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quinta-feira, novembro 15, 2012
domingo, maio 13, 2012
sábado, abril 14, 2012
Cientistas contam milhares de pinguins a partir do espaço
Um novo estudo usou satélites para descobrir que existem 595.000 pinguins-imperador na Antárctida, ou seja, duas vezes mais do que se pensava. As conclusões da investigação sobre o impacto das alterações do Ambiente nas populações desta ave icónica foram publicadas na revista PLoS ONE.
“Ficámos encantados por sermos capazes de localizar e identificar tantos pinguins-imperador”, disse o principal autor do estudo, Peter Fretwell, e membro do British Antarctic Survey (BAS). “Contámos 595.000 aves, quase o dobro das estimativas anteriores, entre 270.000 e 350.000 animais. Este é o primeiro censo completo de uma espécie, feito a partir do espaço”, acrescentou.
Uma equipa internacional de cientistas utilizou imagens de satélite de muito alta resolução para estimar o número de pinguins em cada colónia em redor da zona costeira da Antárctida. Com uma nova tecnologia que permite aumentar a resolução das imagens de satélite, a equipa conseguiu diferenciar aves, gelo, sombras e fezes de pinguins (chamado guano). Para calibrar a análise das populações, os cientistas fizeram contagens no terreno e tiraram fotografias aéreas.
O pinguim-imperador nidifica em áreas que são muito difíceis de estudar porque são muito remotas e muitas vezes inacessíveis, com temperaturas que podem descer até aos 50ºC negativos.
“Os métodos que usámos são um enorme avanço na ecologia da Antárctida, porque podemos fazer investigação de forma segura e eficiente, com poucos impactos ambientais”, disse Michelle LaRue, co-autora do trabalho e investigadora da Universidade do Minnesota.
No gelo, estes pinguins com a sua plumagem branca e preta destacam-se no branco da neve e as colónias são claramente visíveis nas imagens de satélite. Isto permitiu à equipa analisar 44 colónias de pinguim-imperador em torno da costa da Antárctida, descobrindo sete até agora desconhecidas.
Os cientistas estão preocupados que, em algumas regiões da Antárctida, Primaveras que chegam mais cedo estejam a fazer desaparecer o gelo no mar, habitat dos pinguins. “As investigações científicas actuais sugerem que as colónias de pinguim-imperador serão gravemente afectadas pelas alterações climáticas”, acrescentou o biólogo Phil Trathan, do BAS, e outro co-autor do estudo. “Um censo rigoroso à escala do continente pode ser facilmente repetido regularmente para nos ajudar a monitorizar os impactos das mudanças futuras nesta espécie icónica.”
A investigação resultou da colaboração do BAS, da Universidade do Minnesota/National Science Foundation, do Instituto de Oceanografia Scripps e da Divisão Antárctida Australiana. fonte:PUBLICO
quinta-feira, março 15, 2012
Havia uma outra espécie de humano na China até ao nascer da agricultura?
Na China, até há 11.500 anos, quando a agricultura estava a despontar, pode ter vivido uma outra espécie de seres humanos, da qual não tínhamos notícia até agora.Investigadores australianos e chineses relatam na revista Public Library of Sciences ONE como ao analisarem fósseis descobertos em 1979 na caverna de Loglin, na província de Guangxi, no sudoeste da China, se depararam com o que tudo indica ser um humano anatomicamente diferente de tudo o que foi descrito até agora.
Tem ossos espessos, arcadas supraciliares salientes, um rosto espalmado e curto e um queixo tipicamente humano. “Resumindo, é anatomicamernte único entre todos os membros da árvore evolutiva humana”, disse Darren Cumoe, à revista New Scientist. O investigador pertence à Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália e é o principal autor do trabalho.
Outros destes fósseis, que têm entre 14.300 e 11.500 anos, foram recuperados noutra gruta próxima, em Maludong ou Caverna do Veado Vermelho – porque lá se encontram vestígios a indicar que os seus ocupantes tinham um fraco por carne de veado vermelho gigante, hoje extinto, diz o Guardian. Estes, são os fósseis mais recentes que se conhece, que parecem ser de uma espécie de humanos que não a nossa.
Os cientistas baptizaram informalmente esta população como o “povo do veado vermelho”, mas não têm uma visão clara de como a inserir na árvore genealógica da evolução humana, que nos últimos anos se tornou uma história muito mais complicada.
A descoberta de genes de Neandertal no nosso genoma, em 2010, tornou a história definitivamente baralhada. Toda a gente que não seja de descendência recente africana tem entre um e 4% de genes destes nossos primos europeus, hoje extintos. A tendência é para encarar o Homo sapiens hoje como um mosaico, o produto de uma história evolutiva na qual se podem ter cruzado várias linhagens, entretanto desaparecidas, mas que podem ter deixado alguns traços no nosso ADN. Somos hoje os únicos herdeiros de uma história evolutiva que no passado foi muito mais rica, onde várias espécies de humanos terão coexistido.
Os fósseis agora identificados podem estar relacionados com alguns dos membros mais longínquos da nossa espécie, que evoluiu em Àfrica, há cerca de 200 mil anos – algum grupo terá chegado à Ásia e China. Curnoe disse à New Scientist preferir a ideia de que o povo do veado vermelho seja uma nova linha evolutiva, que surgiu no Leste da Ásia, e viveu em paralelo com a nossa espécie. fonte:PUBLICO
Tem ossos espessos, arcadas supraciliares salientes, um rosto espalmado e curto e um queixo tipicamente humano. “Resumindo, é anatomicamernte único entre todos os membros da árvore evolutiva humana”, disse Darren Cumoe, à revista New Scientist. O investigador pertence à Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália e é o principal autor do trabalho.
Outros destes fósseis, que têm entre 14.300 e 11.500 anos, foram recuperados noutra gruta próxima, em Maludong ou Caverna do Veado Vermelho – porque lá se encontram vestígios a indicar que os seus ocupantes tinham um fraco por carne de veado vermelho gigante, hoje extinto, diz o Guardian. Estes, são os fósseis mais recentes que se conhece, que parecem ser de uma espécie de humanos que não a nossa.
Os cientistas baptizaram informalmente esta população como o “povo do veado vermelho”, mas não têm uma visão clara de como a inserir na árvore genealógica da evolução humana, que nos últimos anos se tornou uma história muito mais complicada.
