O "empate técnico" geralmente vociferado pelas sondagens - com a excepção de uma de segunda-feira- interessa a quem? Talvez o Pedro Magalhães vá explicando isto (e as "descolagens", uma terminologia aeroportuária pouco adequada aos tempos difíceis que aí estão) melhor do que os galhofeiros do comentário político, sempre prontos a avançar com as suas doutas opiniões sem o disclaimer à frente. Mas, de uma forma geral, sabemos com quem eles estão. Carrilho, na tvi24, disse-o claramente (mas Carrilho é atípico como socialista que frequenta televisões porque é o único liberto da "síndrome Sócrates"). E, sobretudo, contra quem a tosca "isenção" deles está.
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
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24.5.11
29.10.10
30.7.10
POBRES IDIOTAS
Um "barómetro" deixou em estado de esfuziante idiotia os idiotas do costume. Tudo porque Passos "baixou" em relação ao derradeiro "barómetro" e "Deus Nosso Senhor" Sócrates "subiu". Todavia, os mesmo idiotas - e valha isso o que valer, Passos segue à frente do outro - omitem o resto do "barómetro" na parte da "popularidade". «Na lista de popularidade, Cavaco Silva continua a ser o único com uma imagem positiva: 56,4 por cento dos portugueses avaliam de forma favorável o trabalho do Presidente da República», diz o "barómetro" que remete o subido Sócrates para «líder político mais impopular» onde «60 por cento dos portugueses têm uma opinião negativa sobre o líder do Governo, contra 26,5 por cento dos que têm uma ideia positiva.» Passos empata - «32,3 por cento dizem ter uma opinião positiva, enquanto que 32,2 por cento têm uma ideia negativa sobre o líder do PSD.» Pobres idiotas.
28.6.10
O CURSO INCESSANTE

O mais relevante desta sondagem, se bem percebi de manhã, na rádio, não é o PSD ultrapassar, em intenções de voto, o PS ou o PC aparecer em terceiro. Essa será a ordem natural das coisas, com o CDS sempre subestimado nas ditas sondagens. Interessante mesmo é a taxa de rejeição do governo - mais de setenta por cento (mau e muito mau). E a noção - 51% - de que dificilmente outros fariam melhor. Isto é uma raça complicada de governar, já dizia, nos anos sessenta do século passado, Jorge Dias. Depois há outro "estudo", do inefável ISCTE, em que a raça aparece preocupada com o pouco que ganha e com o pouco que pode fazer com isso para além de comprar arroz e batatas. Mesmo assim, dizem, a raça é moderadamente feliz. No inferno em que tudo se tornou, semi-felizes é sinal de imoderada idiotia colectiva. Nada de surpreendente num povo irresponsável pastoreado por ilusionistas profissionais. Já não saímos disto, deste curso incessante do pior.
24.9.09
«WOW! WOW! WOW!»

Depois das "encomendas", as "descolagens" e os "disparos". Segundo "sondagens" - três - o PS "descolou" nas intenções de voto. Depois vêm os "especialistas" e percebe-se que os indecisos e tal... Bom. Estas "sondagens" servem sobretudo para balancear a relação do BE com os votos e, especialmente, a necessidade (patriótica) de "empurrar" o dr. Louçã para baixo. Uma delas, de um "estudo" para o outro, baixou em sete os pontos que dá ao Bloco. Nem todas as Alices do mundo conseguiriam "explicar" este país esquizofrénico e este misterioso jogo de espelhos. Porquê? Porque os livros de Carroll são para adultos. «Speak roughly to these little boys... - Wow! wow! wow!»
Adenda: Segundo Gabriel Silva: «@HenriquMonteiro no twitter: «Surpresa na Sondagem no Expresso: o Expresso amanhã não tem sondagem… Nem a SIC nem a RR.» Já sabia. Agora, quais Alices, adivinhem lá porquê...
Adenda: Segundo Gabriel Silva: «@HenriquMonteiro no twitter: «Surpresa na Sondagem no Expresso: o Expresso amanhã não tem sondagem… Nem a SIC nem a RR.» Já sabia. Agora, quais Alices, adivinhem lá porquê...
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23.9.09
THE QUESTION IS...

