insignificante
Hoje, em colaboração com Helena Roseta, o documento apresentado na reunião do executivo da C.M.L.
O resultado foi um empate, ao lado dos CPL, votaram os 3 eleitos pela lista Lisboa com Carmona, o eleito na lista do Bloco e dois dos eleitos na lista do PSD ( Negrão faltou....sem se fazer substituir...) 8.
Ao lado do PS votou o PCP.... 8 e o Presidente desempatou....
Mas isto ainda não acabou.....
Muita água ainda passará antes que os carros atravessem o Tejo na linha Chelas/Barreiro
Proposta alternativa à proposta 1095/2008
Parecer da CML sobre o Estudo de Impacto Ambiental da TTT
Pelouro: Presidente
Serviço: DMPU
Considerandos:
1. O Estudo de Impacto Ambiental que se encontra sujeito a participação pública no procedimento de Avaliação de Impacto Ambiental envolvendo a chamada Terceira Travessia do Tejo (TTT) incide sobre a "Ligação Ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa Madrid Lote 3 a 2 – Troço Lisboa Montemor (via TTT) secções 01,04,05,06,07: Subtroço Lisboa/Moita/Terceira Travessia do Tejo". O projecto original, como o nome indica, é um projecto de ligação ferroviária.
2. Em Outubro de 2007 foi finalizado o relatório da Comissão Independente para a componente rodoviária da TTT no corredor Chelas-Barreiro. A apresentação deste relatório e do ponto de situação sobre o projecto da TTT na CML permitiu contrapor várias visões sobre o traçado e funcionalidades daquela infra-estrutura.
3. A introdução do modo rodoviário na TTT, inicialmente pensada como corredor apenas ferroviário, implica um custo agravado, aumentando em 70% o custo global da ponte – de 1000 milhões de euros para 1700 milhões de euros (dos quais 500 milhões para acessibilidades rodoviárias) segundo o relatório acima referido. Tem ainda implicações ambientais, paisagísticas, urbanísticas e de sobrecarga viária na cidade de Lisboa.
4. Dado o debate público já ocorrido em torno das implicações da opção rodoviária na TTT, seria de esperar que o Estudo de Impacto Ambiental tivesse em conta as várias alternativas possíveis, nomeadamente um traçado com e sem modo rodoviário, ou pelo menos uma possibilidade de o introduzir futuramente sem desde já obrigar à construção do tabuleiro correspondente.
5. No entanto, o Estudo de Impacte Ambiental agora sujeito a participação pública não compara soluções alternativas globais. Limita-se a considerar duas variantes de traçado na amarração da TTT ao Barreiro, por proposta da respectiva Câmara Municipal. A Avaliação de Impacto Ambiental realiza-se assim sobre um único estudo prévio, sem soluções alternativas e com lacunas graves na obtenção de informação, nomeadamente por parte da CML. Está assim posto em causa um dos pressupostos do procedimento de AIA, que exige, nos termos artigo 2º do Decreto-Lei nº 197/2005, “efectiva participação pública e análise de possíveis alternativas”.
6. O mesmo diploma estabelece como autoridades de AIA, para além do Instituto do Ambiente, as CCDR. É do conhecimento público a posição do Presidente da CCDR de LVT, Engº António Fonseca Ferreira, contra o modo rodoviário na TTT, pelo que ela significa de sinal contrário a uma política de mobilidade sustentável na área metropolitana de Lisboa e em particular na capital. Não conhecemos qualquer posição sobre a matéria, nem da Junta Metropolitana, nem da incipiente Autoridade Metropolitana de Transportes. Tudo aponta para que uma decisão com tão grandes consequências venha a ser tomada na ausência absoluta de uma política metropolitana de transportes públicos.
7. Têm sido alvo de polémica as estimativas de tráfego rodoviário na TTT. Mas das duas, uma: ou o número de carros que irão entrar na cidade pela TTT atinge o valor de 35.000 veículos por dia, de acordo com as estimativas do Relatório da Comissão Independente, e este tráfego potencia um aumento dos níveis de poluentes atmosféricos da ordem dos 3%, o que agrava as consequências de desrespeito de protocolos internacionais pelo Estado português, com custos não contabilizados pelo EIA; ou os valores de tráfego automóvel previsto são substancialmente inferiores, como tem defendido o Presidente da RAVE, e então não se justifica um agravamento de 70% dos custos da TTT, num período de tão grave incerteza e crise financeira global.
