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Sunday, December 24, 2017
PATÉTICA
Querida RMF,
Querida DFF,
Hoje é véspera de Natal, o dia em que se celebra o nascimento do Menino-Deus, há mais de dois mil anos. É uma noite muito bonita porque o Menino-Deus cresceu e ensinou que as pessoas deveriam gostar de praticar o bem, ajudar os que precisam, e viver em paz, sem lutar nem ofender ninguém.
E, porque viver em paz com todos os outros começa pelo viver em paz dentro das nossas casas, o Pai Natal todos os anos, aparece no meio de muitas iluminações e muitos cânticos para deixar em todas as casas uma recordação da mensagem de paz do Menino-Deus, nascido em Belém para o bem de todos.
É por esta razāo que, durante estes dias antes da noite de Natal, o Pai Natal anda muito contente, embora um pouco cansado com tanto trabalho, a entregar lembranças às pessoas e, muito especialmente com muito carinho, às crianças, porque são as crianças que, quando forem mais crescidas, vão tornar o mundo melhor, lembrando-se da mensagem divina de paz entre todos os povos do mundo. Infelizmente, nem sempre essa mensagem de paz é recebida.
Quisemos, a vossa avó e eu, que o Pai Natal vos entregasse essa mensagem e algumas lembranças, testemunhos do nosso grande amor por vós. Mas o Pai Natal veio desanimado porque não conseguiu saber onde estão duas das nossas queridas netas, mesmo depois das muitas tentativas que fez durante os últimos três dias.
Não é nada provável que esta mensagem venha agora a ser lida por vós.
Mas, se por milagre divino, alguém ler e vos disser o que escrevi, acreditem que é tão grande o nosso amor como a mágoa de não sabermos onde podemos, e quando poderemos, voltar a ver-vos.
O nosso grande amor fica, por agora, de braços abertos à espera desse milagre.
Friday, October 06, 2017
O TORCICOLO DE INTELECTUAIS PORTUGUESES
Lê-se aqui que "dezenas de intelectuais e ativistas portugueses (manifestamente de esquerda radical ou extrema esquerda) subscreveram um manifesto em que, sem tomar posição quanto à questão da independência da Catalunha, criticam o que consideram ser a “repressão policial” exercida pelas forças da ordem espanholas no passado dia 1 de outubro".
E não repararam em mais nada.
Neste aspecto não divergem da pesporrência do sr. Nigel Farage quando há dias arengava, pela enésima vez, no Parlamento Europeu, contra a União Europeia, que ele gostaria de ver desmantelada, agora a propósito dos feridos durante os distúrbios de 1 de Outubro em Barcelona. Nem dele nem de todos os que nos extremos políticos não desistem dos mesmos propósitos.
Custa-lhes olhar para o lado e perceber que o independentismo catalão é uma forma pseudo -democrática de racismo. Aqueles que na Catalunha não pretendem continuar a pertencer à comunidade espanhola estão encapotadamente a dizer a todos os restantes povos de Espanha - galegos, andaluzes, estremenhos, aragoneses, asturianos, cantábricos, murcianos, castelhanos, canarienses, baleares, bascos - que não têm afinidades com eles, talvez porque falem alto demais, ou não se lavem, ou não saibam estar à mesa, ou por qualquer outra razão.
Ou, hipótese altamente provável, por considerarem que todos os outros são menos capazes, menos organizados, mais madraços, menos empenhados, menos produtivos, enfim, e para resumir, mais pobres. E aí é que está o ponto mais dorido da questão catalã: eles, à imagem e semelhança daqueles que norte europeu se sentem desconfortáveis com os que habitam no sul, pretendem encaixar os ganhos sem participar nos custos da pertença a uma zona económica que só pode subsistir se houver liberdade de trânsito de capitais, mercadorias e serviços mas também de pessoas.
Ou, hipótese altamente provável, por considerarem que todos os outros são menos capazes, menos organizados, mais madraços, menos empenhados, menos produtivos, enfim, e para resumir, mais pobres. E aí é que está o ponto mais dorido da questão catalã: eles, à imagem e semelhança daqueles que norte europeu se sentem desconfortáveis com os que habitam no sul, pretendem encaixar os ganhos sem participar nos custos da pertença a uma zona económica que só pode subsistir se houver liberdade de trânsito de capitais, mercadorias e serviços mas também de pessoas.
