“No dia em que eu morrer
não será necessário usar a balança,
pois para velar a um cantor,
uma “milonga” basta.
Dou a cara ao inimigo
e as costas ao bom comentário,
pois aquele que aceita a lisonja
começa a ser dominado;
o homem acaricia o cavalo… para o montar.”
(Facundo Cabral)
O ofício de cantor pode ser perigoso, sempre que as canções não agradam aos poderosos. A lista de casos que o comprovam é longa e antiga. Por estes dias, essa lista terrível tem mais um nome escrito com sangue: o cantautor e grande figura da música de intervenção argentina, Facundo Cabral.
Durante 74 anos de vida deu a cara ao inimigo, granjeou muitos milhares de amigos em toda a América Latina, insistiu na ideia da Paz, cantou-a, assim como cantou a luta dos povos e a liberdade. Denunciou ditaduras, esteve exilado por isso, correu o mundo.
Não conseguiu evitar as balas dos assassinos que o emboscaram numa viagem entre dois concertos, quando se encaminhava para o aeroporto da capital da Guatemala, neste último sábado.
O corpo regressou ontem à Argentina para ser velado; as cinzas serão sepultadas, provavelmente, hoje. As suas canções... essas voaram...
Até sempre, companheiro!
“No soy de aqui, ni soy de allá” – Facundo Cabral
(Facundo Cabral)
“Pobrecito mi patrón” - Facundo Cabral
(Facundo Cabral)
11 comentários:
Cobardemente assassinado.
Morreu a Cantar. Morreu a Lutar.
Até Sempre Camarada.
Carlos Vale
Divulgar a música dele é o que agora devemos fazer. No FB já está desde domingo...
Abreijo.
A morte continua a sair à rua em dias assim.
Manter viva a memória de Facundo, é o que farei no meu modesto blog.
Mas há os que da lei da morte se vão libertando.
Vamos divulgá-lo,sempre claro.
Mas é preciso julgá-los e puni-los,não só os que puxam o gatilho,principalmente os que mandam,cobardes engarrafados em bunker.
Um abraço,
mário
Cobardes, canalhas assassinos! Para quando a justiça?
Eu sabia que este teu post era inevitável...
Mesmo assim, obrigado por ele.
Um abraço.
Enganam-se! Não se matam as canções!
Um abraço e obrigado
Uma perda chocante, como todas as grandes perdas da humanidade....:((
bjs,
"A canção é uma arma" contra os poderosos e opressores.
É preciso destruí-la e carinhosamente continuar a construir as armas criminosas que defendem e apoiam o opressor.
Um beijo.
Deixa saudades, e não poucas...
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