Mostrar mensagens com a etiqueta A três. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta A três. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Mombassa - o programa #1

Como já tinha dito fomos de ferias ao Kenya. A prioridade era voar desde Luanda, para para os bilhetes em kwanzas e por exclusão de partes (mau tempo e condições políticas) a escolha acabou por ser o Kenya. Quando digo "acabou por ser" não por não querer conhecer o país, longe disso, mas havia sem dúvida outros prioritários. Sempre achei e acabei por confirmar, que o Kenya seria uma outra Tanzânia e por isso, tínhamos em mente outras paragens (Madagascar) mas ficaram para outros verões, em que espero, o país esteja mais calmo.
E assim, seguimos para umas férias os três, à semelhança dumas outras que fizemos em 2010 a dois ainda. Também na altura era época de grandes jogos de futebol. Nesse ano, vimos Portugal em a ser ganhar estrondosamente (7/0) em Cape Town e vimos Espanha a ser campeã do Mundo em Roma. Aliás vimos a luas das espanholas a mergulhar na Fontana de Trevi nessa noite! Este ano, fomos de férias como campeões e reconhecidos, até no Kenya, como tal.

O programa estava estabelecido: três dias na costa, em Diani Beach, Mombassa, dois dias de Safari no East Tsavo Park e quatro dias numa mini ilha ao largo da costa, a Chalé Island.
Começamos mal com aviões super atrasados e uma escala em Nairobi quase complicada.  Fica o aviso: quando voarem para o Kenya e tiverem um voo interno, saibam que a passagem de malas dum aeroporto para o outro, é feita pelos passageiros! À moda de Luanda :(

Ou seja, aterramos em Nairobi muito atrasados, num aeroporto grande (há imensos voos de ligação à Europa e à Ásia) com um trafego considerável, com muita segurança (militar) e poucas indicações e informações. Ao fim de algum tempo "perdidos" lá fomos tirar o "Visa" a correr (as filas eram medonhas, o que prova que não funciona muito bem)passando à frente de dezenas de pessoas e fomos informados que tínhamos de retirar a bagagem e mudar de aeroporto. Aiiiiiiiii! Mudar de aeroporto, que por acaso é do outro lado da imensa praça/rotunda, com três malas e uma criança de três anos num carrinho! Valha-nos nesta altura o belo Maclaren! Literalmente a correr feitos tolinhos e já com a língua de fora, chegamos ao outro aeroporto, para descobrir que "a onda é ter calma, porque tudo se resolve", e o avião para Mombassa estava também atrasado. O verdadeiro Wakuna Matata! 

Descansamos um bocado e aproveitamos para ver as noticias. A televisão alternava entre Nice e a Turquia a braços com um possível golpe de estado. É estranho o sentimento de estar longe de tudo, num pais desconhecido, numa sala de embarque estranha a ver estas noticias. Parece que o mundo não para de nos aterrorizar. Reconheci o hotel onde fizemos as primeiras férias a três em Nice nas imagens e custou-me. Custou-me saber que o medo se instala em sítios tão lindos e onde fui tão feliz.
E apesar da minha convicção ser de que temos de continuar a ir, a viajar e a não ter medo, estar no Kenya a ver estas imagens, fez-me logicamente pensar na nossa segurança.

Quando aterramos em Mombassa, o meu medo aumentou. Os acessos ao aeroporto (também por estarem em obras) são indescritíveis, mesmo para quem está muito habituada a África e ao menos bom deste continente. Penso mesmo que ao comum turista, aqueles 40km às duas da madrugada seriam motivo para um retorno a casa. A passagem para a costa sul de Mombassa(Diani Beach) é feita numa breve passagem de ferry. Ou seja, aqueles dez minutos foram a cereja no topo do bolo.  Àquela hora e depois de ter saído de casa há mais 28 horas (fizemos Porto-Lisboa-Luanda, e após uma ida a casa para trocar de malas, Luanda-Nairobi-Mombassa) ter de entrar num ferry para atravessar algo em que a iluminação e todo o envolvente deixa muito a desejar, fizeram-me seriamente pensar que estava louca, em ter escolhido o Kenya para viajar com o Guilherme.  Enfim, tudo correu lindamente e às três da manha estávamos deitados no quarto do primeiro hotel escolhido. O Guilherme dormia desde que entramos no carro, o que mais uma vez, veio comprovar a minha ideia, que é fácil viajar com crianças! Como a minha, claro!


















sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Semana de ferias #3 . o dia da festa

Estou cá há quatro dias e na minha cabeça (e alma) parece que não vou a casa há meses. O resto da semana passada, foi, (à semelhança do descrito nos posts anteriores) muito preenchida. Ver amigos, fazer compras (muito poucas) e sobretudo tratar da festa grande de sábado. Sábado, no dia em que pelas contas do Dr Boaventura Alves, ele deveria fazer dois anos, o Guilherme foi batizado. Alguém fervorosamente católico até poderia alegar um segundo nascimento neste dia 4 de Outubro, mas eu escolho pensar apenas em coincidências felizes da vida. Se a festa tivesse sido no ano passado, tinha sido a 29 de Setembro, um domingo, no dia do seu primeiro aniversario. 