A descoberta de genes de Neandertal no nosso genoma, em 2010, tornou a história definitivamente baralhada. Toda a gente que não seja de descendência recente africana tem entre um e 4% de genes destes nossos primos europeus, hoje extintos. A tendência é para encarar o Homo sapiens hoje como um mosaico, o produto de uma história evolutiva na qual se podem ter cruzado várias linhagens, entretanto desaparecidas, mas que podem ter deixado alguns traços no nosso ADN. Somos hoje os únicos herdeiros de uma história evolutiva que no passado foi muito mais rica, onde várias espécies de humanos terão coexistido.
Os fósseis agora identificados podem estar relacionados com alguns dos membros mais longínquos da nossa espécie, que evoluiu em Àfrica, há cerca de 200 mil anos – algum grupo terá chegado à Ásia e China. Curnoe disse à New Scientist preferir a ideia de que o povo do veado vermelho seja uma nova linha evolutiva, que surgiu no Leste da Ásia, e viveu em paralelo com a nossa espécie. fonte:PUBLICO
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Telescópio Hubble descobre nova classe de planeta com mais água que a Terra
Astrónomos confirmaram a existência de um planeta diferente de todos os conhecidos até agora e que terá mais água que a Terra. O GJ1214b, a 40 anos-luz do nosso planeta, foi descoberto pelo telescópio espacial Hubble.O GJ1214b, mais pequeno que Urano e maior que a Terra, é descrito como um “mundo de água” distante, envolvido numa espessa atmosfera de vapor de água, segundo um estudo que foi aceite para publicação na revista Astrophysical Journal.
“Uma grande quantidade da sua massa é feita de água”, disse em comunicado o astrónomo Zachory Berta, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, que coordenou a equipa internacional de investigadores. “O GJ1214b é diferente de todos os planetas que conhecemos.”
O GJ1214b, a 40 anos-luz da Terra, foi descoberto em 2009 por uma equipa liderada por David Charbonneau que trabalhou com uma série de oito telescópios, no estado norte-americano do Arizona. No ano seguinte, uma outra equipa de cientistas, coordenada por Jacob Bean, tinha descoberto que a atmosfera do planeta poderia ser composta maioritariamente por água.
Agora os investigadores conseguiram confirmar detalhes sobre a atmosfera deste planeta, através da observação de imagens conseguidas pelo telescópio espacial Hubble. De acordo com a NASA, o GJ1214b tem 2,7 vezes o diâmetro da Terra e uma massa quase sete vezes maior. O planeta completa uma órbita em volta de uma estrela anã vermelha a cada 38 horas, a uma distância de dois milhões de quilómetros. Os cientistas estimam que a temperatura à sua superfície seja de 230º C.
Como a massa e o tamanho do planeta são conhecidos, os cientistas podem calcular sua densidade: apenas dois gramas por centímetro cúbico. A água, por exemplo, tem densidade de um grama por centímetro cúbico, enquanto a densidade média da Terra é de 5,5. Isso sugere que o GJ1214b tem muito mais água que a Terra e muito menos rocha. Por isso, a estrutura interna do planeta seria "extraordinariamente diferente" em relação à Terra. “As elevadas temperaturas e as elevadas pressões podem formar materiais exóticos como ‘gelo quente’ e ‘água superfluída’, substâncias que são completamente estranhas à nossa experiência do dia-a-dia”, comentou Zachory Berta.
Os teóricos acreditam que o GJ1214b se começou a formar longe da sua estrela, onde o gelo era abundante, e que depois se aproximou, passando pela zona onde as temperaturas à superfície seriam semelhantes às da Terra. Os cientistas não sabem dizer quanto tempo ele teria ficado nesta posição.
Este planeta é um forte candidato para ser objecto de estudo do telescópio espacial James Webb, que deverá ser lançado em 2018. (in Publico)
“Uma grande quantidade da sua massa é feita de água”, disse em comunicado o astrónomo Zachory Berta, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, que coordenou a equipa internacional de investigadores. “O GJ1214b é diferente de todos os planetas que conhecemos.”
O GJ1214b, a 40 anos-luz da Terra, foi descoberto em 2009 por uma equipa liderada por David Charbonneau que trabalhou com uma série de oito telescópios, no estado norte-americano do Arizona. No ano seguinte, uma outra equipa de cientistas, coordenada por Jacob Bean, tinha descoberto que a atmosfera do planeta poderia ser composta maioritariamente por água.
Agora os investigadores conseguiram confirmar detalhes sobre a atmosfera deste planeta, através da observação de imagens conseguidas pelo telescópio espacial Hubble. De acordo com a NASA, o GJ1214b tem 2,7 vezes o diâmetro da Terra e uma massa quase sete vezes maior. O planeta completa uma órbita em volta de uma estrela anã vermelha a cada 38 horas, a uma distância de dois milhões de quilómetros. Os cientistas estimam que a temperatura à sua superfície seja de 230º C.
Como a massa e o tamanho do planeta são conhecidos, os cientistas podem calcular sua densidade: apenas dois gramas por centímetro cúbico. A água, por exemplo, tem densidade de um grama por centímetro cúbico, enquanto a densidade média da Terra é de 5,5. Isso sugere que o GJ1214b tem muito mais água que a Terra e muito menos rocha. Por isso, a estrutura interna do planeta seria "extraordinariamente diferente" em relação à Terra. “As elevadas temperaturas e as elevadas pressões podem formar materiais exóticos como ‘gelo quente’ e ‘água superfluída’, substâncias que são completamente estranhas à nossa experiência do dia-a-dia”, comentou Zachory Berta.
Os teóricos acreditam que o GJ1214b se começou a formar longe da sua estrela, onde o gelo era abundante, e que depois se aproximou, passando pela zona onde as temperaturas à superfície seriam semelhantes às da Terra. Os cientistas não sabem dizer quanto tempo ele teria ficado nesta posição.
