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Thursday, May 03, 2012

MERKOLANDE VERSUS MERKOZY

O longo confronto verbal entre Sarkozy e Hollande, transmitido pela Sic ontem à noite, não deve ter alterado o sentido de voto dos eleitores franceses que as sondagens atribuem folgadamente favorável a Hollande. François Hollande será eleito presidente da França no próximo domingo, a menos que ocorra qualquer imprevisível nos três dias que restam a Sarkozy para inverter a desvantagem. Os media de hoje dividem-se entre o resultado do debate de ontem, o que significará um empate técnico. Os candidatos envolveram-se, sempre de forma muito crispada, numa discussão sustentada em cifras que, quando lançadas em catadupa, anulam-se mutuamente.  

Do meu ponto de vista, Hollande caiu numa contradição insanável: Sendo, como por convicção política lhe compete,  um acérrimo crítico da política de Merkel, comparou várias vezes o insucesso do governo de Sarkozy em França com o sucesso de Merkel na Alemanha. Sarkozy, obviamente, aproveitou para lhe verberar essa contradição.

Pois se Hollande reconhece que a economia alemã se comportou durante este período de crise de forma claramente melhor que a francesa como é que ele se propõe fazer melhor que Sarkozy adoptando políticas que claramente divergem das de Merkel? Dir-se-ia que por longos momentos Merkel se sentou entre eles.
Hollande voltou a referir a sua promessa de não ratificar o tratado de controlo orçamental ao mesmo tempo que criticava Sarkozy pela sua incapacidade de não ter controlado o défice. Merkel, nesse momento, deve ter acordado da sonolência que a disputa abespinhada e frequentemente contraditória dos dois franceses lhe terá provocado. 

Num ponto socialmente sensível,  Sarkozy poderá ter capturado as intenções de voto de muitos votantes em Marine Le Pen na primeira volta: aquilo a que poderá designar-se por lei da burka  e envolve toda a política de imigração, com especial incidência da islâmica. Será suficiente para lhe renovar o mandato? Creio que não. Mas, tendo em conta a expressividade do eleitorado nacionalista em França, a diferença entre Hollande e Mercozy será bem menor do que aquela que as sondagens recolheram antes deste debate.

Wednesday, August 17, 2011

EUROPA FAZ DE CONTA

Merkel e Sarkozy reuniram-se ontem e decidiram que, resumidamente, a defesa do euro e da União Europeia passa pela constitucionalização dos limites da dívida, pela harmonização fiscal, pela imposição de uma taxa sobre as operações financeiras (tipo taxa Tobin), e por um governo económico chefiado por Van Rompuy.  As eurobrigações, que muitos consideram serem o remédio incontornável para enfrentar os especuladores (vulgo mercados), continuam rejeitadas. E sabe-se porquê.

Segundo Schäuble, o ministro alemão das Finanças,  “não haverá uma divisão de dívidas nem um apoio ilimitado”. Enquanto for necessário, os países devem ter “diferentes taxas de juro para que haja incentivo e mecanismos de sanção para forçar a consolidação”. E, nesse quadro,  a emissão de títulos de dívida comuns – as euro-obrigações, são indesejáveis"

Se o euro forçou os políticos europeus a avançarem por caminhos federativos, a Alemanha continua a opor-se que as eurobrigações forcem definitivamente a federação de responsabilidades desamparada de meios de um  governo federal. 

O "governo económico europeu" parece, à partida, poder contar apenas com a taxa Tobin para poder governar alguma coisa. Por outro lado, é questionável se um governo económico europeu é orgânicamente compatível com a continuidade das actuais atribuições da Comissão Europeia. Ao anunciar a intenção de constituir um governo económico e, até, a proposta do primeiro titular para o cargo, Merkel e Sarkozy, os efectivos governantes da União (parecem, logo são) deveriam ter tido a ousadia mínima de avançar para o anúncio das alterações na superestrutura dos orgãos comunitários  que as suas propostas implicam, a menos que, inconfessadamente, queiram continuar a coser a manta de retalhos para, realmente, continuarem a dominar a ribalta.

Se assim for, têm razão os que os acusam de falta de dimensão política adequada para os cargos que desempenham.  

Wednesday, March 26, 2008

POR APENAS 4 MIL DÓLARES


Um retrato nu da primeira-dama francesa Carla Bruni será leiloado em Nova York pela Christie's no dia 10 de abril, segundo afirmou a casa de leilão em seu site nesta terça-feira, 25. Eles esperam ainda que a fotografia seja arrematada por até US$ 4 mil.

A imagem é de 1993, quando Carla era uma das modelos mais famosas do mundo e foi vendida ao colecionador Gert Elfering. A cantora se casou no mês de fevereiro com o presidente francês meses após o divórcio de Nicolas Sarkozy com sua segunda mulher, Cecilia.

O presidente francês fará uma visita de dois dias ao Reino Unido a partir de quarta-feira. Mas as atenções do grande público e de boa parte da mídia britânica devem estar voltadas para a nova mulher de Sarkozy. Nos últimos meses, ele foi alvo de muita especulação sobre sua vida amorosa, pelo seu casamento abrupto com Carla e, recentemente, o novo casamento de sua ex-mulher.

A Christie's também leiloará na próxima quinta-feira, 27, uma foto de Bridget Bardot datada de 1959, feita pelo fotógrafo Richard Avedon, e outra imagem de Elsa Peretti vestida de 'coelhinha', datada de 1975 e feita pelo fotógrafo Helmut Newton. As fotos fazem parte da coleção Gert Elfering e podem alcançar US$ 120 mil e 60 mil, respectivamente.

UM OLHO NA CARLA E OUTRO NO CONSORTE




Friday, February 29, 2008

CARLA BRUNI E SERVIÇO PÚBLICO


Ouço esta manhã na rádio que L Filipe Menezes admite ter avançado com a proposta de retirar da RTP a publicidade depois de ter ouvido ideia semelhante do presidente francês.
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Menezes, que fez uma carreira brilhante como pediatra em França enquanto jovem médico, deve saber melhor que ninguém que entre os recursos do orçamento francês e o nosso OGE vai uma diferença tão grande que torna qualquer paralelismo despropositado.
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Na tentativa de querer imitar Sarkozy será L Filipe Menezes capaz de lhe sacar a Carla Bruni?

O nosso problema é esse, e que Menezes não percebe: faltarem-nos os recursos suficientes para suportar um serviço público que valha a pena. Sem recursos, não há alternativa senão desistirmos da Carla Bruni.