Blogagem coletiva proposta pela amiga Rosélia,do blog Espiritual-idade,Rosa
do Luzdeluma e Rute do Publicarparapartilhar.Será uma coletiva intutalada:O
AMOR EM PEDAÇOS OU O AMOR POR PARTES.Hoje iniciando com a fase do ENCANTAMENTO.Poderia
falar de mim,sobre mim,já que teria muito pra dizer pela experiência que a vida
nos dá,todavia,escolhi mostrar A VIDA COMO ELA É DE FATO,no que espero ser útil
à todos que nos leiam;Aos mais velhos explicando os porquês de tudo que já foi
vivenciado e aos mais jovens,fortalecendo a paciência,a tolerância,a
compreensão,a lealdade,a amizade,a cumplicidade etc...Elementos essenciais para
a sobrevivência do AMOR.
FOTOS DA FASE DO ENCANTAMENTO
AS CRIANÇAS SÃO PRIMOS...RSRS
O ADOLESCENTE E
O NAMORO
Na fase da
adolescência, a atração sexual é portadora de alta carga de
magnetismo.
Surge,
inesperadamente, a necessidade de intercâmbio afetivo, que o
jovem ainda não
sabe definir. Os interesses infantis são superados e as
aspirações
acalentadas até então desaparecem, a fim de cederem lugar a
outras
motivações, normalmente através do relacionamento interpessoal. Os
hormônios,
amadurecendo e produzindo as alterações
orgânicas, também
trabalham no
psiquismo, desenvolvendo aptidões e anseios que antes não
existiam.
Nesse momento,
os adolescentes olham-se surpresos,
observam as
modificações
externas e descobrem anseios a que não estavam acostumados.
São tomados de
constrangimento numa primeira fase, depois, de inquietação,
por fim, de
certa audácia, iniciando-se as experiências dos namoros.
Referimo-nos ao
processo natural, sem as precipitações propostas pelas
insinuações,
provocações e licenças morais de toda
ordem que assolam o
mundo juvenil,
conspirando contra a sua realização interior.
Estimulados por
essa falsa liberdade, mentalmente
alertados antes
de experimentarem as legítimas expressões do sentimento,
atiram-se na
desabalada busca do sexo, sem qualquer compromisso com a
emoção,
transtornando-se e perdendo a linha do desenvolvimento normal,
passo a passo,
corpo e mente.
Prematuramente
amadurecidos, perdem o controle da responsabilidade e
passam a agir
como autômatos, vendo, no parceiro, apenas um objeto de uso
momentâneo, que
deve ser abandonado após o conúbio, a fim de partir na
busca de nova
companhia, para atender a sede de variação promíscua e
alienadora.
O namoro é uma
necessidade psicológica, parte importante do
desenvolvimento
da personalidade e da aprendizagem
afetiva dos jovens,
porquanto, na
amizade pura e simples são identificados valores e descobertos
interesses mais
profundos, que irão cimentar a segurança psicológica quando
no
enfrentamento das responsabilidades futuras.
Trata-se de um
período de aproximação pessoal, de intercâmbio
emocional
através de diálogos ricos de idealismos, de promessas — que nem
sempre se
cumprem, mas que fazem parte do jogo afetivo — e sonhos, quando
a beleza
juvenil se inspira e produz.
As artes, em
geral, a literatura, a poesia, a estética descobriram na
afetividade
juvenil suas verdadeiras musas, que passaram a contribuir em favor
do
enriquecimento da vida, através das lentes róseas dos enamorados. Todo
um mundo
dourado e azul, trabalhado nas estrelas e no luar, no perfume das
flores e nos
favônios dos entardeceres, aparece quando os jovens se
encontram e
despertam intimamente para a afetividade.
O recato, a
ternura, a esperança, o carinho e o encantamento constituem
as marcas
essenciais desses encontros abençoados pela vida. As dificuldades
parecem
destituídas de significado e os problemas são teoricamente de
soluções muito
fáceis, convidando à luta com que se estruturam para os
investimentos
mais pesados do futuro.