8. Desconhecemos a engenharia financeira em que assenta o projecto de TTT cujo EIA se encontra em discussão. Mas é sabido que há compromissos contratuais do Estado português com a actual concessionária da ponte Vasco da Gama que poderão levar à exigência de indemnizações elevadas caso se confirme a componente rodoviária da TTT. Este aspecto não se nos afigura suficientemente ponderado.
9. Por outro lado, a metodologia de participação pública, pelo menos no que à cidade de Lisboa diz respeito, revela muitas deficiências: não foi feito nenhum debate de apresentação pública, apesar do que a própria CML deliberou por unanimidade em 5 de Setembro de 2007, na sequência da proposta 246/2007 dos vereadores Cidadãos por Lisboa; não se conhece a articulação da TTT com a localização do Novo Aeroporto de Lisboa; e não estão identificados os impactos da TTT na rede de transportes públicos da área metropolitana e da cidade de Lisboa.
10. Para além do resumo não técnico disponibilizado no site do MOPTC, o próprio processo de consulta pública do EIA da TTT no município de Lisboa padece de insuficiências graves: falta de condições do local (Divisão de Controlo Ambiental) e documentos incompletos e completamente desorganizados, pese embora a boa vontade e empenho dos funcionários da C.M.L. Até ao passado dia 24 de Novembro, apenas 4 pessoas tinham consultado o processo, dos quais 1 vereador e dois assessores de vereadores.
11. Também não se pode ignorar a resolução aprovada por maioria na Assembleia Municipal, que verbera a introdução do modo rodoviário na TTT.
12. Finalmente, o Relatório de Fundamentação Técnica e o Parecer da Direcção Municipal de Planeamento Urbano (DMPU) em que se fundamenta a proposta 1095/2008 do senhor Presidente da Câmara apresentam questões da maior importância para a cidade que ainda não foram apreciadas pelo executivo municipal e que têm de ser incorporadas no Plano de Mobilidade a incluir na revisão do Plano Director Municipal. As propostas de amarração da ponte que os referidos Relatório e Parecer sustentam implicam um novo projecto de TTT, com a descida do tabuleiro e a necessidade de recolher novos pareceres, nomeadamente da autoridade portuária.
Assim, ao abrigo do disposto no artigo 14º do Decreto-Lei nº 69/2000, de 3 de Maio, na sua redacção actual, e do nº 2 do artigo 235º da Consituição da República Portuguesa, conjugado com a alínea d) do nº 7 do artigo 64º da Lei nº 168/99, de 19 de Setembro, propomos:
1. Que a C.M.L. dê um parecer desfavorável ao Estudo de Impacto Ambiental da TTT, por não ter analisado soluções alternativas, nomeadamente a não introdução da modalidade rodoviária ou a sua eventual introdução futura, se e quando fosse justificável, mas sem impactos visuais, ambientais e financeiros no curto e médio prazo.
2. Que a C.M.L. defenda no âmbito da Junta Metropolitana de Lisboa e da CCDRLVT a necessidade urgente de uma articulação entre a TTT e os vários modos de transporte público, à escala metropolitana e na cidade de Lisboa.
3. Que a CML negoceie com o Governo soluções equilibradas de financiamento das intervenções a realizar na rede viária de Lisboa, no quadro de uma justa repartição dos custos de capitalidade, incluindo uma comparticipação municipal nas receitas das portagens já cobradas nas infra-estruturas de acesso a Lisboa.
4. Que a CML delibere remeter as soluções apresentadas no Relatório de Fundamentação Técnica e no Parecer da DMPU sobre o EIA da TTT para o âmbito de um Plano de Mobilidade, ambiental e financeiramente sustentável, que deverá integrar o futuro PDM.
5. Que a CML defenda um debate alargado sobre a política metropolitana de transportes, incluindo a promoção do transporte público e de modos suaves de transporte, numa óptica de redução da poluição ambiental e sonora, economia de meios e recursos financeiros, poupança energética e ganhos efectivos de tempo nas deslocações dos habitantes da região e da cidade.
