Arouca-Rio Ave, 1-0: Visitados tiveram cabeça para fazer história
PRIMEIRA VITÓRIA FRENTE A RIO AVE DE EXPECTATIVA
Domingo, 1 setembro de 2013 | 22:09
Autor: PEDRO MALACÓ
Uma cabeçada fulgurante de Roberto mesmo ao cair do pano (87’) garantiu a primeira vitória do Arouca na Liga. Um desfecho ajustado após um desenrolar muito sofrido, quase em ritmo de treino, e em que o Rio Ave adotou uma postura de expectativa demasiado cedo.
Consulte o direto do encontro.
Devagar, devagarinho, o Arouca cresceu no jogo, assumiu as despesas, aumentou a intensidade após o período de descanso e foi premiado com um golo de belo efeito, naquele que foi o melhor lance do desafio.
Até lá, começou melhor o Rio Ave. A formação orientada por Nuno Espírito Santo arrancou com mais amplitude e soube tirar partido da dinâmica que Ukra e Braga apresentaram nas alas para criar espaços no meio-campo adversário.
Um ímpeto, contudo, demasiado efémero para alimentar a atitude que Hassan demonstrou na linha da frente e para poder aplicar o seu instinto de matador na área. Um desequilíbrio que também só durou 20 minutos e que poucas situações de perigo trouxe para o guardião Cássio, atendendo à falta de discernimento que a linha ofensiva vila-condense apresentou.
Dissipada a ansiedade inicial, o miolo do Arouca soltou-se, equilibrou as operações e apresentou alguma audácia, até a contrariedade física de Romário obrigar Pedro Emanuel a realizar uma substituição ainda antes da meia hora de jogo. Contudo, a entrada forçada de Roberto, que acabou por revelar-se fulcral, também revestiu o ataque arouquense com outra objetividade, graças não só à leitura de jogo que David Simão e Bruno Amaro emprestaram à zona de construção como à postura de equilíbrio que Soares imprimiu na zona mais recuada, travando quase todas as investidas de transição dos vila-condenses. Uma coesão que balanceou o coletivo para o meio-campo adversário, mas que não proporcionou muitas situações de desequilíbrio, já que tanto Pintassilgo, sempre muito solicitado, como André Claro raramente tiraram proveito das muitas bolas à sua disposição.
Aposta
Apesar de tolhido ao seu meio-campo, o Rio Ave procurou controlar a toada previsível do Arouca, Uma estratégia eficaz até Pedro Emanuel lançar Paulo Sérgio em jogo. O irrequieto extremo soube procurar espaços interiores para confundir a marcação vila-condense e, no melhor lance de envolvimento do encontro, após uma sucessão de tabelas com Bruno Amaro, cruzou com precisão para a antecipação de Roberto fazer história. Em desespero de causa, Nuno Espírito Santo ainda lançou Roderick para o chuveirinho final, mas o Arouca fez por merecer o final feliz da história do jogo.
Árbitro: Bruno Esteves (nota 4)
A velocidade moderada da partida permitiu-lhe acompanhar de perto todos os lances de um jogo sem decisões complicadas. O juiz sadino aplicou bem a lei da vantagem em praticamente todas as circunstâncias, como também puniu disciplinarmente todos casos com rigor nas poucas vezes que o jogo o exigiu.
Melhor em campo: Roberto (nota 4)
Essencialmente pela cabeçada fulgurante em antecipação que escreveu a história do jogo e que ditou a primeira vitória do Arouca.
Momento
Golo do Arouca (87’) foi mesmo ao cair do pano e fez levantar as pouco mais de mil pessoas que assistiram ao jogo.
Número
1 O Rio Ave sofreu o primeiro golo da época e, por consequência, a primeira derrota.
http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/interior_premium.aspx?content_id=841818