Emil Nolde - Primavera na sala, 1904
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sexta-feira, 5 de maio de 2023
quarta-feira, 8 de junho de 2022
domingo, 20 de março de 2022
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
sábado, 1 de maio de 2021
Marcadores de livros - 1871
Obrigada, Margarida, por estas lindas flores de cerejeira e pelo haiku. É o primeiro marcador destes que tenho.
Continuação de uma boa Primavera!
sábado, 20 de março de 2021
Primavera- a nossa Vinheta!
Sandro Botticelli parece que se inspirou no poema de Angelo Poliziano, amigo do núcleo de artistas e intelectuais de Florença renascentista, para pintar a sua Primavera.
Sandro Botticelli, Primavera, (detalhe), c.1480, Galeria Uffizi, Florença.
Na imagem Zéfiro rapta Clóvis que depois se metamorfoseia em Flora, deusa da Primavera.
Né mai le chiome del giardino eterno
tenera brina o fresca neve imbianca;
ivi non osa entrar ghiacciato verno,
non vento o l’erbe o li arbuscelli stanca;
ivi non volgon gli anni il lor quaderno,
ma lieta Primavera mai non manca,
ch’e suoi crin biondi e crespi all’aura spiega,
e mille fiori in ghirlandetta lega. (72)
Con tal milizia e tuoi figli accompagna
Venere bella, madre delli Amori.
Zefiro il prato di rugiada bagna,
spargendolo di mille vaghi odori:
ovunque vola, veste la campagna
di rose, gigli, violette e fiori;
l’erba di sue belleze ha maraviglia:
bianca, cilestra, pallida e vermiglia.(77)
Mai rivestì di tante gemme l’erba
la novella stagion che ’l mondo aviva.
Sovresso il verde colle alza superba
l’ombrosa chioma u’ el sol mai non arriva;
e sotto vel di spessi rami serba
fresca e gelata una fontana viva,
con sì pura, tranquilla e chiara vena,
che gli occhi non offesi al fondo mena. (80)
Angelo Poliziano, Poema.
Alberto Asor Rosa (Roma, 23 settembre 1933), docente di letteratura italiana presso l’Università La Sapienza di Roma
http://www.viv-it.org/schede/angelo-poliziano-e-sandro-botticelli
Detalhe retirado da Galeria Uffizi,
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
Citações
O meu coração
espera também,
no caminho da luz
e da vida, outro
milagre da primavera.
- Antonio Machado, excerto do poema A Un Olmo Seco.
quarta-feira, 25 de março de 2020
Primavera
As escolhas de APS:
«Por "força do hálito" (O'Neill dixit) a Primavera lembra-me um poema muito bonito, falhado no último verso, de Alberto Lacerda ("Diotima") e o "To a Green God", de Eugénio de Andrade.»
DIOTIMA
És linda como haver morte
depois da morte dos dias.
Solene timbre do fundo
de outra idade se liberta
nos teus lábios, nos teus gestos.
Quem te criou destruiu
qualquer coisa para sempre,
ó aguda até à luz
sombra do céu sobre a terra,
libertadora mulher,
amor pressago e terrível,
primavera, primavera!
Alberto de Lacerda
TO A GREEN GOD
Trazia consigo a graça
das fontes, quando anoitece.
Era o corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens, quando desce.
Andava como quem passa,
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia do ar.
Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.
E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
de uma flauta que tocava.
Eugénio de Andrade
terça-feira, 24 de março de 2020
Primavera! Que obra de arte lhe vem à memória?
Ontem, num comentário a um marcador com um fragmento de uma pintura de Arcimboldo, Bea disse que para ela a Primavera era a pintura de Botticelli. E para si?
Botticelli - Primavera, 1482
Florença, Galeria dos Ofícios
Eu escolho uma escultura, que tem uma 'variante' em mármore, que eu prefiro:
Rodin - L'Éternel Printemps, ca 1884
Paris, Museu Rodin
segunda-feira, 23 de março de 2020
sexta-feira, 22 de março de 2019
Primavera!
Viva a Primavera!
Para MR com os meus agradecimentos.
No nevoeiro leve da manhã de meia-primavera, a Baixa desperta entorpecida e o sol nasce como que lento. Há uma alegria sossegada no ar com metade de frio, e a vida, ao sopro leve da brisa que não há, tirita vagamente do frio que já passou, pela lembrança do frio mais que pelo frio, pela comparação com o verão próximo, mais que pelo tempo que está fazendo.
(...)
Bernardo Soares, Livro do Desassossego, Vol.I. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982.
(Arquivo Fernando Pessoa)
terça-feira, 20 de março de 2018
Viva a Primavera!
Edward Cucuel - (1875-1954)
Primavera
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
(http://www.releituras.com/cmeireles_primavera.asp)
Feliz Primavera!
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Marcadores de livros - 744
Fim da primavera, início do verão:
Eugène Grasset - Primavera, Verão.
Pormenores de biombo das Quatro estações.
Paris, Petit Palais
terça-feira, 9 de maio de 2017
Marcadores de livros - 703
Giuseppe Archimboldo - A Primavera (pormenor), 1573.
Paris, Louvre
Hoje desapareceu a Primavera e dizem que estará ausente por uns dias.
sexta-feira, 7 de abril de 2017
quinta-feira, 30 de março de 2017
segunda-feira, 20 de março de 2017
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Um quadro por dia
Dawson Dawson Watson ( 1864-1939 ), Last Day of Spring , 1929, óleo sobre tela .
Despedimo-nos da Primavera com uma tela deste neo-impressionista de origem britânica que viveu a maior parte da sua vida em França e depois nos EUA, onde morreu e onde pintou a tão diferente paisagem do Oeste americano ..
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