Foste tu, amor meu
Como uma relíquia, admirada
Como uma peça de museu
A contar várias histórias
E vida formou- se em seu olhar
Nos nebulosos momentos
Vieram as carícias da solidão
Com a pretensão acolhedora
De muitas lágrimas, fixação
As peças de museu
Tem verossímeis sentidos
Presas a aguçar curiosidades
Na prata, no bronze ou no ouro
Quiçá, nas madeiras e mármores
Esculpidos por talentosas mãos
Amor meu, entrarás para a História
Serás apreciado ou renegado
Teus seguidores dirão
Qual será sua restauração
De valia, ou posta numa lacuna qualquer
De seus labirintos surdos
Peça de museu não morre
Ganha a eternidade no espaço
Íntimo e particular de cada alma
Com a calma da oração a Deus
SANTUÁRIO!
Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
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Não é do ouro que reluz
E, com sua luz, muito seduz
Não é a voz teórica , prenha
De promessas esperando
O tempo do parto delicado
Do que preciso é invisível
Sentido ao gesto simples
Ao que semeia no útero
A força da vida verossímil
Não é de ilusão o cavalo
O castelo e a areia
É de rocha a estrutura
O cavalgar imponente
Predizendo o sentimento
O que preciso é rasgar os tecidos
Que compõem meu corpo
E refazer, a meu gosto
A obra de poder viver
Plena, coberta de fina flor
De felicidade e amor
É disso do que preciso!
Autoria: Patrícia Pinna
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Amor é cuidado
Amor é entrega
Amor é felicidade
Amor é brilho no olhar
Amor é outra dimensão
Amor é vida
Amor é a prisão mais libertária
Amor é a conjunção de almas
Amor é o ápice
Amor é verdade
Amor é eterno
Amor é respeito
Amor é credulidade
Amor é atitude
Amor é ouvir
Amor é diálogo
Amor é infinito
Amor é exceção
Amor é delicadeza
Amor é riqueza
Amor é alimento
Amor é parceria
Amor é poder!
Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais protegidos por Lei.
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Amar-te trouxe dor, açoite
Dos escravos na senzala
Muitas chicotadas, pele à vista
Sangue escorrendo pelo corpo, feridas
Quase morrendo de fome e de sede
Parco alimento para estar de pé!
Olhos turvos em meio ao sofrimento
Entre algumas danças de libertação
Raros momentos, interrompidos pelo cruel feitor
Mantinha-se a fé, a crença na soltura
E olhos voltados para a luz das estrelas
Pés descalços, grossos e doridos
Banhados pela areia pesada encharcando seus dedos
Lombo marcado tentando um pouco descansar
Aliviar seus muitos pesos, dar um sentido à vida obscura
Cheirando a enxofre, sem rimas, desengano
Clamando aos seus Orixás, a limpeza da alma
A cura das feridas, o sorriso, ausência de morte
Contemplando a estrela-norte, a Natureza
Antes de desfalecer de vez sem a bênção
Em seu espírito levar, purificar e entrar noutro plano!
Autoria: Patrícia Pinna
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Uma indecisão da minha provável decisão
Cerro os olhos e clamo aos céus
Vendo a dificuldade, moradia implacável
Do meu ser coabitando em duplicidade
Guerreio eu com tantos pensamentos
Ao léu do destempero, quase perco a guerra
Mas viva ainda está uma fresta por onde
Passa a espada por sob os panos grossos
Venço a nebulosidade e enxergo com olhos puros
Rendo-me ao refrigério de instantes e ouço
Ouço as mais belas vozes celestiais
A cantar em coro afinado de paz
Só que esse tempo é arredio, e feito cavalo arisco
Tomba-me ao chão, deixando-me em prostração
Acabaram as forças da esperada revolução, feitiço
Com ele veio a força da tempestade...
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O vento mostra-se no balançar
Da lona azul e das folhas das árvores
Num silêncio desafiador da introspecção
Algo não visto, esquecido
No âmago do sentimento
Pousa a lágrima num gotejar escasso
Intenso e estranho
Fora um oco pensamento
Condensado com o passado
Num frio de solidão
Eis a fórmula para a compreensão do eu
Onde Anjos cantam aos ouvidos
Lembrando do amor
Da nossa PRÓPRIA companhia
E, os vales e labirintos
As subidas e descidas
De muitos andares
Levam-nos às descobertas
Possibilidades e intensidade
Vejo eu o prenúncio de vida nova
Que ainda não enxerguei
Mas a alma antecipa o olhar
Cobrindo de beleza e certeza
O nada do caminho ainda por trilhar.
Autoria:Patrícia Pinna
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Feito uma fina flor, exuberante em seu aroma
Precisa respirar o ar noturno
Longe da confusão diurna
E suas palpitações
Sorvera o escudo como proteção
O silêncio, sua meditação
E o luar como a comida a lhe fartar
Sem mais nada precisar
Surpreendera-se consigo mesma e sua fragilidade
Depositada ao Altar lindo e delicado
Num jardim de muitas espécies de flores
E nuvens a lhe fazer companhia
Viu-se esparramada em sua alma
Calada, atenta e indisciplinada
Questionara o seu interior, nada entendera
Voltara para si o olhar e vira tantas formas
Num rosto de expressões distorcidas
Desaprendera a identificá-las
Sina!
Autoria: Patrícia Pinna
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Havia na madrugada um encanto
Ressoando voz masculina
Ao suave tímpano meu
Fez eco na penumbra do quarto
E lembrança gostosa de vida
Servia desejos, beijos , festejos
Interiores bem delineados
Por amores silenciosos
Ansiosos de não terem fim
O mais simples denunciava
A rouquidão dos sussurros
Nos muitos uivos de loba
E o espelho refletia sua gula
Garras na pele parda
Fadada ao exagero, domínio
Sons de violino, balbucio
O acorde mais afinado, evidencio!
Autoria: Patrícia Pinna
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Suavemente cerra os meus olhos
Uma flor aveludada, pousando sua pétala
No meu interior partido feito rocha
Com tantas fissuras, formas e tamanhos
Não ousaria mensurar a dimensão desse grilhão
Vem com a poesia, com canto do pássaro
Acalmar minha respiração, relaxar
E, o ritmo desanuviar, ao eixo voltar
Energizar as emoções , desfazer o laço
E, num abraço do Universo, regressar
Ao momento de paz, sorriso, comunhão
Purificar minh'alma com a saúde do perdão
Em milímetros de partículas, respirando no ar
Bendita condução que a mim não pertence
São elos de visão de um Ser superior
A proteção sentida regada ao amor
Uma luz mansa e envolvente em sua cor
A essência do Divino e sua manifestação!
Autoria: Patrícia Pinna
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Intuindo como se uma voz intrusa e insistente
Abrisse o canal da alma
A despetalar o íntimo fragilizado
Ressoando um legítimo sentir
Transparente e cortante tal qual vidro
Espessura fina de fácil quebrar
Uma luz fortemente intensa e tensa
Reflexo fiel da retina , sem neblina
Sinalizando o triste instante opressor
A dor,a angústia, a lágrima
Quase dando certeza dos vultos vistos
E os detalhes tomam formas gigantescas
As neuroses sobem com as ondas
De muitos metros num dia de ressaca
Vento forte, pouca gente,solidão
Seguem as intuições , seguem passos lentos
Seguem os incômodos do coração
Os caminhos sem direção
A voz embargada, os cortes ,as quedas
As premonições !
Autoria: Patrícia Pinna
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