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terça-feira, 20 de outubro de 2009

ESSE É SÓ O PRIMEIRO!!!

1_ano

Pois é!!!


Acho que tudo começou meio sem querer!


Um dia eu não resisti e comecei assim, meio que do nada o meu blog, o MOSCAS. Não fazia idéia do que era a blogosfera, não conhecia as ferramentas, não tinha a menor noção de nada. Só a vontade de escrever e compartilhar minhas pirações, tipo:

Escuta esse disco, quem sabe a gente não se identifica? Lê esse livro, quem sabe a gente não pensa na mesma direção? Cola nessa balada, quem sabe a gente não se tromba e toma um café (no sugar, please!)?


O que eu não planejei é que essa minha incursão na blogosfera iria despertar os zineiros adormecidos que aqui se reuniram!

O MOSCAS tinha um mês quando o Grão começou a discutir a idéia do Zinismo comigo, enquanto contaminava uma legião de gente pra participar, e da mesma maneira “punk” que o MOSCAS começou, a gente pariu o Zinismo!

Infelizmente, nem todo mundo que se dispôs a participar do projeto pode permanecer aqui até hoje. Muitos passaram e nós cinco resistimos. Guerrilha, saca? E um ano depois, ainda mais escrevendo depois do Grão, do Viegas e do Booqa, só me resta dizer que ESSE É SÓ O PRIMEIRO!!!


Porque na real é isso mesmo, a gente não sabe fazer outra coisa!!! Não sei, eu mesmo estou meio afastado daqui, mas existe um comichão (e até um coçadinha!) que não deixa mais o zínico interior dormir de novo!

Como disse o Viegas, não são números! Não é status! É VICIO MESMO!!!

Então meu amigo, não esquenta! Enquanto for deliciosamente desafiador escrever aqui, enquanto houver “pau-durecência”, sendo o blog da moda ou ficando no conforto do limbo, com 2000 visitas por dia ou com 2, a gente ainda vai seguir aqui destilando nosso zinismo por muito e muito tempo!


Andarilhos do underground, zinai-vos*!
(ps: *contém sampler do Zambetti! - e do meu primeiro post aqui!!!)


Cheers!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

197 POSTS DEPOIS...


Por Marcelo Viegas

O Zinismo completa seu primeiro ano de vida. Vida virtual, claro está, mas que afeta a vida real de muitas pessoas do lado de lá do monitor. Não só as cinco vidas daqueles que aqui postam suas ideias, mas principalmente as vidas daqueles que reservam um tempo do seu dia para conferir as nossas postagens. É aí que o ciclo se fecha: quando a informação é disseminada.

Uma lição importante que aprendi nesses anos todos de convívio com o universo underground é cagar para os números. Isso mesmo: cagar para os números! Foi um aprendizado doloroso, fruto de experiências frustrantes nos anos noventa, quando nos deparávamos com meia dúzia de gatos pingados nos shows. Era triste, afinal havíamos empregado muito trabalho, tempo e algum dinheiro (que não tínhamos) para organizar o gig, e o resultado, via de regra, era deprimente.

Com o passar do tempo, veio a lição: sua entrega no palco não deve ser proporcional ao número de olhos que estão te observando. Que adianta um show para 500 pessoas que vão esquecer de tudo que viram e ouviram na próxima meia hora? Não importa quantas pessoas estão na plateia [olha a nova ortografia dando as caras]: se apenas uma for tocada de verdade pela mensagem e isso refletir na sua vida, então a empreitada foi um sucesso.

Já imaginou o significado de fazer a diferença na vida de alguém? E bem sei que o underground já mudou/moldou muitas vidas Brasil afora. Não tenho dúvida: é uma mudança para melhor. Abre horizontes, redefine valores, faz de você uma pessoa menos intolerante e preconceituosa. Prova, na prática, que um outro tipo de vida é possível, que não há nada de errado em ser a tal da ovelha negra (alguém aí lembrou do encarte do Minor Threat?). Viver diferente, pensar diferente, e não sucumbir ao sonho médio.

O mesmo espírito carreguei para os fanzines impressos que fiz, para os mais de 50 com os quais colaborei, para cada texto que escrevo nas revistas, para cada frase do meu fotolog, para cada comentário no facebook e, fundamentalmente, para cada post que faço no Zinismo. Minhas palavras não vão salvar o mundo, mas podem ao menos fazer a diferença no dia de alguém. No seu, talvez.

