30 junho 2007

ASNEIRAS NA PENÍNSULA BALCÂNICA

A anedótica OTAN (vulgo NATO), entidade que no final dos anos noventa do século passado criminosamente empreendeu os bombardeamentos contra a então Jugoslávia e responsável maior pela pulverização política a que se assistiu naquela península. Continua agora o verdadeiro massacre sobre o povo Sérvio ao aconselhar flexibilidade na questão da independência do Kosovo.
Como se sabe a OTAN é favorável, em mais uma crassa demonstração de ignorância histórica, à independência daquela província da já amputada e retalhada Sérvia. É o preço a pagar por um país que não se verga nem mesmo face aos iníquos ataques da "democrática" Europa e seu braço militar que espezinham culturas, história e tradições sempre que os seus interesses se encontram em causa. É, ainda, o preço a pagar pela tradicional ligação eslava à "mãe" Rússia.
Nota final. Como não ignoram o Kosovo é historicamente considerado o berço da Nação Sérvia, mas para a OTAN pactuante com a descaracterização daquele território fruto de uma progressiva e artificial albanização essa questão é, estamos certos, um mero pormenor...

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AINDA HÁ GENTE NORMAL NESTE MUNDO...

O actor Justin Timberlake afirmou à imprensa sempre ávida de mexericos e de esposição pública:
Cresci numa terra pequena onde ser cioso da intimidade é sinal de boa educação.
Tenciono continuara assim!
Em Memphis (Tennessee) ainda vigoram regras de elementar educação. Antes assim, nem tudo está perdido.

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29 junho 2007

MORALMENTE IDÓNEA

Ficou provado que Sónia Sousa Mendes, líder do CDS-PP de Coimbra, se apropriou de 14.153 euros tendo sido condenada, pelo crime de peculato, a dois anos e meio de prisão com pena suspensa por três anos. O Tribunal Judicial da Lousã considerou provada a apropriação continuada e indevida de dinheiro, que os alunos pagavam para os transportes escolares, da escola secundária local para uso próprio. Absolveu-a, por falta de provas, do crime de branqueamento de capitais de que também estava acusada.
Paulo Portas, actual líder do partido, uma das testemunhas de defesa alegou que Sónia Sousa Mendes é "pessoa moralmente idónea" (merece comentário?).
A juíz Isabel Valongo, que presidiu ao colectivo, justificou a pena suspensa pelo facto de Sónia Sousa Mendes ser "pessoa estimada e considerada no meio profissional e social em que estava inserida", não ter antecedentes criminais, bem como por se estar "perante um tipo de crime que não gera repulsa e clamor social". Mais: "Está inserida pessoal, social e familiarmente" e ainda "por ter a seu cargo a mãe com 93 anos de idade". "A simples ameaça da pena bastará para a afastar da prática de novos crimes", disse.
Ou seja, está tudo na discricionariedade dos juízes, aposto que se fossem uns amigos meus arguidos, nesta democracia, pelos livros que leem não haveria inserção, estima ou velhinhas que lhes valessem... e o clamor e a repulsa social ecoaria pelas ruas...
E já agora não será de fazer uma rusga à sede do CDS-PP? Pelo menos à concelhia...

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CADA VEZ PIOR...




Mais um notável cartoon extraído do blog de campanha

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DE ESPANHA...


...nem bom vento, nem bom casamento. Diziam os nossos sábios avoengos, numa atávica manifestação de desconfiança que urge cultivar ou pelo menos não ignorar.

Dada a distância de interesses entre Portugal e Espanha (falsamente disfarçados por uma fatalidade geográfica), quando não mesmo completo antagonismo, desconfio sempre de prémios recebidos por portugueses em Espanha. Fico sempre com a sensação de que, como Portugueses, não fizeram tudo os que deviam ou, de outro modo, não seriam distinguidos. Eis que chegou a vez do vosso amigo cherne (que hei-de fazer, não gosto do homem, nunca gostei, imbirro com tipos que não sabem apertar a mão...) ser distinguido pelo Real Madrid, na passada quarta-feira, com a insígnia de ouro e brilhantes e o diploma de sócio de honra, não só por ser um importante político mas dada a manifesta "afición del portugués por el Real Madrid". Deste fujão realmente tudo se espera...

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28 junho 2007

UM ASSASSINATO QUE MUDOU A HISTÓRIA

Lembrando o dia de hoje, aqui vos deixo um excerto de um trabalho que ando a preparar para publicação.


Em 1913 o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono Austro-Húngaro, era nomeado Inspector-Geral do Exército. Foi nessa condição que, no Verão de 1914, a convite do general Oskar Potiorek, governador da província da Bósnia-Herzegovina, aí se deslocou para assistir às manobras.

Homem destemido e grato entre as suas tropas, embora consciente da perigosidade[1] da deslocação o arquiduque decidiu empreendê-la. Na realidade, o maior perigo para a monarquia advinha então, num estado pluri-nacional, do Pan-Eslavismo disseminado a partir da Sérvia e fortemente encorajado pela “mãe” Rússia entre os eslavos do sul.

Consciente de tão complexa realidade, o arquiduque Francisco Fernando, procurava construir um plano para transformar a Croácia no núcleo de um sólido parceiro eslavo no sul para a sua monarquia. Tal plano contrariaria os planos e teses pan-eslavistas e o líder da “Mão Negra”, coronel Dragutin Dimitrijevic (chefe dos serviços de informação do Estado-Maior Sérvio), considerava Francisco Fernando e os seus planos para os eslavos do sul, contrários aos seus desejos unionistas com a Sérvia. Assim, ao saber do propósito do arquiduque em visitar a Bósnia de imediato começou a congeminar os planos para o seu assassinato, com base num comando sedeado em Belgrado.

Um outro membro da “Mão Negra” o major Voja Tankosic informava o primeiro-ministro da Sérvia, Pasic, desse plano. Cauteloso, Pasic, embora apoiasse os objectivos do grupo não desejava tal assassinato, pois estava certo que o mesmo conduziria a uma guerra com a Áustria-Hungria, e como as suas ordens de detenção dos membros do comando (Gavrilo Princip, Nedjelko Cabrinovic e Trifko Grabez) não foram acatadas estes lograram chegar à Bósnia-Herzegovina para levar a cabo o seu plano.

