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sábado, 19 de dezembro de 2015

Biometria facial já é realidade no transporte coletivo

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sancionou na semana passada uma lei que obriga ônibus intermunicipais a terem câmeras para reconhecimento facial. Elas serão usadas para identificar quem estiver usando benefícios do bilhete único de forma indevida. O Rio de Janeiro não é a primeira cidade brasileira a adotar o sistema, já em vigor em cidades como Caruaru (PE) desde 2012, Vitória (ES) desde 2013 e Florianópolis (SC) em 2014.


O sistema funciona assim: você entra no ônibus, aproxima o cartão da maquininha, e acima dela haverá uma câmera. Ela verifica se a pessoa é realmente a dona do cartão: em caso positivo, a catraca é liberada automaticamente. Se não for o usuário, ela também abre, mas, neste caso, o usuário tem até sete dias para resolver o problema, ou perderá o benefício por 60 dias.

O Rio de Janeiro não é o primeiro estado a usar biometria facial para evitar fraudes: na verdade, esse tipo de sistema vem crescendo no transporte coletivo brasileiro nos últimos três anos. Uma das primeiras cidades a testar reconhecimento facial em ônibus foi Caruaru (PE), ainda em 2012, onde o uso indevido de cartões chegava a comprometer quase metade da renda das empresas de transporte. Em 2013, a tecnologia chegou a Fortaleza, no Ceará, onde o software de reconhecimento facial calcula as medidas do rosto, e compara com a imagem registrada no chip do cartão, com o objetivo é evitar fraudadores que vendem bilhetes de gratuidade. A cidade de Vitória (ES) começou os testes de biometria facial no fim de 2013 e bloqueou quase 1.800 cartões por uso indevido. No ano seguinte, todos os ônibus municipais ganharam a câmera de reconhecimento, para impedir que pessoas emprestem o cartão de gratuidade para outra pessoa. Em caso de fraude, o usuário só pode voltar a usar o benefício após um ano, ou pode perdê-lo.

Em 2014, o sistema de reconhecimento facial foi implementado no transporte coletivo de Florianópolis (SC). Os seis terminais de integração da cidade receberam câmeras para verificar se quem usa os cartões de gratuidade é mesmo o dono. No período de testes, 2.000 cartões foram identificados com uso irregular. A próxima cidade a receber o sistema será Campinas (SP). A partir de janeiro, todos os ônibus da cidade terão biometria facial, para evitar o uso indevido de gratuidade (idosos e pessoas com deficiência) ou desconto (cartões escolares e universitários).

Essa lista está longe de ser exaustiva: há diversas outras cidades que implementaram biometria facial nos ônibus, como Limeira (SP), Uberlândia (MG) e Santa Maria (RS). Já pensou se a novidade chega a Aracaju.

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