Os Vereadores “Cidadãos por Lisboa”
Labels: Lisboa, ttt
Lapidação Cultural no Público
Já polemizei com Ester Mucznik, a propósito de texto desta sobre a Amnistia Internacional, em artigo que o Público certamente por questões religiosas não publicou (mas disponível em www.signos.blogspot.com), e hoje não posso deixar de lavrar o meu protesto, e hoje não posso deixar de me revoltar, contra a desculpabilização da lapidação, referida como elemento cultural sobre o qual nós, dado termos assassinos individuais por cá, não nos deveríamos pronunciar, a lapidação levada a cabo no quadro de sociedades, sim sociedades, islâmicas.
A estudiosa de temas islâmicos Faranaz Keshaavjee nem sequer menciona pelo nome Aisha Ibrahim Dhuhulow, a jovem de 13 anos lapidada até à morte, como punição... por ter sido violada por um tio, prática social recorrente neste pais islâmico (Somália, mas igualmente no Afeganistão, no Irão, na Arábia Saudita, etc), mas menciona as jovens (Joana e Baby P.) assassinadas por psicopatas nas sociedades ocidentais.
Conheço, conhecemos bem esse programa.
Tenho que referir que acho lamentável que o Público continue a publicar pensamento religioso mesmo quando defende as maiores barbaridades ou se baseia em notórias falsidades, sem lhe admitir contraditório e tenho que lamentar que artigos inacreditáveis como este passem sem um veemente protesto.
Direitos Humanos? Claro primeiro na nossa casa, mas a nossa casa, minha senhora é o mundo e não, não, não podemos admitir qualquer desculpa esfarrapada para justificar a lapidação.
Esta não é um caso de policia, é uma barbárie absoluta, que nenhuma desculpabilização, nenhuma relativização pseudo-cultural pode de forma nenhuma, nenhuma justificar.
É pena que a colunista religiosa do Público em vez de condenar este acto inclassificável, também em nome do Islão, atire areia para o ar, e o relativize.
Talvez porque as linhas por onde se cose também justifiquem barbarismos contra o sexo de meninas,,,
Labels: Amnistia Internacional, Público
Angola...
é um regime nas mãos de um cleptocrata, de vários cleptocratas, onde as liberdades públicas estão vigiadas, onde a miséria mais extrema se articula com o luxo mais pornográfico, onde a riqueza foi expropriada por um grupo de facínoras do piorio.
Tudo é negócio, todo o que é riqueza está nas mãos dos bandidos (o recente caso das expropriações em Luanda é um escandalo de atropelos à DIGNIDADE, minima; e a qualquer decência!).
A agência L.P.M. faz-lhes o branqueamento, dá-lhes aceitabilidade, disfarça a criminalidade que tomou conta do poder, que não tem senão cadáveres para apresentar no currículo.
A L.P.M. faz o servicinho para o que o cleptocrata-mor Eduardo dos Santos lhe paga, na lógica empresarial e não respeitando qualquer ética ou tendo em conta qualquer dos valores que defensores do direitos humanos devem ter.
A Amnistia Internacional participava num projecto social que a L.P.M. anima a causas.net.
Assim que soubemos desta ligação da agência de branqueamento referida com o governo angolana decidimos pôr-lhe termo.
O processo levou algum tempo, foi discutido, como é normal, na direcção executiva e depois na direcção. E foi esta semana apresentado o resultado desta discussão ao L.P.M.
Connosco não conta mais. A nossa velinha não serve para qualquer promoção de empresas ao serviço de ditardorzecos, sejam eles quem forem, pintem-se eles de branco ou não.
P.S. Há que referir que as pessoas com quem colaborávamos neste projecto nos merecem toda a consideração e que este serviço era um serviço da maior utilidade que é para nós um prejuízo prescindir. Mas os príncipios não têm preço e a verticalidade tão pouco.
Labels: Amnistia Internacional, Angola, L.P.M.
1984????
Por vezes estamos transportados a esse, claro ao do Orwell...
Ontem falei para um simpático programa online, do meu velho amigo António Serzedelo.
Ele que é um homem informado ficou muito admirado, e mais teria ficado hoje ao ler nos jornais, salvo num rodapé perdido, por saber que não há posição da C.M.L. em relação ao Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental da Terceira Ponte sobre o Tejo a articular-se com Lisboa.
