REDESCOBRIDORES DA ALMA!

domingo, 21 de maio de 2017

Exposição By Patrícia Pinna





Quase sempre há confusão
No terreno dúbio da exposição
Sem saber como a explicação dar
E, num instante de aridez, surtar

Poderia ser como a uma virgem
Na entrega ao seu amado
Há tanto tempo aguardado
Numa exaustiva e ansiosa viagem

Poderia ser cristalina como a uma nascente
Inocente vertente de várias águas
Onde a luz prevalecesse sem mágoas
Coabitando o amor sem tristes pausas

Intimista, parto sem dificuldade
Proteção da felicidade, sua cria
Enaltecendo sua amabilidade
Razão da sua existência nada fria!

Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
Imagens: Internet.


segunda-feira, 1 de maio de 2017

Estações By Patrícia Pinna




A poesia tem o aroma da manhã de Outono
Vestes diversas para cada ocasião!


O Inverno tem o mistério escondido pelos deuses
Nas luas repletas de neblina! 


 As cores conversam por horas sem repousar
Numa extraordinária sintonia de Primavera!


O Sol deixa embriagado o mar, na temperatura
Efervescente do Verão, onde a liberdade impera!


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
Imagens: Internet.



sexta-feira, 14 de abril de 2017

O Sagrado By Patrícia Pinna



O Sagrado tem uma paisagem de serenidade
Eterna cumplicidade, a atmosfera  intimista
A possuir com perfeição leito meu, abrigo
Da morada mais fértil do meu ventre 

Não tem lua determinante, sol flamejante
Oásis delirante
Nem rima rica, pobre ou a ausência delas
O Sagrado tem a leveza da folha soprada ao vento
Perto ou longe
Manso ou firme
Intenso ou fraco

Presente necessário ao sobrevivente
Inteiramente na caldeira de ais
Que tem a chance do arrependimento
Prosseguindo em suas cavernas imortais

Bálsamo aliviador na ferida mais profunda
Atentos ouvidos ao clamor sincero
Lança, com certeza, todo Seu amor
De alimento, serve-nos a Sua graça!

Autoria: Patrícia Pinna
Direitos reservados a autora.
Imagens: Internet.



sábado, 11 de março de 2017

Mergulho By Patrícia Pinna



Contemplara a lua mais cheia 
Do que os seios de uma grávida
Na bênção da divindade prateada
Ouvira seu som com o fervor de uma donzela

Deitara seus olhos negros mistério profundo
E, bem a fundo, sua imaginação criara a festa
Complemento de emoções intrínsecas, pulsantes
Surgira como a um servo protetor e acasalador
Das mais doces e emblemáticas histórias de amor

Embalsamara seus devaneios, jogara fora os receios
Quisera jamais acordar e vivenciar outra realidade
Uma vez que, sua força poderia ser pequena demais
Temera isso acontecer, jogara seu corpo nos lírios
Confundira sua pele alva com a das flores

Pedira socorro com toda devoção
Pedira paz com toda intensidade
Pedira amor com toda lealdade
E, a paixão, como elo de um cordão
Pedira luz, jejuara, orara, desejara
Que o encanto intacto e reluzente não esmorecesse.

Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet.




domingo, 19 de fevereiro de 2017

O Nascimento da Estrofe By Patrícia Pinna



Uma estrofe quer NASCER 
Versos por prazer da felicidade
Na contramão dessa apatia
Nada existe que pulse, pulse, pulse
Nem o luar, as muitas estrelas que nada dizem
Intocadas, permanecem no firmamento, ao relento

As células querem dividir-se em surto de loucura
Uma alegria INFLAMADA
Com a passagem dos pássaros na CLARIDADE
A efemeridade não permite que assim seja
E, o "amém", sufoca nos anseios de vida

Bálsamo inexistente, um olhar pardo
Desses que lançamos em dia nublado
Numa inércia que os céus veem e lamentam
Na rouquidão expressiva da voz

Nem os seres angelicais emanaram a presença interior
Decodificadores em sutis momentos de entusiasmo da alma
Vivenciara o último suspiro
Vestindo-se de pranto destruidor
Regado com o inverso do nascimento, grade
Assim, abriu os olhos sem vontade!


