O pássaro libertado...
A tua voz
É um pássaro que habita em mim
Desperta...
Liberta...
Liberta...
Por entre orvalhos no meu jardim.
Adentra-me o ventre
Molhado...salgado
Em hora de maré cheia.
Marulha-me um querer
Ateado...mergulhado
Em luas de papel.
Deixa-me o resto do corpo
Debruçado...provocado
Pelo traço da tua boca.
(E quando os pássaros
Que em mim habitam
Sentem a pele liberta
Voam pela janela aberta)
E aí a tua voz
Veste-se de mim
Desperta...
Liberta...
Caminhando o meu jardim.
Su@vissima
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