O que é espantoso, ou talvez não tanto, considerando a extrema mobilidade ideológica entre os extremos, é que posicionando-se a esquerda radical em posição extremamente crítica do egoísmo que vem do norte não veja, neste caso do independentismo catalão, nenhuma forma egoísta, de recusa de solidariedade da Catalunha, rica, relativamente, por exemplo, à Andaluzia, mais pobre.
Será que um dia esta mesma incapacidade para mover o pescoço se manterá se, e quando, o norte de Itália recusar a nacionalidade italiana para não suportar o fardo da Calábria?
E os bascos?
Que farão os bascos, onde a guerra terrorista terminou mas o independentismo não, se e quando a Catalunha for independente?
Porque não agora?, perguntarão eles
E a Córsega?
E a Flandres?
E, porque não, o Algarve?
E em tantos outros cantos da Europa onde houver europeus empenhados em estilhaçar a União Europeia, em nome de um nacionalismo racista empacotado num independentismo serôdio a navegar contra a corrente num mundo cada vez mais globalizado, mais habitado, mais interdependente.
A menos que a guerra reduza drasticamente a espécie humana.
Deve ser esse o objectivo deles, inconformados com pouco mais de 70 anos de paz.
E em tantos outros cantos da Europa onde houver europeus empenhados em estilhaçar a União Europeia, em nome de um nacionalismo racista empacotado num independentismo serôdio a navegar contra a corrente num mundo cada vez mais globalizado, mais habitado, mais interdependente.
A menos que a guerra reduza drasticamente a espécie humana.
Deve ser esse o objectivo deles, inconformados com pouco mais de 70 anos de paz.
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Thursday, June 01, 2017
PORTUGAL, UM PAÍS PACÍFICO
No Global Peace Index 2017, do Institute for Economics and Peace, um Think tank com sede em Sydney, Austrália, que acaba de ser divulgado, Portugal é o terceiro país mais pacífico num ranking que abrange 163 países, onde a Síria ocupa a última posição, a Rússia o 151º. , a China o 116º e os EUA o 114º.
Insha´Allah não se lembrem os terroristas de nos estragar o feito.
Quase diariamente chegam notícias de ataques que dizimam inocentes. Há dias em Manchester, ontem em Cabul, hoje em Manila, os carniceiros aparecem nos mais diversos cantos do mundo.
E ninguém sabe como parar ou conter sequer a progressão das atrocidades.
Aqueles que poderiam dissuadir os loucos persuadidos de um além de virgens, não o fazem, por medo ou mal dissimulada conivência. São estes que as sociedades ameaçadas devem denunciar e legalmente obrigar a evidenciar de forma inequívoca de que lado, afinal, se encontram.
Wednesday, December 23, 2015
IN NOMINE DEI
ou
O CÚMULO DA ESTUPIDEZ HUMANA
"... e tudo começou com uma discussão sobre qual deus era mais pacífico, amável e perdoador"
Sunday, November 22, 2015
EM NOME DA ARTE
Em 1979 uma revolução islâmica destronou o Xá Reza Pahlavi e, de Paris, onde se encontrava exilado, chegou a Teerão para assumir as funções de chefe supremo do novo regime o Aiatola Khomeini. Entre outras medidas tomadas pelo Aiatola para erradicar da sociedade iraniana os vícios e as blasfémias das sociedades ocidentais foram encerradas numa caixa forte do Museu de Arte Contemporânea de Teerão obras de Picasso, Rothko, Warhol, Pollock, Gaugin, Bacon, ente outros, que Fara Pahlavi (Fara Diba), mulher do Xá, tinha adquirido para rechear o museu ajudara a fundar.
Desde anteontem, as obras encerradas desde 1979 voltaram a poder ser vistas pelo público.
Para mais detalhes sobre o acontecimento que parece confirmar uma evolução apreciável na aproximação do Irão aos valores ocidentais, vd. aqui, e, p.e., também aqui e aqui.
A paz, em nome da arte.
A paz, em nome da arte.
