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segunda-feira, 14 de julho de 2014

A MATANÇA EM GAZA FAZ PARTE DO NOVO MÉDIO ORIENTE


Sara A. Oliveira, Jerusalém, Martha Ladesic, Nova York, em Jornalistas Sem Fronteiras

A nova fase da intensificação da matança israelita em Gaza  “é pré-fabricada como todas as outras”, não resulta de qualquer acontecimento específico no terreno militar, corresponde a um conjunto de circunstâncias e objectivos que têm interligação com tudo o que está a acontecer no Médio Oriente, segundo as interpretações de numerosas fontes israelitas e palestinianas.
Existem muitas teses circulando na imprensa israelita que pretendem expor uma relação de causa e efeito própria para esta nova operação militar determinada pelo governo de Netanyahu, “mas quase todas elas escondem a leitura global que deve ser feita entre esta ofensiva e aspectos como a criação de um governo de unidade nacional na Palestina e as situações no Egipto, Síria, e Iraque”, segundo Benjamin Stern, professor israelita de ciências políticas.
“A crise entre Israel e Gaza é permanente, faz parte de um conflito por resolver e a sua existência permite criar picos de guerra conjugados com  objectivos estratégicos e acertos tácticos que vai sendo preciso fazer”, explica Stern. “É mais uma vez o que está a acontecer”, diz.
Para o professor Stern, “a crise está mal explicada desde o início através dos mistérios, contradições, omissões e acusações que envolvem o caso de três adolescentes israelitas sequestrados e que apareceram mortos três semanas depois na Cisjordânia, mas isso agora deixou de interessar: a atenção mediática, e logo da opinião pública nacional e internacional, foi transferida e focalizada para a componente militar da punição ao Hamas e correspondente impossibilidade de conviver e negociar com um governo que integra terroristas como os do Hamas”.