terça-feira, 23 de junho de 2009

"CLEMÊNCIA"


Hoje a saudade veio me visitar
Não bateu à minha porta
E como vento frio que corta
Nem pediu-me para entrar...

Chegou bem de mansinho,
como quem entra pra roubar
Levou meu sono e sossego
E de mim ficou à zombar.

Saudade matreira,
que machuca e devora
Trouxe como companheira
lembranças tristes de outrora.

Sonhos malfadados,
esperanças de uma vida feliz
trancados em baús empoeirados
Pálidos feito tela sem matiz.

Entrou em meu peito
e estraçalhou meu coração
fincou ali sem nenhum respeito
O punhal da desilusão.

Retalhou e fez estragos
Ferindo-me mortalmente
Saudade...senhora dos degredados
De mim se apiede...seja clemente.

Serena.

2 comentários:

Anônimo disse...

lindo poema.
gostei de passar por aqui.
abraços...

Amiga do Cafa disse...

Bonita música de fundo.
Quando a saudade insiste, machuca.
Obrigada pelo selinho.

 
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