E surpreendido ficou quando lhe referi que pelo menos 8 vereadores em 17 são contra, por defenderem uma ponte sem rodovia, dois são contra por defenderem uma articulação do parecer da C.M.L. com o P.D.M. (que está em secreto processo de revisão) e outro, bom o outro é o ex-Zé, agora quase vereador dependente do P.S. que não disse coisa com coisa.
Como aliás foi lamentável vé-lo a contribuir com a abstenção e o voto a favor para a aprovação das contas da EPUL e a negociata que é a colocação em mercado, sob ameaça que roçou a chantagem do Presidente, de património da E.P.U.L. para que essa não abra ...falência.
Os Cidadãos Por Lisboa honraram o voto anterior, mesmo projecto mesmo voto, e a sua lógica de política de transparência e objectivos sociais claros votando nos dois casos contra. Notável é que quem leia os jornais ou não saiba isso ou até fique com a ideia que o nosso voto foi outro...
Bom mas em relação à TTT o problema vai ser complicado. E não faz sentido não só ter uma vereação rachada ao meio, onde o voto maioritário só não é contra o parecer... por causa do tal vereador, e contra, também a Assembleia Municipal, sendo que neste caso não faz vencimento a doutrina que se esta espelha-se os resultados eleitorais da eleição para a Câmara a decisão seria outra. Pois não era!
Isto está a ser um fim do ano cheio de surpresas...e ainda não chegámos a Dezembro, mas os jornais, onde a ditadura, ou melhor o aconselhamento, das editorias e dos comissários ao serviço de interesses domina, vão conseguindo conter a verdade.
Mas esta é como a água....
E se, como não é impossivel, tudo aquilo que foi apresentado sendo factos...fossem...mentiras...
Pois os jornais contam com o esquecimento, mas hoje os meios de comunicação já não fazem só a opinião...por aqui...por ali... por acolá....vemos.... ouvimos...e construimos...novidades.
PS Em breve aqui http://www.vidasalternativas.eu/ se poderão ouvir esses 10 minutos ...em que falei sobre a NOVA ALCÂNTARA E A TTT.... muitas orelhas ficaram a arder
Labels: Cidadãos por Lisboa, Eleições 2009
Tenho andado por aí.... pelo norte...e pelo sul... em trabalhos...e em lazeres... em escritas....e em oralidades.... e tenho andado também por aqui... pela C.M.L. onde vemos o ex-Zé a afundar-se no mar revolto do seu narcissismo e da sua incapacidade de colectivo, seja de pensamento seja de acção.
O Presidente só o vai querer aproveitar porque (e as razões de tal são misteriosas...) não tem nem sombra de equipa estruturada em capacidades funcionais. Por este caminho até qualquer Calimero é capaz de lhe pregar um susto... A C.M.L. incapaz de reformar-se é também hoje incapaz de políticas autonomas e falha de outra lógica que não seja a subserviência face ao governo e aos seus ditames, Porto (e ontem foi penoso ver o Vereador Fernandes), aeroporto, ou TTT, e não se iludam os que pensam que a posição de oposição do PS/Fernandes à Avaliação de Impacto Ambiental é mais que fogo de vista. Não é. O que se devia era exigir uma avaliação que integrasse a globalidade do sistema ferroviário, a funcionalidade prevista para a linha do norte, a articulação do hipotético TGV para o Porto com o nó do TGV para Madrid, e repensar a rodovia a entrar em Lisboa, e certamente a sua lógica no mapeamento urbano.
Nada do que se passa em Lisboa é senão fogo de vista e processos politicamente errados de gestão.
Continuamos atentos....e por aí, aqui, acolá.
Labels: eleiçoes 2009, Lisboa
Hoje, finalmente, mas com o incomprensível voto do vereador eleito pelo Bloco de Esquerda e o mais compreensível voto do P.S., a C.M.L. aprovou uma moção, que embora com elogio em causa própria, não posso deixar de referir ser bem articulada e irreprensível no sentido político e estratégico, em que fica obrigada a solicitar ao governo uma Avaliação Ambiental Estratégica ao projecto intermodal e global didentificado como Nova Alcântara.
Não vou adiantar outros pormenores, porque para bom entendedor...
