Da Liberdade que hoje se comemora em Portugal, só posso desejar a todos um Feliz Dia 25 de Abril!
Que a mensagem e vida de Liberdade nunca se percam e a responsabilidade que com elas veio acrescida, também não. Para que a possamos garantir e salvaguardar, sempre, à Liberdade.
Hoje, para celebrar, um fado português que descobri há poucos dias. Chegou-me por mail, vindo do Luxemburgo. Escrevia-me a filha mais velha de um dos donos do meu café preferido da Cidade, em português correctíssimo, ela que é holandesa, com raízes no Curaçao e no Suriname, e que actualmente trabalha como tradutora num organismo internacional. Ela que se chama Moira, como as nossas Moiras encantadas, e que se encantou pelo livro de Eugénio de Andrade que lhe enviei pelos pais, quando lá foram de visita.
Para todos, com votos de um excelente dia:
Este amor não é um rio
Tem a vastidão do mar
A dança verde das ondas
Soluça no meu olhar
Tentei esquecer as palavras
Nunca ditas entre nós
Mas pairam sobre o silencio
Nas margens da nossa voz
Tentei esquecer os teus olhos
Que não sabem ler nos meus
Mas neles nasce a alvorada
Que amanhece a terra e os céus
Tentei esquecer o teu nome
Arrancá-lo ao pensamento
Mas regressa a todo o instante
Entrelaçado no vento
Tentei ver a minha imagem
Mas foi a tua que vi
No meu espelho, porque trago
Os olhos rasos de ti
Este amor não é um rio