segunda-feira, setembro 16, 2013

Na Minha Estante: Perdida

Título Original: Perdida
Editora: Baraúna/ Verus
Autora: Carina Rissi
Páginas: 472
Origem: Compra

Sinopse: Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Classificação: 



“(...)Não queria magoá-la e dizer que realmente achava uma péssima ideia, que toda essa baboseira de amor acaba assim que a rotina aparece. Que só servia para vender revistas e livros e que na vida real, você sempre acabava sozinha com um buraco no lugar onde costumava ficar seu coração.”

Estou perdidamente apaixonada por “Perdida” (há notaram o trocadilho? –q aushasuh). Sofia Alonso é típica mulher do século XXI, muito parecida comigo ou com vocês que acham não poder viver sem a preciosa tecnologia e regalias do mundo moderno, além de não acreditar em toda essa história de amor verdadeiro e conto de fadas. Realista, moderna e muito atrapalhada, apresento-lhes nossa heroína.



 Quando Sofia, sem querer, deixa seu celular se afogar no vaso sanitário de um bar, decide que a primeira coisa ao fazer na manhã seguinte é sair em busca de um novinho em folha e com tudo que um celular de última geração pode lhe oferecer.

“Eu nunca em toda vida ouvi as palavras “delicada” e “Sofia” usadas numa mesma frase. Geralmente era desajeitada, atrapalhada, desatenta acompanhadas por Sofia.”

Sedenta por ter novamente todos os seus contatos, e-mails, músicas e redes sociais 
literalmente na palma de suas mãos, Sofia entra na primeira loja que encontra e nem se importa com a suspeita vendedora que a atende, nem mesmo com o preço do celular muito barato, simplesmente passa o cartão e sai de lá feliz e sorridente... Até que tenta ligar o celular e adivinhem? Ele não funciona da maneira correta, e após um clarão imenso, ela cai no século XIX!

De mini saia, regata e all star vermelho, Sofia se vê em uma estrada de terra, e com muito verde em todas as partes, mas antes que ela ache que surtou ou que a pancada em sua cabeça tenha sido forte de mais, nos aparece o prestativo, solidário, lindo e educado Ian (que me arrancou milhares de suspiros). Montado em um cavalo e vestido de forma engraçada o homem lhe oferece ajuda por acreditar que Sofia foi assaltada, e sem ter opções nossa heroína aceita.

“-Eu jamais a deixaria cair. Estará segura em meus braços. – Ian se curvou e saiu, provavelmente para preparar o cavalo.”



E finalmente descobre que viajou de 2010 para 1830 em questões de segundos, e pelo celular que só funciona quando a vendedora maluca da loja liga ou lhe manda mensagem, descobre que só poderá voltar para casa depois que encontrar aquilo que ela procura, mas o que ela procura?

Presa em 1830 e acostumada com as gírias e modo de viver de 2010, Sofia terá de se readaptar, fazer amizades e aceitar toda ajuda que lhe é oferecida pela família Clarke, já que não conhece ninguém e está sozinha. Mas a aproximação de Ian causa estranhas reações em seu corpo e em seu coração, sendo que tudo que ela não precisa agora é se apaixonar, pois sabe que voltará para o seu tempo de um jeito ou de outro ela precisará se controlar e deixar seus novos sentimentos bem guardados somente para si, mas será que ela vai conseguir quando sabe que está sendo correspondida?

“(...)Olhando dentro de seus olhos profundos, não pude dizer que estava enganado. Não consegui dizer nada, na verdade.  Porque quando ele disse que meu lugar era ali, ao menos naquele momento, com a voz cheia de emoção, fiquei completamente perturbada. Parte de mim acreditou nele.”