O
desconhecimento do corpo e a inexperiência da sua utilização, nesse
período, cedem
lugar a um descobrimento digno, compensador, que predispõe
aos
relacionamentos tranquilos, estimulantes.
Igualmente
nesse curso do namoro se identificam as
diferenças de
interesse, de
comportamento psicológico, de atração sexual e moral, cultural e
afetiva.
O adolescente,
às vezes, encantador, que desperta sensualidade nos
outros, no
convívio pode apresentar-se frívolo, vazio de idealismo, desprovido
de beleza, que
são requisitos de sustentação dos relacionamentos, e logo
desaparece a
atração, que não passava de estímulo sexual sem maior
significado.
Quando o namoro
derrapa em relacionamento do sexo, por curiosidade e
precipitação,
sem a necessária maturidade psicológica nem a conveniente
preparação
emocional, produz frustração, assinalando o ato com futuras
coarctações,
que passam a criar conflitos e produzir fugas, gerando no mundo
mental dos
parceiros receios injustificáveis ou ressentimentos prejudiciais.
Não raro, esses
choques levam a práticas indevidas e
preferências
mórbidas, que
se transformam em patologias inquietantes na área do
comportamento
sexual.
É natural que
assim suceda, porque o sexo é departamento divino da
organização
física, a serviço da vida e da renovação emocional da criatura, não
podendo ser
usado indiscriminadamente por capricho
ou por mecanismos de
afirmação da
polaridade biológica de cada qual.
O indivíduo tem
necessidade de exercer a função sexual, como a tem de
alimentar-se
para viver. Não obstante essa função,
porque reprodutora, traz
antecedentes
profundos fixados nos painéis do Espírito, arquivados no
inconsciente,
que não interpretados corretamente se encarregam de levá-lo a
transtornos
psicóticos significativos.
O período do
namoro, portanto, é preparatório, a fim de predispor os
adolescentes ao
conhecimento das suas funções orgânicas, que podem ser
bem
direcionadas e administradas sem vilania, mantendo o alto padrão de
consciência em
relação ao seu uso.
As carícias se
encarregam de entretecer compensações afetivas e
preencher
lacunas do sentimento, traduzindo a necessidade do
companheirismo,
da conversação, da troca de opiniões, do intercâmbio de
aspirações.
O mundo começa
também a ser descoberto e programas são delineados,
nesse comenos
afetuoso, tendo em vista a possibilidade de estar próximo do
ser querido e
com ele compartir dores e repartir alegrias.
As dificuldades
e conflitos íntimos, face à aproximação afetiva, são
debatidos e
buscam-se fórmulas para superá-los e resolvê-los.
Um auxilia o
outro e abrem-se os corações, pedindo auxílio recíproco.
Quando isso não
ocorre, há todo um jogo de mentiras e aparências que
não
correspondem à realidade, e cada um dos parceiros pretende demonstrar
experiências
que não consolidou, e que se encontram na imaginação, como
decorrência de
informações incorretas ou de usos inadequados, que exalta,
tornando-se
agressivo e primário, sem a preocupação de causar ou não trauma
no parceiro.
Merece
considerar, também, que nessa fase, o jovem
desperta para as
suas faculdades
paranormais, suas inseguranças e ansiedades estão em
desordem,
propiciando, pela natural lei de causa e
efeito, a aproximação de
antigos
comparsas, que procedem de reencarnações passadas e agora se
acercam para
darem prosseguimento a infelizes obsessões, particularmente na
área sexual.
Grande número de adversários
espirituais é constituído de afetos
abandonados,
traídos, magoados, infelicitados, que
não souberam superar o
drama e
retornam esfaimados de paixões negativas, buscando aqueles que
lhes causaram
danos, a fim de se desforçarem, investindo, desse modo,
furiosos e
cruéis, contra quem lhes teria prejudicado.
Esse é um capítulo muito delicado,
que não pode ser deixado à margem,
merecendo
análise especial.
Assim, o namoro preenche a lacuna da
imaturidade e propicia renovação
psicológica e
conforto físico, sem ardência de paixão, nem frustração amorosa
antes do tempo.
Do livro
ADOLESCÊNCIA E VIDA – DIVALDO P.FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS