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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

FIM





Era consenso a falta de competência de Mano Menezes para dirigir a Seleção brasileira, sobretudo diante dos maus resultados. Porém, a demissão do técnico acontece num momento inoportuno, e escancara o lamaçal político que está afundado o futebol brasileiro.
 
A torcida esbraveja desde os primeiros momentos do técnico no comando da seleção. As inúmeras convocações sem sentido, o fracasso na Copa América e nas Olimpíadas, os jogos vexatórios diante de seleções sem muita expressão no cenário mundial, as derrotas para adversários com nível técnico mais elevado, e a supervalorização de uma goleada diante das fracas seleções de China e Iraque, marcavam a trajetória do ex-técnico do Corinthians. Tudo isso, resultou na pior derrota, não de Mano, mas da seleção. A queda histórica no ranking mensal da FIFA.
 
A torcida esperava a decisão tomada na tarde de hoje desde meados de 2010 - o técnico foi admitido no dia 10 de agosto de 2010- mas o desejo do torcedor era veementemente ignorado pelas "autoridades" da CBF.
 
Por isso, me estranha que a queda de Mano tenha vindo só agora. Exatamente no momento em que a fase das atuações medonhas ficava para trás, e a seleção começava a apresentar um futebol mais consistente, e coerente com a representatividade da equipe.
 
Nunca achei, e continuo acreditando que Mano não era o melhor para a seleção. Por várias vezes, diante de várias situações, se mostrou arrogante e agiu como alguém que simplesmente acatava ordens de mandatários, e convocava jogadores pelo fato de serem agenciados por empresários "amigos" - sobretudo na visão dos torcedores. Mas porque a decisão de demitir o treinador aconteceu as barbas da Copa das Confederações? Porque não foi tomada depois das olimpíadas e Copa América, ao passo que Mano dava clara demonstração da sua incompetência?
 
Esses são os bastidores do esporte. E como num show de rock, em que só sabe as manias dos artistas quem tem acesso ao camarim, provavelmente nós jamais teremos a resposta desses porquês. Teremos que nos contentar, no máximo, com as especulações, ou esperar que algum desentendimento entre os envolvidos na arapuca traga a verdadeira razão da demissão a tona.
 
Com Mano fora, a vaga de treinador da "antiga" seleção mais temida do mundo está em aberto. Alguns nomes já começam a ganhar força para assumir o cargo. O técnico do Corinthians, Tite, surge como um dos nomes mais fortes. No próximo mês, o treinador embarca com a equipe corinthiana para o Japão, onde disputa o título do Mundial Interclubes. Boa notícia para os torcedores da Fiel. Se por um lado correm o risco de perder o treinador, por outro, terão um Tite ainda mais ávido pelo título.


Muricy Ramalho pode ter a segunda chance. Vale lembrar que Mano só assumiu o cargo após a rejeição do, na época, técnico do Fluminense. Hoje no Santos, Muricy certamente aguarda ansioso um novo convite. Desta vez, é melhor o técnico nem pensar em negar, afinal, o raio até cai duas vezes no mesmo lugar, a terceira já abusa do bom senso.


O terceiro nome até escapou da segunda divisão, mas continua desempregado. Luiz Felipe Scolari, que deixou o palmeiras chafurdado na zona do rebaixamento do Campeonato brasileiro, tem o aval de muitos torcedores para assumir o cargo. Durante os últimos jogos da seleção, o nome de Felipão era incessantemente lembrando nas arquibancadas, seja por cartaz ou gritos da torcida. Em 2002, o técnico comandou a equipe que trouxe o Pentacampeonato do Mundial do Japão/Coréia.

O último a compor o "quarteto fantástico", é o técnico campeão brasileiro de 2012 pelo Fluminense, Abel Braga. Entretanto, o treinador acabou de renovar o contrato com o tricolor, talvez esse seja um empecilho para que Abelão passe a convocar os integrantes da seleção canarinho. OBS: Aposto que o Fred ia adorar. Se na era Mano o atacante, craque do brasileirão, foi por várias vezes esquecido, na Era Abel, certamente, o camisa 9 da seleção já estaria definido.

Neste fim de ano, o Papai Noel terá que dividir espaço com as especulações sobre o novo treinador da seleção brasileira. Entre um brinde e outro, deem os palpites. Afinal, a CBF só deve anunciar o próximo treinador em janeiro. Se estivéssemos no velho continente, seguramente, as casas de aposta já estariam com filas na porta, e a minha seria em Muricy Ramalho.

Mas bem que podia ser o Guardiola...
          

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Rumo ao Hexa



Na noite desta quarta-feira, a seleção brasileira enfrentou os Hermanos Argentinos no caldeirão de La Bombonera, pela última partida do Clássico das Américas. Na segunda edição do Clássico, o Brasil levantou a taça pela segunda vez, e confirmou a freguesia Argentina. Apesar deste post se referir a seleção brasileira, não vou entrar em detalhes sobre o jogo de ontem, quero apenas escrever sobre a seleção da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, e que em nada lembra o time que entrou em campo para enfrentar a Argentina no estádio do Boca Juniors.  

