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terça-feira, março 17, 2009

Admito II

É nesta estrada que chamamos vida
que aprendemos a viver
é nesta estrada perdida
que o passado, o presente e o futuro se vão conhecer
o passado preenchido por ti
o presente marcado pela tua ausência
e o futuro pela tua presença

É quando o sol se põe que vejo a lua
nítida pela sua grandeza, tão nua
contemplo as estrelas perdidas pelo espaço
não me atrevo a conta-las
sem ti não sei o que faço
continuo a contempla-las

Admito...
o teu prazer, de me sentir, de viver
o teu sonho, de me ter, de conhecer
o teu carinho, de me acariciar, de beijar
o teu amor, de me abraçar, de amar...

Admito…
O nosso percurso de vida nesta estrada, cruzou-se numa simbiose de vivência, de aprender que tinha-mos algo em comum. 
Admito…
Que aprendemos a conhecer-nos, a partilhar o presente construindo um futuro, preenchido pela saudade de quando te ausentavas, mas que eu sabia que voltavas.
Admito…
Que a tua ausência, porque a vida tem que ser construída em qualquer local, sobretudo quando menos é favorável para sentirmos o peso da dor de não te ter, todos os dias, sobretudo à noite quando contemplo as estrelas e não tenho companhia para me ajudar a contá-las.
Admito…
Que tudo tendo um princípio e um fim, eu não estava preparado para a tua ida, embora pensasse que um dia fosse acontecer, eu pensava que era um sonho.
Admito …
Que agora fogem-me as palavras, que no refúgio da minha solidão procuro nestas teclas alguém que preencha o espaço vazio, que só tu sabes ocupar.
Admito…
Que quando te quero esquecer, procuro na imensidão do espaço da noite, o que tu não me podes dar, e que descarto, sabendo que estás presente na minha memória.
Admito…
Que tenho muitas saudades do teu olhar, dos teus beijos doces e molhados, do teu cheiro, que ainda sinto quando me deito na cama e me preparo para dormir. 
Admito…
Que não vou te esquecer, por isso mergulho nas palavras para passar o meu tempo.
Admito…
Que ninguém vai conseguir dar-me o que tu me deste, porque vou ter sempre em lembrança, comparar o que não pode ser comparável.
Admito…
Que um dia tudo isto acabe e que encontre finalmente a minha paz.
Admito...
Mas não sei se sou capaz, o futuro está incerto meu amor…

A.
ds


6 de Fevereiro de 2009 17:09

JustMe

Nota de autor
Tal como prometi respondo ao comentário, como reconhecimento a um "querido amigo"... A.ds
Abraço-te
Um muito obrigado, pelo comentário deixado no dia 06/02/09 no texto Admito 

Tela : "steve walker-bareback mountain"

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Admito...

Admito...


Amar sem nada em troca, mesmo sem o teu carinho que tanto necessito, e pelo qual digo para mim próprio que vou conseguir tê-lo, é assim que consigo viver, traindo a minha consciência, traindo todos os limites que me são impostos por ti, por toda a circunstancia do teu tempo, do teu espaço, e mais uma vez nego a minha vontade. A minha vontade de te ter nos meus braços, e ter mais uma vez a sensação de seres meu, o abraçar-te não é ter como finalidade, mas pelo contrario, é ter como um inicio de tudo o que por acrescento pode surgir, assim com um abraço mais forte, assim como um beijo, e outro ainda, e dizer para mim próprio “este momento é meu”. És como um todo, impossível, pensar de maneira diferente, e todo esse impossível tem o teu nome escrito, todo ele está delimitado por ti, foste tu que mesmo sem eu dar conta, me envolveste nesse mesmo trajecto que é aquilo a que chamas vida, é aquilo em tu acreditas, e conheces como vida. Eu chamo trajecto, do qual eu tento rever e corrigir, até mesmo em permanecer, sem ter qualquer tipo de expectativa, tonto sou, eu sei, é óbvio que tudo tem um inicio e tem um fim, hei-de lá chegar, e ter a certeza que quando chegar, vou me sentir melhor do que me sinto neste momento. Não me sinto mal ( mais uma vez estou a mentir a mim próprio, ou talvez não )não tenho capacidade de avaliar o que em mim se foi transformando após te ter conhecido, é certo que na altura fiquei muito feliz, não, por te ter conhecido, mas por reconhecer que ainda tinha capacidade de amar, e que embora esquecida, permanecia em mim, e permanece...


Admito...

Continuo a escrever para ti, para vocês, sem pedir nada em troca, sem necessitar de responder aos vossos bons e únicos comentários, agradeço da mesma forma, através das palavras, das minhas palavras, eu sei, que brinco muito com as palavras, eu sei que tenho uma forma muito peculiar de o fazer, mas todas elas têm muito sentido, todas são para todos e sobre todos, todas têm um fundamento, uma razão, todas são escritas do fundo do meu coração, sem esperar nada em troca, sem esperar que alguém se emocione, ou até mesmo que use essas mesmas palavras como inspiração para outros textos. Quando, comecei este mesmo projecto, ao qual eu chamo trajecto, sim eu chamo trajecto, foi simplesmente para escrever, foi simplesmente, para deixar de escrever em cadernos perdidos na memoria, ou até mesmo em blocos de apontamentos, tipo post it, que ficavam também eles perdidos na gaveta dos cds. Continuo a escrever, a amar a minha escrita, a perder uns minutos por dia a ler muito atentamente o que todos escrevem. Este trajecto não tem fim, ou mesmo que possa ter, vai continuar dentro de mim!!!




Admito...
ABRAÇO-TE
ABRAÇO-VOS SEM ESPERAR NADA EM TROCA


JustMe
"nature's embrance-Steve Walker" - http://www.gingerbreadsquaregallery.com/Paintings/Walker/Walker-Bio/walker-bio.html