insignificante
A casa da Mariquinhas
Labels: Fado, Marceneiro
Magnifica interpretación de María la Portuguesa de Carlos Cano
Labels: Ballet, Fado, toiros
Amalia-Barco Negro
Labels: Amália, Fado
No palácio de Oeiras estive com o Nuno da Câmara Pereira e ouvi-o cantar durante mais de uma hora na capela, julgo que como poucas vezes, e com prazer o vi completamente recuperado, o fado.
Foi lindo.
E chego a casa e tenho este documentário sensacional:
Ah, Lobo!
Mas ver aqui:
http://www.nytimes.com/2014/03/10/opinion/is-the-wolf-a-real-american-hero.html?_r=0,
que a estória é mais complexa...
Labels: Fado, Lobo
Espargos bravos à minha moda, picados de blog de Nisa.
Hoje é dia de os comer, com o olhar, pelo menos. E de reflexão sobre o que comemos, as suas origens e continuidade.
Os espargos que com os cogumelos tem funções também espirituais e acompanham a elevação do espírito, na tertúlia e no picar.
Ouço o Carlos do Carmo em fundo, o fado também tem essa magia das coisas que veêm de dentro.
Uns espargos, um tinto, um fado, e os espíritos que se encontram, no momento, na passagem desse, que é sempre.
Labels: Espargo, Fado, tempo
Este quadro do Malhoa mostra o decadentismo, durante muito tempo associado ao fado, canção de má vida, de putas e bébados, de locais de má fama, prostibulos e tabernas, de desalentos e bandidagem. O fado é também isso e muito mais que isso, pois pode ser o seu inverso.Todos temos estórias, onde o fado, passou, onde pessoas passaram com o fado, momentos de que retemos um segundo ou uma memória. O fado também é a nossa vida.
Os títulos, os prémios são epifenómenos que não tem outra função senão dar notícia do que a realidade consagrou, ou consagra.
Penso que o Fado ser ou não ser Património Imaterial da Humanidade é irrelevante e não vai senão aumentar o comércio desse e talvez aumentar-lhe o conhecimento.
O que é importante é a memória, as vozes desta e o futuro da poesia e do choro que a acompanha com guitarra e viola ou o que for de uso.
Aqui o grande Alfredo:
http://www.youtube.com/watch?v=klN-sakwnl8
Para ouvir até ao arrepio.
Labels: Fado
#Fado-História de um Povo# de Filipe La Féria é um travesti.
Engraçado mas que pouco tem a ver com Fado, a não ser para turistas e para quem não sabe, não conhece o dito.
Vários grandes fadistas, todos os mortos aliás, terão dado voltas onde quer que estejam no espaço sideral.Tirando dois miudos que tem alma de fadistas e a velha Anabela (que comete o erro fatal de cantar a Amália o que é só para a Mariza e uma ou outra grande em momento de sublime inspiração e estraga tudo!) só cantores de music-hall sem chama nem garra a fazerem de fadistas ou a enganarem tolos.
E é pena, porque o espectáculo podia ser interessante e o corpo de balaido cumpre assim como os músicos.
É pena que o La Féria em momento de surdez ou de dispersão intelectual tenha optado por este travesti de Fado.
Labels: Fado
Ontem cantou-se o FADO na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa.
Por vários interpretes começando por Rui Vieira Nery e concluindo com o fadista (melhor que político!) Gonçalo da Câmara Pereira, com assistentes eméritos e uma unanimidade que não foi de circunstância.
Já ouvi fados em tabernas, locais de boa ou má fama, palácios, centros culturais, casas esconças.
Já ouvi muito fado vadio, marinheiro, corrido, operário, aristocrático, em vários pés e com diversas métricas.
Com voz rouca, suada, esganiçada, suave.
O fado é um momento em que o sliêncio enche a alma com o cante, duende, e onde do fundo hondo surge o raio de luz que ilumina.
Agora candidato a Património Imaterial da Humanidade...
Nota:
A Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial no seu artigo 2º:
1. Entende-se por “património cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu património cultural. Esse património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interacção com a natureza e da sua história, incutindo-lhes um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo, desse modo, para a promoção do respeito pela diversidade cultural e pela criatividade humana. Para os efeitos da presente Convenção, tomar-se-á em consideração apenas o património cultural imaterial que seja compatível com os instrumentos internacionais existentes em matéria de direitos do homem, bem como com as exigências de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos e de desenvolvimento sustentável.
2. O “património cultural imaterial”, tal como definido no número anterior, manifesta-se nomeadamente nos seguintes domínios:
a) Tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultural imaterial;
b) Artes do espectáculo;
c) Práticas sociais, rituais e eventos festivos;
d) Conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo;
e) Aptidões ligadas ao artesanato tradicional.
3. Entende-se por “salvaguarda” as medidas que visem assegurar a viabilidade do património cultural imaterial, incluindo a identificação, documentação, pesquisa, preservação, protecção, promoção, valorização, transmissão, essencialmente através da educação formal e não formal, bem como a revitalização dos diferentes aspectos desse património.
Labels: Fado
Fados,
de Carlos Saura é uma deliciosa viagem ao universo desse som e movimento que é matriz de uma essencialidade lusa.
Da sua origem nos lunduns e dançares negros, amulatados e aciganados, ao caminhar pelos prostibulos e bordeis, passando pelas casas de pasto, ao tempo de esperas e festas de toiros e ligação à fidalguia, com as interacções que o som e o gingar foi tecendo num quadro de evolução histórico-sociológica temos tudo na imaginação deste som aqui documentado com imagem e sequência.
Com comoção vi a Lucília do Carmo e recordei vista que lhe fiz ainda miudo, para ver ouvir sentir o fado.
Excelente documento, registo da nossa história, da nossa vida, onde as lacunas (de fadistas da nossa memória ou do nosso convívio!) são entendíveis porque não pode passar tudo o que existe na hora e meia de filme, por onde memórias e sensações se espraiem no som cristalino.
Uma tarde de sons a pedurarem no futuro.
E agora silêncio...
Labels: Fado, tempo