Este planeta é um forte candidato para ser objecto de estudo do telescópio espacial James Webb, que deverá ser lançado em 2018. (in Publico)
Cientistas russos ressuscitaram flor com 30 mil anos
O poder de conservação das plantas é bem conhecido pelos cientistas. As sementes podem germinar passado muito tempo, 2000 anos até, no caso de sementes de palmeiras encontradas numa fortaleza de Masada, perto do Mar Morto, em Israel. Mas os resultados obtidos pela equipa liderada por Svetlana Yashina e David Gilichinsky, da Academia de Ciências Russa, não têm precedentes. “No presente, as plantas da S. stenophylla são os mais antigos organismos multicelulares viáveis”, escreveram os autores no artigo.
A planta que conseguiram regenerar da espécie Silene stenophylla continua a crescer na Sibéria. Mas este material biológico da flor estava escondido num dos 70 buracos de hibernação feitos pelos esquilos que viviam naquela altura, que os cientistas investigaram, no Nordeste da Sibéria.
“Todos os buracos foram encontrados a profundidades de 20 a 40 metros, da superfície de hoje, e estão localizados nas mesmas camadas onde existem ossos de grandes mamíferos como mamutes, rinocerontes-lanudos, bisontes, cavalos, veados, alces, e outros representantes da fauna” do Plistocénico tardio, escreveu a equipa.
Os buracos estão na acamada de permafrost, uma camada de solo gelada e que funciona como um congelador gigante. Este solo manteve durante dezenas de milhares de anos o material a uma temperatura média de -7 graus célsius. No laboratório, através da técnica de Carbono 14, os cientistas aferiram a idade do material, que tem cerca de 31.800 anos, com um erro de 300 anos.
O material continha sementes e partes do fruto da espécie vegetal. A equipa tentou germinar as sementes, mas não obteve sucesso, depois utilizaram partes vivas do furto da planta. Ao contrário dos animais, é possível regenerar uma planta a partir de partes vivas de um espécime, que nas condições certas, acabam por se desenvolver dando origem a raízes, caules, folhas, flores e frutos. No fundo, desenvolve-se um clone. Foi o que aconteceu nesta experiência, os cientistas colocaram a germinar pedaços do fruto, que germinou e deu uma planta com flores. Os cientistas conseguiram ainda produzir novas plantas a partir das sementes produzidas por estas flores.
Segundo os autores, este “milagre” foi possível, porque as células do fruto utilizadas para a germinação eram ricas em açúcar, o que protegeu o ADN e o material das células do frio. Esta protecção possibilitou a multiplicação celular quando a equipa pôs o material a germinar.
“Isto é uma enorme descoberta”, disse Grant Zazula, cientista do Programa de Paleontologia de Yukon, do Canadá, ao New York Times, defendendo que “não tem dúvidas” dos resultados obtidos pelos cientistas russos serem verdadeiros.
As novas plantas têm uma fisionomia diferente no formato das flores em relação aos espécimes de hoje. Os cientistas não conseguiram explicar a causa destas diferenças. A equipa defende que esta descoberta pode ajudar a compreender melhor o processo da evolução das espécies, além de dar mais informação sobre o clima que existia ali há 30.000 anos.
Mais excitante, contudo, são as novas possibilidades de regenerar plantas que entretanto se extinguiram, e cujo material se mantém conservado na natureza por um processo semelhante. “Há uma oportunidade de ressuscitar flores que foram extintas da mesma forma que falamos em trazer os mamutes de volta à vida, a ideia parecida com a do Jurassic Park”, disse Robin Probert, do Banco de Sementes Milénio, Reino Unido, citado pela BBC News.
in:PUBLICO
A planta que conseguiram regenerar da espécie Silene stenophylla continua a crescer na Sibéria. Mas este material biológico da flor estava escondido num dos 70 buracos de hibernação feitos pelos esquilos que viviam naquela altura, que os cientistas investigaram, no Nordeste da Sibéria.
“Todos os buracos foram encontrados a profundidades de 20 a 40 metros, da superfície de hoje, e estão localizados nas mesmas camadas onde existem ossos de grandes mamíferos como mamutes, rinocerontes-lanudos, bisontes, cavalos, veados, alces, e outros representantes da fauna” do Plistocénico tardio, escreveu a equipa.
Os buracos estão na acamada de permafrost, uma camada de solo gelada e que funciona como um congelador gigante. Este solo manteve durante dezenas de milhares de anos o material a uma temperatura média de -7 graus célsius. No laboratório, através da técnica de Carbono 14, os cientistas aferiram a idade do material, que tem cerca de 31.800 anos, com um erro de 300 anos.
O material continha sementes e partes do fruto da espécie vegetal. A equipa tentou germinar as sementes, mas não obteve sucesso, depois utilizaram partes vivas do furto da planta. Ao contrário dos animais, é possível regenerar uma planta a partir de partes vivas de um espécime, que nas condições certas, acabam por se desenvolver dando origem a raízes, caules, folhas, flores e frutos. No fundo, desenvolve-se um clone. Foi o que aconteceu nesta experiência, os cientistas colocaram a germinar pedaços do fruto, que germinou e deu uma planta com flores. Os cientistas conseguiram ainda produzir novas plantas a partir das sementes produzidas por estas flores.
Segundo os autores, este “milagre” foi possível, porque as células do fruto utilizadas para a germinação eram ricas em açúcar, o que protegeu o ADN e o material das células do frio. Esta protecção possibilitou a multiplicação celular quando a equipa pôs o material a germinar.
“Isto é uma enorme descoberta”, disse Grant Zazula, cientista do Programa de Paleontologia de Yukon, do Canadá, ao New York Times, defendendo que “não tem dúvidas” dos resultados obtidos pelos cientistas russos serem verdadeiros.
As novas plantas têm uma fisionomia diferente no formato das flores em relação aos espécimes de hoje. Os cientistas não conseguiram explicar a causa destas diferenças. A equipa defende que esta descoberta pode ajudar a compreender melhor o processo da evolução das espécies, além de dar mais informação sobre o clima que existia ali há 30.000 anos.
