A política de
saúde do prefeito Marcio Lacerda tem reduzido assustadoramente a qualidade dos
serviços de saúde prestados em Belo Horizonte. Ao lado da deteriorização da
infraestrutura de saúde da cidade, como os postos de saúde e as UPAs, tema do nosso post do dia 24 de julho, ocorrem o descaso com o cidadão e a
desvalorização do servidor público municipal.
Em 2011, os
servidores públicos realizaram diversas manifestações (01, 02, 03) e a campanha de reivindicações continua nesse ano. A revisão dos planos de carreira é necessária para melhorar a
qualidade da saúde na nossa cidade. O
Sindicato dos Servidores Municipais (Sindibel) apresenta como medidas necessárias a
incorporação das gratificações e das bonificações no subsídio, pois, no atual
plano, os vencimentos dos servidores da saúde são reduzidos em 40% quando eles
se aposentam (Jornal do Sindibel de Junho de 2012, página 3). Mas a realização de concursos para a
efetivação de servidores públicos é mais urgente.
Em 2012, a
prefeitura realizou somente um concurso público para a área de saúde, abrindo 1.500 vagas. Esse número é muito pequeno se
comparado à demanda da cidade. Dados do Relatório de Gestão da Saúde de 2011 mostram que dentre os 19.666
funcionários da saúde do Sistema Municipal de Saúde (SMSA), quase 3 mil são
contratados e outros 3 mil são terceirizados. Essas categorias possuem, muitas
vezes, menor carga horária do que a do servidor público efetivo. O resultado é
um número insuficiente de funcionários,que tem reflexo na demora no atendimento
e no sofrimento dos cidadãos, principalmente dos mais necessitados.
A demora no
atendimento tem ocorrido em todos os setores da saúde municipal, desde o
atendimento inicial até a marcação de consultas com médicos especialistas (01, 02, 03, 04). A espera para realizar cirurgias é a mais
preocupante. Mais de 18 mil pessoas encontram-se na fila de espera e, caso seja
mantida a política de saúde da atual gestão municipal, esse número aumentará.
Esse descaso
algumas vezes resulta em morte, e a revolta das pessoas, desesperadas
pelo sofrimento de algum parente ou frustradas pela espera, é, muitas vezes,
externada em violência contra os funcionários da saúde, que
se encontram impotentes diante do abandono da atual prefeitura. Os servidores
municipais são aqueles que estão em contato direto com a população e por isso
são o alvo primário de suas frustrações.
O prefeito Márcio
Lacerda e seus secretários são os responsáveis pela a triste situação da saúde
belorizontina. A esperança daqueles que desejam uma melhora na prestação dos
serviços de saúde de Belo Horizonte é que essas insatisfações e frustrações
sejam direcionadas para as urnas eleitorais e que, depois das eleições de
outubro, tenhamos um Prefeito mais compromissado com a saúde e com o povo de
Belo Horizonte.
Fonte da
primeira imagem:
Jornal do Sindibel de maio de
2012
Fonte da segunda imagem:
Jornal o Tempo