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domingo, 29 de julho de 2012

Festival Amar Amado


Sai a programação completa do Festival que comemora, em Ilhéus, o centenário de Jorge Amado

Uma vasta programação vai marcar o centenário de Jorge Amado neste ano de 2012. O ápice será o Festival Amar Amado, que acontece em Ilhéus, de 04 a 12 de agosto, e conta com atividades nas áreas do teatro, música, dança, literatura, cinema, gastronomia, artes plásticas e visuais. Entre as principais atrações estão a Feira Literária de Ilhéus e os shows de Caetano Veloso, Moraes Moreira, Família Caymmi e Margareth Menezes.

Visite o site CLICANDO AQUI e confira.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sarau na Casa dos Artistas, em Ilhéus, marca o lançamento de livros de autores sulbaianos


A literatura sulbaiana continua a dar frutos nas suas mais diversas linguagens. É o que atesta a nova leva de obras a serem apresentadas pela Mondrongo Livros em grande sarau neste sábado, dia 19, na Casa dos Artistas, em Ilhéus, a partir das 19 horas.
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Dessa vez a editora apresenta ao público cinco obras de características diversas que só fazem comprovar a efervescência e o bom momento que vive a literatura da região cacaueira. São elas: “O tortuoso caminho das pedras”, romance policial de Juarez Rodrigues Oliveira; “Pedra por Pedra”, contos de Cláudio Zumaeta; “A casa de Santinha”, dramaturgia de Pawlo Cidade enfocando os momentos cruciais que antecederam a entrada de Maria Bonita (Santinha) no bando de Lampião; “Livro de Sanumá”, conto de Leo Janicsek em edição quadrilingue (português, inglês, espanhol e alemão) vencedor da primeira edição do Concurso Bahia de Todas as Letras; “A pulseira do tempo”, terceiro livro do poeta Renato de Oliveira Prata, vencedor do Prêmio Brasken de Literatura. De quebra ainda será lançado o livro “Inspiração”, de Micheline Musser Leal, advogada e professora da UNEB.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Teatro Popular de Ilhéus lança a Editora Mondrongo


A primeira obra publicada será a reunião dos textos das peças “Teodorico Majestade” e “O inspetor geral”, de Romualdo Lisboa. O lançamento está marcado para este sábado.
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A publicação de “Teodorico Majestade - as últimas horas de um prefeito” e “O inspetor geral - sai o prefeito, entra o vice”, marca não apenas a estreia de Romualdo Lisboa em livro, como também a fundação, em Ilhéus, do selo editorial Mondrongo, vinculado ao Teatro Popular de Ilhéus, grupo que mantém viva na cidade a Casa dos Artistas.
“Já era tempo disso acontecer”, diz o escritor Gustavo Felicíssimo, que estará à frente do projeto, pois, segundo ele, “os autores ilheenses para publicarem suas obras sempre recorrem a empresas de fora da cidade. Agora teremos uma editora caseira, que oferecerá ao escritor local serviços compatíveis com os das melhores editoras do estado”. Além disso, garante Felicíssimo, os livros serão comercializados no site da editora e distribuídos nas livrarias da região.
Além de auxiliar e prestar serviços aos escritores locais que pretendam publicar em livro as suas obras, a Mondrongo também terá a função de dinamizar a atividade literária local, promovendo encontros com escritores, debates, cursos e concursos.
“Todos estão muito confiantes no sucesso dessa nova empreitada do Teatro Popular de Ilhéus”, diz Romualdo Lisboa, “pois se o cacau foi por muitas décadas a maior riqueza da região, foram seus escritores que fizeram a fama do lugar, retratando de maneira ficcional a rica cultura, a sociedade e seu modo de vida em obras que extrapolaram as nossas fronteiras”.
Para o diretor teatral e ex-secretário estadual da cultural, Márcio Meirelles, que faz um dos prefácios à obra, “a importância do trabalho de Romualdo e do Teatro Popular de Ilhéus não está somente no que fazem no palco. Como quem faz teatro de fato, o jeito como eles encaram seu ofício, para além da dramaturgia ou da cena, e a reverberação do que fazem importa tanto ou mais do que elas”.
Todos estão convidados para festa de lançamento que acontecerá sábado, a partir das 19:30h, na Casa dos Artistas. A programação será a seguinte:
19:30 – Recepção
20:00 – Apresentação da peça Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito
21:00 – Lançamento do livro e sessão de autógrafos

Casa dos Artistas - Rua Jorge Amado, 39 – Ilhéus
Maiores informações com Gustavo Felicíssimo: 8842.2793

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Por ser o que não sou é que padeço


Por ser o que não sou é que padeço.
Padeço um existir quase alternado
Entre tudo o que tenho e não mereço.
E o que mereço, nunca me foi dado.