O fim da Era Dunga a frente da seleção Canarinho representou a esperança de um novo tempo, após uma frustrante eliminação na Copa do Mundo de 2010. Mano Menezes, então técnico do Corinthians, assumiu a seleção brasileira com a promessa de que montaria um time arrojado, de velocidade, habilidoso e, principalmente, que jogasse pra frente.

Nesses anos de trabalho não houve quem não reclamasse, não pedisse a saída do técnico, ao passo que a seleção, acostumada a grandes conquistas e a admiração do adversário, caía solidamente na escala das maiores seleções do mundo, chegando a assumir a 14° posição no ranking da FIFA – a pior da história. Algo inadmissível para a pátria de chuteiras, que viu Pelé, Garrincha, Zico e Ronaldo, e que assistiu encantado a seleção de 70 e 82.

As convocações de Mano eram incisivamente criticadas. Os jogos amistosos, a maioria deles com adversários de nível técnico muito inferior, eram razão de chacota. A seleção até vencia, mas não convencia. O futebol prometido por Mano na sua chegada a seleção não existia. O que se via eram partidas sem entusiasmo, e uma seleção sem brilho.

Os brasileiros não acreditavam na seleção canarinho, e morando no Rio de Janeiro, ouvi cariocas indignados pela cidade sediar apenas a final da Copa do Mundo. Assim, o Rio só receberia a seleção caso chegasse a final. Possibilidade veementemente afastada pela grande parte das pessoas que conversei. A descrença era total.

Confesso que, como brasileira e torcedora corneteira, também tive os meus momentos de frustração e indignação com o técnico Mano e com as atuações pífias da Seleção. Mas, deixando o lado emocional e pensando apenas com a razão, nunca compactuei com a indignação dos cariocas. A seleção jogará sim no Rio de Janeiro, e o Maracanã será o palco da festa do Hexa.  Tingido de verde e amarelo, mais de 50 mil vozes irão apagar as marcas do Maranazo de 50 do emblemático estádio. Depois de 2014, as memórias só remeterão os brasileiros ao Hexa campeonato no antigo maior do mundo. Não digo isso apenas como uma brasileira esperançosa, mas como alguém que vê a seleção canarinho como uma das melhores do mundo.

Nos acostumamos com seleções de drible fácil, e de habilidade incontestável. Nos acostumamos com seleções que faziam torcedor adversário aplaudir de pé, e o próprio adversário fazer reverência. E assim queremos que seja sempre.  Mas, os tempos mudaram, e precisamos nos adaptar as mudanças. Não estamos mais na década de 50 e 60, que quase, ou senão todos os jogadores da seleção brasileira jogavam no Brasil. Não estamos mais na época em que a base da seleção era formada por jogadores de Vasco, Botafogo, Santos, ou qualquer outro time brasileiro, o que contribuia para um entrosamento mais rápido e eficaz. 

A seleção hoje é uma construção, um trabalho que exige tempo e paciência. O tempo passou, e o Brasil de hoje mostra maturidade e entrosamento. Características fundamentais para o sorriso do torcedor. Depois de tantas tentativas, de inúmeras convocações frustradas, de jogadores que não corresponderam, Mano Menezes, enfim, encontrou a formação que, ao que tudo indica, levará a Copa das Confederações e a Copa Mundo – com exceção de algumas posições ainda indefinidas, como goleiro e centroavante.

São mais três amistosos até a Copa das Confederações, e a seleção está pronta. Afinal, um time que tem Neymar, Kaká, Marcelo, Oscar, Lucas, Thiago Silva e cia, não pode ser tratado como coadjuvante. Mesmo nos maus momentos, há de se respeitar uma seleção com tantos craques.   

    

 

sábado, 29 de setembro de 2012

O porco ainda grunhe


Na noite deste sábado, o Palmeiras enfrentou a Ponte Preta, no Pacaembu, e deu mais uma razão para o porco continuar grunhido.

A passos lentos, mas perseverantes, o time do Palestra Itália continua sua saga em busca da permanência na elite do futebol brasileiro. Após a vitória por 3 a 0 diante da Ponte, a torcida saiu esperançosa, e o treinador, Wilson Kleina, tentou conter a euforia diante de mais uma vitória.

Falando em Wilson Kleina, o atual comandante do verdão reencontrou o antigo clube. Após proposta para substituir Luís Felipe Scolari, Kleina deixou a Ponte Preta e assumiu a "batata quente". Chafurdado na lama, e assombrado pelo fantasma do rebaixamento, o Palmeiras apostou no desconhecido treinador. Hoje, diante de um Pacaembu lotado, Kleina fez seu antigo clube experimentar a fúria do gigante cujo poder vem sendo posto em dúvida.

O Palmeiras ainda não se livrou do rebaixamento, e sequer depende só de si próprio para que isso aconteça. Mas, não há como negar que os bons ventos pairam sobre o Palestra. Já são duas vitórias consecutivas, e outra postura em campo. Se continuar assim, é bom os concorrentes amolarem o prego da chuteira. O Porco não está pra brincadeira.

