domingo, 12 de dezembro de 2010



Solidão.
É o que eu senti, durante todo o tempo que estava lá, sentada na areia...
Solidão acumulada, até a tampa, transbordando. 
Caminhando, sozinha no espaço, sozinha no tempo, sozinha por dentro, por fora, de todos os lados.
O sol estava brilhando de um jeito diferente. Sem queimar, sem ferir. Brilhando, simplesmente.
O mar agitava-se com paciência, sem pressa das ondas irem embora, para longe de mim. Agitavam com um ritmo confortável, acolhedor...
Sentei e fiquei contemplando minha solidão. A essa altura, já era uma doce solidão. Solidão aconchegante, onde, mesmo estando sozinha, eu estava cheia de sentimentos que me envolviam, me faziam ficar ali e esquecer o resto do mundo.
O melhor de tudo, era o vento... Por mais sozinha que eu estivesse, o vento vinha, me tocava levemente, levava meus pensamentos embora e depois voltava, trazendo consigo todo a felicidade que eu senti naquele momento. E eu senti. Senti de verdade, senti intensamente.Senti tudo aquilo e fui feliz. 
Acordei com a sensação de saudade, saudade  e vontade de voltar para lá, mesmo sozinha, mas com o toque de felicidade que só existe dentro da areia, do mar, do vento, de mim e da minha doce solidão[...]
( Aline Lima )

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