A cereja prometida...
Ai quando não estás
A dor da saudade,
grita-me uivos de Lua
(à hora de ser lobo).
E pelo chão da minha rua
Ecoa a ausência dos teus passos.
Ruma a nascente-poente
Vira-me de avesso
(Não desistas de mim)
Sente como me ergo-começo
(À hora de ser menina)
Desce pela noite
(À hora da quimera)
Entre as dunas e a Primavera
E colhe-me a cereja que o tempo
Em mim, deixou guardada.
Ondula-me o momento
Por caminhos de frescura
Entre o sabor leve e breve
Da pele rubra e madura.
Visita-me…
(Que ainda é Inverno)
E bebe da boca
Um beijo demorado
Náufrago de paixão
Fruto ainda não saboreado
Desejado…
Su@vissima