23 novembro 2011
A humilhação
Por Philip Roth
Escrito em linguagem acessível a qualquer mortal, trata justamente da finitude sem filosofar. A história é sobre um destacado ator sexagenário, que de um momento para o outro perde o talento e a capacidade de interpretar.
O primeiro parágrafo é intenso, provoca a curiosidade e parece ser um resumo da obra:
“Ele perdera a magia. O impulso se esgotara. Ele nunca havia fracassado no teatro, tudo o que fizera sempre fora vigoroso e bem-sucedido, e então aconteceu esta coisa terrível: ele não conseguia representar. Subir ao palco tornou-se uma agonia. Em vez da certeza de que teria um desempenho maravilhoso, sabia que ia fracassar. A coisa aconteceu três vezes seguidas, e na última vez ninguém mostrou interesse, ninguém foi. Ele não conseguia se comunicar com a platéia. Seu talento havia morrido.”
A história ganha vigor quando uma lésbica, 25 anos mais nova, resolve entrar na vida do ator para tentar reverter sua opção sexual. O ator ferve em desejos sexuais saindo do marasmo e depressão em que havia se instalado.
Roth descreve o protagonista de uma forma genial dissecando a aparência física até penetrar nas profundezas da alma. Conduz a história muitas vezes por questionamentos, como na exata metade do livro quando o ator é levado a questionar-se numa avalanche de questões existenciais. O mesmo acontece perto do final do livro, pouco antes do fechamento surpreendente.
A originalidade da história é muito bem escrita pelo escritor que ganhou o Pulitzer em 1998 e o PEN/Faulkner três vezes entre diversas outras premiações de prestígio
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4 comentários:
Já tinha ouvido falar desse escritor, mas nunca li algo dele. Fiquei curioso agora.
Que bom conseguir provocar desejo de leitura.
já li 3 ou quatro dele. acho um horror! é pura divulgação de pensamento judeu. propaganda israelense subliminar.
iécati.
Devo ser analfabeto para decodificar essas mensagens. Nada percebi.
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