Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Móveis antigos não falam.
Quem fala sou eu,
ouvindo-lhes a voz secreta,
um murmúrio contínuo,
de muitos, do passado.
Lembram de tudo
e não contam.
Conto eu,
minha voz secreta,
meu murmúrio contínuo,
do presente.
5 comentários:
lembrei-me de Proust a dizer da memória das coisas e do corpo...
gostei muito!
abraço
Eliane,
esclarecendo sobre a enigmática Ana F., trata-se sim de um heterônimo. Quando comecei no blog era apenas um pseudônimo (sentia-me envergonhada de assumir minhas crias). Hoje, continuo com a Ana e com o mesmo tipo de escrita. Somos uma na outra...
Beijo
Eliane!
Belo poema, que revela o óbvio: "móveis antigos ão falam", mas que no sonho de poetas, eles falam, e tem memórias.
Amei seu poema!
Beijos
Mirze
Ao poeta, o silêncio, em qualquer tempo, e seja de que natureza for, - até o da morte -, diz absolutamente tudo. E o poeta dá-lhe sua voz; sopra-lhe vida. Vida! Esse poema é lindo, amiga.
Bjs e inté!
O eu-lirico e sua comunhão com o mundo que o cerca...o passado das coisas, o presente do ser....memória que se arquiva em gavetas...abertas, as poesias falam....
beijos
Carmem teresa Elias
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