Recebi agora uma sms que reza assim: "sondagem amanhã marktest* dá 9 pontos de avanço ps - 40% títulos dão ps à beira da maioria.» Interpretem como se fossem palavras e não números porque, na "realidade", são palavras que são números. Como Humpty Dumpty. «When I use a word", Humpty Dumpty said, in rather a scornful tone, "it means just what I choose it to mean - neither more nor less." "The question is", said Alice, "whether you can make words mean so many different things." "The question is", said Humpty Dumpty, "which is to be master - that's all."
*respectivamente, 40, 31, 9,2 (Bloco), 8,6 (PP), 7,4 (PC)
*respectivamente, 40, 31, 9,2 (Bloco), 8,6 (PP), 7,4 (PC)
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7.9.09
CANSAÇO "TÉCNICO"

Finalmente uma "sondagem" para as legislativas. Depois dos equívocos e das vergonhas nas europeias, a principal conclusão desta sondagem é não haver propriamente conclusão alguma. O PS segue à frente, é certo, mas, pelo sim pelo não, deixa-se aos "indecisos" a decisão final. E a "margem" (dos "indecisos") daria, também eloquentemente, um "empate técnico". O outro jornal que a publica vai mais longe e titula que os ditos "indecisos" até podem "virar" o resultado. Estamos, pois, como estávamos ontem. Sem maiorias absolutas, com este absolutismo socialista em vigor em risco de nem sequer ficar minoritário (em 2005 obteve 45%...), com o Bloco menos "terceiro" e o dr. Portas mais "terceiro", etc. etc. O que a coisa sobretudo mostra é cansaço disto. Quem mais chatear, mais perde.
25.7.09
A ENTIDADE E O REGIME
Há dias foi divulgada num canal de televisão uma sondagem que dava António Costa cerca de nove pontos acima de Santana Lopes, em Lisboa. Hoje leio que «na manhã seguinte, [PSL pediu] a uma pessoa que trabalha [consigo] para ir logo à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, onde a Lei manda fazer o depósito prévio à divulgação pública de cada sondagem. Pediu para consultar e foi negado, com a resposta de que a ERC precisava de dois dias para analisar. Mas já fora divulgada na véspera, 45 minutos depois de entrar na ERC!... Como é isto possível?» É. E é como me elucidou um amigo por mail. «Não sei se reparou que a ERC agora recomenda à RTP que dê mais visibilidade ao PSD nos noticiários (vem no Público de hoje). (...). Agora, que se aproximam eleições e as sondagens não favorecem o partido do poder actual, já se preparam para formar uma nova maioria que agrade ao talvez próximo poder. Esta gente mete nojo.»
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18.7.09
A TENTAÇÃO DE PORTAS
«Não é proibindo sondagens durante as campanhas eleitorais, como propôs infantil e perigosamente o CDS-PP, que se resolve o problema.»
Eduardo Cintra Torres, Público
Eduardo Cintra Torres, Público
29.6.09
TENTAR PERCEBER

