A lentamente bela bruxa cisne magro
A lentamente mate cor do pão de trigo
A lentamente Núria de navalha e ligas
Ah lentamente o corpo se compara ao cubo
e muda as asas quentes em arestas frias!
Mãos vestidas de roxo a festejar a tristeza
em Sexta-feira Santa d'oração medonha!
Ah lentamente a Espanha em procissão nas ruas,
cabelos degrenhados mais guitarras nuas!
Ah Núria, rosa-névoa, lâmina de pétalas
a recortar raízes dos meus olhos d'húmus!
Ah lentamente lentamente aponto e estico
o arco: assobia a flecha no teu flanco
e, de repente, no meu sangue flui um barco
Mostrar mensagens com a etiqueta António Barahona. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta António Barahona. Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
#7 - ELEGIA BRANCA (António Barahona)
Cabelos brancos de minha mãe
Ausência branca de minha mãe
Corpo de rosa branca de minha mãe
Sangue de rosa vermelha de minha mãe
Luto carregado de lírios brancos por minha mãe
Lírios brancos carregados de luto por minha mãe
Ausência branca de minha mãe
Corpo de rosa branca de minha mãe
Sangue de rosa vermelha de minha mãe
Luto carregado de lírios brancos por minha mãe
Lírios brancos carregados de luto por minha mãe
Subscrever:
Mensagens (Atom)