No Domingo, dia 28 de Junho de 1914, o Inspector-Geral e sua mulher duquesa Sofia chegavam antes das 10 horas da manhã à estação central de Sarajevo, onde eram esperados pelo general Potiorek. Iniciando-se a comitiva, composta por vários carros, seguindo o arquiduque, acompanhado pela sua mulher, pelo general Potiorek e pelo conde Von Harrach no segundo carro, de capota recolhida para que fosse, como expressamente desejava, bem visível pela população.


IMAGEM: Aquiduque Francisco Fernando e sua mulher duquesa Sofia em Sarajevo no dia do seu assassinato (28 de Junho de 1914)


Pouco depois das 10 horas e quando a comitiva passava pela Central de Polícia uma granada de mão era lançada. Devido ao sangue frio do condutor, que acelerou, aquela apenas explodiu debaixo das rodas do carro seguinte, ferindo com gravidade dois dos seus ocupantes (Eric von Merizzi e o conde Boos-Waldeck) e uma dúzia de espectadores, não sendo possível atingir o carro em que seguia o arquiduque, que seguiu, como planeado, para a recepção oficial na Câmara Municipal.

Após a recepção oficial o arquiduque, ao ser informado do grave estado dos seus acompanhantes, insistiu em ir vê-los ao hospital e, não obstante, as insistências contrárias do barão Morsey, que sugeria que tal poderia ser perigoso, nada demoveu Francisco Fernando, respaldado, além do mais, pela indignação do general Potiorek que clamava a Morsey: “Pensa que Sarajevo está repleta de assassinos?”. Mesmo assim, o general, responsável pela segurança achava que a duquesa não deveria acompanhar o marido, o que esta recusou, e estabeleceu um percurso alternativo, facto que, porém, se esqueceu de apontar ao condutor, seguindo este pelo caminho habitual onde um dos conspiradores, Gavrilo Princip, teve oportunidade de disparar várias vezes, atingindo o arquiduque no pescoço e a duquesa no abdómen. Estava consumado o plano da “Mão Negra” e este assassinato de Sarajevo deitaria por terra toda a ténue esperança de uma evolução pacífica, precipitando o advento da 1ª Guerra Mundial.

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[1] De facto, muitos habitantes locais descontentes com a dominação Austro-Húngara preferiam a união com a Sérvia. Em 1910 um sérvio, Bogdan Zerajic (membro da sociedade secreta “Mão Negra” – Unificação ou Morte), tentara o assassinato do governador Austro-Húngaro da Bósnia-Herzegovina, general Varesanin, quando da abertura do parlamento em Sarajevo.

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FALANDO DE DROGAS...

... ou de aberrações legislativas.
Foi hoje aprovada, no barracão roubado aos frades de São Bento, a nova lei ati-tabágica que entrará em vigor no início de 2008 e sobre a qual importa tecer alguns comentários.
Não sou fumador (mas já fui, embora de cachimbo), pois questões de saúde e sobretudo uma férrea força de vontade me afastaram do vício, que para mim, nunca foi uma dependência. Que o tabaco - nicotina - causa dependência, não é nenhum segredo. É pois, no sentido lato da expressão uma droga. Bastaria para atestá-lo a incapacidade daqueles que, conscientes de o querer largar, o não conseguem. Há excepções, claro, mas poucas pois requerem muita força de vontade.
Não sou, porém, um fundamentalista embora ache que se fuma cada vez mais e mais cedo com os inerentes malefícios. Por essa razão sou a favor das restrições pois, por experiência familiar directa, constatei que nos países onde elas existem os fumadores fumam efectivamente muito menos, o que é positivo.
Todavia, embora o tabaco seja uma droga, é uma droga aceite, socialmente não condenável (pelos menos não o vem sendo), lícita, taxada e não geradora de criminalidade e marginalidade. Bastariam, assim, estes aspectos para o colocarem num lado completamente distinto da barricada das drogas ilícitas que, entre outros aspectos, contribuem significativamente para a degradação humana e criminalidade, além dos elevados custos para os nossos bolsos...
Comparar ambas é pois um exercício idiota e penalizar com coimas superiores ao consumo de drogas ilícitas o consumo de uma droga lícita é no mínimo digno de asnos...
Eram precisas salas de chuto, sim, mas para muitas cabeças que andam lá para São Bento... Ou então distribuam nicotina à malta e já agora também uns bagaços...

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ALJUBARROTA É QUANDO UM HOMEM QUER!

No Domingo lembrei-me dele, era o seu aniversário, lamentei não ter ligação em casa para lhe dedicar um postal. A verdade é que a agitação pessoal desta semana me levasse a olvidá-lo. O que é praticamente indesculpável! Aqui fica a memória e efeméride do ilustre cernachense e maior Português de sempre - Dom Nuno Álvares Pereira -, cujo aniversário se celebrou no passado Domingo dia 24 de Junho.
Nascido em Cernache do Bomjardim em 24 de Junho de 1360 - Falecido em Lisboa em 1 de Novembro de 1431.




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SURPREENDIDOS?

João Gabriel, antigo assessor de imprensa do Senhor Bensaúde que, como se recordam ocupou o Palácio de Belém durante dez anos, vai lançar hoje um livro de memórias confidenciais desse período de dez anos em que lidou com a esfera do poder.
Não sei qual a isenção colocada na "coisa", nem a extensão das confidências vertidas no livro, mas uma revela-se particularmente importante, já que na época todos a quiseram abafar e silenciar. Quando da independência de Timor a Indonésia pretendia que os timorenses se pronunciassem sobre o eventual desejo de regresso a Portugal (que como bem sabem tinha muitos apoiantes). Quem se opôs? Querem adivinhar? Noutros tempos quem assim procedesse estaria pendurado pelo pescoço ou se para tal tivesse valor enfrentaria o pelotão de fuzilamento, mas isso era noutros tempos em que este Portugal era PORTUGAL. Tempos melhores, digo eu...

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27 junho 2007

PRÉMIO: MAIS VALIA ESTAR CALADA...