O Pedro Magalhães é dos raros politólogos que levo a sério. Primeiro, porque é a profissão dele. E tanto é que, lamentavelmente, escreve hoje o seu último artigo no Público para poder dedicar-se a um projecto de investigação sobre a qualidade da democracia. Em segundo lugar, porque, mais do que nos pretender conduzir ao seu moinho, o Pedro tenta perceber e procura explicar mesmo quando erra, como é próprio de quem caminha na floresta. Em certo sentido, o Pedro não tem agenda como têm os "politólogos" - na realidade gente de partido ou de facção e comentaristas de ocasião disfarçados de outra coisa - que diariamente invadem as redacções dos jornais e das televisões com o seu insuportável "achismo". «A verdade é que não há quase dia em que abra o jornal ou ligue a televisão sem encontrar politólogos, apresentados com tais, a pronunciarem-se sobre as últimas declarações do político x, as consequências da decisão y ou aquilo que irá acontecer se z. Por vezes, talvez mais do que, em retrospectiva, teria sido desejável, um deles era eu. Em parte, é compreensível. Com redacções encolhidas e a multiplicação dos estagiários, escrever um artigo "de fundo" com a ajuda de quatro telefonemas deve ser uma tentação irresistível. A busca da "imparcialidade" e da "objectividade" leva à procura de fontes que possam ser apresentadas como dispondo desses atributos. A pressão da actualidade faz com que aquilo que interessa aos jornalistas seja "prever" um evento concreto ou as suas consequências, matéria para a qual, sabemos de inúmeras situações passadas, os cientistas sociais não se encontram necessariamente mais capacitados que outra pessoa qualquer. E resistir as estas solicitações é igualmente difícil, na medida em pode parecer uma assunção de irrelevância daquilo que fazemos para os debates que interessam. Mas pergunto-me se não valerá a pena tentar resistir mais um bocadinho. O nosso "negócio" é simples: descrever o mundo político o melhor possível e procurar explicações plausíveis para que ele seja como é. Só isso já é bastante. Para pundits, creio, já bastam os que existem.» Volte sempre, Pedro.
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8.6.09
CONVÉM NÃO ESQUECER
«Total falta de vergonha da Eurosondagem, ao apresentar uma sondagem feita durante a semana anterior, procurando criar um facto político que pudesse diluir a derrota de José Sócrates.»
Tiago Mota Saraiva, 5dias
Adenda: A delicada mea culpa do Pedro Magalhães. O eleitorado é uma maçada, não é? O dr. Almeida Santos, a veneranda eminência que preside ao PS, pensa que sim. Fez questão de frisar que "o eleitorado não governa". Não admira que tivesse reduzido o presidido partido a uns miseráveis 23% em 1985. Apesar de tudo, o admirável líder sempre teve mais uns pontitos ontem à noite.
Tiago Mota Saraiva, 5dias
Adenda: A delicada mea culpa do Pedro Magalhães. O eleitorado é uma maçada, não é? O dr. Almeida Santos, a veneranda eminência que preside ao PS, pensa que sim. Fez questão de frisar que "o eleitorado não governa". Não admira que tivesse reduzido o presidido partido a uns miseráveis 23% em 1985. Apesar de tudo, o admirável líder sempre teve mais uns pontitos ontem à noite.
4.5.09
CARAS E RABOS

Despertei com a voz da fiel servidora - e "biógrafa" do "Menino de Ouro" - Maio, da Antena 1, a publicitar esta sondagem. Quase histérica, a senhora anunciava-me a "maioria" do PS (41%), "algum" crescimento do PSD e da sua líder em Abril e os "sensacionais" 12% do Bloco, os mais recentes amiguinhos do PS depois da passeata molhada de Vital Moreira por terrenos do seu velho partido. Também se admirou com os 2% do CDS - o que é isto? - e encerrou a peça com a palavra "maioria". Como é evidente, não há maioria alguma. Há o PS à frente na opinião dos inquiridos (nada de novo, portanto, e longe da maioria absoluta) com o admirável líder e o seu governo remetidos, nos detalhes, para posições humilhantes em relação a Cavaco, Louçã ou mesmo Jerónimo. Só ele e Portas descem. Na realidade, para 61% dos inquiridos, o governo é mesmo mau e muito mau. Como conclui o Pedro Magalhães, «a aproximação das eleições [está] agora a reconduzir eleitores aos principais partidos - especialmente ao PSD - , motivados, entre outras coisas, por considerações de natureza estratégica (ou seja, pelo "voto útil").» Talvez Sócrates, sendo primeiro-ministro, tenha cara de primeiro-ministro, como escrevia ontem Pulido Valente para gáudio da criadagem. Mas também tem rabos de palha. E eles começam a notar-se apesar das Eduardas Maio deste mundo.
7.4.09
A SONDAGEM DO SR. COSTA

