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14 julho 2010

interesses filológicos...

(imagem daqui)

Às vezes identifico-me com insuspeitas personagens de romances policiais.
Quantas vezes já passei o mesmo que Walter Emerson, uma personagem secundária da série Amelia Peabody, irmão do irascível Radcliff Emerson («o» Emerson da história):

"I came across a particulary fascinating text (...). It seems to be - "
"Sit down, Walter, and be quiet", said Emerson amiable. "No one wants to hear about your obscure philological interests."

21 junho 2010

Dia de sorrisos

Fez no sábado uma semana que apresentei em Monchique o último livro de António Manuel Venda.
Nesta fotografia, estamos todos deleitados a ouvir o secretário da Junta de Freguesia a ler a sua introdução, num estilo vendiano.
Ora só o tempo permite que se crie um estilo. E por isso, por muito que insistam em chamar a António Manuel Venda um jovem escritor, ele não o é. É apenas um escritor jovem. E a juventude não se percebe apenas na timidez do olhar ou na inquietude das mãos que se movem com as palavras, quando fala, construindo castelos, casinhas ou outras arquitecturas, mas na escrita. Uma escrita antiga e por isso tão próxima da fantasia dos simples, que aceitam com naturalidade o que outros a civilização fez chamar diferente, estranho, estrangeiro.
Por isso o mundo visto pelos olhos - ou pela máquina fotográfica - do pequeno Tukie, ou do pai do pequeno Tukie, é um mundo em que o fantástico não existe como tal.
Por isso chamei a este livro um livro de felicidade.
Não uma felicidade que transborda ou ofusca o que está à volta, mas felicidade porque nos faz sentir que pertencemos, que não estamos sozinhos na nossa coexistência, pessoas e animais.
Felicidade, porque mesmo aquilo que pode ser mais triste ou violento (como a morte de uma garça num arame farpado) é vivido com simplicidade, sem drama.
Felicidade, porque ali não há sentimentos que ferem e magoam.
E apesar de conseguir muito bem construir o suspense, as histórias que ele nos conta acabam serenamente, com ternura e humor.
E quem me observou a ler o livro terá visto claramente os meus sorrisos nada enigmáticos.

11 junho 2010

Amanhã: o sorriso enigmático do javali...

Sábado, às 16.30, no Longevity Wellness Resort Monchique, nas Caldas de Monchique, vou apresentar o último livro do António Manuel Venda, O Sorriso Enigmático do Javali.
aqui disse que sou fã deste escritor e aceitei o convite que me faz como uma honra.
Quem estiver disponível, apareça, que o autor dará autógrafos. Quanto à minha apresentação, será bem menos interessante do que os momentos de prazer que a leitura vos trará, mas é sempre agradável ver uma sala cheia.
Até amanhã!

03 junho 2010

The Master of Petersburg: o que é ser leitor


(imagem daqui)

A ida a S. Petersburgo levou-me a comprar este livro do J.M. Coetzee, para que me acompanhasse na viagem. Deambular pela cidade deu-me um pouco a sensação de conhecer melhor as personagens, já que percorríamos as mesmas ruas.


Há um passo em que Dostoievski discute com Maximov, o responsável pela investigação policial, acerca do seu entendimento do que é ser leitor e o que é a leitura. Como não tenho o livro em português, deixo na versão original:

Diz Dostoievski:


«All the time you were reading my son's story - let me say this - I noticed how you were holding yourself at a distance, erecting a barrier of ridicule, as though the words might leap out from the page and strangle you.»

Something has began to take fire within him while he has been speaking, and he welcomes it. He leans forward, gripping the arms of the chair.

«What is it that frightens you, Councillor Maximov? When you read about Karamazin or Karamazov or whatever his name is, when Karamazin's skull is cracked open like an egg, what is the truth: do you suffer with him, or do you secretly exult behind the arm that swings the axe? You don't answer?
Let me tell you then: reading is being the arm and being the axe and being the skull; reading is giving yourself up, not holding yourself at a distance and jeering.»


(desta edição, pp. 46-47)

14 maio 2010

Se não fosse a Rússia...

... e o facto de eu estar lá, amanhã, dia 15, não faltaria à sessão de autógrafos de Uma Noite com o Fogo e da nova, novinha, novíssima, obra de António Manuel Venda (de cujos livros sou fã), na Feira do Livro de Lisboa, entre as 16.30h e as 18h, no stand da Quetzal.
O novo livro, esse, sai hoje, e espero que mo ofereçam pelos anos!

23 novembro 2009

Em Altura, Hércules e os pequeninos


Fui sexta-feira à escola EB1 de Altura falar dos meus Hércules. Nunca tinha estado com meninos tão pequeninos (1º ciclo) e foi uma grande surpresa ver como já sabem tanto!
Fizeram-me muitas perguntas e parece que gostaram das respostas.
Eu gostei muito da sua curiosidade, da sua alegria, da sua participação.
Sei que a sessão foi preparada pelos professores antecipadamente e isso fez a diferença.