Lembram-se daquela rapariga de que em tempos vos falei no Santarém-Nacional a propósito do filme O Crime do Padre Amaro e sua participação no mesmo?
Não é que a mesma rapariga vem agora afirmar na capa do último número da revista Psicologia Actual que é "reservada e tímida". Quanto à timidez realmente não podemos ajuizar quanto à reserva julguem-na vocês mesmos...
Realmente há pessoas que mais valia estarem caladas...

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REVISITANDO A ANTROPOLOGIA - FIM

Ensinava a Arqueologia que entre os Homo sapiens sapiens, existiam três registos fósseis profundamente diferentes: o Homem de Cro-Magnon, o Homem de Grimaldi e o Homem de Chancelade que teriam dado origem a essas sub espécies. É claro que, e lembrando uma expressão feliz, penso que do Abade Breuil (ou seria de Leakey? A memória já me trai…) o “berço da humanidade está sobre rodas”, todas estas evoluções ligadas a fósseis (antigamente chamavam-se “directores”) estão em permanente revisão e novos elementos aparecem com frequência.

A verdade é que a negação das sub espécies humanas parece ser impossível de sustentar e, assim sendo, a sua defesa ou extinção torna-se, não um pressuposto animal ou antropológico, mas cultural, com todas as influências a que tais pressupostos se encontram expostos. Chegamos assim a uma discussão, que foge contrariamente a todos os demais animais ao âmbito de uma questão animal, cultural entre o que poderemos denominar de “racialistas” e defensores da miscigenação.

O termo “racialista” é nesta acepção desejável ao de racista, porquanto, um, o primeiro, pressupõe a defesa de uma dada sub espécie ao passo que o segundo pode acompanhar essa defesa de concepções de relativa inferioridade ou superioridade biológica. E não é essa questão que aqui se analisa. Tal como para os equídeos não se cuidou de perceber “vantagens”, “superioridades” ou “inferioridades” entre um Percheron e um Lusitano. Antes, constatando-se a sua diversidade se concluiu pela utilidade da sua preservação. Outrossim se pretende aplicar a mesma concepção ao homem, membro do mesmo reino animal.

Tal como entre os restantes animais, também a reprodução humana assentou numa selecção sexual de proximidade. Os homens reproduziam-se no seio de um espaço geográfico reduzido e tal mantinha, como entre os demais membros do reino animal, e preservava as características da sub espécie. Naturalmente que a miscigenação entre duas sub espécies diferentes contribui para diminuir as diferenças genéticas entre elas (o que, como vimos, tentamos preservar em todos os demais animais), criando não uma nova sub espécie, mas um, em termos animais, híbrido. Todo este processo se iniciou no século XV, por influência primeira de Portugal, através do movimento das descobertas, sendo até então o fenómeno meramente residual. Desse primeiro processo de “globalização” resultaram num caso os denominados híbridos, noutros casos a extinção, pura e simples, de comunidades isoladas como, por exemplo, os aborígenes da Tasmânia. Assim as grandes migrações da época moderna foram o primeiro grande contributo para a redução da diferença genética entre as sub espécies humanas, num processo similar ao que, tantas vezes, determinou a extinção de outras espécies animais. A analogia não é, parece-nos, sequer rebuscada…

Durante séculos a alteração foi, naturalmente maior, nos “novos mundos” do que no “velho mundo” e tal mantinha a discussão convenientemente longe de portas. A constatação de que a América, pós-colombiana, experimentou, com a chegada de europeus, africanos e mesmo orientais, o surgimento de uma complexa população multirracial, ou por coerência de terminologia, de miscigenação de múltiplas sub espécies que a corrompeu em definitivo não é, de modo, algum uma observação “racista”, apenas a evidência de um facto histórico. Estaríamos disposto a aceitá-lo relativamente aos demais animais que subjugamos? A resposta foi já dada de modo inequívoco!


Chegamos ao ponto, pois, analisando o homem como animal, de colocar a questão: não terá o homem o mesmo direito de reclamar e pretender preservar as suas sub espécies, sem que tal implique qualquer acção contrárias às demais, tal como ele homem impõe aos restantes animais (é de facto, apenas, uma sobranceria racional humana pretender impedir o cruzamento das panteras com os tigres, por exemplo, porque falamos então, nesses casos de perigo de extinção?)? E aqui chegados a questão é meramente pessoal e cultural e nenhuma pode pretender sobrevalorizar-se à outra, muito menos a que vai prevalecendo por contrária à analogia com o reino animal, que controlamos, mas a que jamais deixaremos de pertencer…

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PIADA PRIVADA


Já quase sinto o sabor destes...

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A BOM RITMO...

Segue a bom ritmo a campanha do nosso Zé - aquele que faz falta (não o outro falso moralista e perdulário) - cuja superior direcção pertence ao nosso estimado camarada BOS. Não é nunca demais lembrar-vos a utilidade da visita ao utilíssimo blog de campanha sempre actualizado e vivo retrato das actividades do PNR e sobretudo do José Pinto-Coelho nestas intercalares.

Uma leitura indispensável nos dias que correm.


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26 junho 2007

TOCA A TODOS...

Embora não seja claramente visível em nenhumas da imagens que consegui encontrar, a actriz norte-americana Cameron Diaz acabou durante uma recente passagem pelo Perú, por criar uma verdadeira tempestade (não provocada pela sua beleza ou qualquer onda de popularidade, mas antes por uma duvidosa opção de estilo). Na realidade a conhecida actriz usou, para transporte da sua câmara, uma mochila verde com uma estrela vermelha e a célebre frase, em caligrafia chinesa, de Mao Tsé Tung (líder da República Popular da China de 1949 até 1976), "servir o povo". Já sabemos do fascínio "chique" dos famosos em usarem toda a sorte de atributos e apetrechos evocativos de facínoras da esquerda , Lénine, Che, Mao e restante trupe. A coisa geralmente não só passa e é tolerada como até é socialmente bem vista. Acontece, porém que, naquele país da América Latina o maoísmo (essa doutrina de bem e luz...) serviu de inspiração ao grupo terrorista Sendero Luminoso, que matou mais de 80 mil pessoas no Peru nas décadas de 70 e 80.
Pois é, essas simplistas oposições entre bem e mal, nem sempre são claras e a rapariga parece que o aprendeu da pior maneira...

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NOS TEMPOS DO "FASCISMO"...