Mais excitante, contudo, são as novas possibilidades de regenerar plantas que entretanto se extinguiram, e cujo material se mantém conservado na natureza por um processo semelhante. “Há uma oportunidade de ressuscitar flores que foram extintas da mesma forma que falamos em trazer os mamutes de volta à vida, a ideia parecida com a do Jurassic Park”, disse Robin Probert, do Banco de Sementes Milénio, Reino Unido, citado pela BBC News.
in:PUBLICO
quarta-feira, dezembro 14, 2011
A "chuva de estrelas" mais potente do ano
A chuva de meteoros Gemínidas, a mais potente do ano, vai alcançar, esta quinta-feira de madrugada, a sua máxima actividade, podendo ser avistada até sexta-feira a partir de quase todos os lugares da Terra.
foto NASA |
Mas o espectáculo desta semana é diferente, por as partículas espaciais não serem restos de um cometa, mas de um estranho objecto rochoso designado 3200 Faetón, que liberta escombros empoeirados, as chamadas Gemínidas.
A Agência Espacial norte-americana (NASA) desafia os internautas a assistirem esta noite em directo à "chuva de estrelas" através da Internet, pela página "Up All Night with NASA".
Os especialistas da NASA responderão em directo às dúvidas dos internautas desde o Centro Marshall para Voos Espaciais a partir das 23.00 horas locais (04.00 horas de quinta-feira em Portugal continental).
A lua dificultará a observação da "chuva de estrelas", mas se o céu estiver limpo prevê-se que possam ser observadas cerca de 40 Gemínidas por hora. fonte JN
terça-feira, novembro 29, 2011
Abreviaturas nos SMS altera processamento de linguagem
A utilização de abreviaturas e símbolos nas mensagens de texto enviadas por telemóvel (SMS) ou Internet pode alterar a forma de processar do cérebro, modificando a própria linguagem, defendeu, em entrevista à Lusa, o neuropsicólogo Michael Corballis.
Para o neuropsicólogo neozelandês, que está hoje em Portugal para participar na conferência "A Origem da Linguagem", as mudanças acontecerão "em pequenas doses".
"Os novos media [textos de SMS ou na Internet] podem alterar a linguagem em pequenas doses. Por exemplo, nos SMS, as pessoas usam abreviaturas e símbolos que podem ter pequenos efeitos na forma como o cérebro processa a linguagem".
Apesar desta evolução ser natural até porque "a linguagem está continuamente a mudar e a diversificar-se", Michael Corballis duvida que o futuro traga uma língua universal.
"Existem hoje em dia mais de 6.000 línguas no mundo, o que torna muito pouco provável a existência de uma linguagem universal", afirmou.
Embora reconheça que as rádios, televisões e Internet proporcionem uma "maior universalidade", o cientista lembrou que "as pessoas tendem naturalmente a defender a sua língua e a preservar as diferenças".
"Os novos media [textos de SMS ou na Internet] podem alterar a linguagem em pequenas doses. Por exemplo, nos SMS, as pessoas usam abreviaturas e símbolos que podem ter pequenos efeitos na forma como o cérebro processa a linguagem".
Apesar desta evolução ser natural até porque "a linguagem está continuamente a mudar e a diversificar-se", Michael Corballis duvida que o futuro traga uma língua universal.
"Existem hoje em dia mais de 6.000 línguas no mundo, o que torna muito pouco provável a existência de uma linguagem universal", afirmou.
Embora reconheça que as rádios, televisões e Internet proporcionem uma "maior universalidade", o cientista lembrou que "as pessoas tendem naturalmente a defender a sua língua e a preservar as diferenças".
quarta-feira, novembro 16, 2011
Vídeo da NASA convida a uma viagem à volta da Terra
A NASA divulgou imagens da Terra, captadas a partir da Estação Espacial Internacional, num vídeo onde se faz uma maravilhosa viagem orbital à volta ao planeta.
quarta-feira, novembro 09, 2011
Fisura vai criar icebergue do tamanho de Nova Iorque
in: DN, Lisboa
Cientistas da NASA descobriram uma fissura num glaciar da Antárctida, que continua a aumentar e dará origem, em 2012, a um icebergue do tamanho da superfície de Nova Iorque.
Segundo a agência espacial norte-americana, citada pela AFP, a fissura no glaciar de Pine Island, na parte ocidental da Antárctida, mede pelo menos 30 quilómetros de comprimento e 50 metros de profundidade.
A fenda, que dilata dois metros por dia, produzirá um bloco de gelo de cerca de 880 quilómetros quadrados, estimam peritos em glaciares, ressalvando que este fenómeno, que ocorre periodicamente na Antártida, resulta de um ciclo natural e não do aquecimento global.
O icebergue estará completamente formado no início do próximo ano.
A fenda, que dilata dois metros por dia, produzirá um bloco de gelo de cerca de 880 quilómetros quadrados, estimam peritos em glaciares, ressalvando que este fenómeno, que ocorre periodicamente na Antártida, resulta de um ciclo natural e não do aquecimento global.
O icebergue estará completamente formado no início do próximo ano.
sábado, outubro 22, 2011
Robô feito de Lego resolve o cubo mágico em 5 segundos
Um robô feito com peças de Lego e com um vulgar 'smartphone' como cérebro surpreende ao completar o famoso "cubo mágico" em pouco mais de 5 segundos.
A máquina usa a câmara do telefone para analisar as imagens do cubo. Depois, envia por Bluetoooth os sinais para pequenos motores eléctricos que realizam os movimentos necessários para terminar o 'puzzle'.
Como conta o site especializado em 'gadgets' Gizmodo, a máquina, criada por David Gilday e Mike Dobson, conseguiu com os seus 5,352 segundos bater o recorde para completar o cubo registado no Guinness - 5.66 segundos conseguidos pelo australiano Felils Zemdegs, um mero ser humano...
A máquina usa a câmara do telefone para analisar as imagens do cubo. Depois, envia por Bluetoooth os sinais para pequenos motores eléctricos que realizam os movimentos necessários para terminar o 'puzzle'.
Como conta o site especializado em 'gadgets' Gizmodo, a máquina, criada por David Gilday e Mike Dobson, conseguiu com os seus 5,352 segundos bater o recorde para completar o cubo registado no Guinness - 5.66 segundos conseguidos pelo australiano Felils Zemdegs, um mero ser humano...
terça-feira, outubro 18, 2011
Vermes resistiram ao meteorito que matou os dinossauros
fonte:DN, Lisboa
Durante décadas os cientistas reuniram dados reveladores de que a queda de um meteorito há 65 milhões de anos, causou uma extinção em massa que atingiu dinossauros e mamíferos permitindo assim que o Homem se tornasse o animal dominante na Terra. Agora um novo estudo, realizado na Universidade do Colorado, nos Estado Unidos, sugere que os vermes sobreviveram e foram a primeira espécie que prevaleceu no planeta após o desastre.