E para festejar esse facto aqui deixo um artigo que não encontrou espaço ou oportunidade de publicação nos nossos médias, assoberbados com artigos notáveis sobre o Obama ou a fome na Etiopia, ou a eutanásia, ou o Calimero.
Desconfiai da água que dorme
Esse dito antigo que penso ser do Tao Te King, o livro do Caminho e da Virtude, deveria ser decomposto, e seguido pelos nossos governantes, e cabeceira das actividades económicas que, ainda que insidiosamente, os influenciam…
1- A (des)confiança devia ser a trave mestra de qualquer processo de decisão.
Ou melhor desconfiar e perguntar quais as razões que devem conduzir a essa decisão.
Quais as formas e os processos de opção.
Que linhas de força devem orientar e balizar essa, e qual a clareza, transparência e independência com que se decide.
E qual é o escrutínio e obviamente a participação pública em todo o percurso da decisão.
Só processos transparentes que obedeçam aos determinantes da lei – baseados em estudos sérios, articulados com previsões e prospectivas realistas, que analisem todos os dados das questões e a situação global em que estas se inserem, e que, após tudo isso, procedam a uma rigorosa avaliação de todos os interfaces, e ainda, no topo do bolo incluam a cereja, que não pode faltar, que é a audição, contributo e envolvimento de todos que as pagamos – é que podem afastar a desconfiança.
Senão, quem decide merece toda a desconfiança e pode ter uma surpresa…recordo por exemplo estimáveis presidentes de câmaras que as perderam por um simples...elevador.
2- O ponto anterior, está bom de ver, aplica-se (ou não!) que nem uma luva ao projecto chamado Nova Alcântara (chamar-lhe Nova já revela uma patologia), que, com elevada publicidade e propaganda, já envolvendo as agências habituais para moldar a opinião, cheira a água estagnada e eventualmente na zona de caneiro. Não há desodorizante que lhe valha nem enxertia que a faça ficar nova.
Desde logo e antes de chegar ao caneiro temos muitas perguntas sem resposta (a não ser aquela que já sabemos! E que ronda a associação com uma frota, sim uma frota, de táxis, eventualmente em paraíso fiscal).
a) Gostaríamos, por exemplo, de saber se há, e se há onde estão que ninguém os descobre, estudos sobre a evolução previsível do Terminal de Alcântara, que mostrem a necessidade da ampliação deste, para além de pequenas calibrações nos fundos marítimos, e que integrem seja qual for essa (inexistente!) previsão, num quadro global do sistema marítimo e portuário nacional (para já não dizer ibérico), e como é que tal se relaciona com as novas tipologias de transporte marítimo (de que não se fala! ou se ignora…), e como é que essa lógica nacional se interliga ao sistema rodo-ferroviário .
b) Pois são esses estudos inexistentes a base, o buraco negro, em que assenta a decisão apressada e leviana (jamais, jamais!) que, sem qualquer previsão adequada de custos e sem qualquer ideia de potencial retorno do investimento, lá seremos nós a alombar, na estiva ou na outra, porque no B.P.N. já sabemos o que a casa gasta.
c) Gostaríamos de saber (pergunta, claro, capciosa!) de alguma avaliação de impacto ambiental que nomeadamente respondesse à questão de como (atenção não pergunto se e/ou a que custo!) se vai proceder ao enterramento da linha de Cascais e ao nó, sublinho nó difícil de desatar, que é a ligação desta à linha de cintura e ao cais terminal, numa área de aterro, com um leito de ribeira e o escoamento de uma E.T.A.R., ladeada por uma falésia pouco consolidada, numa zona onde já foram cometidos erros sérios de planeamento urbano.