Foi, seguramente, nos tempos do "fascismo" que dei os primeiros passos no mundo do modelismo. Inicialmente, como é próprio, muito trapalhão e sem produzir nada digno de registo. Depois, aprimorando a técnica e conseguindo produzir alguns modelos e mesmo dioramas (recordo um, que ainda conservo, com o qual entrei num concurso de modelistas) com alguma graça e qualidade. Houve uma época em que os rapazes ligavam muito a estas coisas e a fantástica "Quitécnica" (ali mesmo no meu bairro...) e umas idas a Londres com abastecimento de "Airfix" completavam o cenário. Um bom exercício, para a destreza manual, para a concentração, para além do estudo que tal actividade pressupõe para se fazer algo de minimamente conseguido. Enfim, hábitos salutares que ainda hoje, muito aqui e além, quando consigo um tempinho sempre tento retomar e sempre com o mesmo efeito tranquilizador. Os temas continuam os de sempre: figuras, carros de combate e aviões da 2ª Grande Guerra.
Ocorre-me esta conversa sobre este "hobby", que entediará muitos dos estimados leitores, devido ao título que dei a este postal. É que naqueles "tenebrosos tempos", de ausência de qualquer liberdade de expressão os modelos que se vendiam reproduziam fielmente os originais, independentemente das conotações políticas associadas. Os aviões da União Soviética (ou de qualquer outro membro do então denominado "Pacto de Varsóvia") vinham com a simbologia própria (é verdade, nenhuma PIDE os retirava ou mandava retirar...) bem como, naturalmente, os da Alemanha Nacional-Socialista que traziam a imprescindível suástica da cauda.
Actualmente, neste mundo de amplas liberdades, como saberão, tal símbolo foi banido por imposições sobre as principais empresas de produtores de modelos... o que significa que é impossível montar um modelo fiel ao original; como poderão verificar pelo modelo de Focke Wulf 190 que ilustra este escrito. Aí o podem ver em três versões: a amputada e "políticamente correcta", a censurada, com o símbolo "maldito" borrado por um quadrado negro e finalmente o modelo "normal" representando o original (mas impossível de conseguir pelos modelistas mais distraídos, ou inexperientes, que são preservados de contacto com tão maligna simbologia, ai se o ridículo matasse...). A verdade é que para contrariar tão idiota proibição e para bem da verdade do miniaturismo empresas houve (em países que não embarcam nestas proibições imbecís e miopes) que, como podem ver, se dedicaram a produzi-las, e, vá-se lá perceber porquê, são das que mais vendem. É todavia um duplo gasto que não era necessário no tempo do "fascismo", mas como é bom respirar esta época de amplas liberdades...

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25 junho 2007

A PRIMA DONA...

Ela são amuos, ela desvairada fala de "movimentos perigosos" e de "ameaças à democracia", ela pouco educada abandona assistências sem lhes dar as respostas que pretendem ouvir, ela é defensora do "arraial pride", ela é defensora de acções de formação junto de funcionários camarários e escolas contra a homofobia , ela é, em suma, um traste levado ao altar da competência, isenção e rigor por esse partido inqualificável que dá pelo nome CDS-PP.
É preciso dizer mais...
Com tantos predicados ainda acaba anti-fascista.

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CONSTITUIÇÃO EUROPEIA?


A famígerada Constituição Europeia vai, subtil mas decididamente, ocupando crescente preocupação na ordem de trabalhos daqueles que, contra os verdadeiros interesses dos povos da Europa, vão conduzindo os destinos do continente. Não deixes pois de os forçar a que, pelo menos, sejamos consultados.

Assina a petição e divulga a iniciativa.

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23 junho 2007

ESTOU DESOLADO...

Não é que a "Notícias Sábado" de hoje, numa rúbrica denominada "Dois Dedos de Conversa", com o vosso amigo António Serzedelo - líder da Opus Gay -, nos esclarece que aquele confesso animador do lóbi gay e a sua associação não participam hoje na marcha pela igualdade (dos gays, bissexuais e transgéneros, seja lá o que isto é...). Qual a razão? A descriminação a que são votados pelos igualmente animados ILGA Portugal. Confesso que gosto da animação e questiúnculas desta rapaziada, Opus Gay, Ilgas, Panteras Rosa, etc. que nem entre os seus conseguem, pelos vistos, eliminar a discriminação. Caricato no mínimo, não?
Uma última nota, afirma Serzedelo que os activistas gay atacados na Roménia há duas semanas o froam apenas porque a Roménia está ainda mal integrada na União Europeia. Livra. Se a União Europeia é mais uma frente para a imposição das políticas homofilicas, razão tenho eu para não gostar da mesma...

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REVISITANDO A ANTROPOLOGIA 5

Na realidade a constatação das diferenças genéticas, que podem ir de um insignificante 0,1% até aos 8% (nos casos de sub espécies mais afastadas), podem ter duas leituras claramente distintas. Uma proclama que tais diferenças, percentualmente pouco importantes, não possuem significado, argumentando que as distâncias genéticas aumentam de modo contínuo sendo as suas definições arbitrárias. Segundo os defensores deste modelo a tentativa de impor uma classificação por “raças” seria a imposição de uma descontinuidade artificial num fenómeno contínuo e normal. Porém, outros cientistas entram em discordância com tais postulados afirmando que a afirmação do primado da ausência de significado da noção de raça deriva, antes do mais, de motivações políticas e que as diferenças genéticas são, efectivamente, significativas (estudos como o da propensão para a aquisição ou rejeição de determinadas doenças têm sido desenvolvidas neste domínio). Não se vislumbra, pois, que a questão seja isenta de paixão nem dos tais apriorismos que inquinam tais discussões. Mas a verdade é que desde Carolus Linnaeus que se definiu o conceito de raças para os humanos como por ele também foram classificados muitos outros animais.

Todavia, tal constatação nada tem a ver com o que se pretendeu denominar etnocentrismo como a crença de que determinado grupo étnico ou sub espécie detivesse maior importância ou superioridade relativamente aos demais. Claude Lévi-Strauss utilizou tal conceito para definir racismo como a crença de que uma dada raça (é essa a expressão do antropólogo) é biologicamente superior às demais detendo sobre elas uma qualquer vantagem. A busca de genes, cromossomas ou DNA “superiores” determinou buscas genéticas nesse sentido. Não se procuram, aqui, superioridades ou inferioridades na espécie humana apenas, e só, a constatação das diversidades existentes e do direito, como nos demais animais, à preservação das mesmas.
(continua)

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TEMOS HOMEM!