A vitória leva o Palmeiras, ainda 18º colocado, a 26 pontos, dois a menos que o Coritiba, primeiro time fora da zona do rebaixamento.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O futebol dá adeus ao gênio. O gênio, um obrigado ao futebol!!


"É a minha primeira morte". Com esta declaração, Ronaldo "Fenômeno" se despediu do futebol. Mas, essa não foi a mais incisiva frase proferida pelo, agora, ex-jogador em entrevista coletiva concedida para anunciar o fim da carreira. Lembrando o histórico de lesões, que o atormentaram durante toda a carreira e que, talvez, antecipou o fim, Ronaldo soltou: "Perdi para o meu corpo". A frase estampou a capa da grande maioria dos jornais do Brasil e do Mundo. É a pura realidade.

Três vezes melhor jogador de futebol do mundo, maior artilheiro da história das copas, exaltado em todos os clubes por onde passou, uma das maiores sensações do mundo futebolístico, e o jogador que mais vezes morreu e ressuscitou. Mas, desta vez, Ronaldo, definitivamente, PAROU.

Uma carreira que começou no modesto São Cristóvão (RJ), passou pelo Cruzeiro e logo tomou a Europa. O velho continente se rendeu, rapidamente, ao futebol encanto do dentuço, ainda em plena forma física e na flor da idade.

Ronaldo tinha 17 anos quando representou a seleção brasileira na inesquecível Copa do Mundo de 1994. Era o jogador mais jovem a vestir a amarelinha em uma Copa. Ele começava a escrever uma história de consagração e declínio, sempre imbuído do poder da fênix.

Mesmo não se despregando do banco de reservas, exceto no momento do GOL, Ronaldo foi visto e se mudou para a Holanda. O PSV abriu a primeira porta e o fenômeno, com o seu futebol, se encarregou de abrir o resto. Vieram Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Milan.

Dotado de um carisma ímpar e, quase inigualável, Ronaldo conseguiu agradar, praticamente, a gregos e troianos. Real Madri e Barcelona, Inter e Milan. Na ânsia pela rivalidade, que muitas vezes extrapolava o limite do permitido, as torcidas davam um trégua quando o assunto era Ronaldo. Todos mereciam ter um pouquinho do jogador, sem egoísmo ou sentimento de posse.

Ronaldo cresceu, venceu por três vezes a eleição de melhor jogador do mundo, e caiu algumas vezes. A maior delas, na Copa do Mundo de 2006. Visivelmente acima do peso e mostrando, descaradamente, o desinteresse e falta de paciência com a rotina de treinamento, o fenômeno começou, naquela patética eliminação para a França, o seu processo de abandono do futebol.

Depois, ele até que tentou. Esteve no Milan e chegou ao Corinthians. No primeiro momento, um reforço de peso - sem trocadilhos - ele ainda podia ser um grande jogador. Mostrou a todos os brasileiros e, sobretudo, a torcida do Corinthians, que futebol não se esquece. Foi um dos destaques do time no primeiro ano no clube. Mas, bastaram alguns jogos afastados e a eliminação precoce da libertadores para Ronaldo desistir.

Em entrevista coletiva, Ronaldo, em nenhum momento, culpou a agressividade da torcida Corinthiana como sendo o fato desencadeador da decisão de abandonar o futebol.  Mas, será que um jogador tão consagrado, realizado financeiramente e prestes a encerrar a carreira - provavelmente no final de 2011 - se arriscaria a sofrer agressões por um time, que cá para nós, não é o dele?

Enfim. Após quase 20 anos de carreira, em meio à crises e glórias, Ronaldo "Fenômeno" decretou o fim. Para honrar uma história marcada por fatos inexplicáveis, como a tal convulsão em 98, ele terminou a coletiva com uma polêmica, e revelou o que era um segredo para a esmagadora maioria do público:

"Há quatro anos fiz um exame no Milan que constatou que eu tinha hipotiroidismo. Eu precisava tomar hormônios, mas não podia porque seria pego no doping". E acrescentou. "Alguns de vocês agora devem estar arrependidos de fazer tanta chacota com meu peso, mas não guardo mágoa. Só queria explicar isso no ultimo dia da minha carreira". A explicação de Ronaldo foi contestada por todos os especialistas consultados pelos veículos de comunicação.

No último dia como jogador profissional, Ronaldo encerra a carreira e deixa mais um "asterisco" na sua história. O peso do fenômeno era mesmo resultado da doença?

Mas, se sim ou se não, não interessa. Por maiores que tenham sido os percalços e infortúnios na vida do fenômeno, nada será maior e mais importante do que aquilo que fez dentro de quatro linhas. Ali ele foi brilhante e levou o Brasil, nos pés, ao resto do mundo.

                                             Palmas para o Fenômeno!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A caravela afundou....