d) Pergunto se já houve algum estudo sério (ou até mesmo a brincar!) sobre como se irá fazer esta obra, fundamental e imprescindível para equacionar o alargamento do Terminal? Já se previu (ou não ?!) o risco de atraso, de 3, 4, 5 anos da obra devido ao efeito “Terreiro de Paço” e à sua difícil consolidação? Certamente que se imaginou o encaixe suplementar de alguma empresa ligada a outra que, sem concurso, viu ser-lhe entregue de mão beijada uma prorroga da concessão de um Terminal…
e) E, tendo iniciado este texto pela água, tenho que referir que somos, somos nós cidadãos que estamos fartos, fartos da leviandade com que se trata, com que os nossos governantes tratam a coisa pública, como se fosse privada, e o público não existisse ou não fossemos todos uns figurantes. Sem observar os procedimentos adequados, com as decisões a precederem os estudos entortando as leis a seu belo prazer ( porque razão não se realiza uma Avaliação Ambiental Estratégica?), e amordaçando ou enviando os seus jagunços para calar quem se lhes opõe. Seja na Boa-Hora (onde já alguns destes senhores já não virão a ser julgados por não terem as mãos convenientemente lavadas), seja no Aeroporto, onde o processo continua a ser uma enorme trapaça, seja na outorga sem consideração de outras modalidades de circulação rodoviária à Terceira Ponte sobre o Tejo, ou no obscuro projecto do T.G..V.
3- Voltando ao inicio…e á agua… que somos, povo adormecido por anestesia que continuamente nos tem vindo a ser inoculada por artistas da governação sem conteúdo, parcos de ideias, mas exímios na multiplicação de Magalhães e outros serviços de empresas que os apoiam.
Desconfiai da água que dorme, porque contra os muros chamem-se eles Novos ou sejam velhos da cor parda dos compadrios e das negociatas, milhares, milhares de cidadãos já se manifestaram, incomodados pela desonra da palavra dada, que é também a promessa de devolver o rio à cidade (e onde se ouve o Presidente da C.M.L.?) e sabemos que muros…caem.
Contra esta Nova Alcântara que afinal é a velha, dos interesses majestáticos da A.P.L., de costas viradas para a urbe e o bom senso que a deve fazer, milhares já dizemos que o futuro não está escrito e há mais marés que marinheiros..
4- E atenção. Sim, sim, nós, nós PODEMOS.
Labels: Cidadãos por Lisboa, eleiçoes 2009
Estive hoje (ontem) numa sessão, iniciativa prestimosa de um grupo de cidadãos, de discussão pública sobre o Chiado.
Esta iniciativa que se repete com regularidade tem, é de referi-lo sem subterfúgios, um carácter muito próximo dos actuais poderes.
Em 17 painelistas 9 ou eram eleitos públicos com poderes ou directores gerais e afins, e ainda havia alguns ex-comissários disto ou daquilo.
90% eram ou membros ou próximos do PS e os referidos executivos monopolizaram (3) 80% do tempo de intervenção.
De saudar esta iniciativa de cidadãos arrisca-se, como várias pessoas me disseram e eu referi tendo sido obrigado a calar, a transformar-se num logro.
Consegui, embora no final não me tivesse sido concedida novamente a palavra..., referir o caso da "Nova" Boa-Hora e iniciar o que deve ser mais uma campanha para colocar a público o que o governo e os executivos da C.M.L. querem manter em surdina.
Que é mais um processo sem estudos sobre os impactos economicos e sociais na zona envolvente, que é mais um projecto ao arrepio da participação cidadã e nomeadamente daqueles que utilizam os tribunais da Boa-Hora (juizes, magistrados , funcionários, etc), e é um processo, mais um, ao arrepio da história e da sua preservação, seja o espaço magnifico do palácio, dos seus azulejos e das suas salas de memórias (desde meados do século XIX este foi o tribunal de Lisboa e aqui se realizaram os julgamentos nos tribunais plenários durante o Estado Novo), seja o imaginário desta zona da cidade que querem destruir
Diz-se que, novamente sem concurso público, o banco do qual o ministro da Economia foi funcionário vai ficar com o património público, alienado.
Não se pode nestas condições deixar de falar alto. Alto e pára o baile!
Labels: Chiado
O caso da bandeira nazi mostrada, como não podia deixar de ser uma vez que estamos na Madeira, por pessoa com deficiência e um colóquio da Amnistia Internacional na Mostra de BD da Amadora levam-me a aprofundar a discussão sobre os limites da democracia e da liberdade de expressão.