Até agora, o chamado limite KT - designação dos sedimentos do fim do cretáceo - entendia-se como o momento em que os mamíferos passaram a dominar o planeta e da proliferação das plantas aquáticas oportunistas, devido à pouca biodiversidade botânica.
No entanto, embora os sedimentos do impacto do meteorito tenham poucos fósseis animais, os pesquisadores da Universidade do Colorado, e, particularmante, a geóloga Karen Chin, encontraram provas de que havia muitos buracos nesses poucos centímetros. "Essas tocas fossilizadas são a prova de que havia muita actividade animal", afirmou Chin, que sugere que tenham sido feitas por vermes.
Os cientistas continuam a analisar a relação entre esses buracos encontrados nos fósseis e a extinção em massa das espécies que naquele período viviam na Terra, mas Karen Chin acredita que foram feitos apenas alguns milhares de anos depois.
Essa ideia terá de ser confirmada por futuras pesquisas, mas a ser verdade prova a resistência dos vermes ao impacto do meteorito que matou os dinossauros.
No entanto, embora os sedimentos do impacto do meteorito tenham poucos fósseis animais, os pesquisadores da Universidade do Colorado, e, particularmante, a geóloga Karen Chin, encontraram provas de que havia muitos buracos nesses poucos centímetros. "Essas tocas fossilizadas são a prova de que havia muita actividade animal", afirmou Chin, que sugere que tenham sido feitas por vermes.
Os cientistas continuam a analisar a relação entre esses buracos encontrados nos fósseis e a extinção em massa das espécies que naquele período viviam na Terra, mas Karen Chin acredita que foram feitos apenas alguns milhares de anos depois.
Essa ideia terá de ser confirmada por futuras pesquisas, mas a ser verdade prova a resistência dos vermes ao impacto do meteorito que matou os dinossauros.
quinta-feira, outubro 06, 2011
981 asteróides de grande dimensão ameaçam a Terra
Dos quase 20.000 asteróides que rondam o planeta, cerca de 981 são muito perigosos. Alguns poderão ter mais de 10 quilómetros de diâmetro, semelhantes aos que causaram a extinção dos dinossauros há milhões de anos.
Afinal, os asteróides entre 100 e 1.000 metros de diâmetro que rondam o planeta não são 35.000, como era suposto, mas sim apenas cerca de 20.000. O risco de colisão também é mais pequeno do que era estimado até agora. O problema é que 981 (pensava-se que fossem 1000) são de grandes dimensões e podem, de facto, chegar a ameaçar a Terra.
As novas observações desses corpos celestes - que orbitam a uma distância máxima do sol de 195 milhões de quilómetros e se aproximam da órbita terrestre - foram feitas pelo satélite Wise, da NASA, que observou mais de 100.000 asteróides na cintura entre Marte e Júpiter, 585 dos quais estão próximos da Terra.
Os resultados do estudo dirigidos pelo cientista Amy Maizer, investigador da NASA, foram publicados no "Astrophysical Journal".
NASA localizou 90% dos 981 asteróides de grande dimensão
"Este programa permite-nos fazer uma mostra mais completa da quantidade de asteróides que rondam a Terra e estimar da forma mais precisa possível a sua população total", enfatizou Amy Mainzer.
A NASA, em colaboração com outros organismos, localizou mais de 90% dos 981 asteróides de grande tamanho. Ou seja, 911.
O estudo permite concluir que o risco de colisão com a Terra é inferior ao que se pensava. No entanto, a maior parte desses asteróides, ou seja, cerca de 15.000, está ainda por descobrir. O que significa que são necessários mais estudos para avaliar o risco que representam.
Recorde-se que os dinossauros foram extintos há milhões de ano devido - a teoria mais corrente - à colisão de um asteróide de mais de 10 quilómetros de diâmetro com a Terra. Acredita-se que muitos dos 981 asteróides que rondam o planeta terão dimensão semelhante.
fonte: Expresso
quarta-feira, outubro 05, 2011
Alma, o mais complexo telescópio do mundo já está a trabalhar
A construção do radiotelescópio mais complexo do mundo ainda não terminou, mas o Alma já está a trabalhar oficialmente e pode observar fenómenos únicos no Universo, como a formação de estrelas a partir de material gelado que nem o olho humano, nem a maioria dos radiotelescópios, conseguiriam distinguir.
O Alma, acrónimo de Atacama Large Millimetre/submillimetre Array, está a ser construído no deserto de Atacama, no Chile, a cinco mil metros de altitude, onde não cai uma gota de água há anos, não existe poluição luminosa e onde a atmosfera é mais fina – perfeito para olhar o céu.
É agora composto por 20 satélites que se podem organizar nas mais variadas formas para observarem o Universo, consoante o objecto de estudo, número que já permite iniciar os trabalhos científicos. Mas vai continuar a crescer e em 2013, quando a construção estiver terminada, terá 63 antenas, cada uma de 12 metros.
“Vamos poder ser capazes de ver o início do Universo, como é que as primeiras galáxias se formaram. Vamos poder aprender muito mais sobre como é que funciona”, disse Diego Garcia à BBC News, um dos astrónomos do Alma, que declarou que este telescópio anunciava a entrada “para uma nova era dourada da astronomia”. O telescópio custou cerca de mil milhões de euros e é fruto de um trabalho de duas décadas que reuniu o esforço do Observatório Europeu do Sul, um consórcio de 15 países europeus, o Canadá, o Chile, o Japão, Taiwan e os Estados Unidos.
As primeiras imagens do Alma, quando era só composto por 12 telescópios e estava em fase de testes, foram libertadas nesta segunda-feira. As imagens são das galáxias Antena, duas galáxias, a NGC4038 e a 4039, que estão colidir na constelação do Corvo. Até agora, os astrónomos tinham só a imagem do Hubble. Com o Alma, as galáxias ganharam novas cores: vermelho, rosa e amarelo. Que anunciam moléculas de monóxido de carbono, presentes nas nuvens de hidrogénio que são o berço de novas estrelas.