Não sobrou só para o técnico vascaíno, PC Gusmão, o ônus pela pífia campanha do time nas primeiras rodadas do Campeonato Carioca. Os medalhões, Carlos Alberto e Felipe, contratos com toda a pompa para serem os líderes e craques do time, também receberam punição. Depois de pouco mais de seis meses no comando do time da colina, PC não resistiu à terceira derrota seguida para times pequenos e está fora de São Januário. Já os jogadores, foram afastados e não enfrentam o Flamengo no clássico do próximo domingo.

PC Gusmão chegou a São Januário com a altivez de quem havia deixado o Ceará na liderança do Campeonato Brasileiro, e trouxe com ele a esperança de repetir o sucesso no Vasco. No início do trabalho, chegou-se a ver lampejos de prosperidade. Mas, não durou muito. Logo o time começou a cair na tabela do brasileirão e, no fim, lutava apenas por uma vaga na Copa Sul Americana.

Naquele momento, não era raro encontrar vascaínos que pediam a volta de Eurico Miranda. Diante da crise e dos inúmeros empates dentro de casa, até os torcedores mais adversos ao antigo mandatário queriam o seu retorno. Fosse de forma sincera, ou apenas para forçar o presidente Roberto Dinamite a tomar atitudes mais enérgicas e devolver ao Vasco o respeito perdido.

Veio o novo ano e as esperanças se renovaram. As contratações, mesmo não sendo as esperadas pela torcida, chegaram. Carlos Alberto mostrava disposição nos treinamentos e parecia que não sofreria tanto com as lesões. A torcida apoiou e comemorou a vitória no amistoso contra o Cerro Porteño, em São Januário. O placar de 1 x 0, com um pênalti perdido por Carlos Alberto, fez a torcida pensar que o jejum de oito anos sem título no campeonato carioca teria fim. O time jogou razoavelmente bem para um amistoso, e em pré-temporada.

Mas, bastou a primeira partida do Carioca, contra o Resende, para as coisas começarem a degringolar. Era apenas o primeiro passo para uma derrocada ainda maior. Vieram Nova Iguaçu e Boavista e as coisas saíram do eixo de vez. Em apenas três partidas, a esperança se transformou em descrença.

Após a partida contra o Boavista, na última quinta-feira, a paciência que restava acabou.  O torcedor protestou, e só poupou o zagueiro Dedé, o único sobrevivente da caravela cruzmaltina, ao menos para a torcida.

No vestiário, os nervos continuaram exaltados. Desta vez, Carlos Alberto e Roberto Dinamite discutiram e tiveram que ser contidos pelo diretor executivo, Rodrigo Caetano. Prova cabal do desrespeito pela instituição Vasco da Gama.

Felipe e Carlos Alberto estão fora, e pela opinião dos torcedores, não farão falta. Felipe ainda não mostrou a que veio, e de símbolo dos áureos tempos de Libertadores, Mercosul e Campeonato Brasileiro, passou a ser marca do mau momento do time. Já Carlos Alberto, abusou da paciência do torcedor. Na última temporada, passou mais tempo no departamento médico do que em campo e, nas primeiras partidas deste ano, se mostrou apático em campo e mais “fominha” do que nunca.

Agora, é juntar os cacos e tentar se reerguer. Afinal, o campeonato carioca também tem série B, e do jeito que as coisas andam, não é exagero alertar para o perigo.

A chance para espantar a crise está no clássico do próximo domingo, no Engenhão. O time da Colina, chafurdado na lama, irá enfrentar o Flamengo, absoluto e confiante na competição. Os jogadores do time Rubro-negro preferem usar a máxima de que em clássico não há favorito. Já a torcida, não economiza nas piadas e deboches. Aos jogadores do Vasco, só resta tapar os ouvidos e colocar o coração na ponta da chuteira, e aos torcedores, esperar por dias melhores.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

V de Vasco, Vitória e Verdade

Lédio Carmona
Eu estava em São Januário no sábado e não entendi as vaias de parte da torcida vascaína para o time após empatar em 3 a 3 com o Grêmio. O Vasco acabara de fazer uma excelente partida contra a melhor equipe do segundo turno. Cedeu o empate no fim, mas, descontado o resultado final, jogou com intensidade e personalidade que mereciam aplausos. No fim daquela noite, PC Gusmão foi verdadeiro e não escondeu sua preocupação. “Os jogadores ficaram abalados. O clima no vestiário está muito ruim”.

Aí está a grande diferença do Vasco, do Brasileirão-2010, para aquele que foi rebaixado em 2008 e, após perder a final da Taça Guanabara desse ano para o Botafogo, jamais se reencontrou no Cariocão. A equipe de PC, além de ser melhor, não senta em cima dos problemas, das dores e das decepções. Dentro de suas limitações, consegue reunir forças, ânimo e sempre se reinventa. E, graças a essa postura, impõe uma revolução, ainda discreta, porém real, dentro de São Januário.