Vida longa ao Zinismo!


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ZINISMO 1 ANO - REFLEXÕES ZíNICAS



Hoje é uma data especial para nós: o ZINISMO faz um ano!

Porém, mais que um momento de euforia, este é um momento de reflexão (talvez como deveria ser todo aniversário) sobre o tema principal do blog: os Fanzines.

Nesses 365 dias aconteceram diversos fatos que me fizeram refletir sobre o tema.
Um desses fatos ocorreu há quase um ano, quando tivemos a oportunidade de fazer uma palestra (eu, Viegas e Zambetti) sobre Fanzines. Nesta ocasião, pudemos perceber como este veículo de comunicação desperta interesse na nova geração (de escritores, músicos ou mesmo fanzineiros). Este interesse se dá desde por detalhes como os mecanismos de divulgação e produção (flyers, apropriação da máquina de Xerox alheia, patrocínio) e, claro, pelo próprio conteúdo dos fanzines, levando-se em conta que muitos artistas consolidados atualmente (seja no mainstream ou underground) tiveram um processo artístico “embrionário” em fanzines dos anos noventa.

Mas, afastemos o pensamento saudosista e vamos pensar um pouco sobre o presente e o futuro. Neste um ano de Zinismo, novas perspectivas se abrem. Qual o valor de um fanzine? Qual a necessidade de um fanzine? E um blog ou fanzine virtual, de que serve?

Quando nós começamos a discutir a respeito da criação do blog, a ideia foi fazer algo como “um fanzine dos sonhos” misturando a informação do papel com as tecnologias midiáticas atuais, ou seja, um fanzine com vídeos, sons , links e aplicativos. Com relação a isso penso que conseguimos atingir nossos objetivos, mas como disse, nesse ano deu para pensar e comprovar muitas (outras) coisas.

Um dos fatos que aconteceu comigo e que me permitiu uma boa reflexão sobre os fanzines virutais foi uma entrevista que fiz e que ficou tão legal e tão grande que não vi condições de publicá-la no blog. A solução encontrada foi publicá-la em uma revista. O mesmo fenômeno ocorreu com os contos que escrevemos. Pensamentos do tipo “que tamanho fica bom para um blog?” ou “seria interessante fazer um zine ou lançar um livro para publicá-los” são comuns entre nós. Sinceramente concluo que grandes textos não são bons de serem lidos na Internet e ainda questiono a rede enquanto espaço de armazenamento ou registro de informações a longo ou médio prazo.

Sobre os blogs ou zines virtuais, costumo citar como bom exemplo o trilhado pelo Lado [R] do Rio Grande do Norte. Nossos comparsas publicam dois fanzines de papel, o próprio Lado [R] e o Errado. O blog funciona como suporte e disponibiliza vídeos, bastidores, coberturas das festas de lançamento, etc. Um casamento perfeito entre Internet e o papel.

Por fim, cabe mais uma reflexão, a pergunta que não quer calar: será o fim dos fanzines de papel?

Mais convencido do que nunca respondo: Não!

Penso que a Internet tem seu espaço inegável no nosso cotidiano, mas justamente sua maior virtude torna-se seu ponto fraco. A facilidade e rapidez de atualização têm como ponto fraco a rapidez com que as mesmas informações se perdem. Outro fenômeno próprio da Internet, deve-se à facilidade de publicação, que a torna um espaço recheado de futilidades efêmeras. Ademais, temos que pensar que sempre haverá aquilo que o homem, por opção, faz questão do registro, do impresso, do documental.

De certa forma o fanzine representa um ato político, pois em tempo de massificação da mídia representa “aquilo que alguém de modo independente (geralmente com os próprios recursos) fez questão de registrar, por julgar importante ou necessário fazê-lo”.

Além disso, embora feitos com a ajuda da tecnologia (em maior ou menor escala), os fanzines que ainda são feitos, são peças quase que artesanais e com um status que flerta cada vez mais com o artístico.

Pois bem amigos, se você tem a sorte de ter um fanzine de papel em suas mãos, guarde-o com o merecido carinho, talvez em um lugar especial ao lado de seus discos de vinil. Eles são mais valiosos do que muitos pensam.

E para finalizar: KEEP ZINING!


Fanzines de papel = guarde com carinho!