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Uma boa produção do Teatro Nacional D. Maria II o “Cyrano de Bergerac” de Edmond Rostand, muito bem traduzido pelo escritor, ensaísta e poeta Nuno Júdice e com um excelente elenco, que integra, entre outros, Virgílio Castelo, Sara Carinhas, Maria Amélia Matta e João Grosso e tem como protagonista Diogo Infante que tem uma interpretação de excelência, a que já nos habituou. Falta ao texto a prosódia dos versos em que foi escrita por Rostand em 1897, e de que muitos de nós se lembrarão no filme com Depardieu. Um único reparo à encenação: qual o critério para vestir alguns intérpretes com modelos dos séculos XVIII e XIX, quando a acção se passa com uma personagem que viveu no século XVII?
Uma boa ideia para duas horas e meia de relaxamento, que nem se dão por elas, numa noite fria –o teatro está bem aquecido –ou numa tarde de dolce far niente.