Muito obrigada a todos e até um dia destes!

16 maio 2009

obra de arte


-Eu acredito que há um sopro divino em cada criação.

- Tenho uma ideia diferente. Para mim uma obra de arte é o trabalho árduo que o artista constrói à volta de um momento de maior sensibilidade. Não acredito nessas coisas de inspirações divinas, de sopros ao ouvido.

Luís Costa Pires, Ao Teu Lado, Lisboa, Vega, 2008, p.49

Sentada na minha sala, a ver este céu de Olhão, azul, mais azul ainda por estar em contraste com o branco dos muros, penso que me vai saber bem ir a Faro na hora do chá, pelas 17.30, tomar uma chávena no Pátio@bar, enquanto converso com o escritor na apresentação do livro, no espaço da linda livraria Pátio de Letras.

12 maio 2009

Fim da semana em cheio, no Algarve

Alguns dizem-me que me disperso em actividades que não contam para o currículo académico e que me devia concentrar apenas nos cássicos greco-latinos.
Pois. Se calhar devia.
Mas eu sou assim e sou entusiasta de muitos outros saberes (foi assim que me defini neste blogue).
Sendo a minha área de formação inicial os estudos clássicos e portugueses e gostando eu de escrever, estas actividades não me dispersam e contam, efectivamente, para me darem alegrias, bons momentos, e isso é fundamental para o meu pequeno percurso de vida, que é isso mesmo que signifia curriculum vitae.

Esta semana, vou ter várias actividades: na quinta, na sexta e no sábado.
Quem estiver pela zona, apareça!

Na quinta-feira, no âmbito do clube de leitura de Loulé (que tenho a honra e o prazer de moderar), vou apresentar o livro de Luís Costa Pires, Ao teu Lado (que já aqui referi e ainda aqui voltarei a ele). Será às 21.30, na Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner.

Na sexta-feira, dia 15, vou apresentar em Faro, na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, o projecto «A minha primeira leitura», que um grupo de alunas da escola secundária João de Deus desenvolveu, no âmbito da disciplina Área de Projecto. Será às 18.30 e far-se-á a apresentação do livro que elas escreveram e produziram.

Na mesma sexta-feira, mas às 21.30 e em Albufeira, na Biblioteca Municipal, irei falar do livro de Inês Pedrosa Fazes-me Falta, no âmbito de um ciclo de leituras sobre a escritora.

E no sábado, dia 16, às 17.30, na Livraria Pátio de Letras, aproveitando a presença do autor, irei apresentar, de novo, o livro de Luís Costa Pires, Ao teu Lado.

16 abril 2009

Uma Noite com o Fogo

O António Manuel Venda, cujo livro apresentei na Biblioteca Municipal de Loulé, faz hoje uma semana, foi muito gentil no comentário que fez à sessão. Vamos ver se organizo as notas em forma de texto e consigo mandar-lhe, de forma a que fique memória de algo parecido com que ali foi dito.
O livro é pequenino e aconselho vivamente a sua leitura.
Uma Noite com o Fogo é livro e tem blogue.
Quem perdeu a apresentação de Loulé, pode ir ouvi-lo no Pátio de Letras, no dia 24 de Abril, às 21.30. Não, a apresentação não é minha, é de José C. Vilhena Mesquita. Não vou perder.

16 dezembro 2008

Ao teu lado

A primeira vez que o li, há uns anos, chamava-se Cartas a Desidéria e ainda não era livro. Adorei!
Agora, o meu amigo Luís Costa Pires publicou-o com este novo nome, Ao teu lado, na Vega (não me habituo ao nome Nova Vega), tendo feito o lançamento na semana passada (quando estas fotos foram tiradas). Uma boa leitura!

13 setembro 2008

Hoje, à noite, em Faro...

... vou à livraria Pátio de letras. Gostei do livro de poesia do Pedro Afonso. Nunca li nada de Manuel Moya, mas conheço o Fernando Cabrita e é sempre um prazer ouvir o que tem para dizer.

21 maio 2008

A ideia do livro

Conheci na Biblioteca de Albufeira, nestas minhas idas ao ciclo de conferências sobre Gonçalo M. Tavares, Luís Nunes Alberto, que me mostrou um livro especial que ali estava em exposição: um livro de vidro.
-É meu - disse-me com simplicidade. - É lindo - disse eu. Em 2005 expôs mais livros, numa exposição intitulada «A ideia do livro». entre eles uma bíblia de pedra. Veja aqui. Pedi-lhe umas fotos. Aqui estão.

16 maio 2008

15 maio 2008

30 abril 2008

Carvalhal... e peras!