Os aparelhos conseguem observar comprimentos de onda do tamanho de milímetros, as micro-ondas que os olhos humanos não vêem. Isto permite ver material cósmico muito frio que emite luz pouco energética.
“O Alma tem um aumento fantástico de sensibilidade, comparado com radiotelescópios anteriores, esperamos que, a cada três minutos em que o Alma esteja a observar o céu, descubra uma nova galáxia no Universo”, disse John Richer citado pelo Guardian, cientista da Universidade de Cambridge, responsável pelo projecto do telescópio.
O entusiasmo científico tem sido enorme. Os responsáveis pelo Alma já receberam 900 projectos para a primeira fase científica de trabalhos do telescópio. Infelizmente, o número de horas que o complexo pode trabalhar é limitado e só foram aceites 100. “Isto representa um nível de procura sem precedentes de qualquer telescópio espacial que esteja no chão”, disse em comunicado Lewis Ball, director do projecto.
Alguns dos mais interessantes projectos em que o Alma vai trabalhar vão olhar para perto. Um deles, irá estudar uma estrela que fica a 33 anos-luz do Sol, e viveu apenas um por cento da idade do nosso Sistema Solar. “Vamos utilizar o Alma para recolher imagens do anel de nascimento de planetesimais que acreditamos que orbitem esta estrela”, disse em comunicado David Wilner, que está à frente de um dos primeiros projectos científicos do telescópio. “Só com o Alma é que poderemos descobrir aglomerados nestas cinturas de asteróides, que podem marcar a presença de planetas que não se conseguem ver”, disse o cientista do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, em Cambridge.
Outro projecto vai olhar para o buraco negro massivo que existe no centro da Via Láctea, chamado Sagittarius A*, que tem quatro milhões de vezes de massa do Sol, a 26 mil anos-luz da Terra. “O Alma vai poder ver pedaços de luz vindos das imediações deste buraco negro super-massivo, e obter imagens das nuvens de gases que são apanhadas pela sua enorme força de atracção”, disse por sua vez Heino Falcke, professor e astrónomo da Universidade de Radboud, na Holanda. “Achamos que algum do gás pode estar a escapar das suas garras, à velocidade perto da velocidade luz”.(fonte Publico)
sexta-feira, setembro 23, 2011
Tecnologia que transforma o rosto em tempo real
fonte DN,Lisboa
Um novo programa informático 'substitui' automaticamente o rosto de qualquer pessoa por outro, retirado de uma fotografia, por exemplo. A tecnologia foi desenvolvida por Artur Castro, um informático espanhol, e o vídeo de demonstração está a fazer furor na Internet.
Como se percebe no vídeo, o programa transfere, em tempo real, as características da face de uma pessoa para outra.
Artur Castro demonstra o que o seu 'software' é capaz de fazer com o seu rosto e as imagens de Paris Hilton Barack Obama, Mao Zedong, Michael Jackson, Steve Jobs e até Fidel Castro. Em alguns casos o efeito tem um estranho resultado...
Segundo o jornal britânico "Daily Mail", o programa utiliza as tecnologias Facetracker e Facetracker Library, capazes de transferir de uma face para a outra formas como o contorno dos olhos e a estrutura do nariz e da boca.
Um novo programa informático 'substitui' automaticamente o rosto de qualquer pessoa por outro, retirado de uma fotografia, por exemplo. A tecnologia foi desenvolvida por Artur Castro, um informático espanhol, e o vídeo de demonstração está a fazer furor na Internet.
Como se percebe no vídeo, o programa transfere, em tempo real, as características da face de uma pessoa para outra.
Artur Castro demonstra o que o seu 'software' é capaz de fazer com o seu rosto e as imagens de Paris Hilton Barack Obama, Mao Zedong, Michael Jackson, Steve Jobs e até Fidel Castro. Em alguns casos o efeito tem um estranho resultado...
Segundo o jornal britânico "Daily Mail", o programa utiliza as tecnologias Facetracker e Facetracker Library, capazes de transferir de uma face para a outra formas como o contorno dos olhos e a estrutura do nariz e da boca.
terça-feira, setembro 20, 2011
Cometa Elenin passa a 16 de outubro "perto" da Terra
A passagem do Cometa Elenin "perto" da Terra e o fenómeno na Internet de que "algo catastrófico" pode acontecer no planeta em breve levou a NASA a lançar recentemente um comunicado intitulado "Cometa Elenin não ameaça Terra".
Terramotos, furacões, tsunamis, chuva de meteoros, construção de abrigos subterrâneos na Rússia, compra de kit"s de sobrevivência ou comparações ao hipotético Planeta X são algumas das informações veiculadas na Internet relacionadas com a passagem do cometa Elenin pela Terra.
Segundo cálculos da NASA, o Elenin, cometa detetado a 10 de dezembro de 2010 por Leonid Elenin (Lyubertsy, Rússia) e cujo nome científico é C/2010 X1, atingirá a máxima aproximação da Terra no próximo dia 16 de outubro.
"O que posso dizer para já é que não há perigo algum com a passagem do cometa Elenin, porque vai passar muito longe", disse, em entrevista à Agência Lusa o investigador Nuno Peixinho, do Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra e do Centro de Física Computacional.
Aquele cientista português refere ainda que não haverá perigo do Elenin tapar o sol, porque para o conseguir teria de estar a 400 quilómetros de distância da Terra e aquele corpo celeste vai passar a uma distância de 35 milhões de quilómetros, o que equivale quase 100 vezes a distância da Terra à Lua.
"Seria a mesma coisa que um mosquito passar entre nós e o sol, não o vemos", exemplifica o especialista da área da Astronomia, desmistificando também a ideia divulgada na Internet que o Elenin facilite o aparecimento de catástrofes naturais, como tsunamis, porque simplesmente a força da gravidade exercida sobre a Terra pelo cometa "é mínima", sendo, na prática, essencialmente nula. (fonte DN, Lisboa)
Segundo cálculos da NASA, o Elenin, cometa detetado a 10 de dezembro de 2010 por Leonid Elenin (Lyubertsy, Rússia) e cujo nome científico é C/2010 X1, atingirá a máxima aproximação da Terra no próximo dia 16 de outubro.
