mandioca é consumida depois de cozida, ou na forma de farinha.
                 12. Mandioquinha- salsa. Hortaliça cujas raízes tuberosas possuem alto valor nutritivo ( ricas em niacina, em vitaminas e em fósforo ) e alta digestibilidade, que são largamente empregadas no preparo de sopas, guisados e purês.
                 13. Mangarito. Outra hortaliça cujos  rizomas são empregados no preparo de sopas, purês e bolinhos.
                 14. Nabo. Hortaliça com raiz tuberosa comestível, rica em sais minerais e vitaminas. É usada na alimentação humana e dos animais.

                  15. Rabanete. Hortaliça com raiz pivotante e grossa. A parte externa da raiz geralmente é vermelha, e o interior é branco. Consumida crua, é rica em cálcio e vitaminas, com sabor picante.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

CONHECENDO OS TIPOS DE CAULE

(fonte Google)

Geraldo Victorino de França (Voinho)

          Caule é a parte da planta intermediária entre as raízes e as folhas. Geralmente é um órgão aéreo, mas assim como existem raízes aéreas, existem também caules subterrâneos.
           Os caules apresentam forma, estrutura e dimensões muito variáveis, podendo ser classificados em vários tipos: a) aéreos - tronco, estipe, colmo, volúvel, etc.; b) subterrâneos - bulbo, tubérculo, rizoma.
           1. Tronco. Caule lenhoso, geralmente ramificado, com os ramos providos de folhas. É encontrado nas árvores e arbustos.
           2. Estipe. Caule lenhoso, geralmente comprido e cilíndrico, não ramificado, com um tufo de folhas na extremidade superior. É o caule das palmeiras.
           3. Colmo. Caule com nós bem definidos e entrenós maciços ( cana-de-açúcar ) ou ocos ( bambu ). É o caule típico das Gramíneas.
           4. Haste. Caule de pouca consistência, herbáceo ou fracamente lignificado, encontrado nas ervas.
           5. Caule volúvel. Caule trepador, que cresce enrolando-se em um suporte que pode ser  outra planta. Exemplos: maracujá, cipós, etc.
           6. Cladódio. Caule achatado, verde  e sem folhas, como o dos cáctos.
           7. Estolho ou estolão. Caule rastejante, que emite raízes para baixo e brotos e folhas para cima. Exemplos: gramas, morangueiro, etc.
           8. Bulbo.Caule subterrâneo com gemas protegidas por catófilos ( folhas modificadas ), que armazenam reservas. Exemplos: alho, cebola, etc.
            9. Tubérculo. Caule subterrâneo, intumescido por conter reservas amiláceas. Exemplos: batatinha, cará, etc.

           10. Rizoma. Caule subterrâneo, de forma semelhante a uma raiz, com função armazenadora de reservas. Emite raízes adventícias  para a terra e folhas para a parte aérea. É  o  caule característico das Pteridófitas, como a samambaia. Encontrado também no bambu  e  na bananeira.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

CONHECENDO AS ASSOCIAÇÕES BIOLÓGICAS


Geraldo Victorino de França - Voinho

              Na simbiose há ajuda mútua, cooperação. O exemplo clássico é representado pelos líquens - associações de uma alga com um fungo filamentoso. Graças à simbiose, os líquens  podem sobreviver em lugares inóspitos, como  em altas montanhas, em regiões desérticas e  até em regiões árticas. Os líquens são típicos  da tundra - vegetação das regiões frias.
              No caso do comensalismo, a cooperação é, de certa forma, unilateral: um indivíduo  serve-se de outro sem prejudicá-lo para: a) alimentar-se, como certos besouros que vivem em câmaras de lixo dos formigueiros; b) locomover-se, como a mosca-do-berne, que coloca seus  ovos sobre outras moscas para serem transportados para o gado.
              Já no parasitismo, um organismo vive associado a outro, de espécie diferente denominado hospedeiro, do qual depende para obter o seu alimento. O parasitismo tanto pode ocorrer entre plantas como entre animais. No caso dos vegetais, os parasitas são plantas heterófitas, incapazes de produzir compostos orgânicos  a partir de inorgânicos  ( via fotossíntese ); portanto, devem retirá-los de outras plantas capazes dessa função, chamadas plantas autótrofas. Como exemplo pode ser citado o cipó-chumbo.

