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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Selfie ...





Apetece-me chorar por ti... porque já foste

há tantos dias e nunca mais voltas!

eu sei que ainda foram só umas horas mas já dói tanto

deixaste-me no vazio dos abraços incompletos

que indiciavam marés e prometiam noites

com o vagar da ternura das nossas  lágrimas silenciosas...

E de tantas horas que tínhamos juntado juntos

erguemos um mar nosso, incomensurável

poderoso e com  estatuto próprio de um mar que o amor fez

com a água translúcida dos teus olhos perdidos no verde cinzento

com o sal que seca no corpo depois do suor do amor

e do riso partilhado atropelado pelo prazer que faz

derreter os ossos, ficando as pernas bambas, os braços lassos...

molhados pelos beijos que o corpo pede na loucura

no desejo cego de não nos perdermos outra vez...

pele com pele, lábios, os corpos a darem-se frutos

a florir...flores vermelhas a brotar e a encher o mar

uma explosão potente da natureza no seu  mais belo expoente,

o amor, o amor ardente, puro, capaz de mover montanhas

e de criar mares imensos, como o nosso...

onde a todas as horas do dia e da noite e em vigília permanente

nascem e se balanceiam as  flores vermelhas e efémeras

à tua espera, sempre à espera que venhas nas marés vivas

de final de Verão, Estação que não combina com os teus olhos

espero -te lá pelo Outono sempre junto ao nosso mar

já sei que virás com o tom cinzento nos olhos transparentes

Já sei que trazes as mãos vazias e o coração pronto para ficar...






quarta-feira, 11 de março de 2015

Beleza...



Beleza alva...as tuas mãos...os teus olhos...os teus lábios...a tua pele e o bater do teu coração... 


domingo, 24 de abril de 2011




Queria fazer-me rio

 e percorrer-te assim

  nessa  forma

 de caminhos ondulantes

 de água fresca

 que se solta

quando chega a ti

e desagua

 nesse teu olhar

 mar imenso

porto de abrigo

ancorado em mim...




sábado, 19 de março de 2011



Dia do Pai -



Gostava de pôr aqui uma fotografia actual, do meu pai de hoje, mas sei que ele não ia gostar nada...
E de todas as maneiras, não sei se valeria a pena, porque o meu pai de hoje é o de sempre, aquele que esteve  comigo e me embalou o coração, desde que me lembro de ser gente !
Nunca gostou de se faz fazer notar, de ser o centro das atenções, de dar nas vistas e por isso mesmo, também eu não vou fazer muito alarido...
Sempre me lembro do meu pai assim a sorrir, com uma doce serenidade que o caracteriza e que é  indissociável da sua pessoa.
Nunca tive ídolos e confesso que até estranho um pouco o sentimento que leva a idolatrar seja lá o que for. No entanto tenho que confessar que sempre tive  pelo meu pai  uma  admiração enorme que é absolutamente inabalável. 
Esteve sempre comigo e com os meus irmãos em todos os momentos importantes das nossas vidas, nos bons e nos maus, a partilha nas nossas vidas, foi uma constante.
Sempre  soubemos com quem poderíamos  contar incondicionalmente e em torno de quem nos poderíamos aconchegar ou mesmo aninhar... O meu pai criou connosco uma sólida cadeia de amor inquebrantável!
Obrigada por tudo, pai !...

Um abraço apertadinho :)

domingo, 20 de fevereiro de 2011


Carta (Esboço)

"Lembro-me agora que tenho de marcar um
...encontro contigo, num sítio em que ambos
nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma
das ocorrências da vida venha
interferir no que temos para nos dizer. Muitas
vezes me lembrei de que esse sítio podia
ser, até, um lugar sem nada de especial,
como um canto de café, em frente de um espelho
que poderia servir de pretexto
para reflectir a alma, a impressão da tarde,
o último estertor do dia antes de nos despedirmos,
quando é preciso encontrar uma fórmula que
disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É
que o amor nem sempre é uma palavra de uso,
aquela que permite a passagem à comunicação ;
mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale,
de súbito, o sentido da despedida, e que cada um de nós
leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio
ser, como se uma troca de almas fosse possível
neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e
me peças: «Vem comigo!», e devo dizer-te que muitas
vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde,
isto é, a porta tinha-se fechado até outro
dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então
as palavras caem no vazio, como se nunca tivessem
sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar
um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos
para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que
é também a mais absurda, de um sentimento; e, por
trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia
seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores
do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos
encontrar, que há-de ser um dia azul, de verão, em que
o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí
que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas,
que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo
das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros"