A revolução tem duas frentes. Uma puxa a outra. Há muito tempo o Vasco não tinha um time onde os jogadores mostravam prazer de vestir a camisa do clube. Nota-se dedicação em campo, vontade e comprometimento. Na campanha da Série B, havia um pouco disso. Mas, agora, a sensação de entrega é ainda maior. Comparados a grupos prostrados e indolentes que andaram envergonhando a história do clube e rebaixando a marca, é um passo gigantesco na reconstrução.

Ao mesmo tempo, a recuperação do “time” trouxe de volta o torcedor. Se ele vaiou no sábado, é porque sabe que o time pode ser vencedor. Há confiança. Há respeito. Há troca. Há incentivo. O Vasco está no meio da tabela e seu seguidor, consciente das dificuldades do clube, sonha com algo a mais, porém já tem uma sensação de bem-estar e felicidade. Para quem nos últimos tempos não teve nada, um pouco já é muito. E o muito é quase demais.

E, por fim, PC Gusmão fez o time encaixar. O Vasco hoje tem Dedé, que interessa ao Bayer Leverkusen, e a terceira melhor defesa do Brasileiro. Ontem não teve, mas conta com Fágner e Ramon para as laterais. Felipe e e Zé Roberto estão jogando muito. Falta um centroavante, porém Eder Luis, com 8 gols, assumiu o papel de artilheiro. Não é uma máquina, não é perfeito, talvez não seja ainda sedutor. Mas o Vasco hoje tem um time. De verdade. E, de novo, uma torcida orgulhosa e de cabeça erguida.

E o Corinthians? Dois pontos em 18 disputados. O Corinthians tem time. Mas não teve cabeça, serenidade e cabeça fria para lidar com os maus resultados. Por falar em calma, veja a polidez e a educação de Souza, menos de 10 gols em dois anos, na saída de campo…

A diretoria fez uma trapalhada ao demitir Adílson Batista. Hoje, não tem rumo, não tem paz, não tem chão, não tem união, e não tem treinador, na reta final da campanha. E ainda me botam um interino cujo presidente do clube sequer conhece o nome. E agora, como reparar o estrago? Ainda dá tempo. Mas é viável? Ah, sim, Ronaldo volta contra o Guarani. Então tá…

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Como diria o Rei.... São tantas emoções!!!!

A quarta-feira começou com o jogo Vasco x Vitória. O time da Colina entrou em campo amparado pela festa da torcida. Os sinalizadores iam além da sua função mais conhecida de fazer fumaça, e davam o recado. “O Time da Virada”

A emoção foi até o fim. O Vasco começou com tudo. Aos 15 minutos, Magno abriu o placar e encheu de esperança os torcedores cruzmaltinos. Mas, a euforia se transformou em descrença quando Nilton fez pênalti, e foi expulso. Era o empate do Vitória.



Agora, era preciso fazer três gols. Fez dois. E se não fosse a ajuda do juiz, fatalmente, chegaria a classificação. Em lance aos 32 minutos do segundo tempo, Élton sofreu pênalti. Carlos Alberto converteu e fez 3 a 1. O goleiro Viáfara, que derrubou o atacante vascaíno na área, continuou em campo. O mesmo lance que tirou Nilton da partida resultou em apenas um cartão amarelo para o goleiro do Vitória. Nessa altura do jogo, o time baiano já havia feito as três substituições.

A outra semifinal da Copa do Brasil surpreendeu. Não pelo momento atual, mas pelo peso da camisa. Palmeiras e Atlético-GO se enfrentaram no Serra Dourada, em Goiânia. E deu Atlético. No tempo normal o Dragão venceu por 1 a 0. A decisão foi para os pênaltis. A partir daí, o que se viu foi um show dos goleiros e uma grande incompetência dos batedores. De dez cobranças, apenas três balançaram as redes.



A primeira semifinal estava decidida. Atlético-GO x Vitória.

Mais tarde, Santos enfrentou o Atlético-MG na Vila Belmiro. Envolta na polêmica criada pela provocação dos jogadores do Santos a Luxemburgo, a partida transcorreu na mais santa paz. O Santos venceu por 3 a 1, e Luxemburgo teve que aceitar. A hora dele chegou.

A tarefa mais fácil foi do Grêmio. O tricolor gaúcho recebeu o Fluminense e venceu. Vitória em casa e fora de casa. Classificação mais que merecida.

Na outra semifinal, Santos x Grêmio. Semi com toda pinta de final.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Para esquecer


Flamengo e Corinthians se enfrentaram pelas oitavas de final da Libertadores. Motivo suficiente para escrever um texto enorme falando do jogo, da falta de técnica, da chuva que encharcou o gramado, do gol de pênalti de Adriano, que continua indiferente a torcida e não comemorou o gol. Mas, diante da atuação atabalhoada de Ronaldo, que já foi fenômeno, darei o devido espaço ao jogador.

Durante toda a semana não se falava em outra coisa. O confronto entre Ronaldo e Adriano. Quem levaria a melhor? A possibilidade de ver um grande espetáculo frustrou aqueles que foram ao Maracanã, e mais ainda os fãs de Ronaldo.

