Semanada >   H. Jackson Brown, Jr.
When you lose, don't lose the lesson

segunda-feira, junho 01, 2009

Natal é todos os dias



O Exmo. Senhor Professor Aníbal Cavaco Silva, homem de Finanças, na qualidade institucional de Presidente da República, teve a gentileza de nos informar, vai para uns meses, que apenas concedeu uns trocos ao BPN e respectivo Grupo. Acreditámos que a revelação tinha um fundo de sinceridade. Uma coisita de somenos importância que é a proficiência – sem espírito santo de orelha, claro – de incrementar uns quase 400 mil euros, pai e filha, no jogo bolsita, acções adquiridas em 2001 a 1 euro e vendidas dois anos passados a 2 euros e 40 cêntimos, portanto, como diria António Guterres, façam-se as contas. Convenhamos que a situação permite as mais torpes especulações, tendo em conta as orientações políticas maioritárias do estabelecimento – não tantas, claro está, como deu a entender o Exmo. Sr. Professor Vital Moreira, sendo que há uns PS’s de permeio.
Ao que parece, nesta propensão para fazer juízos apressados, somos capazes de não ter deslindado correctamente qual a boa e a má moeda e o sentido da interjeição que fez ressonância, pelo que seria duma utilidade enorme, caros "chefes", darem indicações sobre o que fazer para aliviar a consciência das formiguinhas? Vamos a correr apoiar a campanha de Santana Lopes ou assobiamos para o lado e ficamos a remoer por ninguém ter avisado que o Pai Natal estava no BPN, a dar e a criar buracões pró Estado pagar? Ou será que o Exmo. Sr. Dr. Santana Lopes também aproveitou a tendência da instituição para fomentar umas mais-valias dum qualquer pé-de-meia, dum crédito ou duma sobra de campanha? Ele, o filho e a sombra dele, que não descola.
No post sobre o assunto João Tunes remata com"As castanhas vieram do mesmo castanheiro". Ou como vaticina Miguel Abrantes, no Câmara Corporativa, " (...) o inquilino de Belém vai ter dificuldade em sair ileso desta refrega. Alguém deu à manivela do acelerador de partículas." É… quanto não vale ter amigos que se relacionam todos os dias com o maravilhoso Pai Natal.

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sexta-feira, maio 08, 2009

Zeitgeist: da ganância, do dinheiro, das energias...

Não é sinal de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente
J. Krishnamurti



Se tiver algum tempo livre, veja o Zeitgeist Addendum (2008), um filme "anti-sistema", com cerca de duas horas e legendado. Também pode visionar o primeiro filme, creio que de 2007, disponível por inteiro ou em partes, igualmente legendado, no link que se disponibiliza.
No Zeitgeist Addendum a ideia mais desenvolvida tem a ver com o conteúdo do libreto publicado em 1992 pela Federal Reserve Bank of Chicago – um dos doze bancos regionais da da reserva americana -, com o título Modern Money Mechanics (Mecânica Monetária Moderna)que explica tecnicamente a produção do dinheiro (feito a partir do nada), abordando ainda e o funcionamento das reservas bancárias e expansão dos depósitos, bem como o sistema que originou a actual crise internacional, resultante da globalização. No filme é ilustrado também o conceito de "corporatocracia" e o seu objectivo principal: o lucro e apenas o lucro.
Os dois filmes não aclaram a nossa crise doméstica, que tem fundamentos mais distintos, mas em certa medida ajudam a percebê-la, porque também ela sacrificada pela globalização.

Nunca se sabe... talvez consigamos acordar para o mundo de hoje, tal como José Sócrates nos pediu. Convenhamos também, que ao ver os dois filmes ficamos quase convencidos que o Futuro não pertence a Deus. Quase convencidos...

Nota: de modo simplista, a tradução de Zeitgeist poderá ser sensivelmente a mesma de mainstream, assim como o espírito do tempo e da sociedade.

botlink Zeitgeist, Addendum (2008) > legendado
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sábado, abril 04, 2009

Ausência de valores ou falta de escrúpulos?

Admito: ando realmente baralhado com as notícias que salpicam o quotidiano; umas sobre a hipotética “campanha negra”, que se diz para aí ter como alvo o Exmo. Senhor Primeiro-Ministro ou, pior ainda, outras relativas ao grau efectivo de responsabilidade dos gestores da banca e dos financeiros, enfim, para não referir, não direi a falta de valores – o que seria cortesia a mais – mas antes a falta de escrúpulos patente na tomada de muitas decisões, tantas vezes traduzidas por raciocínios espantosos tornados públicos – entre alguns recentes, um em particular, que em 60 segundos foi esclarecedor sobre os desvios mentais do 25 de Abril, o estado actual do regime e do nível de debilidade do sistema, nesta “quinta” em que se tornou banal ter mentalidade de malfeitor.
A propósito da nossa condição de eleitores/contribuintes, meros figurantes/espectadores, recomendo a leitura do texto do admirável Vicente Jorge Silva, com o título “Simplesmente figurantes”, publicado nos blogues do semanário Sol. Sublinhei um excerto.

Esta perturbante interrogação pode afinal alargar-se a todo o universo financeiro e constituir a chave para explicar não apenas o insondável mistério da crise internacional, mas também os enredos enigmáticos em que se envolveram alguns bancos portugueses, como o BCP, o BPN ou o BPP.A vertigem da virtualidade financeira transportou o mundo para fora da realidade, para um «alegado filme» onde não existem actores mas apenas figurantes – e figurantes que nem sequer o são verdadeiramente. Daí a dificuldade em encontrar responsáveis que possam responder pelos seus actos, já que nenhum actor os praticou.
botlink Sol > blogues > Vicente Jorge Silva


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sexta-feira, janeiro 25, 2008

Os modelos… globais

No Activismo de Sofá, um interessante post com o título A Corda Bamba dos Mercados Financeiros. Leia-se, sff.