(a capa do livro)



Teresa Perdigão no uso da palavra.
(à mesa: presidente da Câmara do Bombarral, apresentador do livro, presidente do Núcleo, Agneta Bjorkman e presidente da Junta)

28 outubro 2007

Página 161, parágrafo 5º (de novo)

Apesar de já ter respondido a este desafio anteriormente, não me importo nada de repetir. O André pensou em mim e aqui vai. O livro que estava mais à mão era este:

Recordou-se por breves momentos de Baeta, a prostituta, e lembrou-se de como foi feliz sem amar, e por momentos teve saudades desse tempo.

Carlos Campaniço*, Molinos, Pé de Página Editores, Coimbra, 2007, p.161, parágrafo 5º.

*O Carlos foi dos meus primeiros alunos de Latim na UAlg e hoje é Mestre em Culturas Árabe, Islâmica e o Mediterrâneo.

27 outubro 2007

Livrarias em Roma

No tempo da República, os livreiros eram uns desgraçados que tinham de arranjar livros para copiar para os clientes, tendo para isso que recorrer a bibliotecas privadas, o que nem sempre era fácil.
No tempo do Império as coisas mudaram: Roma tornou-se uma cidade cosmopolita também do ponto de vista intelectual, sendo a demanda de livros tal que as livrarias passaram a ter aquilo a que podemos chamar o início da ideia do «fundo de catálogo» (já raro hoje em dia).

Existiam nas lojas livros de escritores como Vergílio ou Tito Lívio e sabe-se que um livreiro até tinha vários volumes da Institutio Oratoria, de Quintiliano. E se lhe pedissem um livro que não tinha (o que seria comum), recorria, como antes, às bibliotecas, e mandava fazer uma cópia!

As autores não ganhavam direitos, mas atingiam, assim, um maior número de leitores (em vez de serem eles a fazer ou mandar fazer as cópias dos seus livros), e esse é o objectivo de todo aquele que publica.
Uma boa livraria em Roma? Marcial diz que há já ali uma:

«procura Secundo, liberto do douto Lucense,
por trás do limiar do templo da Paz e do foro de Palas

(Fonte: Lionel Casson. Ver aqui)

26 agosto 2007

Livros, livros, livros (5)

Este foi mais um livro que comprei. Sempre me interessei pela vida que os gregos tinham e que transparecia em muitos textos literários e nas descobertas arqueológicas.
Este livro saíu há 10 anos, em 1997, mas só agora o descobri... nem sempre se consegue estar em cima do acontecimento...
Aguço o apetite aos meus amigos com esta nota (por Richard W. Wilk) que encontrei na Amazon:

«Davidson focusses on consumption habits, and the morality of eating, drinking, and sex. It is both very revealing about the lives of the Greeks, and an absolutely key step in understanding the origins of modern styles of consumer culture. This is by far the most theoretically sophisticated thing written about consumption in prehistory - Davidson brings some of the best of modern consumption theory to bear, but never in a pedantic way. The text remains lively, fun, and enlightening. »

08 agosto 2007

Livros, livros, livros (4)



E aqui está mais um que deve ter graça:

Celebrity in Antiquity. From Media Tarts to Tabloid Queens. Um livro de Robert Garland, publicado pela Duckworth em 2006.
O autor refere na introdução que, há uns anos, 2/3 da população de uma Escola Secundária de Brooklyn responderam à pergunta «O que queres vir a ser?» com «Uma celebridade».
Ora, apesar de nem em latim ou grego existir um nome para celebridade («Greek approximations include axioma ('estimation'), charisma ('magnetic appeal', commomly bestowed by a god), doxa, ('repute'), epiphaneia ('renown'), kleos ('glory') [...]. Latin approximations include claritas ('renown'), gloria ('fame', especially that which results from military achievement), laus ('esteem', 'reputation') and popularitas ('popularity').»), o índice tem capítulos como «The Consummate Populist», «The Sports Star», «The Celebrity Guru», «The Showbiz Star», «The Sexually Liberated Female», entre outros.
Fiquei curiosa e vou encontrar um dia destes tempo para o ler.

30 julho 2007

Livros, livros, livros (2)

Se gostaram daquele, leiam só a descrição deste:
«Tracing the social, political, and cultural influences that informed classical thinking about pity and superstition, nature and divine, Inventing Superstition exposes the manipulation of the label of superstition in arguments between Greek and Roman intellectuals on the one hand and Christians on the other, and the purposeful alteration of the idea by Neoplatonic philosophers and Christian apologists in late antiquity»

- Inventing Superstition - from the Hippocratics to the Christians, de Dale B. Martin, publicado em 2004 pela Harvard University Press.
Já comecei a ler e estou a gostar muito!
Empréstimos? Só é permitida leitura no local...