Showing posts with label irao. Show all posts
Showing posts with label irao. Show all posts

Monday, November 16, 2009

A OUTRA CRISE

A crise económica e financeira distraiu as atenções do mundo das outras frentes de batalha que a administração Obama herdou. No Iraque e no Afeganistão persistem cada vez mais os desencontros da opinião pública norte-americana quanto à estratégia a seguir. Desencontros esses que decorrem, como geralmente sucede, da diferença de posições entre os líderes políticos e militares.
.
As decisões que Obama tomar quanto à continuação ou à retirada das tropas norte-americanas terão implicações sobre o rumo do mundo que excederão de forma incalculável as sequelas da crise económica por mais intensas que elas sejam.
.
No Iraque e no Afeganistão jogam-se as pedras decisivas de um xadrez infernal, onde um dos contendores manobra atrás da cortina para, a partir daí, manter uma situação de permanente acção terrorista. Obama só tem duas alternativas: Ou continua a guerra, reforçando os meios que os chefes militares reclamam, ou retira e aceita a mudança de jogo. No primeiro caso, a vitória implicaria um prolongamento da guerra que só seria suportável pela opinião pública norte-americana se no combate se envolvessem todos quantos serão perdedores se os EUA se retirarem; no segundo caso, à retirada norte-americana seguir-se-á o avanço imparável dos terroristas talibans e da al-Qaeda, e, uma a seguir a outra, cairão as pedras do dominó petrolífero.
.
A guerra continuará, então, em fronteiras mais recuadas ou reacender-se-á nas posições anteriores por imposição da opinião pública norte-americana, que sem petróleo não vive. E muitos outros também não.
.
...
"We have lost a lot of great guys; we have lost so much potential," Whitehurst said. "But this country now has that potential. And there are people in this country that are alive today because of the sacrifices made by those soldiers. I do think it was worth it. I can look back, and I think all of us can hold our heads very high."
...
Obama's prolonged deliberation would be understandable if he were choosing between escalating or ending the war, as Bush was. Yet he narrowed his options many weeks ago -- and still has been unable to come to closure. Last Thursday the president was presented with various reinforcement options; rather than decide, he reportedly asked for another study about when and how fighting could be turned over to the Afghan army.
Another week or two of thinking won't hurt. But the impression that gets created is of a president who knows what course he must take -- one of expanding American involvement in a difficult and increasingly unpopular war -- but can't bring himself to embrace it. It's an image that risks undermining any commitment Obama eventually makes. In the end, it's not enough for a president to be seen as having thought through a decision to send more troops to war. Enemies, allies and the country also need to be convinced that he believes in it.

Sunday, December 09, 2007

ESCORREGAR & CAIR

António, um atento comentador que não sei se conheço, transcreveu em complemento de comentário ao meu "post" "Watt a difference" uma notícia da Reuters que a seguir transcrevo:
.
Irán deja de vender petróleo en dólares.
La debilidad del dólar en el mercado reduce el poder adquisitivo de los países exportadores
REUTERS - Teherán - 08/12/2007
Irán, el cuarto mayor productor de petróleo ha dejado de vender el crudo en dólares, según informan medios de comunicación iraníes. La decisión se corresponde a las advertencias de la Organización de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que durante casi dos años venía advirtiendo de que la debilidad del dólar está erosionando el poder adquisitivo de los países exportadores.La OPEP rechaza elevar la oferta de petróleo a pesar de los altos precios OPEP(Organización de Países Exportadores de Petróleo)
A FONDO
Sede: Viena (Austria) Directivo: Jaber Al Ahmad Al Sabah. Emir de Kuwait(Presidente)
A FONDO Capital: Teherán. Gobierno: República Teocrática. Población: 69.018.924 (2004)
La noticia en otros webswebs en español en otros idiomas El Ministro encargado de las transacciones petrolíferas, Gholamhossein Nozari, en declaraciones a la agencia de comunicación ISNA ha confirmado que Irán dejará de vender petróleo en dólares:"En consonancia con la política de venta de petróleo venderemos el crudo en otras divisas, en la actualidad la venta en dólares queda eliminada".Nozari considera que la decisión se debe a la "pérdida de valor" que ha tenido el dólar, para el Ministro la moneda estadounidense "ya no es fiable". La decisión que toma Irán no es una sorpresa, el pasado mes de noviembre la OPEP volvió a alertar sobre la debilidad del dólar como moneda para realizar las transacciones económicas de los países exportadores. De hecho, Irán ha presentado un mayor número de ingresos de exportación en euros durante el último periodo.Las relaciones institucionales con EE UU tampoco ayudan a mantener un clima apacible entre ambos países. "Menos valioso que un trozo de papel", el presidente iraní Mahmoud Ahmadinejad calificó de esta manera a la moneda estadounidense. El desencuentro con Washington no es ninguna novedad, desde 1979, año de la revolución islámica de Teherán ambos gobiernos han mantenido disputas. Uno de los mayores desencuentros fue el programa nuclear e incluso la política exterior desplegada por EE UU en Irak ha causado diferencias entre ambos.
.
A questão da facturação do petróleo em dólares ou em outra moeda, nomeadamente euros, não irá alterar significativamente, do meu ponto de vista, os dados que influenciam o mercado neste momento e, sobretudo, a evolução dos preços.
E não vai alterar porque, mais importante do que a moeda de facturação na evolução dos preços, é, primeiro que tudo, a expectativa resultante em cada momento das expectativas dos maiores intervenientes no mercado acerca da relação oferta/procura a médio e longo prazo. Incidentalmente, podem factores conjunturais introduzir alterações bruscas mais ou menos acentuadas, mas a tendência decorre das expectativas a prazo. Neste sentido, e voltando à apreciação do efeito moeda na evolução dos preços, que sempre existirá, é mais importante o papel desempenhado pela moeda de referência (ainda o dólar) do que a moeda de facturação.
Sendo o mercado do petróleo, sobretudo nas actuais circunstâncias, um mercado fortemente vendedor, quem vende pode sempre impor uma moeda de facturação diferente da moeda de transacção (de referência) cabendo ao comprador segurar o risco de câmbio. De um modo ou outro, a evolução dos preços na moeda de referência (de negociação) ajustar-se-á sempre à desvalorização ou valorização desta.
Facturando em euros (ou outra moeda que não o dólar) o Irão evita ter de segurar o risco de câmbio do dólar.
.
Se esta opção vai generalizar-se ou não, se o dólar vai também deixar de ser moeda de referência, é outra questão. Mas sendo os EUA o principal importador de petróleo dificilmente o dólar deixará de continuar a ser a moeda de transacção no mercado. Se esta função da moeda norte-americana é favorável à economia dos EUA, certamente que sim. Mas nem tudo são vantagens, e o mar de petrodólares já demonstrou, no passado relativamente recente, que não é um mar de rosas.