Para todos aqueles que dúvidas tinham, espero que as tenham dissipado durante a notável entrevista concedida pelo Zé, durante cerca de uma hora, aos microfones da T.S.F. ontem entre as 19 e as 20h.
Em todos os momentos e em todos os temas se mostrou claro, preciso, bem documentado e com propostas bem estruturadas.
Mostrando uma crescente fluência e desembaraço, o traquejo que lhe está a ser possibilitado por estas eleições intercalares constitui um importante momento de aquisição de experiência e de domínio da presença frente aos meios de comunicação e dos respectivos jornalistas (nem sempre ornados das melhores intenções, o que ontem até nem foi o caso).
Um líder que indiscutivelmente se vai afirmando e afastando as vozes de quantos o consideravam pouco apto para o lugar que ocupa.
Temos homem! Um abraço Zé.

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22 junho 2007

PRESTES A COMEÇAR

A entrevista em directo de José Pinto-Coelho na TSF (9,5). A não perder.

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PARA A COLUNA DA DIREITA

Um grupo de jovens (sem aspas, é claro) que merecem lugar na coluna da direita. Com uma advertência: que nunca se deixem ser vencidos da vida.

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IMAGINAÇÃO

Com a proverbial imaginação que o português tem, nem imaginam ao que se vai prestando esta campanha publicitária dos STCP...

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REVISITANDO A ANTROPOLOGIA 4

Eis nos, pois, chegados ao animal que cientificamente dá pelo nome de Homo sapiens sapiens. Animal que, justamente ou talvez não, se considera ocupar o lugar cimeiro no reino animal, muito por causa, como atrás referimos, da tal capacidade intelectual exclusiva – ou como já se aflorou, talvez não (ao tratar estes temas lembro-me sempre do notável livro La planète dês singes, editado em 1963 por Pierre Boulle, e adaptado ao cinema com o nome de Planet of the Apes) – do domínio da razão. É esse domínio que, entre outras óbvias vantagens, lhe confere o denominado livre arbítrio (desde logo para decidir da sorte dos demais animais...). Será que esta espécie – Homem – para além dessa diferença possui outras de vulto relativamente aos demais animais? Como vimos abordando ao longo deste artigo, desde as tartarugas (testudines), aos gatos (felis catus), aos cães (canis lupus familiaris), aos cavalos (equus caballus), ao gado bovino (bos taurus) e finalmente aos nossos primos primatas, todas as espécies apresentam sub espécies ou “raças”. Será a espécie homem uma excepção? Não terá ela, à semelhança dos seus mais próximos parentes, sub espécies? Será esta espécie original nessa característica? Claro que não!

Negam-no a arqueologia e as evidencias. Afirmam-no, todavia, pseudo ciências defensoras do politicamente correcto, que esgrimem algo que ninguém contesta – só há uma espécie humana (Serão espécie e raça sinónimos neste contexto? Não o são para gatos, cães e tantos outros animais pelo que, relativamente ao homem poderemos estar simplesmente perante um apriorismo de conveniência cultural e, relembro, uma vez mais, que falamos de diversos membros de um mesmo reino animal. Será que o homem, devido às tais capacidades que não partilha com os demais membros do reino pode alterar, de acordo com as suas conveniências, classificações científicas?) – mas que mesmo assim não conseguem evitar dizer que as diferenças (afinal existem!) entre as principais sub espécies (caucasóide, negroíde e asiática) dessa raça única representam apenas uma pequena percentagem (quão pequena?) do conjunto das características genéticas. E, voltando ao princípio, tratando-se de um animal, poder-se-ia perguntar qual a percentagem de variação entre o lince da serra da Malcata e outro da Europa central, seria maior ou menor? E entre o pastor alemão e o pastor belga? Mas por muito pequena que seja a percentagem não advogamos, mesmo assim, a sua preservação, a preservação dessas distintas sub espécies de canis lupus?
(continua)

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ASSIM VAI PORTUGAL...

Na estatística das agressões aos professores, 30% reportam-se a professores do ensino primário... É caso para perguntar que monstros se andam a criar neste país e quem são os pais de semelhantes criaturas.
Muito para lá da fantasista aquisição de "competências sociais e de gestão de conflitos" o que deveria haver era a clara noção de que o respeito devido na escola é o natural prolongamento do devido em casa. Mas se não o há em casa, lá teremos os professores a levar dos pequeninos vandalos que ninguém contraria... sob pena de terríveis traumas pedagógico-pessoais...
Assim vai Portugal...

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UM CARTOON DELICIOSO

21 junho 2007

REVISITANDO A ANTROPOLOGIA 3

Mas afastados que andámos por ordens muito diferentes da nossa, embora com todas elas partilhemos domínio, reino, sub-reino, filo, sub-filo, classe, subclasse e infra classe (ups, esqueci-me das tartarugas que já estavam bem lá atrás e que são mais distantes de nós uma vez que se afastam na classe ao integrarem a dos répteis) o que significa que na escala evolutiva dos animais são relativamente próximas de nós. Mas concentremo-nos nos primatas, sobretudo naqueles que nos acompanham até ao nível da família dos hominidæ.




Entre os nossos primos em terceiro grau (separam-se de nós apenas a nível da família): os orangotangos existem duas espécies maiores Pongo pygmaeus e Pongo abelii, subdividindo-se a primeira em três sub-espécies: Pongo pygmaeus pygmaeus, Pongo pygmaeus morio e Pongo pygmaeus wurmbii. Entre os gorilas, nossos primos segundos (separam-se de nós apenas a nível da sub-família), existem duas sub-espécies: Gorilla gorilla e Gorilla beringei, cada uma destas dividindo-se, respectivamente em mais duas Gorilla gorilla gorilla e Gorilla gorilla diehli e Gorilla beringei beringei e Gorilla beringei graueri. Também entre os nossos primos direitos (separam-se de nós apenas na tribo), os chimpanzés existem duas sub-espécies maiores Pan troglodytes e Pan paniscus (o denominado bonobo), subdividindo-se a primeira em Pan troglodytes troglodytes, Pan troglodytes verus, Pan troglodytes vellerosus e Pan troglodytes schweinfurthii.