Assim, o que não digo, reconheço
Ser o que mais por mim foi meditado.
O que revelo é paga - apenas preço
Do que também a mim foi ocultado.

Se esse existir se parte entre dois gumes
Posso ver pela noite vaga-lumes
E dizer que são luzes nos caminhos.

Maldito o que me vê como não sou:
Podendo dar-lhe mel, apenas dou,
Ocultos, entre pétalas, espinhos.

Jorge (Emílio) Medauar,  poeta e contista, nasceu a 15 de abril de 1918, em Água Preta do Mocambo, sede do então distrito de Ilhéus, hoje cidade e município de Uruçuca. Descende de pais sírio-libaneses, que chegaram ao sul da Bahia em busca de melhores condições de vida, atraídos pelo cultivo do cacau. Publicou os seguintes livros de poesia: Chuva sobre a Tua Semente (1945), Morada de Paz (1949), Prelúdios, Noturnos e Temas de Amor (1954) e Às Estrelas e aos Bichos (1956). Seu êxito maior viria, no entanto, a partir de 1958, com o livro de contos Água Preta, ao que se seguiram A Procissão e os Porcos (1960) e O Incêndio (1963), formando uma trilogia recebida com alto apreço pela crítica. Foi um dos maiores contistas da época até o final da década de 70. Escreveu ainda Histórias de Menino (1961) e O Visgo da Terra (1996), este, um romance urdido com os seus contos sobre Água Preta e Ilhéus. Participou de várias antologias nacionais e internacionais e, também dedicavou-se à literatura infanto-juvenil.

Conheça um pouco mais sobre a obra de Medauar clicando AQUI

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vídeo-poema: Ilhéus, Verso & Anverso


Eis um vídeo-poema do meu amigo Pedro Montalvão em que utiliza versos de minha autoria. Atentem para o detalhe de que cada estrofe é um haikai autônomo, e que todos os haikais juntos, lidos em sequência, formam uma terza rima.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Haikais da Maré Grande


Uma vez por semana acompanho um grande amigo em aventuras de caiaque na Baía do Pontal, aqui no Principado de Ilhéus. Entretanto, sei lá porque cargas d'água, nunca havia feito um único e mísero haikai sobre o tema. Mas ontem foi diferente. Começamos a remada por volta das 17 horas e ficamos na água até o crepúsculo, quando a lua (quase cheia), se mostrou enorme, compondo um cenário de beleza indescritível. Quando botos acompanharam meu barco fui envolvido em um clima totalmente sinestésico.

Ao voltar à terra, uma gelada na barraca do Conde Badaró, ao som de The Doors, uma enxurrada de haikais me esperavam e me possuíram. Abaixo, três deles.

mar prateado –
do alto do outeiro
a lua espelhada

***

vento sudeste –
rente à proa do barco
um boto me escolta

***

maré grande –
as águas de março
em fevereiro

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quartas de Assalto, em Ilhéus

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Fruto do projeto Rock & Poesia, o Quartas de Assalto, como o próprio nome indica, acontece às quartas-feiras deste mês de janeiro, na Rua Jorge Amado, Ilhéus, em frente à Casa dos Artistas. Sempre às 19 horas, com apresentações de bandas e poetas.
O inusitado nesse projeto, que também trás um pouco da atmosfera dos artistas de rua, é o fato de que o público apenas fica sabendo quais são as atrações convidadas para o evento apenas poucos instantes antes da apresentação começar. Quarta passada, dia 05, tive a honra de abrir o projeto com a banda Dr. Imbira. Abaixo, algumas imagens.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

ENTREVISTA COM ILDÁSIO TAVARES

É possível que essa tenha sido a última entrevista concedida por Ildásio Tavares. É a primeira vez que a publico na íntegra.
1940 - 2010
GUSTAVO FELICÍSSIMO - Fazer poesia, atualmente, tem sido o mesmo que tirar de onde está vazio e colocar onde está cheio?
ILDÁSIO TAVARES – Eu diria que sempre foi muito mais perceber o vazio para tentar alcançar plenitude. A graça está na tentativa.