É um modelo económico cujas alternativas não têm vingado. Apresenta-se hoje como uma quase fatalidade. Mas, em jeito provocatório e populista até, pergunto: estaremos condenados a um sistema onde uma falência nos Estados Unidos ou em Tóquio influencia a miserável pensão da senhora do 1ª esquerdo do meu prédio? Estranha fatalidade esta…
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Se crashar… suponhamos



Um post instrutivo no Blasfémias, por João Miranda, com o título Crash. Apenas uma conjectura, que, na realidade, parece ser coisa corrente e controlada. Não se perde nada em considerar o cenário. Nunca se sabe o que está escondido debaixo do tapete.

Vamos supor que o banco central imprime notas e as empresta a juros baixos a meia dúzia de grandes clientes (bancos).
Como há mais notas em circulação, o dinheiro deveria passar a valer menos. No entanto, os agentes económicos não actualizam imediatamente o valor que atribuem ao dinheiro. Diferentes agentes actualizarão a sua percepção do valor do dinheiro a ritmos diferentes.
João Miranda, in Blasfémias
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Prostitutas armadas em Senhoras?



No Claro, uma opinião do José Mateus, que naturalmente partilho e registo aqui.

A imensa maioria das coisas que tenho lido (e, acreditem, tenho lido mesmo muito…) sobre o caso BCP são de uma infinita ligeireza e parecem moralismos escritos por falsas virgens ignorantes. Não sei se as "virgens" são ou não falsas mas o seu pretenso pudor, o seu moralismo bacoco, são mesmo filhos da total ignorância da realidade. Porque raio é que, em Portugal, os opinion-makers e até mesmo os jornalistas não aceitam a ideia de tentar informar-se um bocadinho sobre a realidade antes de opinarem sobre a dita…?
O caso BCP, fiquem a saber, ainda vai dar muito que falar (quanto mais não seja porque a SEC americana se meteu nesta embrulhada) e ainda vai surpreender muito (nem digo se bem ou se mal, digo apenas surpreender e muito) toda esta gente que (armada em falsa virgem ou velha puta) por aí anda, como o diz o povo, a "arrotar postas de pescada"… Parafraseando Jorge Coelho, há uma grande falta de... inteligência económica.
José Mateus, in blog Claro
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sexta-feira, janeiro 04, 2008

Smoke Gets In Your Eyes



A nossa Caixa e os critérios para fiar
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quarta-feira, janeiro 02, 2008

Acordem e habituem-se !

Não tenho escrito grande coisa. O que, vendo bem, não é grave. Não é que as minhas notas tenham alguma relevância mas, não escrevendo, interrompo a terapia ocupacional, prisma pelo qual encaro este blogue. E como aumenta cada vez mais a vontade de maledicência, o melhor, claro está, é ficar calado... não vá um bufo levar a coisa a sério e tecê-las.



Neste primeiro dia do ano quero agradecer ao Luís por ter adoptado e divulgado o meu Season's Greetings Card que, modéstia à parte, é porreiro, pá. Saiu-me bem, mas creio que aumentou as animosidades, sobretudo de certos serventuários que querem mostrar serviço junto dos chefes.
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Neste dia 1 comecei também por registar a sugestão de leitura do Tomás, que nos empurra para um texto engraçadíssimo no DN, do Nuno Brederode dos Santos, “À beira das doze passas”, sobre um naco amargo das nossas misérias actuais, no caso apensas às referências aparentemente impolutas da nossa Economia, em particular as da banca e respectivos correligionários, um texto que termina desta maneira elucidativa: "Salazar não é da Pide. A Pide é que é de Salazar" - texto que pode ser complementado por outro, com o título (desjustado e exagerado, aliás) de PS, S.A., da autoria de António Barreto, de que destaco uns excertos.
É um velho mito das Esquerdas: o poder político deve comandar o poder económico. Uns consideram que o “poder político” é o do soberano, do eleitor. Outros têm um entendimento mais vasto: é o poder dos políticos, sejam ministros ou vereadores, directores gerais ou deputados.
(…)
Há quem pague as obras nas sedes dos partidos, quem simplesmente financie as suas actividades e quem subsidie as campanhas eleitorais. Há também quem encontre outras maneiras de facilitar as decisões: depósitos no estrangeiro, transacções em “dinheiro vivo”, subsídios a instituições desportivas, culturais ou mesmo de beneficência. Nos partidos, há gente especializada nesse negócio. Uns são brutos, tratam dos trocos e recebem percentagem. Outros são delicados gestores ou representantes de boas famílias que se ocupam dos grandes números.
(…)
Estamos a viver episódios de real perda de autonomia do capitalismo nacional. Alguns dos seus dirigentes prestam-se com agilidade e gratidão à promiscuidade. Uns com interesse puro e simples. Outros com receio de serem presos. Ou apanhados na operação Furacão.
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Avanço, neste primeiro dia, igualmente para um texto de Pacheco Pereira sobre a blogosfera, o qual não consegui ler até ao fim, mas achei interessantíssimo para entreter estes serões chuvosos da província - nota, aliás, bem comentada por Pedro Caeiro, no Mar Salgado, blogue no qual sugiro também a leitura da nota com o título “Teoria geral dos balanços”, de Filipe Nunes Vicente.

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