Autoria: Patrícia Pinna (Todos os direitos autorais reservados)
Imagens: Internet.





sábado, 28 de janeiro de 2017

Vultos By Patrícia Pinna



Muito é devaneio, pouco é receio, imensidão de descrédito
Nessa parda vida de humanidade esquecida de laços
Passos largos, pressa da vida, faz-se dia, faz-se noite
Os céus não são os mesmos, as estrelas quase não iluminam
O mais infeliz dos réus esperando sua sentença

Tenta crer na bondade, mas  que nada, veste-se profana
Rasgando a sua esperança, deixando-a em retalhos
Sem agulhas  e linhas para coser esse bem-querer
E, arredia, caminha para esmorecer no sinistro abismo

São olhos, ouvidos, bocas, pés e mãos inertes
Não veem o outro, não escutam
Não vão ao seu encontro
Não  tocam
Oferenda que não possui serventia
Tudo fica frio!

Parece que houve um descarte, uma rejeição
Vultos frequentes numa solidão
Onde nada passou de uma aparição
Não tem mais onde sustentar-se
Ficaram as lembranças!
Oh, fragilidade do ser!

Autoria: Patrícia Pinna(todos os direitos autorais reservados)
Imagens: Internet



domingo, 11 de dezembro de 2016

Indecifrável By Patrícia Pinna



Crava-me a carne a face obscura do meu sentimento
Seca-me os olhos a lágrima que não desliza mais
Aquece-me a ira como a um vulcão
Lança-me ao precipício a minha incompreensão

Tece com a lã mais grossa
De um carneiro gordo, agora abatido
A vergonha imbuída  no mais alto escalão
A fome, a sede, a volúpia e a solidão

E, visto-me de sangue, dispo-me da saúde e sigo destemido
Ao encontro do que nem sei nominar, desejando decifrar
A morada do meu inconsciente, veemente filho de Zeus!


Autoria: Patrícia Pinna
(Todos os direitos autorais reservados)
Imagem: Internet



domingo, 6 de novembro de 2016

Feito Mar By Patrícia Pinna



Solidão, é tal qual mar, profundo e misterioso
Uma contemplação intensa,parte de mim
Transparente como a verdade
Que um dia abarca no porto
Com gemidos silenciosos.


Autoria: Patrícia Pinna(Todos os direitos autorais reservados)
Imagem: Internet

sábado, 22 de outubro de 2016

Cores By Patrícia Pinna

           

As muitas cores do espírito 
Vestem meu corpo como eu deixar
Vislumbram o verde-escuro, o branco e o vermelho
Pincelam de negritude e suas virtudes

Inexiste em uma mesma alma só a claridade
Sabedora disso, tudo cai a mim muito bem.
Irritante chega a ser quem a isso nega
Pensam que tudo é feito de sol
Que as nuvens não existem
Lágrimas são só de felicidade
E os fantasmas não nos vem perturbar

Minha casa é uma rocha bem forte
Sustentadora de todos os meus sentimentos
Residente em uma caverna imensa
Emana luz dela, vejo o resplandecer nas pedras
Na sua areia percebo a aurora
E, tudo lá fora, encaro do jeito que for
Abraço a mais bela flor ou choro sua morte

Planto sementes esperando ser fértil o solo
Se desespero, é no tempo certo, volto ao eixo
Respiro e suspiro o ar da montanha, seu verdejar
E, as cores, vou equilibrando neste Universo
Sem pressa, caminhando e evoluindo em cada cor!

Autoria: Patrícia Pinna(todos os direitos reservados)
Imagens: Internet



sábado, 1 de outubro de 2016

Sabotagem By Patrícia Pinna


Vivenciar o amor, saboreá-lo em todos os seus gostos
É como tentar alcançar o seu sentimento selado
Em descrédito, em confusões e dissoluções

Pequena dama, grande alma
Sede de tudo, fome do nada
Labirinto toma a forma  o seu coração
Esquece-se da razão, indaga: -"Quem é ela"?

Perdida quase sempre, feliz vez em quando
Esporadicamente passageira de luz
Mora mais no abismo das trevas
Todavia, quando pela fresta
Vislumbra um microscópico sorriso
Aventura-se em desatino, emoção sem medida
Distração, coesão!

Deus vela por ela, protege-a da faca carregada consigo
Desarma a teimosia, insensatez, a culpa, a vergonha
Enfatizando o brilho estelar, serenidade
O imbatível compasso da felicidade
Manto mais do que sagrado
Escondido nos meandros da sua própria sabotagem.


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos autorais reservados
Imagens: Internet