Seria hoje lícito, ou sequer imaginável, advogar a supressão de alguma destas sub-espécies e não defender por todos os meios disponíveis a sua continuidade? Seria imaginável mesmo num qualquer cenário “orwelliano” (infelizmente cada vez mais próximos de nós), a instigação a um conúbio (forçado ou voluntário) entre sub-espécies com o intuito de supressão de uma delas? Alguém o desejaria, ainda que Pan troglodytes verus e Pan troglodytes vellerosus de moto próprio “decidissem” empreender a miscigenação das suas subespécies conduzindo á extinção de uma delas ou de ambas, com o surgimento de um híbrido? Estou certo que a “humanidade” o evitaria por todos os meios e que os zoólogos o impediriam na certa. A resposta às questões parece-me, pois, igualmente evidente…

(continua)

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REVISITANDO A ANTROPOLOGIA 2

Outro tanto se passa com os cavalos (do latim caballu), uma das sete espécies modernas do género Equus, membro dessa mesma família dos asnos e das zebras, a dos equídeos. Todos os sete membros existentes da família dos equídeos pertencentes ao género, Equus, podem relacionar-se e produzir híbridos, não férteis, as mulas. Os cavalos (Equus caballus), possuem por sua vez diversas “raças” ou espécies. Alter, Andaluz, Árabe, Berbere, Bolonhês, Bretão, Holsteiner, Oldenburgo, Percheron, Shire ou Sorraia, são apenas algumas das designações entre as mais comuns. Quererá alguém prescindir desta fabulosa diversidade em nome de uma padronização forçada de um tipo único de equus caballus? A defesa de um tipo deles, sua selecção e apuramento, acarretará algum malefício para as demais? A resposta parece-me evidente.

O mesmo é válido para o gado bovino, à excepção do toiro de lide, que foi quase generalizadamente domesticado transformando-se em gado doméstico, descende do auroque na Europa e do guar na Ásia (uma situação, como em muitas outras, em que o género actual depende de fósseis distintos da Pré-história), denominam-se genericamente de Bos taurus e subdividem-se em duas “raças” principais Bos taurus taurus e Bos taurus indicus (ambas com milhares de subespécies, da primeira - Alentejana, Angus, Barrosã, Charolês, Frísia, Limousin, Mertolenga, etc - e da segunda - Gir, Guzerat, Hariana, Nelore, Zebu, etc). Devido, desde logo, ao largo consumo da sua carne em diversas partes do mundo estaríamos disponíveis para abdicar desta diversidade? E o que dizer do que representam em termos culturais como elementos que traduzem especificidades de áreas regionais bem distintas e delimitadas? Creio que, uma vez mais, a resposta seria óbvia.

Parece, pois, começar a alinhavar-se a ideia de que, no que ao homem diz respeito, a preservação das demais espécies ou subespécies de animais é um valor inviolável, indiscutível e que todos os esforços empregues nessa mesma preservação são lícitos e desejáveis. Mas não estaremos muito longe dos domínios da Antropologia e mesmo da nossa ordem dos primatas? Sim, é certo, mas esta introdução era importante e decisiva para a continuação deste artigo (que se arrisca a uma maior extensão do que a inicialmente prevista).

(continua)


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SOLSTÍCIO DE VERÃO

Hoje, às 18h05, o dia mais longo do ano.
Feriado nacional na República da Letónia (onde aqueles valerosos "jovens" tão nobremente se distinguiram recentemente profanando os seus símbolos), festa denominada Ligo Diena (falta um acento, um traço recto, por cima do i de Ligo que o Blogger não permite colocar), que conserva as raízes ancestrais do seu paganismo ferozmente combatido pelos "portadores da boa nova" os cavaleiros teutões na cruzada promovida contra o paganismo.
É uma noite e uma festa inesquecível na Letónia, uma experiência que vale a pena, garanto-vos.

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REVISITANDO A ANTROPOLOGIA 1

Vivemos num mundo em que o interesse pelo reino animal, a que pertencemos, se vem constituindo como valor supremo – e bem. Não raras vezes a simples defesa de certas comunidades animais, postas em risco pelos avanços do progresso, são, frequentemente, motivo suficiente para impedir grande obras. A defesa das mais ínfimas espécies transformou-se, após décadas de delapidação, num valor do século XXI. E penso que a maioria dos animais Homem partilham esse esforço de defesa.
Desdobram-se governos, grupos de cidadãos, instituições, ONG’s, instituições internacionais e outras na defesa da preservação das espécies, muitas delas (senão a maioria) postas em risco pelo maior predador de todos – o animal Homem -, que talvez por essa razão, assume as devidas “culpas no cartório” expiando as suas falhas passadas, numa tentativa desesperada ultra-proteccionista. E sem dúvida que todas elas, as espécies e sub-espécies, são importantes e devem ser, naturalmente, preservadas. É esse o encanto, maravilha e mistério da diversidade do reino animal. Não cabendo a um deles – o Homem – o juízo sobre quais são ou não dispensáveis, sobre quais, úteis ou inúteis para a sua dieta, devem ser mais ou menos abundantes. É pois salutar o princípio e hábito de preservação da diversidade das espécies animais. Não apenas salutar é um dever que não deve ser comprometido e que deverá ser tarefa para o futuro.




Da defesa de animais mais ou menos selvagens, como, por exemplo, as tartarugas ou quaisquer outros animais marinhos os terrestres, à defesa das "raças" ou subespécies de animais domésticos como gatos ou cães,todos se envolvem num salutar esforço de preservação da diversidade.



E, em caso algum, a defesa de uma subespécie possui como objectivo primeiro, ou maior, a supressão das demais. Apenas a existência de ambas na salutar preservação das características identificativas que as tornam próprias, admiradas e dignas de apreço. Assim é com todos os animais. A existência de um clube de cultores dos Boxers visa apenas a manutenção, selecção e eventual apuramento dessa “raça”, nas características que lhe são identificativas e não a supressão ou sequer menorização dos Pastores alemães ou Mastins napolitanos. É algo, parece-me, evidente, pacífico e aceite.