Bola na canela, escorregão, falta de atenção e mobilidade. A atuação do jogador foi ridícula. Em nem um ponto lembrou o Ronaldo três vezes melhor jogador do mundo.

Talvez o problema tenha sido jogar contra o time do coração, uma partida decisiva, e com o estádio mais charmoso do mundo pintado de vermelho e preto. Ou talvez, seja apenas o reflexo das noitadas e da falta de comprometimento, que acomete a maioria das grandes estrelas quando volta ao Brasil.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Decepção e Esperança

As coisas não saíram como deveriam e nem como os vascaínos esperavam. Após longos anos de jejum o vasco estava de volta a uma final. O fraco botafogo, sapecado com seis gols no último clássico, não seria empecilho para o gigante da Colina erguer a taça de campeão.

Vasco e Botafogo estavam na final, apesar dos sádicos estufarem o peito e atribuírem à sorte a presença desses times na decisão. Flamengo tinha o império do amor, Fluminense tinha Fred, mas o Vasco tinha Dodô e o botafogo (segundo a torcida alvinegra)) Loco Abreu, apesar do jeitão desengonçado. Mas não vou entrar nesse mérito. Confusão de torcida e opinião de comentarista parcial.

Confesso que a minha autoconfiança, como vascaína, extrapolava o limite aceitável para uma partida de futebol, onde favoritismo, sobretudo num clássico, não existi e é um passo para a derrota.Começou o jogo. Ao apito do árbitro vi a minha prepotência se esvair. As unhas iam diminuindo a casa lance, a cada segundo passado. O fraco time do Botafogo não ofereceria nenhum risco, caso a apatia, nervosismo, e mau futebol do Vasco não estivessem tão latente.

O vasco jogou mal e Nilton, aos 25 minutos do segundo tempo, resumiu numa entrada desleal a postura de todo o time. Total descontrole psicológico.
Agora é engolir o sapo e esperar dias melhores. E que eles venham semelhante aos áureos tempos da década de 90.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

É pouco


Na última rodada do Campeonato Brasileiro, os atos de vandalismo praticados pelos “torcedores” do Coritiba mancharam o futebol e a história do Coxa. Pouco se falou do rebaixamento do time de Campinas. A tristeza dos verdadeiros torcedores foi sufocada pelas pedras atiradas e agressões feitas à pessoas inocentes.

A partir de então, todos começamos a cobrar uma punição severa aos vândalos e ao próprio Coritiba. Mas será que o clube merece pagar pela atitude de alguns torcedores? Punir o clube significa punir toda a sua torcida. Não apenas os que invadiram o campo, lançaram bombas e barras de ferro como se lança pétalas de rosa, e feriram pessoas que estavam ali apenas para torcer.

Sim, durante algum tempo defendi a idéia de que não é justa a punição ao clube, mas a premissa milenar ainda persisti. “Os justos pagam pelos pecadores”.

Infelizmente, vivemos em um País em que a expectativa de impunidade é muito maior do que o medo de uma condenação. Apoiados na falta de punição, “torcedores” cometem atos cada vez mais insensatos, criminosos ficam ainda mais descarados, políticos roubam o dinheiro público como se fôssemos todos patetas.

Diante disso, é sim justa a punição ao clube. Os verdadeiros torcedores são capazes de entender que castigar o clube é castigar também esses “energúmenos (sem o perdão da palavra)”.

Em julgamento realizado pelo STJD, ficou decidido que o Coritiba sofrerá a perda de 30 mandos de campo e multa de R$ 610 mil.

É o suficiente? Sinceramente não. Não jogar em casa só vai tirar as famílias dos estádios. Os responsáveis por toda aquela algazarra irão onde o Coritiba estiver, e não serão, em nenhum momento, importunados.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fora da briga

Qual a função de um treinador de time de futebol? Incentivar ou desestimular os atletas? Passar confiança e estimulá-los a buscar sempre a vitória ou abusar da sinceridade e assumir que o time não tem condições de almejar títulos?

De mãos atadas diante da derrocada corinthiana o técnico Mano Menezes jogou a toalha e assumiu, diante da imprensa esportiva brasileira, que o Corinthians está fora da briga pelo título do Campeonato brasileiro. “ Pensamos em título quando vencemos a Copa do Brasil. Com aquele time era possível vencer com esse não é mais”, disse o técnico em meio a um batalhão de repórteres.

Esse foi só o primeiro a assumir publicamente a sua descrença. Depois de Mano foi a vez do Super-poderoso, sem ironias, Vanderlei Luxemburgo assumir que o time do Santos não está pronto e que será muito difícil conquistar uma vaga na libertadores. Ou seja, título nem pensar.

