A Liga, no princípio dos anos sessenta, era considerada quase como um clube privado. Reunia-se aqui a alta sociedade de então com entradas restritas e reservas de mesas para os bailes chiques que aqui tinham lugar. Era um edifício antigo, diversas vezes remodelado e que ficava defronte à Câmara, tendo de permeio o belo jardim Municipal. Tinha uma vizinhança “vip” – as residências do Intendente do Governo e do Delegado Regional de Saúde da Zambézia. Do outro lado o vizinho era mais humilde, mas nem por isso menos simpático: a fazer esquina ficava a sapataria do Zé Maria. Alguém que toda a cidade conhecia.
Por diversas vezes a Cruz Vermelha utilizou este local para as suas famosas verbenas com a finalidade de angariarem fundos para o movimento. Verbenas essas que tinham sucesso garantido. Também a direcção do Clube cedia muitas vezes os seus salões para festas de casamentos. Ignoro se eram cedências gratuitas ou a troco de alguma compensação monetária. Sei que fui a muitas festas de casamento neste Clube e o ambiente era sempre agradável.
Esta foto é do casamento da Manuela Sequeira Ribeiro. É claro que os noivos já tinham desaparecido daqui… Estes eram os folgazões prontos para a reinação. E quem comandava as “tropas”? O senhor Amaral (“Pele e Osso”) que era uma pessoa divertidíssima e bem-disposta.
Na 1ª fila, de pé, da esquerda para a direita: José Carlos Gentil, Lourdes Cavaleiro, Ana Branca Lobo, Madeira, Paiva, Leonor Perdiz, Tony Salazar, Tito, Guerra, Jójó e Pereira.
Na 2ª fila, sentados: Lena Perdiz, Amaral (Pele e Osso), Antunes, por trás, Teresa Cavaleiro, Graça Pereira, Maria José Campos, Zeca Santos.
De joelhos: destas pequenitas lembro-me da Manecas, Manuela Lobo, a irmã da Maria José e a Margarida Serpa Rosa.