Friday, October 10, 2014
A PAZ NÃO É COM ELES
"A jovem de 17 anos, Malala Yousafzay, que sobreviveu a um ataque de talibãs em 2012, foi hoje galardoada com o Prémio Nobel da Paz por ter "mostrado, através do exemplo, que as crianças e os jovens também podem contribuir para melhorar as suas próprias situações", segundo destaca o comité, reunido em Oslo. "Através da sua luta heróica, ela tornou-se uma porta-voz destacada pelos direitos das raparigas à educação." Malala, que esteve gravemente ferida depois de ter sido baleada na sua cidade natal, continuou a sua campanha defendendo arduamente o direito à educação das jovens por todo o mundo. A paquistanesa torna-se assim a pessoa mais jovem de sempre a ser distinguida com o Nobel da Paz. O prémio também foi atribuído a Kailash Satyarthi, ativista há vários anos pelos direitos das crianças, que tem lutado por causas como o fim do trabalho infantil. O comité de Oslo destacou a "grande coragem pessoal" do indiano de 60 anos, que tem "liderado várias formas de protestos e manifestações, todas pacíficas, focando-se na exploração das crianças para ganhos financeiros", naquilo que Oslo considerou a manutenção da "tradição de Gandhi". - Expresso
A atribuição de um prémio Nobel pode ser controversa mas o Nobel da Paz é geralmente o que suscita mais polémica. Não poucas vezes o Nobel da Paz tem sido mal recebido pelas autoridades dos países de origem dos galardoados. A distinção deste ano premiou a jovem de 17 anos Malala, muçulmana paquistanesa, e o hindu indiano Satyarthi, de 60 anos, ambos pela dedicação a uma causa que só por preversidade mental pode ser mal interpretada. E, no entanto, por mais inacreditável que possa parecer, a admirável Mandala é, agora que foi galardoada com o prémio mais prestigiado no mundo civilizado, mais detestada que nunca por aqueles que denunciou e continua a denunciar pela sua criminosa atitude fanática que, além do mais, atinge milhões de crianças. Para os seus agressores, Mandala, continuará a ser acusada de estar ao serviço dos "infieis ocidentais".
Friday, May 09, 2014
DECLARAÇÃO DE SCHUMAN
A Declaração de Schuman é a semente primordial da actual União Europeia. Proferida a 9 de Maio de 1950, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros francês Robert Schuman, ninguém poderá negar que o objectivo mais premente do documento fundador era, e quero acreditar que deverá ser ainda, agora e no futuro, a garantia da paz na Europa.
Hoje é dia de celebração do sexagésimo quarto ano consecutivo de paz dentro dos territórios dos estados membros da União Europeia, mas o fogo da guerra já se reacendeu, entretanto, bem perto dos seus limites e não está garantido que não possa propagar-se para dentro deles quando menos se espera por acumulação de matéria incandescente.
A União Europeia é ainda um edifício em construção e, parafraseando Schuman, enquanto a Europa não for construída, os europeus poderão voltar a matarem-se uns aos outros. Ou a União Europeia caminha decididamente para uma federação que minimamente suporte consistentemente o edifício ou ele estará sempre sujeito a ser derrubado pelos populismos barricados detrás dos nacionalismos com raízes milenárias que ninguém parece querer erradicar.
Ao contrário, na véspera de eleições para o Parlamento Europeu, são os ventos nacionalistas que sopram desenfreados contra os muros por consolidar. E ninguém, em lado algum, vem a terreiro proclamar que sejam cumpridos os factores que primordialmente poderão consistentemente garantir o objectivo primordial da Declaração de Schuman.
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A Declaração Schuman de 9 de maio de 1950
A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criadores à medida dos perigos que a ameaçam.
A contribuição que uma Europa organizada e viva pode dar à civilização é indispensável para a mauntenção de relações pacificas. A França, ao assumir-se desde há mais de 20 anos como defensora de uma Europa unida, teve sempre por objectivo essencial servir a paz. A Europa não foi construida, tivemos a guerra.
A Europa não se fará de um golpe, nem numa construção de conjunto: far-se-à por meio de realizações concretas que criem em primeiro lugar uma solidariedade de facto. A união das nações europeias exige que seja eliminada a secular oposição entre a França e a Alemanha.
Com esse objectivo, o Governo francês propõe actuar imediatamente num plano limitado mas decisivo.
O Governo francês propõe subordinar o cunjunto da produção franco-alemã de carvaõ e de aço a uma Alta Autoridade, numa organização aberta à participação dos outros paises da Europa.
A comunitarização das produções de carvão e de aço assegura imediatamente o estabelecimento de bases comuns de desenvolvimento económico, primeira etapa da federação europeia, e mudará o destino das regiões durante muito tempo condenadas ao fabrico de armas de guerra, das quais constituiram as mais constantes vítimas.
A solidariedade de produção assim alcançada revelará que qualquer guerra entre a França e a Alemanha se tornará não apenas impensável como também materialmente impossivel. O estabelecimento desta poderosa unidade de produção aberta a todos os paises que nela queiram participar, que permitirá o fornecimento a todos os países que a compõem dos elementos fundamentais da produção industrial em idênticas condições, lançará os fundamentos reais da sua unificação económica.
Esta produção será oferecida a todos os países do mundo sem distinção nem exclusão, a fim de participar na melhoria do nível de vida e no desenvolvimento das obras de paz. Com meios acrescidos, a Europa poderá prosseguir a realização de uma das suas funções essenciais: o desenvolvimento do continente africano. Assim se realizará, simples e rapidamente, a fusão de interesses indispensável à criação de uma comunidade económica e introduzirá o fermento de uma comunidade mais vasta e mais profunda entre países durante muito tempo opostos por divisões sangrentas.
Esta proposta, por intermédio da comunitarização de produções de base e da instituição de uma nova Alta Autoridade cujas decisões vincularão a França, a Alemanha e os países aderentes, realizará as primeiras bases concretas de uma federação europeia indispensável à preservação da paz.
O Governo francês, a fim de prosseguir a realização dos objectivos assim definidos, está disposto a iniciar negociações nas seguintes bases.
A missão atribuida à Alta Autoridade comum consistirá em, nos mais breves prazos, assegurar: a modernização da produção e a mehoria da sua qualidade; o fornecimento nos mercados francês, alemão e nos países aderentes de carvão e de aço em condições idênticas; o desenvolvimento da exportação comum para outros países; a harmonização no progresso das condições de vida da mão-de-obra dessas indústrias.
Para atingir estes objectivos a partir das condições muito diversas em que se encontram actualmente as produções dos países aderentes, deverão ser postas em prática, a titulo provisório, determinadas disposições, incluindo a aplicação de um plano de produção e de investimentos, a instituição de mecanismos de perequação dos preços e a criação de um fundo de reconversão destinado a facilitar a racionalização da produção. A circulação do carvão e do aço entre países aderentes será imediatamente isenta de qualqer direito aduaneiro e não poderá ser afectada por tarifas de transportes distintas. Criar-se-õ progressivamente as condições para assegurar espontaneamente a repartição mais racional da produção ao nivel de produtividade mais elevada.
Ao contrário de um cartel internacional que tende a repartir e a explorar os mercados nacionais com base em práticas restritivas e na manutenção de elevados lucros, a organização projectada assegurará a fusão dos mercados e a expansão da produção.
Os principios e os compromissos essenciais acima definidos serão objecto de um tratado assinado entre os estados. As negociações indispensáveis a fim de precisar as medidas de aplicação serão realizadas com a assistência de um mediador designado por comum acordo; este terá a missão de velar para que os acordos sejam conformes com os principios e, em caso de oposição irredutivel, fixará a solução a adoptar.
A Alta Autoridade comum, responsável pelo funcionamento de todo o regime, será composta por personalidades independentes e designada numa base paritária pelos governos; será escolhido um presidente por comum acordo entre os governos; as suas deciões serão de execução obrigatoria em França, na Alemanha e nos restantes países aderentes. As necessárias vias de recurso contra as decisões da Alta Autoridade serão asseguradas por disposições adequadas.
Será eleborado semestralmente por um representante das Nações Unidas junto da referida Alta Autoridade um relatório público destinado à ONU e dando conta do funcionamento do novo organismo, nomeadamente no que diz respeito à salvaguarda dos seus fins pacíficos.
A instituição de Alta Autoridade em nada prejudica o regime de propriedade das empresas. No exercicio da sua função, a Alta Autoridade comum terá em conta os poderes conferidos à autoridade internacional da região do Rur e as obrigações de qualquer natureza impostas à Alemanha, enquanto estas subsistirem.
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