"O que posso dizer para já é que não há perigo algum com a passagem do cometa Elenin, porque vai passar muito longe", disse, em entrevista à Agência Lusa o investigador Nuno Peixinho, do Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra e do Centro de Física Computacional.
Aquele cientista português refere ainda que não haverá perigo do Elenin tapar o sol, porque para o conseguir teria de estar a 400 quilómetros de distância da Terra e aquele corpo celeste vai passar a uma distância de 35 milhões de quilómetros, o que equivale quase 100 vezes a distância da Terra à Lua.
"Seria a mesma coisa que um mosquito passar entre nós e o sol, não o vemos", exemplifica o especialista da área da Astronomia, desmistificando também a ideia divulgada na Internet que o Elenin facilite o aparecimento de catástrofes naturais, como tsunamis, porque simplesmente a força da gravidade exercida sobre a Terra pelo cometa "é mínima", sendo, na prática, essencialmente nula. (fonte DN, Lisboa)
sexta-feira, setembro 16, 2011
Penas de dinossauro em âmbar descobertas no Canadá
Ainda há poucos anos se imaginavam os dinossauros cobertos de escamas e não de penas, mas a ciência evoluiu e descobriu-lhes um passado mais fofo. Agora, de uma jazida canadiana bem conhecida por revelar insectos presos em âmbar saiu um variado tesouro de penas de dinossauro e aves antigas, com cerca de 70 milhões de anos, que permitem dar uma espreitadela para a história da evolução das penas.
Onze penas ou protopenas – as penas mais primitivas – preservadas em âmbar foram descobertas, entre 4000 amostras colhidas no Lago Grassy, no Canadá. São do Cretácico tardio e apresentam uma grande diversidade de morfologias, algumas primitivas, outras já bastante avançadas.
“Os espécimes incluem estruturas filamentosas semelhantes às protopenas dos dinossauros não-avianos, que não existem nas aves modernas, bem como penas de aves derivadas que apresentam pigmentação e adaptações para o voo e para mergulhar”, escreve a equipa da Universidade de Alberta, no Canadá, na edição desta semana da revista Science, num artigo que tem como principal autor Ryan McKellar.
“A diversidade de penas que foi identificada pela primeira vez no Jurássico tardio (160 a 145 milhões de anos antes do presente) e no início do Cretácico continuou no Cretácico tardio. [Esta descoberta mostra que] adaptações completas, ‘modernas’, já tinham aparecido antes da extinção dos dinossauros não-avianos”, escreve Mark Norrel, do Museu Americano de História Natural, num comentário à investigação publicado também na Science.
Aves e dinossauros estão relacionados – há quem diga simplesmente que as aves são os dinossauros que sobreviveram à extinção. Mas só na década de 1990, com as primeiras descobertas, sobretudo na China, se começou a colocar a hipótese de que dinossauros que não fossem antepassados directos das aves pudessem ter penas. Desde então, mais de uma vintena de géneros de dinossauros com penas, essencialmente terópodes, como o tiranossauro, foram identificados como tendo o corpo com penas – os seus restos fossilizados deram positivo para beta-queratina, a principal proteína das penas.
Até chegarmos a este ponto, o mistério da origem das penas das aves actuais, que são “estruturas incrivelmente complexas” , deixou os biólogos baralhados, durante muitas décadas, diz Mark Norrel. Até levou Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, a proclamar: "Olhar para uma pena na cauda de um pavão deixa-me doente”. (fonte Público)
terça-feira, setembro 13, 2011
Gatos fluorescentes resistentes ao vírus da SIDA
Um estudo concluiu que os gatos fluorescentes são resistentes à infecção pelo vírus da SIDA. A nova raça destes felinos, criada em laboratório, tem um genoma que os torna imunes à infecção pelo vírus que todos os anos provoca a morte a milhões de gatos.
Eric Poeschla, biólogo molecular da Clínica Mayo, nos EUA, e director do estudo, referiu em comunicado, que "uma das grandes vantagens desta investigação é que pretende melhorar tanto a saúde humana como a felina".
As semelhanças entre o VIF e o VIH-1, o vírus que desenvolve a SIDA no ser humano, incentivou a equipa de Poeschla a criar um modelo de estudo nos gatos, mediante a alteração do seu genoma. Segundo o diário espanhol "El Mundo", o método consiste na introdução de um gene no ADN do animal, utilizando um vírus como veículo.
Os investigadores recolheram óvulos destes animais e injectaram dois genes: um, que os tornaria fluorescentes, e que serviria de prova de que o outro gene, aquele que realmente interessa aos investigadores, se teria integrado correctamente no genoma. Este segundo gene, o TRIMCyp, provém do macaco e protegeria os gatos do VIF.
A experiência nos óvulos dos felinos criou três embriões que, posteriormente, originaram três gatos transgénicos, que brilham no escuro. Nas conclusões apresentadas, os investigadores referem que as células dos novos gatos, além de não contraírem o VIF, transmitiam a resistência ao vírus aos seus descendentes. (in-Jornal Notícias, Lisboa)
Cientistas norte-americanos criaram, em laboratório, uma espécie de gatos, fluorescentes, resistentes ao Vírus da Imunodeficiência Felina (VIF), que todos os anos causa a morte a milhões de felinos e é responsável pela pandemia de SIDA que afecta os gatos domésticos.
Eric Poeschla, biólogo molecular da Clínica Mayo, nos EUA, e director do estudo, referiu em comunicado, que "uma das grandes vantagens desta investigação é que pretende melhorar tanto a saúde humana como a felina".
As semelhanças entre o VIF e o VIH-1, o vírus que desenvolve a SIDA no ser humano, incentivou a equipa de Poeschla a criar um modelo de estudo nos gatos, mediante a alteração do seu genoma. Segundo o diário espanhol "El Mundo", o método consiste na introdução de um gene no ADN do animal, utilizando um vírus como veículo.
Os investigadores recolheram óvulos destes animais e injectaram dois genes: um, que os tornaria fluorescentes, e que serviria de prova de que o outro gene, aquele que realmente interessa aos investigadores, se teria integrado correctamente no genoma. Este segundo gene, o TRIMCyp, provém do macaco e protegeria os gatos do VIF.