O Eduardo Pitta é das raríssimas formas de vida inteligente que, na blogosfera, apoiam o "socratismo". Por isso, este post é interessante a dois títulos. Desde logo porque constata que as sondagens do sr. Rui Costa, militante do PS, "têm dias" tal como o Expresso que as publica os tem. De facto, ao cuidado em salientar «sob o nome e ao lado do retrato de Manuela Ferreira Leite» que «a líder do Partido Social Democrata continua numa queda vertiginosa e não há nada que inverta a tendência», não corresponde nenhum número ou percentagem concretas. Como bem pergunta o Eduardo, «o que é uma queda vertiginosa? No estudo anterior, a líder do PSD tinha 12,1% de saldo negativo. E agora, com a queda vertiginosa, tem o quê? Passou de doze para 25%? Ou para 50%? Em que ficamos? A ausência de números permite todas as especulações.» Permite. Mas é precisamente essa a "ideia" que preside ao exercício: queda vertiginosa sem inversão de marcha, ponto final e não se discute. Por outro lado, o PR e o 1º ministro perdem umas migalhas de "popularidade", mas têm direito a números e a percentagens bastamente positivas. Tal como Portas e Louçã. Depois, para não ser tão óbvia, a sondagem do sr. Costa "dá" ambos os maiores partidos a subir ligeiramente e a esquerda do PS (PC e Bloco) a descer. Não é, de facto, um "campeonato de popularidade". É mais um exercício intelectualmente deficitário típico de certa gente do regime e que, por entre a espuma das tretas habituais, passou despercebido sem um murmúrio de indignação. Não queiram é fazer de todos nós parvos.
Nota: Não tem nada a ver com isto mas vale a pena ler este "elitismo bacoco". Em que país é que esta gente vive? Na 5ª Avenida?
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15.6.07
UM PORTUGAL IRRESPONSÁVEL E MESQUINHO

Uma sondagem coloca o dr. Costa e aquele friso de bonzos que o acompanham - já há cartazes na rua com a carinha deles e delas - à frente, em Lisboa, sem maioria, seguido doutra candidatura "de estalo", a do dr. Negrão, que consegue a proeza de juntar nela o que havia de pior nas duas últimas do PSD. O "Zé faz falta" lá vem, muito institucional, muito manjerico, a seguir a Carmona, e Roseta "empata" com Ruben depois destes quatro do arco lisboeta. O sr. Telmo e a sra. D. Osíria, do PP, praticamente não existem e os restantes não contam. Provavelmente, o próximo executivo camarário será tão disfuncional e esquizofrénico como o que o antecedeu, apenas mudando as cores e a posição relativa de cada um. Costa terá à perna o "Zé", Roseta e Ruben - a menos que faça acordos, como deverá fazer, com algum deles para não o chatearem porque esta "esquerda" não é gente de palavra - e Carmona fica a fazer corpo presente. A ser assim, este resultado confirma o que Pulido Valente escreve no Público a propósito do "novo aeroporto" o qual, afinal, não é dissociável desta trapalhada em Lisboa: "revela um Portugal irresponsável e mesquinho, que não merece respeito ou inspira esperança."
Adenda: De facto, enquanto a "esquerda das liberdades" se ocupa com assuntos transcendentais como a bola e deixa passar os comboios na sua própria linha, que "moral" tem para a seguir vir passar atestados disto ou daquilo aos outros?
Adenda: De facto, enquanto a "esquerda das liberdades" se ocupa com assuntos transcendentais como a bola e deixa passar os comboios na sua própria linha, que "moral" tem para a seguir vir passar atestados disto ou daquilo aos outros?
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we are the world we are the children
26.1.07
SEGUIR EM FRENTE
Com a costumeira serenidade e seriedade, o Pedro Magalhães dá-me duas boas notícias sobre sondagens. A primeira, é que o pujante "sim" do dia 11 de Fevereiro - praticamente dado como a nova "união nacional" - declina ao mesmo tempo que as baboseiras proferidas em seu nome aumentam. A segunda, lá de fora, é que Sarkozy sobe nas sondagens francesas contra a fraude política representada pela Mme. Ségolène, uma proto-Blair sem a cabeça deste. Sigamos, pois, em frente.
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