insignificante
Não posso deixar sem nota duas alterações legislativas de hoje.
1- O direito a uma morte digna, seja o suicídio assistido, seja mesmo a eutanásia foi, finalmente legislado. Os direitos a uma vida justa, e a uma morte com menos sofrimento, que só alienados por visões do outro mundo e beatice religiosa continuam a tentar atropelar, ficou, que alívio, consagrado em lei.
2- Não percebo as inqualificáveis restrições à liberdades públicas e ao direito de exercer o meu usufruto, desde que em espaço aberto e/ou quando não prejudico ninguém, dizem-me por imposição europeia.
Temos que organizar a resistência, temos que reforçar o anti-proibicionismo, a todas as drogas.
Recordem-se do poema de B.Brecht.... eles vieram pelos judeus e não reagimos, depois vieram pelos.....
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O mês do Orgulho Gay!
Pelos Direitos, todos!
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Esta é uma luta central no quadro da defesa dos direitos, todos.
https://www.ippf.org/blogs/roe-v-wade
o meu corpo, os meus direitos, é um momento central dos direitos humanos.
é por aqui que os fascismos e os totalitarismos afiam as garras, pela destruição do individuo em nome de algo, indefinido desde logo, que lhe é superior. Mas não há nada superior ao direito de uma mulher à vida, à sua vida e à maternidade quando e como quiser. E só se a quiser.
Não há nenhum direito superior a essa vida.
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Já aqui contei, quando talvez em 1983 ou 4 no encontro pela Paz de Perugia conheci a Adele Faccio, que já parecia um velha senhora. Era um veterana do movimento pela Paz e também uma activista pela Eutanásia. Foram as minhas primeiras conversas sobre o tema. A questão médica passou ao lado, porque o fundamental é a autonomia, quem, como, porquê decide.
E é isso que os inimigos do Estado de Direito não querem, desde a pior padralhada ao estalinismo mais austero, em Portugal o PCP, Chega e CDS. Gente que não compreende e não respeita o direito individual e que coloca uma ideia mitológica acima da nossa vida. Já assim foi quando da questão do aborto, assim será quando se discutir a legalização da Maria. Nada que tenha a ver com áreas de autonomia individual e retire poderes ao Estado é legítimo para essa gente.
Hoje no Parlamento, com uma ampla, muito ampla maioria foi aprovada, é certo que um projecto lei muito, muito timorato, legalizando a Eutanásia.
É um primeiro passo na defesa de uma morte digna, uma morte santa.
Labels: Direitos individuais, eutanásia
Foi lamentável o que se passou hoje no Parlamento, onde os conservadorismos mais reaccionários conluiados, de comunistas e outros anti-liberais de direita, se juntaram, animados por uma pequena turba de ignorantes e construtores de inverdades e manipulações grosseiras que se uivavam fora do mesmo, foi lamentável que em nome de nada, seja esse deus, e em nome do Estado-papá, por pouco é certo chumbaram os projectos para uma morte digna poder ser despenalizada, como acontece em cada vez mais mundo e sobretudo nos países fora do domínio do pensamento integrista.
Aqui uma notícia que retenho:
https://leitor.expresso.pt/diario/29-05-2018/html/caderno-1/temas-principais/nao-deixei-de-ter-huntington-por-a-lei-nao-ter-passado
conheço bem essa doença, o meu tio-avô, o meu tio e o meu primo, os três morreram cerca dos 40, 45 anos com ela a impedir-lhes a autonomia, grandes artistas que eram, Mário Eloy, Mário Eloy Filho e Sérgio Eloy viram a sua mobilidade, domínio do gesto e da palavra, e até do próprio corpo serem derrotados por uma doença hereditária, genética e sem cura.
Talvez tivessem preferido uma morte digna, em vez do Telhal, de um incêndio doméstico ou de uma morte sofrida, talvez.
Mas esse desiderato continua a ser criminalizado. Faz lembrar a penalização da católica do suicídio...
Os absurdos da vida e da morte.
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Não é preciso, neste blog em várias ocasiões o fiz, escrever sobre o tema para que a minha posição seja conhecida.
Sempre fui contra a intromissão de qualquer sagrado no direito e da lei refém de qualquer pensamento religioso. Sempre me bati pelos direitos individuais absolutos, no quadro do Estado de Direito, que regulamenta, e só pode, a vida social.
O direito à morte, como o direito a verdadeira vida é um direito básico.
O direito ao meu corpo, à minha autonomia, seja qual seja a minha identidade é, deve ser absoluto.
Só quem defende, até contraditoriamente com o seu "munús" ideológico ( mas não será que esse é afinal outro?) o Estado papá, o domínio desse sobre a cidadania, julgada sempre atrasada e incapaz é que pode impedir o direito a uma morte digna e à eutanásia.
E atenção é evidente que estamos a falar do direito de uma minoria, que a maioria da população nos países desenvolvidos morre de civilização a mais sem o saber, e com isso parece que a preocupação é nula...
Legalizar o direito a morrer é retirar a morte do seu sagrado, ilusório. E respeitar o individuo.
E aqui, um excelente artigo, contra o pensamento fanático:
https://elpais.com/elpais/2018/05/21/eps/1526902652_415445.html
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De hoje no El Pais, de Carmem Iglesias ( nada a ver com nenhum dos Pablos!):
"As ideologias são relativas, o único absoluto é a qualidade moral de cada indíviduo".
Pensei nisso, também a propósito da ideologia ou da falta dessa e do populismo, dos, que a disfarçam, a enroupam e lhe dão com demagogia e manipulações base de sustentação.
Claro que em todos os grupos há essas lógicas, amplificadas quando há lógicas de grupismos e de comités a controlar esses, e os discursos.
Sabem do que estou a falar.
O pensamento é produzido pelo indivíduo, nas suas circunstâncias, e experiências que a fizeram e reforça-se no debate e no quadro de regras.
o Tao diz-nos que avançar também é estar parado, o caminho é também o passado desse, o futuro não existe senão em ficção.
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Fantástico slide!
100% apoiado!
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Apeteceu-me colocar aqui um dos quadros "especiais" do tio Mário...
Foi um dia notável.
Começou com uma excelente e douta intervenção de Adelino Maltês sobre o liberalismo político, história e pensamento.
Seguiu-se uma notável apresentação de João Semedo sobre a morte, o testamento vital e todos os enquadramentos do direito que com esta se relacionam. Sóbria e escorreita foi um grande momento.
Seguiu-se outro grande momento com a Elza Pais a falar de direitos de género e a focar as questões da violência nesse quadro. Rica e bem documentada intervenção.
O Manuel Machado falou ainda de manhã das questões ligadas à adopção e aos absurdos que com esta estão relacionados e do direito ao bem estar da criança.
Depois de almoço o Giulio Ercolessi falou-nos da separação fundacional do Estado laico entre este e a religião, que deu um enquadramento para o André Soares falar sobre a questão da integração da comunidade cigana, em Tomar, na vivência social.
Seguiu-se outra brilhante intervenção de Henrique Pereira dos Santos que sobre o mote Ambiente em Tempos de Recessão falou-nos sobre a construção de paisagens e o homem nessas.
Depois de ouvirmos uma intervenção sobre a Legalização de todas as drogas e o anti-proibicionismo concluimos com mais uma excelente apresentação sobre direitos individuais e o digital, por Miguel Duarte.
Voltarei a esta conferência, que pode ter constituido um nó górdio para o MLS.
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