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have you met hércules?

6.1.14

Eu não sou do tipo repórter fotográfico, mas estando tão próxima do mar seria quase impossível não ter curiosidade de ver a tempestade a que chamaram de Hércules e está a aproximar-se da nossa costa.
O som das ondas e o cinzento que se mistura com o céu carregado, somado à quantidade de destroços na areia dão a este cenário uma imagem de filme de terror.
Ainda pensei aproximar-me um pouco para fotografar melhor, quando vejo a chegar à areia um pára-choques de um carro e decidi voltar para trás. O mar requer respeito. Muito.
Aqui na praia da Aguda a costa está bem protegida, por isso hoje o meu pensamento está com as pessoas da praia de Esmoriz, Cortegaça e Furadouro, que estão a ser fustigados pelo mar. Espero que o mar se acalme e que todos os santos que protegem estas gentes se ergam contra o Hércules e a batalha tenha vitória do lado da terra.
 

o meu quintal é o mar

20.12.13

o meu quintal é o mar é uma reportagem da renascença, muito interessante, de ver ler e ouvir, não só para quem, como eu cresceu e viveu na praia de Esmoriz, mas para todas as pessoas que se interessam pelo nosso país. Uma história de pessoas que vivem a paredes meias com o mar, que todos os anos lhes leva um pouco mais de terra e a forma como estas gentes encaram e vivem esta relação de vida e morte com o mar.
Vale a pena: aqui.

"Não é como eu quero, é como Deus determina"

30.10.13
Vivi grande parte da minha vida na Praia de Esmoriz, zona de praia, pescadores e mar bravo.
Recordo-me como se fosse hoje de ouvir falar de tragédias, de pescadores que desapareciam no mar, barcos que nunca mais voltavam, uns que iam e outros que ficavam.
Quando olhava para aquele mar, no pico do Inverno, que entrava pelas casas das pessoas, pelas ruas, e pelos bairros, não pedia licença e levava tudo consigo, pensava como é que ainda haviam pessoas capazes de o enfrentar com um barco, um motor e a esperança de uma pescaria. Perguntava à minha mãe, porque é que aquelas pessoas não desistiam e iam fazer outra coisa, sendo que ela me respondia: "É a vida deles". Como se de um destino se tratasse, de uma sina, de uma marca de nascimento que nunca desaparecia.
Mas, apesar de nunca ter conseguido perceber bem, acho que para além da sina, há também uma qualquer adrenalina que o mar impregna nestas gentes e que faz do constante desafio um modo de vida. Um equilíbrio ténue entre o respeito pela natureza e o medir forças com ela.
Modo de vida esse que é praticado e sentido pelos surfistas. E se os outros enfrentam o mar porque nasceram nele e dele se alimentam, estes enfrentam o mar numa relação David e Golias, alimentados por uma adrenalina que a maioria de nós não sabe o que é, mas que deve ser algo tão gigante como o tamanho das ondas que eles desafiam.
Vejam o vídeo...e respirem no fim!

[sim, foi nestas ondas que a surfista Maya Gabeira quase perdeu a vida, ao que responde sem hesitar: "faria tudo outra vez", está explicado...ou não?]

por aqui

7.6.11
praia da agudapraia da agudapraia da agudapraia da agudapraia da aguda

por aqui vivem-se dias de reclusão. hoje tive uma pequena e ultra rápida investida no mundo do consumismo, que me rendeu 2 peças de roupa e 2 acessórios, vistos, escolhidos, experimentados e comprados em menos de 15 minutos. comigo resulta bem assim...
mas de facto os dias passam-se por casa, com visitas frequentes aquele que passa a vida a sussurrar nos nossos ouvidos "venha cá":D os poucos momentos em que saímos, vamos à praia. mas é verdade que o fazemos sempre pelo mesmo caminho, para baixo e para cima, não inventamos grandes passeios nem ruas novas. e são esses os momentos em que eu tiro fotografias o caminho todo, a tudo o que me aparece à frente. então desta última vez ele perguntou-me o que é que eu ainda conseguia fotografar depois de tantas vezes ali passar e sempre com a máquina na mão.
tentei explicar-lhe mas não consegui...
mas as imagens falam por si, isto por aqui é mesmo muito, muito bonito!!!!

ps: o que eu não achei nada bonito foram as fotos que ele me tirou com a simone, depois de eu lhe pedir encarecidamente para nos fotografar, para eu poder provar às pessoas como somos parecidas.
well...sobre as fotos não vou dizer nada, porque a culpa é dele que não sabe tirar fotografias de jeito, mas eu fiquei traumatizada ao ver a minha cara enfrentar o sol da praia, de repente caiu-me assim a ficha de que estou cheia de rugas nos olhos...eu já sabia, mas estou bem pior. OK, pode ser do cansaço e do facto de eu já estar a distanciar-me bem dos 30 anos. mas porra, uma rapariga nunca está preparada para isto. por isso, no próximo ataque de consumismo flash, vou gastar uma pipa de massa num creme milagroso!!! anyone??? que cremes milagrosos aconselham? e quando eu digo milagrosos, são mesmo milagrosos, podem ter químicos e cheirar a fossa que eu não quero saber!
ah, nestes momentos de nada vale pensar que são rugas de rir e de chorar e tal e coisa e a música e a alexandra lencastre na publicidade. não. rugas não. nem cabelos brancos. nunca estarei preparada para estas coisas...não!

do nosso mar...

27.9.10
do nosso mardo nosso mar

esta é a minha época do ano preferida. de uma semana para a outra tudo volta ao seu lugar: as pessoas, o trânsito, os barcos, os comboios.
e as praias ficam limpas e serenas como em mais nenhuma época e geralmente com uns dias fantásticos de mar calmo e sol sereno que apetece aproveitar. não há cremes, guarda-sol nem toalhas estendidas e bronzes trabalhados, mas ainda há pessoas, as que trabalham por lá e as que respiram por lá:)