(continua)

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20 junho 2007

O ANIMAL HOMEM, OU REVISITANDO A ANTROPOLOGIA

Complementando o título deste postal salvaguardo que não coloquei Antropologia Física, porque considero-o redundante (Antropologia provém do Grego: ἀνθρωπος, anthropos, "humano"; e λόγος, logos, "conhecimento/estudo"), ora se é o estudo ou conhecimento do homem é naturalmente esse o seu objecto e não realidades circundantes que mais correctamente pertencerão ao objecto da História, da Sociologia ou de qualquer outra ciência. B. Malinowski afirmava, e bem, que a distinção para as demais ciências humanas advinha do facto de incluir na sua especificidade as questões de ordem física, anatómicas e estruturais do homem, tratando-o como um organismo físico.

È pois sobre o Homem, enquanto animal que pretendo alinhavar as considerações que se seguem. No meu tempo de menino e moço (não tão longínquo, todavia, quanto o de Bernardim) a grande separação que existia entre o homem e os demais animais era o seu estatuto de racional. Assim aprendíamos nas Ciências e com tal explicação me fui contentando. A vida quis-me porém mostrar outras evidências: por um lado nem todos os homens são necessariamente racionais (creio mesmo que uma larga percentagem o não será) por outro comecei a assistir nalguns raros documentários de interesse que, quando em vez, aparecem nas nossas televisões programas sobre a inteligência em outros animais. Estavam, pois, irremediavelmente abaladas as fundações do edifício que com labor fora construindo nos anos de frequência da Azinhaga das Teresinhas…

Confesso que a minha paixão pelas Letras e a entrada na respectiva Faculdade me deixaram pouco espaço para as cogitações das Ciências da Natureza mas, mais que não fosse pela minha paixão (confesso, muito mal resolvida até hoje…) pela Arqueologia e pela Paleoantropologia, o interesse permanecia. Claro que com a Faculdade às questões meramente físicas se haveriam de juntar as filosóficas e outras que consolidariam, em definitivo, as convicções filosófico-políticas da criatura (descreio, aliás muito, de quem, passada essa idade de abandono de eventuais ilusões juvenis, muda diametralmente relativamente às convicções que possuía no término da sua formação como ser pensante… mas isso como diria o Povo, são contas de outro rosário).

Voltemos, pois, ao homem e seu papel no reino animal a que pertence. Relembrando uma elementar classificação científica do Homem dir-se-á:

Domínio Eucariota
Reino: Animal
Sub-reino: Metazoa
Filo: Cordados
Sub-filo: Vertebrados
Classe: Mamíferos
Sub-classe: Theria
Infra-classe: Placentários
Ordem: Primatas
Sub-ordem: Haplorríneos
Infra-ordem: Simiiformes
Parvordem: Catarríneos
Super-família: Hominoidea
Família: Hominidae
Sub-família: Homininae
Tribo: Homini
Género: Homo
Espécie: Homo sapiens

Um animal, portanto.

(continua)

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AO QUE ESTE PAÍS CHEGOU...

Pobre gente que tal primeiro-ministro escolheu. Leiam, quase nem dá para acreditar. Querem ver que dali da Estrada das Laranjeiras ainda sai, qual coelho da cartola, uma licenciatura sem mácula?
Olhando para trás há muitos anos que não tinhamos um tiranete assim e pior, armado em socialista...
Mais uma vez um abarço solidário ao Professor António Balbino Caldeira que entra já na extensa galeria dos perseguidos por delito de opinião.
A coisa promete neste socialismo musculado.

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TERÁ VALIDO A PENA O ESFORÇO DE NOÉ...?

Uma espécie de prefácio ao postal que ando a preparar...

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OBRIGADO MÃE!

Finalmente percebi porque é que a minha mãe sempre me ensinou a não aceitar gulosiemas de estranhos.
Sempre pensei que era de pessoas estranhas, afinal era de coisas estranhas...
De qualquer modo, obrigado!

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COMO SE CHAMAM OS APOIANTES DE SÓCRATES?

- SÓCRETINOS!

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19 junho 2007

FORÇA PORTUGAL

Decorre até ao próximo dia 23 em Montreux (Suiça) o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins - modalidade na qual Portugal é o país com maior número de campeonatos conquistados.
Até agora nos dois jogos disputados entrámos a perder para dar a volta ao resultado, assim foi com a França (4-1) e com Moçambique (7-4). Hoje é a vez de derrotarmos, assim o espero, a selecção dos Estados Unidos da América.
E lá estou eu, pregado à televisão como desde miúdo vibrando com a nossa selecção que religiosamente seguiamos lá em casa, independentemente da hora da partida.
E à mente me assomam os nomes dos ídolos de juventude: Ramalhete, Livramento, Rendeiro, Cristiano e outros. Nostalgia de tempos de vitória e de uma modalidade em dávamos cartas?

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SÁBIO CONSELHO...

Para os muito "modernaços"...

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DEDICADO A TANTOS "CATÓLICOS" QUE CONHEÇO


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AS VANTAGENS...

De ser "eleito", também no desporto...

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APÓS LONGA DEMANDA...


Uma opinião imparcial, e favorável, sobre os judeus...

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18 junho 2007

HÁ 192 ANOS...



Napoleão era derrotado na batalha de Waterloo, por uma coligação internacional sob o comando de Wellington, vindo a abdicar quatro dias depois a 22 de Junho.

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SELVAGENS

Mais uma vez ontem a força aérea espanhola violou o espaço aéreo português, realizando voos razantes sobre as ilhas Selvagens. Devem estar felizes os Migués de Vasconcelos deste país, emudecem-se os jornais face à defaçatez com que os patronos violam a soberania portuguesa.
Tristeza! E não se os pode abater?

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DO PORTUGAL PROFUNDO


Em homenagem a este perseguido do sistema.

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ASSUNTO DE AMADORES...