Nuno Júdice


sábado, 18 de dezembro de 2010



Maria Gabriela


O meu mundo cá de dentro foi-se edificando 
 sob este olhar que se fixava em nós assim
 sempre em forma de brilho eternizado




Fotografia: Mãe 
Fotógrafo: Pai
Ano : 1963

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


Deixa-te ficar aqui comigo
a assistir a este glorioso final de dia
olha para mim amor e sorri
quero tornar-te eterna
guardar-te nesta fotografia!
Deixa-te estar
 envelhece  ao meu lado
deixa os teus cabelos
embranquecerem com os meus
aqui neste local
que nos eterniza o amor
neste mágico pedaço de mim
de nós dois
nesta gloriosa acalmia

domingo, 10 de outubro de 2010

Agitação



 Comecei agora a  sentir calor
 um aperto no peito
 uma vontade de chorar!
 Uma agitação crescente
 que não sei explicar...
 De uma lágrima
que me chegou distraída  
saboreei o sal, com prazer
 fechei os olhos para serenar
   respirei fundo e acalmei o coração
...foram apenas fortes saudades
do meu MAR ...



E porque as SAUDADES são intensas e teimam em ficar...
vou trazer para aqui um pouco mais de MAR

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A maior Saudade de todas...


Falando eu, pensando eu, sentindo eu

SAUDADES

Vi ontem, pela primeira vez

esta fotografia da minha mãe

de quem eu sinto saudades todos os dias

desde há já muito tempo

desde há muitos anos...

tenho saudades do cheiro

do riso e das gargalhadas

do enorme colo para nos sentar

a mim, aos meus irmãos

aos amigos dos filhos

aos tios e tias velhos

Que saudades mãe!

E que bonita que está

E que bonita que foi sempre

por dentro, por fora

e para todos nós!

Que saudades que eu tenho

de estarmos, mãe!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cartas de Amor - IV


Amor


Estou a escrever-te tarde, porque só agora consegui sentar-me um pouco a descansar da terrível azáfama da lida da casa.
O tempo parece pouco para tudo o que precisamos e queremos fazer!

Mas não quero nunca deixar acabar o dia sem te dizer o quanto gosto de ti, porque o mais importante na minha tão monótona vida, é a tua ternura e o teu amor.

Queria passar a noite toda a escrever-te, só para fingir que estou nos teus braços aninhada, num qualquer cantinho aquecido e confortável.

És a mais poderosa fonte de energia na minha vida,

és como o sol abrasador que surge no céu após meses seguidos de chuva ininterrupta.

E não penses que estou a escrever poesia amor,
estou a dizer-te que que aqueces diariamente o meu coração
que amanhece sempre frio.

Preenches o meu vazio, e mesmo sem palavras aconchegas-me no teu abraço forte e meigo.

Tens uns olhos belíssimos, de um preto impossível que me transportam constantemente para a paz de uma noite de Estio.
Tens umas mãos que me fazem estremecer de saudades e que relembro constantemente no seu percurso lento e sábio, deambulando ternamente pelos meus cabelos ondulados.

Sábias essas tuas mãos que não falham um gesto, num encadeamento sossegado, lento, perfeito...
Despeço-me de ti sempre com tristeza e já cheia de saudades!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Cartas de Amor - I



    Amor, navegando nesse lindíssimo poema que é o teu olhar encontro pássaros a planar sobre as turbulentas águas onde nos detemos abraçados silenciosamente. Aninhados na paixão que nos sustem, fixamos com deslumbramento o rebentar das ondas contra a incompreensão de rochas, morros, escarpas e pessoas geladas. Aninho-me no teu abraço e deixo-me inebriar pelo toque da tua pele,
    pela delicadeza das tuas mãos ternas e sábias
    Deixo-me inebriar e abençoar pela fusão simbiótica das nossas almas
    que se fundem cada vez mais numa viagem de plenitude
    nunca antes empreendida.

    Somos também mar sereno, prateado, ao anoitecer, envoltos simplesmente
    em nós mesmos e surpreendidos pelo pleno renascer do amor diluído nas
    brumas de anos trilhados por diferentes caminhos.





    (Autor desconhecido)