               No caso dos animais, o parasitismo pode ser: a) temporário, exemplificado pela lombriga, sanguessuga, etc.; b) permanente, como a maioria dos fungos e bactérias que causam  doenças nos hospedeiros, quer sejam plantas, animais ou o próprio homem.

sábado, 5 de novembro de 2016

CONHECENDO AS ALGAS

(foto Google)

Geraldo Victorino de França (Voinho)

               As algas são plantas criptogâmicas pertencentes ao grupo das Talófitas, desprovidas de folhas, caules ou raízes verdadeiras, mas que geralmente são autótrofas, isto é, fazem a sua própria alimentação através da fotossíntese. São conhecidas perto de 17.000 espécies de algas.
               Podem ser uni ou pluricelulares, sendo que algumas formam colônias. A maioria vive em ambiente aquático, tanto em água doce como em água salgada. Variam muito de tamanho, desde algas microscópicas que são componentes do plâncton, até algas filamentosas que atingem dezenas de metros de comprimento. Muitas vivem em lugares úmidos, como o solo ou casca de árvores; outras se alojam no interior dos tecidos vegetais ( algas endófitas ).
             Existem ainda algas que se adaptaram ao parasitismo, embora raras. Deve ser mencionada ainda a existência de associações do tipo simbiose entre algas e fungos para formar os líquens.
             Encontram-se algas azuis ou cianófitas, algas douradas ou crisófitas, algas pardas ou  feófitas, algas vermelhas ou rodófitas.
             Alguns países, como o Japão, praticam o cultivo de certas espécies de algas para  serem utilizadas na indústria alimentícia.

             A classificação das algas sempre foi um problema para os biólogos, pois muitas possuem características em comum tanto com plantas como com animais. Assim, alguns autores classificam as algas junto com as plantas, por realizarem a fotossíntese; e outros, como um grupo separado, constituindo o reino dos Protistas, que também inclui os fungos e os protozoários.

domingo, 16 de outubro de 2016

CONHECENDO OS ANIMAIS OFIÓFAGOS

Teiú

Geraldo Victorino de França (Voinho) 

              Como a denominação indica, trata-se de animais que se alimentam de ofídios ou cobras. A  proteção a esses animais constitui importante medida auxiliar no combate ao ofidismo.
              No Brasil, são conhecidas várias espécies que atacam e comem cobras, se bem que nem sempre exclusivamente. Dentre elas, destacam-se as  seguintes:
             a) Mamíferos - principalmente zorrilho ( ou cangambá ) e cuíca- d'água.
             b) Aves - ema. seriema, serpentário, etc. e alguns gaviões, como o gavião-carancho ou carcará.
            c) Répteis - jacaré e lagarto, especialmente o teiú.
            d) Certas aranhas - como a caranguejeira, capaz de paralisar pequenas cobras com seu veneno, e  depois comê-las.
            e) Certas serpentes - como a muçurana e a parelheira.
            Cumpre mencionar ainda: a) mangusto, um mamífero encontrado na África e na Índia, que ganhou a fama de matador de cobras; b) crocodilo, não encontrado no Brasil.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

CONHECENDO A RESPIRAÇÃO DAS PLANTAS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

            Respiração é a troca de gases entre os seres vivos e o seu ambiente, envolvendo a oxidação de compostos orgânicos no interior das células vivas, com  libertação de energia. O processo é semelhante ao da combustão, sendo o substrato queimado um carboidrato e os produtos resultantes são: água, gás carbônico e energia química. Entretanto, as oxidações orgânicas se realizam em temperaturas muito mais baixas do que na combustão comum, devido à atuação de enzimas ( catalisadores químicos ) presentes nos animais e nas plantas.
               De maneira simplista, a respiração consiste em absorver oxigênio e eliminar gás carbônico ( respiração aeróbica ). Muitos vegetais inferiores, como os  fungos e as bactérias, podem decompor os alimentos na ausência de oxigênio, realizando o que se chama respiração anaeróbica ou fermentação.
                No homem e nos animais, o ar entra nos pulmões e dele sai em consequência de movimentos de  aspiração e de expiração. Nos vegetais, as trocas gasosas são feitas por meio de pequenas aberturas existentes nas folhas, chamadas estômatos. As plantas superiores possuem estômatos reguláveis, que permitem as trocas gasosas necessárias à fotossíntese e à respiração e transpiração. Certas plantas aquáticas armazenam oxigênio em lacunas de ar.