Sou, pelo fim de todas as limitações e acho absurda a limitação constituciuonal à expressão de organizações ou movimentos fascistas, acho absurda a criminalização pelo delito de opinião que é negar o Holocausto ou até as alterações climáticas (sem qualquer comparação, como é obvio!). Acho absurda a punição ou restrição de qualquer cartoon, mesmo os de pior (quem define?) gosto e sou muito liberal em relação mesmo à ofensa pessoal, sendo esta do meu ponto de vista a fronteira da liberdade de expressão, podendo ser passada mas sendo que deve estar tipicado na lei as punições exemplares de quem o fizer. O direito ao bom nome é absoluto.
(Mas chamar a alguém por exemplo lá vai um Jorge Coelho não pode ser matéria de queixa crime se for um notório e nepótico administrador de interesses espúrios!).
É obvio que ao defender toda, toda a liberdade de cada um defender as posições políticas que quiser isso não significa qualquer contemplação com quem defende a violência por palavras ou actos, que penso deve ser sancionada pelos tribunais com toda a força da justiça, e nenhuma transigência com discursos que sejam dessa justificadores.
Portanto o limite da liberdade é uma fronteira muito clara. Quem defende por outros meios que não a palavra as suas posições, por absurdas que possam ser, deve ser penalizado criminalmente. Uma bandeira, uma posição de vómito são isso mesmo, um reles trapo e uma posição com deficiência.
Julgo que este caso mostra claramente as diversas deficiências do sistema político e a necessidade de também neste introduzir transparência, já que haverá sempre gente sem senso, como este senhor do não sei quê nazi ou o Alberto João e a sua entourage. Todos iguais.
Claro que isto tem pano para mangas, a crítica a aspectos sociais de rituais religiosos, a discursos ideológicos de doutrinas que pretendem intervir no quotidiano e se acham acima da crítica, sejam o Papa, o Islão, ou o Buda (que como sabem é dos meus) é, deve ser total. Assim como a separação e o respeito que o quadro dos principios e filiações de cada um deve merecer (o tal dai a Cesar o que é ...)
A aceitação do debate, nos limites do confronto cívico, deve ser uma pedra de toque fundamental. E nesse a possível inducação (que para os lados da Madeira é generalizada) só pode ser sancionada moralmente e no quadro do relacionamento.
Não há volta a dar....
Infelizmente continuam a haver e gerarem-se muitos equivocos e gente que pensando que tem a verdade toda se recusa a perceber a multiplicidade da realidade e da vida, onde o conflito de posições e a crítica devem ter o âmbito mais alargado, para formar poder.
Labels: Eleições 2009
O tempo não nos dá folga, o término de inumeros trabalhos, junto com movimentações sociais não nos permite folego...
Entre uma entrevista de duas horas, umas animações diversas, tratar de uns pareceres e alguns aconselhamentos, um artigo para aqui e outro para ali, umas coisas só imaginadas (oh,oh,oh), uma recepção e uma exposição, um jantar judaico (que me deixou água na boca e noutra vida comentarei) e um café com uma das melhores vistas de Lisboa, mais uns "complots" e barrigadas de riso (a ilusão do Santana), tudo isto e a preparação de viagens pelo país ou por outros lados da vida, tudo tudo isso, o power point de arte, os painéis de excelencia, e um dois livros na mesa de trabalho tiram-me o tempo para o tempo, e para usufruir a palavra e o espírito dessa.
Estamos a aproximar-nos de tempos vibrantes, a vitória do Obama (em si mesmo já importante) vai conduzir-nos a novos patamares de envolvimento social e de mobilização cívica (isso o mais importante)... e por cá... desconfiai da água que dorme....
Não é impossivel que aconteçam notícias inesperadas, nesta rede de mundos em que vivemos e nos cruzamos...
Sim, sim, nós podemos!
Labels: Eleições 2009, tempo
Logo hoje, quando o mundo pode ficar na mesma ou não, tenho uns minutos entre reuniões que se sucedem, documentos e relatórios que se acumulam e digerem e comentam e se contraditam, entre a sala de espera de um hospital e um saltitar entre escritórios e funções, sem tempo para ter tempo e ainda para fazer 6oo Km para tratar de um reboco e de questões de família, o tempo não nos para sempre a fugir-nos.
Reflexões acumulam-se, e documentos também se têm que finalizar e outros e outros.
Como o equilibrista vamos atirando as bolas ao ar,,,
e logo 2009 que se aproxima,,, mas daqui a pouco começa o mundo, outra vez, que não para.
Labels: tempo