Um fato curioso e muito irônico sobre a personagem é que ela é fã de carteirinha da autora de romances históricos Jane Austen, mas é claro que jamais pensou que viveria dentro de um dos livros da diva Jane. Tacada de gênio da autora, muito divertido e inteligente. Além de amar Jane Austen, amo quando livros citam livros e quando livros tem uma grande importância dentro de um outro livro, deu pra entender o que eu quis dizer? –q
O livro nos faz rir e suspirar com o romantismo, para depois segurar o choro a ponto de fazer nossas gargantas doerem. Carina Rissi escreve extremamente bem e nos transporta completamente para outro mundo e faz com que os solteiros sintam falta de estar apaixonados.

“-Até amanhã, Sofia- ele sussurrou e, enquanto eu observava sua figura desaparecer no corredor, senti que meu mundo, de pernas pro ar há alguns dia, desmoronava de vez.”

Os personagens secundários são tão encantadores quanto a própria Sofia, principalmente é claro Ian, a personificação dos sonhos de todas as mulheres. Ian é o responsável por nos fazer desejar ter um celular com poderes mágicos que nos transporte para 200 anos atrás, onde os homens, talvez (muito talvez), fossem mais educados, amáveis e respeitosos do que os de hoje em dia.

Além de todo o romance e perfeição dos personagens, a autora ainda nos mostra uma mensagem bem legal: Sempre achamos que não podemos viver sem coisas materiais, quando o que mais importa é o amor, seja ele qual for.

“-Você abandonou toda sua vida por mim?- indagou apavorado.
-Não! Eu abandonei todo o resto pra ficar com a minha vida! – eu o corrigi. – Você não entende? Não da pra suportar viver longe de você.”

A versão que li ainda é da editora Baraúna, e a revisão deles não é lá das melhores, existem alguns erros, e o uso exessivo de “pra” ao invés de “para” poderá irritar o leitor mais exigente (o que obviamente não ocorreu comigo).


A capa, apesar de um pouco desfocada condiz completamente com o livro, eu não conseguiria pensar em capa melhor. As páginas são amarelas e o livro contém diagramação simples e pequena. Um detalhe que apreciei muito é que em todas as páginas no rodapé está escrito o nome do livro com a mesma fonte da capa.

“Eu tinha que voltar para casa pra ficar sozinha, como sempre foi. Voltar para a vida vazia de sempre. Sem amor, mas sem dor.”

 Perdida é um livro sensacional e por ser nacional nos da um orgulho ainda maior por classificar essa obra com 5 estrelas e claro colocá-lo na lista dos favoritos. Acho que nunca fiquei tão feliz por ter conhecido uma autora nacional e nem por ter meu livro autografado pela mesma.



Ainda acho que não consegui escrever tudo e nem que a resenha está boa o suficiente, sempre lembro de algo que quero colocar ou pontuar, mas vou parar por aqui ou não termino mais de falar do livro! Recomendo para todos, simples assim. Vocês PRECISAM ler esse livro! Se não der para comprar, peça emprestado, copia o e-book do amigo, pega da visinha, leia na livraria, mas leiam!


“(...)Parecia que queria me dar o mundo! Ele só não entendia que já tinha feito isso quando disse que me amava pela primeira vez.”


2 comentários:

Oi amore! Não li a resenha, pois estou evitando qualquer detalhe da história até eu ler, pois não quero criar expectativas, mas posso dizer que estou apaixonada pelas fotos que você fez! Só as fotos já me fizeram ficar com ainda mais vontade de ler o livro! hehe
Quando eu ler, prometo que volto para ler e comentar.
Beijos

Eu quero muito ler esse livro!!
Já vi resenhas em vários blogs sobre esse livro e a maioria amou !
Então, fiquei curiosa .
Mas assim como disse a Leilane: não quero criar expectativas.
Gostei bastante da sua sinceridade na resenha. E acho também não me incomodaria com o uso do "pra" ao invés de "para" .
Beijos, fica com Deus.

lendoeaprendendoblog.blogspot.com SIGO TODOS DE VOLTA.

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