Fico imaginando qual terá sido a reação dos jogadores ao ter a sua incompetência declarada aos sete ventos. Sobretudo aqueles que entraram em seus times só após a saída dos titulares. Se não é mais possível lutar por títulos no ano, sugiro ao Mano Menezes e ao Vanderlei Luxemburgo pegarem o seu banquinho. Afinal, sem aspirações, para que continuar perdendo a voz a beira de um campo de futebol e embranquecendo os cabelos com a cobrança da torcida se eles mesmos já admitem e acendem a crise nos times?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mercenário


Robinho é o jogador mais mercenário do Mundo. Antes que alguns fãs do menino da Vila me crucifiquem, essa afirmação não é minha. O jogador do Manchester City lidera o ranking feito pela revista Francesa L'Equipe.
O anuncio de que estava indo para o Chelsea, enquanto na verdade fechava negociação com o City, foi o fator determinante para o atacante brasileiro conquistar essa nem tão grandiosa honra.
Mais será que Robinho merecia esse posto? Dependendo do que cada um entende por mercenário talvez sim, talvez não. Mercenário é deixar o lado esportivo em detrimento do dinheiro.
Nesta concepção, Robinho é sim mercenário. Poderia ter ido para o Chelsea, uma equipe com maior visibilidade no cenário “futebolístico” mundial. No entanto, preferiu se transferir para o pouco notado Machester City. Simplesmente por ter mais cifras envolvidas.
No futebol atual, jogar por amor a camisa é coisa rara. Robinho foi apenas o contemplado para representar uma classe cada vez mais latente. O fato é que jogadores como Fernandão, que voltou para o Goiás, estão em extinção.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Agora vai


Enfim duas vitórias seguidas. Após oito rodadas sem vencer acarretando a desconfiança da torcida além da diminuição da empolgação demonstrada no início da série B, o Vasco volta a marcar gols, a vencer e convencer na segundona.
O jogo contra a Ponte Preta deu inicio a reação anunciada cruzmaltina. Na noite de ontem, enfrentou o Vila Nova em Goiânia e confirmou a arrancada definitiva rumo à primeira divisão e até mesmo ao título da Série B.
Com a garra peculiar do jovem time montado por Dorival Júnior, o Vasco conseguiu uma vitória por 2 a 0, mesmo com um jogador a menos desde os sete minutos do primeiro tempo quando o atacante Robinho foi expulso após revidar, tolamente, uma provocação.
Após o término do jogo todos os jogadores creditavam a vitória a um único aspecto. “A bola começou a entrar”. Como torcedora essa também foi a minha impressão. Durante essas últimas rodadas em que o 0 a 0 persistia em acontecer, a bola rondavam a área, beliscavam a trave, mas não balançava as redes.
Após dois resultados positivos e longe do incômodo empate, a certeza de que o Vasco irá retornar ao seu devido lugar volta aos corações vascaínos. Agora é esquecer esse contratempo, aderir à campanha de sócio, lotar os estádios, botar a cruz de malta no peito, porque afinal, “O SENTIMENTO NÃO PODE PARAR”.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Decisão

Para os que gostam de futebol, hoje o dia será o tanto quanto recheado. A decisão da Copa do Brasil promete deixar as cordas vocais dos torcedores exaustas e os vizinhos indignados. Internacional e Corinthians vão se enfrentar num Beiro-Rio lotado e borbulhante. A torcida colorada promete empurrar o time do gaúcho Tite, que inicia o jogo com uma desvantagem de dois gols, contra o time do gaúcho Mano Menezes.
O Primeiro jogo dessa decisão aconteceu no Pacaembu. O Corinthians aproveitou a ausência dos principais jogadores do Inter, Nilmar, Dalessandro e Kléber, para abrir uma vantagem de 2 a 0.
Agora, resta ao Internacional fazer dois gols e levar a partida para os pênaltis ou três para conseguir a vitória ainda no tempo regulamentar, e é claro, não levar nenhum gol, caso contrário, a tarefa do Colorado ficará ainda mais difícil. Já o Corinthians, provavelmente, vai optar por jogar no contra-ataque. Na casa do adversário e com a vantagem adquirida, não precisa se preocupar em atacar. Tarefa que no jogo de hoje, cabe só ao Inter.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sufoco

Post breve. Prefiro não me alongar falando de uma seleção tão mixuruca.

O discurso é sincronicamente ensaiado. A culpa é do cansaço. A recém encerrada temporada Européia é a vilã.
Engraçado. Até onde eu sei, a seleção da Espanha que não tomou conhecimento da Nova Zelândia é cheia de jogadores que atuam na Europa. A Itália que hoje venceu os Estados Unidos por 3 a 1 também.
Mais do que não agüentar o Dunga como técnico da seleção, o Kléber com lateral e o meio campo com Elano e Gilberto Silva, não agüento mais essas desculpas de perdedor. A Seleção é mais que isso.

domingo, 14 de junho de 2009

"A espera de um milagre"

Se no fatídico ano do rebaixamento a defesa vascaína foi responsável por acrescentar mais algumas indesejáveis rugas na pele dos cruzmaltinos, este ano, paradoxalmente, o problema está no lado oposto do gramado.

Ontem, o Vasco enfrentou o Guarani pela Série B do campeonato brasileiro. A exemplo da partida contra o São Caetano, não marcou gols. O jogo terminou 0 a 0.
As constantes falhas no ataque e a incompetência dos atacantes vêm preocupando os torcedores.

