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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Leitura nas férias - O Cão e o Dono





Thomas Mann foca, neste livro traduzido por João Gaspar Simões, a amizade entre o cão e o seu dono num texto com uma descrição notável.
As ilustrações são de Figueiredo Sobral.



Obrigada Cláudia. 

Boa noite

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"Os poetas extácticos"

Desenho de José Júlio para o conto: Desilusão
Os Melhores Contos de Thomas Mann. (Selecção de Manuel de Seara, prefácio de Domingos Monteiro e desenhos de Júlio Gil). Lisboa: Arcádia, 1958, p. 119.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Thomas Mann - in memoriam

Thomas Mann nasceu a 6 de Junho de 1875 em Lübeck.

Ele era mais bonito do que as palavras podiam exprimir, e Aschenbach sentiu dolorosamente, como tantas vezes antes, que a linguagem pode apenas louvar, mas não reproduzir, a beleza que toca os sentidos

Thomas Mann, A Morte em Veneza, trecho retirado da wikipedia


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Morte em Veneza, na praia.

A praia que eu gostava de encontrar.
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"(...) só a beleza, meu Fedro, e só ela, é digna de ser amada e visível ao mesmo tempo: ela é — nota bem! — a única forma do espiritual que recebemos através dos sentidos e que podemos suportar pelos sentidos".
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Thomas Mann, Morte em Veneza, Lisboa: Circulo dos Leitores, 1990, p. 84.
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Fotografia cena do filme Morte em Veneza de Luchino Visconti

Fotografia raptada na net

Gustav Mahler :5ª sinfonia - Adagietto, Parte I. Orquesta sinfónica de Barcelona, dir. Eiji Oue

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Viagem Marítima com Dom Quixote, Thomas Mann!

Travessia do Atlântico 1935 rumo a Nova Iorque.

Fotografia tirada a 18 de Junho, durante a travessia rumo a Nova Iorque a bordo do Lafayette. Esta fotografia foi assinada pelo comandante do navio.
“Sancho é genuinamente popular na medida em que representa a relação do povo espanhol com a loucura nobre, que lhe está destinado a servir a bem ou a mal. Esta questão já me ocupa desde ontem. Há uma nação que eleva a farsa melancólica e o ad absurdum das suas qualidades clássicas, tais como a grandeza, o idealismo, uma nobreza de ânimo mal ajustada, um cavalheirismo nada lucrativo, ao seu livro por excelência e de honra, reconhecendo-se nele com uma saudade orgulhosa e serena – não é curioso?”

Thomas Mann, Viagem Marítima com D.Quixote (tradução de Lumir Nahodil), Lisboa: D. Quixote, 2008, p.35-36

sábado, 17 de maio de 2008

"OS BUDDENBROOK" DE THOMAS MANN E A CIDADE DE LÜBECK



Em 1932, Thomas Mann foi convidado pela emissora alemã Westdeutscher Rundfunk para o programa "Autobiographische Plaudereien" (conversas autobiográficas). Como tema, escolheu Os Buddenbrook e confidenciou aos ouvintes o seguinte: "Os Buddenbrook são a expressão mais directa de todo o meu ser que é marcado pela minha terra e pelas minhas origens e que, neste livro, se torna evidente de uma forma mais intensa do que as minhas obras posteriores foram capazes de o manifestar".

Nesta emissão, Mann recorda a época em que escrevera o livro (1897 - 1900 em Palestrina/Roma e Munique), as influências que destinaram a sua vida e as influências que destinaram esta obra, destacando Richard Wagner cujo Tristão e Anel do Nibelungo decoram, em excertos transcritos para piano, este registo sonoro. Uma gravação histórica e única para todos os admiradores de Thomas Mann e Richard Wagner!

Mas voltemos aos Buddenbrook. O romance foi lançado, no seu primeiro volume, a 26 de Fevereiro de 1901 pela editora Fischer-Verlag. Uma das maiores obras de toda a literatura alemã do século passado, conquistou o Prémio Nobel em 1929. Através dela, Mann tornou-se conhecido do público internacional. Na Alemanha, Thomas Mann associa-se, em primeiro lugar, aos Buddenbrook - As confissões de Felix Krull, Morte em Veneza, A Montanha Mágica ou O Eleito, ainda que célebres, carecem da mesma popularidade.

O livro foi alvo de muita atenção e de um enorme interesse na cidade natal de Mann, Lübeck (Lubeque), pois decorre aí praticamente toda a acção excepto algumas passagens por Hamburgo e Munique. Logo após o lançamento, circulavam listas de nomes ilustres para "decifrar" quem dos habitantes correspondia aos personagens do livro. Rapidamente concluiu-se que a família fictícia de nome Buddenbrook tinha por base a família Mann: o patriarca Johann Buddenbrook assemelhava-se ao avô do autor, o pai, tios e até o próprio Thomas Mann (no personagem de Justus Buddenbrook) eram retratados nesta saga.

A curiosidade dos conterrâneos de Mann era também despertada pelo subtítulo Os Buddenbrook - decadência de uma família. Ao fim de quatro gerações que se situam entre 1835 e 1877, é manifesto o declínio dos Buddenbrook: uma família da alta burguesia hanseática, de vivência aparentemente exemplar, ignora as mudanças do tempo, as gerações mais novas abandonam o comércio tradicional dos antepassados e dedicam-se aos mais diferentes ramos tidos por pouco convencionais. O último representante dos Buddenbrook, o jovem Justus Buddenbrook (Hanno), vive num mundo ilusionista, o seu fascínio pela música clássica é rejeitado pelo pai. Hanno morre aos 16 anos. Com o seu desaparecimento extingue-se uma família cuja árvore genealógica remonta até ao século XVI.

O declínio é acompanhado da perda de costumes, tradições e sobretudo de valores morais. Antonie Buddenbrook (Tony) casa-se e divorcia-se por diversas vezes, algo de escandaloso à vista dos padrões da época. Outros membros da família falham na vida profissional, empenham-se em negócios ruinosos, acabando em prisão.

O relato franco do declínio chocou a aristocracia e burguesia de Lübeck que se consideravam detentores de princípios cristãos e morais. A indignação chegou ao extremo de um tio (Friedrich) de Thomas Mann se distanciar do sobrinho publicamente num jornal local.

Lübeck guardou este rancor durante muitas décadas. A 20 de Maio de 1955, poucos meses antes do seu falecimento, Mann foi condecorado com o título de cidadão honorário. Contudo, a decisão a favor desta honra foi tomada apenas com um voto de maioria no respectivo grémio municipal .

Hoje em dia, a relação de Lübeck com o seu ilustre filho é naturalmente pacífica. Em 1975, por ocasião do centenário do nascimento do autor, foi colocada uma lápide na rua Beckergrube nº. 38, casa em que Thomas Mann nasceu.
A casa Buddenbrookhaus, propriedade da família Mann até 1914, é hoje um museu dedicado a Thomas Mann e seu irmão Heinrich. Entre vários pontos de interesse, refira-se a exposição permanente sobre a criação dos Buddenbrook.