                  As plantas superiores armazenam energia sob a forma química através da fotossíntese; e recorrem à respiração para oxidar as substâncias de reserva, produzindo assim, a liberação de energia que é utilizada em diversos processos vitais. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

CONHECENDO AS DICOTILEDÔNEAS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

            Dá-se o nome de Dicotiledôneas a uma vasta classe de plantas superiores ( ou que produzem flores ), caracterizadas pelo fato do  embrião possuir dois cotilédones ou folhas embrionárias, em oposição às Monocotiledôneas, que têm apenas um cotilédone.
             Conhecem-se mais de 250.000  espécies de dicotiledôneas, tendo em comum as seguintes características: a) folhas de nervuras ramificadas, frequentemente horizontais, e cujas duas faces diferem de estrutura e função; b) eixo primário com vasos condutores de seiva ( xilema e floema ); c) existência de formações secundárias nas espécies perenes; d) flores jamais pertencentes ao tipo trímero, frequentemente múltiplos de 2 ou 5.
                Muito mais variadas que as monocotiledôneas, as dicotiledôneas compreendem grande número de plantas arbóreas, arbustivas e herbáceas, tanto das regiões de clima temperado  como das regiões de clima tropical.

                Incluem árvores fornecedoras de madeira, como peroba, aroeira, carvalho, eucalipto, etc.; muitas árvores frutífera - laranjeira,  mangueira, macieira, etc.; leguminosas herbáceas - feijão, soja, amendoim ou arbóreas - jatobá,  jacarandá, etc.; algodoeiro, cafeeiro, cacaueiro, etc.; hortaliças - tomate, cenoura, etc.; cáctos, etc.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

CONHECENDO AS MONOCOTILEDÔNEAS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

           As numerosas famílias de plantas superiores ( ou plantas com flores - Fanerógamas ) podem ser divididas em dois grandes grupos naturais: a) Monocotiledôneas;b) Dicotiledôneas. As monocotiledôneas compreendem  aproximadamente 30.000 espécies, que se caracterizam pelo fato do embrião ter apenas um cotilédone ou folha embrionária, ao passo que o embrião das  dicotiledôneas possui dois cotilédones.
             As plantas monocotiledôneas são facilmente reconhecidas por suas folhas de nervuras paralelas, idênticas nas duas faces e orientadas quase verticalmente. São em geral plantas herbáceas, algumas trepadeiras e raras arbustivas, bem como todas as palmeiras. Possuem raízes superficiais, geralmente fasciculadas; e feixes mistos de vasos lenhosos e liberianos.
            As monocotiledôneas incluem plantas importantes, como os cereais ( trigo, arroz, milho, etc. ), as gramíneas forrageiras ( capins ) e ornamentais ( gramas ), os juncos, os papiros  e plantas análogas da beira de rios e lagos, as palmeiras, a bananeira, a cana-de-açúcar, os bambus, o abacaxi, o lírio, o alho, a cebola, as orquídeas, etc.
              Essas plantas possuem flores do tipo trímero, isto é, peças florais ( sépalas, pétalas,  estames ) em número de três ou múltiplo; caule sem ramos e um modo de crescimento em espessura menos regular que o das dicotiledôneas.

              Os cereais são as monocotiledôneas  de maior importância, constituindo a principal fonte de alimentos para o homem e os animais domésticos.

domingo, 10 de julho de 2016

CURIOSIDADES DO REINO MINERAL

Toca da Boa Vista

Geraldo Victorino de França (Voinho)

          a) Há um tipo de erosão chamada erosão subterrânea, que se caracteriza pela ação destruidora da água que se infiltra no solo, causando boçorocas, cavernas, grutas e sumidouros.  Geralmente ocorrem em terrenos calcários ou solos muito arenosos.
          b) A Sociedade Brasileira de Espeleologia ( ciência que estuda as cavernas ) já cadastrou 3. 965 cavernas existentes no país. A maior delas é a Toca da Boa Vista, em Campo Formoso, na Bahia. Ela é a décima quinta do mundo, medindo 97.300 metros de extensão.
         c) O ferro é o mais usado dos metais, sendo o principal constituinte dos vários tipos  de aço. Anualmente, são produzidas mais de 500 milhões de toneladas de ferro no mundo, obtidas  a partir de minérios de ferro.
          d) " Loess " é o nome de um sedimento eólico ( depositado pelo vento ), de granulação fina ( silte ), rico em quartzo e calcita, friável e homogêneo, sem estratificação. Ocorre em certas regiões da Europa e da Ásia ( Alemanha, Rússia, China ), no vale do Mississipi ( Estados Unidos ) e na Argentina ( Pampas ). Dá origem a solos de alta fertilidade, conhecidos  como Chernozem.

             e) Chama-se veio ou vieiro a massa mineral tabuliforme que preenche as fendas de uma rocha encaixante. No caso de preenchimento por magma, recebe a designação de dique ou " sill ", conforme seja discordante ou concordante com as camadas encaixantes, respectivamente.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