A experiência nos óvulos dos felinos criou três embriões que, posteriormente, originaram três gatos transgénicos, que brilham no escuro. Nas conclusões apresentadas, os investigadores referem que as células dos novos gatos, além de não contraírem o VIF, transmitiam a resistência ao vírus aos seus descendentes. (in-Jornal Notícias, Lisboa)
segunda-feira, agosto 22, 2011
Enguia descoberta é um fóssil vivo
Uma nova espécie de enguia encontrada numa gruta marinha é um “fóssil vivo” muito parecido com as primeiras enguias que nadaram há cerca de 200 milhões de anos, revela um artigo publicado nesta quinta-feira na revista inglesa Proceedings of the Royal Society B.
A espécie foi encontrada em Março de 2010 a 35 metros de profundidade num recife ao largo de Palau, uma ilha a norte da Indonésia, no oceano Pacífico. O peixe castanho é suficientemente diferente para formar por si só uma nova família, tem poucas características em comum com as enguias modernas que ao todo formam 19 famílias com 819 espécies.
O novo animal tem uma cabeça desproporcionalmente grande, um corpo pequeno e comprimido, tem as aberturas das guelras em forma de colar, raios na barbatana caudal e um maxilar chamado pré-maxila. Todos estas características são semelhantes às enguias primitivas que viveram na altura em que os dinossauros caminhavam sobre a Terra.
O nome científico da nova espécie é Protoanguilla Palau. A espécie forma também um novo género e uma nova família, chamada Protoanguillidae. O termo proto, significa em grego "primeiro", e anguilla é a palavra latina para "enguia".
A equipa que fez a descoberta foi liderada por Masaki Miya, investigador do Museu e Instituto de História Natural de Chiba, no Japão. Com a ajuda de lâmpadas e redes, a equipa recolheu oito espécimes, com comprimentos entre seis e nove centímetros, fizeram testes de ADN e pesquisaram qual é a posição deste peixe na história genética e evolutiva.
Para já, a enguia só foi encontrada neste local, mas poderá ter uma distribuição bem maior, avança o estudo.
O termo "fóssil vivo" foi inventado por Charles Darwin no seu famoso livro A origem das espécies. É usado para descrever espécies que sobreviveram durante milhões de anos e que exploraram nichos ecológicos que mudaram tão pouco que não pressionaram as espécies para evoluírem. Um dos fósseis vivos mais emblemáticos é o peixe celacanto, descoberto no final da década de 1930, que vive no oceano Índico.
in Publico
O novo animal tem uma cabeça desproporcionalmente grande, um corpo pequeno e comprimido, tem as aberturas das guelras em forma de colar, raios na barbatana caudal e um maxilar chamado pré-maxila. Todos estas características são semelhantes às enguias primitivas que viveram na altura em que os dinossauros caminhavam sobre a Terra.
O nome científico da nova espécie é Protoanguilla Palau. A espécie forma também um novo género e uma nova família, chamada Protoanguillidae. O termo proto, significa em grego "primeiro", e anguilla é a palavra latina para "enguia".
A equipa que fez a descoberta foi liderada por Masaki Miya, investigador do Museu e Instituto de História Natural de Chiba, no Japão. Com a ajuda de lâmpadas e redes, a equipa recolheu oito espécimes, com comprimentos entre seis e nove centímetros, fizeram testes de ADN e pesquisaram qual é a posição deste peixe na história genética e evolutiva.
Para já, a enguia só foi encontrada neste local, mas poderá ter uma distribuição bem maior, avança o estudo.
O termo "fóssil vivo" foi inventado por Charles Darwin no seu famoso livro A origem das espécies. É usado para descrever espécies que sobreviveram durante milhões de anos e que exploraram nichos ecológicos que mudaram tão pouco que não pressionaram as espécies para evoluírem. Um dos fósseis vivos mais emblemáticos é o peixe celacanto, descoberto no final da década de 1930, que vive no oceano Índico.
in Publico
quarta-feira, agosto 10, 2011
Chaminés hidrotermais gigantescas descobertas a norte dos Açores
A três mil metros de profundidade no Atlântico, e cerca de 420 milhas a norte da ilha Graciosa, uma equipa de cientistas irlandeses e britânicos descobriu um campo de fontes hidrotermais com grandes chaminés – a maior ultrapassa os dez metros de altura.
O novo campo de fontes hidrotermais – emanação de água quente vinda do interior da Terra carregada de metais e minerais – situa-se na Dorsal Médio-Atlântica, uma cordilheira no meio do Atlântico que é fronteira de placas tectónicas. Os metais e minerais precipitam-se e originam as chaminés, que acabam rodeadas de vida invulgar.
Nesta dorsal já se descobriram vários campos, como o Lucky Strike e o Menez Gwen, ambos dentro da zona económica exclusiva (ZEE) portuguesa e que têm despertado interesse científico e económico.
A equipa que divulgou nesta sexta-feira o novo campo apenas disse, em comunicado, que fica a norte dos Açores. Ao PÚBLICO, John Joyce, assessor de imprensa do Instituto Marinho da Irlanda, que financia a investigação do mar, referiu uma localização mais aproximada: “O campo hidrotermal é a oés-sudoeste da Irlanda, perto da Dorsal Médio-Atlântica, aproximadamente a 46 graus Norte.”
Portanto, o campo está a cerca de 420 milhas da Graciosa. É no limite norte da proposta portuguesa de alargamento da plataforma continental para lá das 200 milhas da ZEE, apresentada à ONU em 2009 e na qual se defende que a soberania sobre o fundo do mar seja alargada em 2,15 milhões de quilómetros quadrados. Só em 2015 o processo estará concluído.
A bordo do navio Celtic Explorer, a equipa usou um veículo operado à distância, o Holland 1, para encontrar o campo. Já foi baptizado: “Chamamos-lhe Moytirra, o nome de uma batalha na mitologia irlandesa, que significa ‘planície de pilares’. À maior chaminé, com mais de dez metros, demos o nome de um gigante mítico, Balor”, disse Patrick Collins, da Universidade Nacional da Irlanda, no comunicado. “Em comparação com outros campos, Moytirra tem chaminés monstruosas e, invulgarmente, está no sopé de uma escarpa – uma beleza.”
fonte:PUBLICO
fonte:PUBLICO
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