GFNa lírica moderna o poeta passou a cantar a própria poesia em oposição à realidade opressora do nosso tempo. Como você analisa tal fato?
IT – Sempre foi assim. Contudo, em nossa época, o poeta sofre uma crise tão forte de identidade ante um sistema esmagador que, às vezes, cantar sabe a um grito no escuro.

GF – E o que, na sua ótica, justifica esse grito?
IT – A total necessidade de expressão do indivíduo amordaçado pelo sistema.

GFÉ possível que a falta de critério no uso do verso livre esteja proporcionando a retoma do estudo da versificação por parte dos novos escritores ou você acha que essa é uma condição cíclica?
IT – Eu precisaria ter mais dados para fazer uma avaliação. Todavia este é um processo dialético, o esvaziamento de um conduz a valorização do outro. O verso medido nunca saiu de cena, nem em 22, mais tarde Vinicius e, com ênfase em 45. Cada período tem seu verso medido, tem seu verso livre. E precisa achá-los. Achar a dicção do seu tempo. O decassílabo de Camões e o de Carlos Falck, ambos têm dez sílabas métricas. Mas são dois versos diferentes.

GF – Por falar em 22, o que o modernismo trouxe de colaboração à poesia e aos poetas brasileiros?
IT – 22, por um lado, trouxe um maior sentido de liberdade e de brasilidade a uma poesia que tendia para cair na camisa de força e por outro lado a imitar apenas os modelos estrangeiros. Contudo, 22 prestou um desserviço à poesia brasileira que a partir da liberdade caiu, muitas vezes, na permissividade e no vulgarismo.

GFVocê já afirmou que acha mais difícil criar um poema com versos livres que um poema dentro da métrica, por quê?
IT – Por que a métrica te dá um parâmetro, uma referência fixa, um modelo estrutural para você preencher. Para o verso livre, você tem que criar este modelo estrutural. Enquanto para um você tem uma métrica geral pré-estabelecida para o outro você tem que criar uma métrica particular para cada poema. Muitos poetas quebram a cara aí porque pensam que o verso livre é anárquico ou prosaico. Não, você pode fazer arte do caos, mas não fazer caos da arte. O verso é livre, não caótico ou frouxo.

GFVocê está otimista quanto ao futuro da poesia feita no Brasil e na Bahia em particular?
IT – Nem otimista nem pessimista. Realista. Oropa, França e Bahia, sempre haverá bons e maus poetas. Difícil é a má poesia grassar como um todo. Vai sempre aparecer uma luzinha brilhando.

GFExiste algo na literatura que o tem deixado feliz?
IT – A maior capacidade, de certo tempo pra cá, de realizar o poema do jeito exato que eu queria. Não me preocupo se o poema é bom ou ruim, se vão gostar ou não, é aquela sensação de que eu consegui colocar no papel exatamente o que eu concebi como poema, um ser, um animal, um bicho novo, me olhando ali no papel, É muito gratificante. Tenho poemas assim há mais de 20 anos na gaveta.

GFPra terminar. Apesar de ter nascido aqui na região cacaueira, muito cedo você foi morar em Salvador. Você se sente grapiúna?
IT – Sempre disse que antes de ser baiano sou grapiúna. Ilhéus é a minha capital. Meu umbigo está enterrado em Gongogi, na Fazenda São Carlos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Hoje, Lançamento de "Silêncios" em Ilhéus

Hoje, dia 21, às 19 horas, a Casa de Arte Baiana abre oficialmente suas portas em Ilhéus, na Rua Antônio Lavigne de Lemos, 76, próximo à Academia de Letras, com o lançamento do livro “Silêncios”. O espaço possui um acervo raro de artes plásticas, com obras de mestres como Kennedy Bahia, Sante Scaldaferri, Saulo Portela e Washington Sales. São 94 obras de arte do acervo particular de Michael Eckes, colecionador e promotor do intercâmbio cultural que, com recursos próprios, tornou realidade o empreendimento.

A Casa de Arte Baiana pretende estabelecer interações com outras formas de arte, incluindo a literatura, por isso a abertura do espaço com o lançamento de "Silêncios, o que me deixa muito feliz, pois de algum modo é o reconhecimento do nosso trabalho que após longo percurso, quando me aproximo dos 40 anos,  posso ver meu primeiro trabalho totalmente autoral sendo lançado aqui na Terra dos Ilhéus.

todos são bem-vindos, sobretudo os de boa fé