Sabido é o gosto desta casa e cremos que da civilização ocidental pela Filosofia. Particular interesse, pois, uma entrevista no último número da La Nouvelle Revue d'Histoire (30 Mai-Jun2007), ao Professor René Brague (Paris I e Munique) em que afirma que a partir do século XI e mais acentuadamente a partir do XIII se verificou uma anquilose geral do pensamento muçulmano e que em terras islâmicas e de judeus a filosofia se tornou um assunto de amadores "geneais alguns, mas sem legitimidade" (p. 18).
Mesmo a propósito, embora nem em terras islâmicas nem de judeus, a Profª. Maria Filomena Mónica asegurou ao "Ensino Magazine" que o nosso sistema educativo privilegia os mediocres e que se encontra em roda livre...

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17 junho 2007

E POR SER DOMINGO...

ao que dizem, dia do Senhor...
Leiam com atenção que vale a pena...


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17 DE JUNHO NA HISTÓRIA

1917 - A Duma russa reune-se em sessão secreta em Petrogrado votando a imediata ofensiva russa contra a Alemanha.

1924 - A milícia Fascista marcha sobre Roma.
1940 - A França solicita à Alemanha os termos da rendição.

1940 - A União Soviética ocupa a Estónia, Letónia e Lituânia.

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PERCORRENDO A IMPRENSA

Depois somos nós que inventamos... - Noticiaram vários órgãos de comunicação social que o "tráfico de droga cerca estudantes", de acordo com o balanço final "Escola Segura". Depois somos nós que inventamos cabalas. Se bem que no estado a que deixaram chegar esta indecência se perceba a necessidade das "salas de chuto": é uma mera aposta no futuro... Não queiram combater a droga e os drogados e irão ver onde isto vai parar. Vai ficar "bué marado"...
Regresso dos jovens impolutos - Já chegarm os "jovens" barbaramente agredidos pelas autoridades letãs quando passeava tranquilamente junto ao rio Daugava. Parece que as carpideiras internacionais lá conseguiram que os meliantes aguardassem julgamento nos respectivos países. Como já aqui escrevi, é pena! Parece que até criaram um sítio na "internet" a que não tive acesso. Se conseguirem vão lá, a versão idílica deve ser de ir às lágrimas...
No país dos Otá(rios) - Grande bronca, num país normal é claro, seria a notícia de que, de acordo com estudos não tendenciosos a UE daria mais dinheiro para construir um novo aeroporto em Alcochete do que na Ota. Parece que quatro vezes mais! Para um país como o nosso, e aliado às demais vantagens já aqui apontadas, que importância isso tem?
Joe Berardo - Parece mesmo disposto a capultar o Benfica para um lugar cimeiro no desporto nacional e internacional. Oxalá consiga!
Israel advoga força com mandato para agir - A diplomacia dos "eleitos" desdobra-se em esforços para lograr uma força multinacional na fronteira entre o Egipto e a Faixa de Gaza, mas que tivesse mandato para agir e não apenas para observar os factos. Exactamente como aquela que muitos desejavam - e jamais conseguiram - para o sul do Líbano quando as violações deo exército israelita eram (são?) constantes e as mesmas nada mais podiam fazer que observar... e até parece que as atacaram, lembram-se?
O Dinossáurio Excelentíssimo - (desculpem mas é a primeira vez nesta casa que me vou referir à criatura) O patriarca ou senador ou lá o que querem que ele seja deste regime - Mário Soares - afirmou que o tal louco Chávez é um homem de convicções que tem como referência Simon Bolivar. E à sombra de tal referência não faz mal que seja um ditador? Como se vê continuam a existir os "bons" e os maus ditadores, ou a criatura estará ché-ché???

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15 junho 2007

15 DE JUNHO NA HISTÓRIA...UM DIA NEGRO

1215 - Rei João da Inglaterra (sim, o famoso João do "Robin Hood") assina (ou mais correctamente apõe o seu selo) a Magna Carta, abrindo caminhos para a trágica noção de monarquia constitucional.

1389 - As forças otomanas arrasam as forças sérvias do príncipe Lazar na batalha do Kosovo, abrindo lugar a cinco séculos de ocupação otomana dos Balcãs. Ainda os querem na "vossa" Europa? Há dúvidas quanto ao carácter sérvio do Kosovo?

1964 - Depois do Pacto de Evian (1962) que reconheceu a independência daquele país africano as últimas tropas francesas abandonam a Argélia. De nada valeu o herísmo de Bigeard, Raspéguy e seus pares...

1994 - O Vaticano e Israel estabelecem plenas relações diplomáticas. Com o tradicional choradinho cristão e os habituais lamentáveis pedidos de desculpa...
Mais uma vitória dos "eleitos".

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APÓS...

...ter suportado com manifesta paciência as investidas e maledicência dos meus amigos do Sporting, aqui lhes deixo resposta à altura.


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MANUTENÇÃO NA COLUNA DA DIREITA-13

Acrescentam-se à manutenção à coluna da direita de hoje o sítio de Ernst Zündel, a verdadeira enciclopédia de filmes de meados do século passado o Archiv DVD e o sítio da Associação Cultural «Amigos de Léon Degrelle». Ou seja três aquisições de peso. Boas consultas e leituras.

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LÉON DEGRELLE

Faria hoje 101 anos Léon Degrelle. Léon Degrelle, presente!
Não deixem de passar pelo Nonas, hoje cheio de coisas boas sobre o tema.

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O ZÉ QUE FAZ FALTA!

14 junho 2007

MAIS UM ASSALTO DA BANCA...

Age contra as taxas de Multibanco que, ao que parece, nos pretendem impor: por cada levantamento nas máquinas, 1,50 euro (um pouco mais de 300 escudos na moeda antiga). Apesar dos lucros exorbitantes que continuam a ter, só no ano passado foram 40%, a agiotagem não conhece limites à sua ganância! Se as taxas forem avante temos que voltar a usar cheques e obrigar os bancos a contratarem mais pessoal para os balcões, e entregar os nossos cartões. É apenas uma questão de hábito, dantes não havia cartões, e a vida funcionava na mesma, não era?
Assina apetição, contra as taxas do Multibanco exercendo o teu justíssimo direito à indignação face a mais esta ofensiva.

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ALTERAÇÃO NA LEGISLAÇÃO LABORAL

Foi acrescentada, por alvitre do minsitro Mário Lino, na legislação laboral uma nova "falta não imputável ao trabalhador".

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