Mostrar mensagens com a etiqueta Rua Jorge Barradas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rua Jorge Barradas. Mostrar todas as mensagens

sábado, 2 de março de 2013

Os vazios urbanos na freguesia de Benfica (3)




(por Vítor Vieira,
com Alexandra Carvalho) 




Na Rua Jorge Barradas confrontando para a Calçada do Tojal...











Fotografias de Vítor Vieira (2013)




De acordo com a informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Benfica, a 10/12/12, na sua página de Facebook, a Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Amparo de Benfica apresentou nessa data o projecto (Estudo Prévio) do novo Lar de Idosos de Benfica, que ficará localizado precisamente neste espaço vazio.

O folheto divulgado pela Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, solicita a participação de todos, enviando as contribuições para o NIB que se encontra no referido folheto.


 


Fotografias de Junta de Freguesia de Benfica (2012)






domingo, 30 de maio de 2010

Despojos




Fotografia de Alexandra Carvalho



A velha Serralharia instalada, há mais de 30 anos, na confluência das traseiras da Rua Jorge Barradas e da Rua Cláudio Nunes, foi, finalmente, extinta.



Fotografias de Alexandra Carvalho



O contraste entre a imensidão de espaço vazio e os despojos ali deixados são evidentes e perturbadores.

Inicialmente, os moradores dos prédios contíguos pensaram que ali fosse nascer mais um moderno condomínio...
Mas a Dª. M., a quem já haviam falado em realojamento, ali permanece, resistindo (até quando?) na sua pequena habitação, no meio daquele espaço vazio, assistindo à mudança física daquele espaço que sempre conheceu.


Fotografia de Alexandra Carvalho



Ali mesmo ao lado, o estado de degradação acentuada de um outro "resistente", ainda habitado, parece indiciar que o futuro daquele espaço imenso já se encontra traçado.





quarta-feira, 22 de abril de 2009

Contrastes Claustrofóbicos








Abre-se a janela das traseiras e somos violentamente submersos por uma estranha claustrofobia, que nos invade face ao peso que a modernidade e alguns "arranha-céus" de 12 ou mais andares ali instalaram.






Nas traseiras da Rua Cláudio Nunes, a casa do "americano" ainda por ali subsiste, isolada e vazia, como que teimando em fazer frente aos novos valores que imperam.






Por entre os seus quintais e logradouros, confluentes com a (nova) Rua Jorge Barradas, onde outrora existia a Quinta do Tojal, apenas subsiste agora mato... e, ao longe, a Igreja de Benfica.

Lembro-me, ainda, de em miúda passear com a minha mãe e o meu irmão por uma estrada de terra batida, ladeada por papoilas de um vermelho intenso. Alguns metros à frente, parávamos e ficávamos a olhar para o outro lado, para a janela da cozinha dos nossos avós. Por vezes, eles apareciam à janela e acenávamos (nessa altura, ainda não existiam os telemóveis; e, contudo, a comunicação parecia muito mais livre de constrangimentos e mal entendidos!).

Muitos anos mais tarde, a estrada velha das papoilas desapareceria, dando lugar à Rua Jorge Barradas.
A vista para a janela da cozinha dos meus avós desapareceu também, dando lugar a esse sentimento claustrofóbico sempre que agora os visito e me sinto cercada por prédios altaneiros que tentam obliviar um passado há muito esquecido.







Do outro lado, por entre os destroços de uma serralharia que persiste em funcionar num local inusitado, subsistem ainda três blocos de habitações antigas, provavelmente, vestígios daquela que foi a Quinta do Tojal.