Mostrar mensagens com a etiqueta Pinheiro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pinheiro. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

As Árvores e os Livros: Carlos de Oliveira

Chamo
a cada ramo
de árvore
uma asa.

E as árvores voam.

Mas tornam-se mais fundas
as raízes da casa,
mais densa
a terra sobre a infância.

É o outro lado
da magia.

Carlos de Oliveira
Trabalho Poético

Foto: ramagens de Araucaria e Pinheiro no Arboreto

sábado, 21 de agosto de 2010

As Árvores e a Cidade: Pinheiros no Chiado

Que seria do Largo Barão de Quintela, no Chiado, sem as copas sempre verdes e as sombras dos pinheiros mansos? Seria um espaço urbano pobre, seco e deserto. Seria um espaço público desconfortável, hostil e árido como é a Praça da Figueira, por exemplo. Ainda estão ao sol implacável do verão muitos outros largos da nossa cidade. Aguardam pela vida que apenas as árvores podem dar a um espaço urbano.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

AS ÁRVORES e os LIVROS: Sophia de Mello Breyner Andresen


PRAIA

Os pinheiros gemem quando passa o vento
O sol bate no chão e as pedras ardem.

Longe caminham os deuses fantásticos do mar
Brancos de sal e brilhantes como peixes.

Pássaros selvagens de repente,
Atirados contra a luz como pedradas
Sobem e morrem no céu verticalmente
E o seu corpo é tomado nos espaços.

As ondas marram quebrando contra a luz
A sua fronte ornada de colunas.

E uma antiquíssima nostalgia de ser mastro
Baloiça nos pinheiros.

Sophia de Mello Breyner Andersen

FOTO: Pinus canariensis no Arboreto