Edgar, Alan Kardec e Elton. Para quem já teve Romário, Edmundo e Roberto Dinamite a decadência é anunciada.

A falta de gols aumenta as especulações acerca do caso Aloísio. O jogador que treina nas instalações vascaínas aguarda liberação da CBF para entrar em campo. Caso o jogador não seja liberado, só poderá jogar em agosto, quando a janela de transferências para atletas oriundos do exterior vai ser aberta. Se tratando da esperança cruzmaltina, agosto está muito longe.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sofrido, mais uma vez

Se o futebol bonito e envolvente não acompanha a Seleção brasileira, a sorte se encarrega de está sempre presente.
Se a ordem é vencer, a Seleção de Dunga está fazendo muito bem o dever de casa, e chegará, fatalmente e com certa facilidade, a Copa de 2010 na África do Sul.
Entretanto, nos acostumamos com uma seleção de brilho, de passes bonitos e que amedrontava seus adversários. Por isso, não nos venha agora, exigir que batamos palmas para uma seleção brasileira de apresentações ínfimas, pelo simples fato de vencer.
Vencer com frango de goleiro, vencer com gols que mais contam com a sorte ou com a incompetência dos adversários do que com o bom futebol da Seleção. Vencer com gols marcados quando o time é inferior na partida e é claro, vencer com o santo Júlio César fechando o gol.
A seleção nos acostumou a ver vitórias maiúsculas. Vitórias construídas com o futebol que deu ao Brasil cinco estrelas. Definitivamente, não sou adepta do futebol xucro mas com resultado. O importante é vencer e jogando bem.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sofreram, mas se classificaram

O Título da Copa do Brasil será disputado por Corinthians e Internacional, mas não seria nenhum absurdo se Vasco e Coritiba se enfrentassem na final.

Corinthians e Inter começaram as suas partidas valendo-se do regulamento. No primeiro jogo, Inter havia vencido o Coxa, no Beira Rio, por 3 a 1. O Corinthians, no Maracanã, havia empatado com o Vasco por 1 a 1.

Jogando no Pacaembu, o Corinthians tinha apenas a vantagem do empate sem gols. Sabendo da necessidade de balançar as redes o Vasco não se intimidou diante do favoritismo alvinegro e mostrou, durante toda a partida, que não é um time de Série B, que apenas está na Seria B. Apesar do domínio, sobretudo na segunda etapa, o time cruz-maltino não chegou ao gol e deixou a Copa do Brasil e o sonho de disputar a Libertadores sem perder nenhuma partida na competição.


Na outra semifinal, a vitória do Internacional era favas contadas. Era o melhor time do Brasil, que ainda obtinha a vantagem adquirida na primeira partida, contra o Coritiba. Nada poderia fazer o coitado do Coxa. Mas fez. Se não tirou o Inter da competição, deixou os torcedores apreensivos durante 90 minutos. Com um gol aos 29 minutos da etapa final, Ariel incendiou ainda mais a torcida e a partida. Mas apesar da pressão o Coritiba não conseguiu chegar ao segundo gol e decretou a classificação Colorada.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Imperador voltou


O Adriano de alguns dias atrás não é o mesmo Adriano de hoje. Sem ânimo para seguir com a rotina que levava na Europa, o jogador desembarcou no Brasil e chegou a anunciar o afastamento do futebol. Rescindiu o contrato com o Inter de Milão e voltou aos tempos de criança na favela onde nasceu, no Rio de Janeiro.
A estadia fora do mundo glamoroso do Velho Continente devolveu a Adriano a vontade de sorrir. A alegria que só os mais íntimos podiam ver foi mostrada ao mundo no Maracanã lotado.
Em jogo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, o Imperador reestreiou e estava presente na área para marcar, de cabeça, o gol da vitória do Flamengo contra o Atlético-PR.
O largo sorriso e o afago no escudo Rubro-negro demonstraram.
O Imperador está de volta.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Casa nova

A nova contratação do Palmeiras é o atacante, sem marcar gols desde novembro do último ano, Obina. A aposta do time paulista é no mínimo intrigante beirando a estranheza.
O sortudo Obina conquistou o posto de mascote Rubro-negro, mesmo sem apresentar um grande futebol, após alguns gols salvadores, sobretudo em decisões. Entretanto o jogador nunca passou disso. Com um jeito troncudo e atrapalhado Obina conquistou os flamenguistas, só o flamenguista. Era o que eu pensava. Ao que parece o jogador também agradou quem estava fora das redondezas da gávea.
Onde vai parar Obina? Quem permanecia no time carioca era um jogador folclórico. Sem muitas habilidades e nem por isso menos craque que Eto.
Agora deve entrar em cena o Obina real. Jogador limitado e que terá que mostrar serviço se quiser permanecer em um grande clube de futebol. E é bom intensificar as buscas ao gol, caso contrário o Urubu da Gávea não suportará as pressões do Porco Palestrino.