CONHECENDO ARBUSTOS E ERVAS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

           Dá-se o nome de arbusto a toda planta lenhosa, perene, de porte não muito avantajado( não ultrapassando 4m de altura ) e ramificada desde a base, de modo que não se consegue distinguir um tronco principal. Quando é de pequeno porte, recebe o nome de subarbusto.
            Assim, enquanto a laranjeira é uma árvore, o limoeiro é um arbusto. O cafeeiro, a amoreira e o barbatimão são outros exemplos de arbustos.
             São denominadas de ervas as plantas em geral de pequeno porte, cujo caule contém muito pouco tecido lenhoso e cujas partes  aéreas vivem menos de um ano, podendo as partes subterrâneas serem perenes, brotando novamente na estação apropriada. Compreendem grande número de plantas cultivadas, como os cereais ( trigo, arroz, milho, etc. ), algodoeiro, cana-de-açúcar, plantas forrageiras ( alfafa, capins ), certas trepadeiras ( chuchuzeiro ), etc.
Também inclui muitas hortaliças ( alface, tomate, ervilha ) e certas plantas medicinais ( erva-de-santa-maria, salsaparrilha,etc. ).

             Quando crescem em lugares não desejados, como entre as plantas cultivadas,  são chamadas ervas más ou ervas daninhas, porque fazem concorrência em água e nutrientes  minerais do solo. Por isso são eliminadas periodicamente por meio de capinas.

sábado, 4 de junho de 2016

CONHECENDO AS PALMEIRAS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

             Palmeiras é a designação geral das árvores de tronco não ramificado, pertencentes à família Palmáceas, que abrange cerca de 2.500 espécies, próprias das regiões tropicais e subtropicais. Caracterizam-se por possuírem  um tronco do tipo estipe - caule comprido, reto, cilíndrico, lenhoso e não ramificado, coroado por
um penacho de folhas compostas e longas, sub-divididas em forma de leque ou pena.
              Geralmente são árvores de porte ereto, mas também existem palmeiras de tronco subterrâneo ( rizomatoso ), bem como de caule fino e trepador. Variam muito de tamanho, desde poucos centímetros até 20 metros de altura. As de pequeno porte chegam a ser cultivadas em vaso.
             Em geral, as palmeiras são plantas dióicas, isto é, com flores masculinas e femininas  em pés separados. 

             São plantas muito úteis, servindo para várias finalidades: a) plantas ornamentais; b) fornecem material ( caules e folhas ) para construções rústicas; c) produtos para alimentação - palmito, coco,  tâmara; d) fibras para a confecção de vassouras, esteiras, cestos, chapéus, etc.; e) matérias-primas para a fabricação de óleo (babaçu, dendezeiro,etc. ) e cera ( carnaúba ).

segunda-feira, 23 de maio de 2016

CONHECENDO A DISPERSÃO DAS SEMENTES


Geraldo Victorino de França (Voinho)

              As plantas desenvolveram numerosos processos para garantir a dispersão de suas sementes, dotando-as de estruturas diversas, adequadas ao transporte por vários agentes, como vento, água, animais e até a própria planta-mãe.
             Algumas sementes , como as das orquídeas,  são produzidas em grande número e são tão pequenas  e leves que basta uma brisa para dispersá-las. Outras possuem estruturas que facilitam a sua dispersão pelo vento, desde os minúsculos paraquedas do dente-de- leão, até as expansões aladas dos pinheiros e paineiras.
              Muitas sementes dependem dos animais para sua distribuição. Neste caso, apresentam ganchos ou espinhos que se prendem aos pelos dos animais ou às roupas do próprio homem, como as sementes do picão, do carrapicho e do cardo.
              Outras sementes flutuam na água, sendo transportadas pelas correntes líquidas.
               Certas plantas dispersam suas sementes arremessando-as à distância, como acontece com as cápsulas de Oxalis que, ao amadurecer, se contrai, atirando para longe as sementes contidas no seu interior.
Muitas Leguminosas também libertam suas sementes abrindo as vagens de modo brusco.

               Contudo, apesar das adaptações para garantir a dispersão, muitas sementes têm reduzida possibilidade de germinar, ou porque caem em lugares pedregosos ou estéreis, ou porque são consumidas pelos pássaros e outros animais, ou pelo próprio homem.

Profª Zilda e Dr. Profº França

Profª Zilda e Dr. Profº França

Esta é a mais nova netinha do Voinho, a Maria Valentina

ORAÇÃO DOS ANIMAIS DA POETISA IVANA M F NEGRI DECLAMADA POR BETTY GOFFMAN NO DOMINGÃO DO FAUSTÃO