Este ano, a marcação impôs-se a 4 de Outubro, dois anos depois da data marcada para a cesariana. Não há forma de não sorrir, nem de não lembrar de futuro este calendário que a vida me deu. Passei o ultimo mês a organizar esta festa. Queria uma festa perfeita. Uma festa informal, com duas fases distintas -batizado e festa de aniversario-, e com sabor a Porto. Assim como na sessão de fotografias do dia do aniversario, era importante para mim, que a festa fosse "tripeira" na alma. Vi e vi e tornei a ver todos os sítios possíveis na minha cidade. Mandei mails, liguei, pedi orçamentos e muitas vezes desesperei. Julgo que metade dos proprietários de espaços de eventos endoideceu, mas adiante. "Ele é a crise", mas ninguém cede!!! E perdeu-se muito da noção de preços, de valores e do que é, ou deveria ser uma festa de criança. Eu SÓ queria uma festa bonita. E com sabor a Porto, a  Douro. Uma festa com origem, berço, tradição e muitos balões! E assim foi a festa!!! Foi tudo o que imaginei.

Descobri em Junho, por indicação da fabulosa food blogger Teresa Rebelo, do Lume Brando, um espaço que na primeira visita (nas ferias de Julho), nos encheu as medidas. Uma Associação sem fins lucrativos, localizada no coração do meu Porto, que além de ter uma vista incrível, aparentava um excelente serviço. Digo aparentava, pois não provei nada. As fotografias da comida eram boas e a opinião da Teresa contou muito. O preço era agradável, mas acima de tudo o conceito era perfeito. A SAOM é uma associação que resumidamente ajuda as pessoas numa segunda oportunidade de vida, dando-lhes uma excelente formação ao nível da hotelaria e da cozinha. Presta ainda apoio a idosos e população sem abrigo na área do Porto antigo. Ou seja, nesta casa erguida e cima da Muralha Fernandina, além de se respirar Porto, ajuda-se as populações carenciadas do nosso casco antigo. Pareceu-nos que não podíamos esperar melhor e arriscamos, sem provar nada e a escolher tudo por fotografias. E não podíamos ter acertado mais! 

As escolhas foram perfeitas. O dia começou com a cerimônia do baptizado (sobre a qual escreverei mais tarde) na Igreja de São Baptista da Foz e seguimos para almoçar no Passeio das Virtudes, na Saom. Começava a festa!
Com a fabulosa decoração da designer gráfica e minha grande amiga Raquel Peão, e o apoio (no bolo e lembranças) da cake designer Francisca Neves o tema Safari Jungle Party foi um sucesso. Tive duvidas sobre escolher tema ou não. Não sou grande apreciadora de bonecos no geral, mas achei que uma festa de criança, precisava de ser "infantil". O Guilherme tinha de se identificar. E as gargalhadas dele ao ver os animais, nos primeiros testes de impressão, não me deixaram duvidas.

Tudo estava lindo, tudo estava saboroso e o Guilherme estava feliz! Estava tão feliz! Batia palmas, gritava, e o olhar dele e o seu sorriso quando viu o lançamento de balões foi e será para sempre inesquecível. Valeu cada minuto, cada esforço, cada desenho que se fez tentando que fosse um dia perfeito. E foi!

A festa era do Gui. Era para o Gui. Estiverem presentes quase todos os seus amigos, e tenho de reafirmar o quase. Faltaram amigos importantes, amigos#família, que a "crise" e as más condições de Portugal, o fizeram ganhar lá fora, lá longe. Mas estiverem muitos. (demasiados até quando penso nos gritos a correr por aquelas escadas!). Estiveram quase todos os que sempre fizeram parte da vida do Guilherme. E sempre vão fazer. Os sorrisos foram uma constante. Havia tatuagens de animais, riscos na roupa, bolas de sabão. As fotografias às centenas. As conversas tão boas, que o sol foi embora e os amigos teimavam em não ir embora. E o Guilherme sempre a sorrir. O balões, o vento levou-os com a promessa de entregar os desejos de quem nos rodeia.






domingo, 25 de agosto de 2013

Lagos a 3

E os próximos capítulos seguem por terras algarvias! Um ano após as fotos versão barriguda na praia D.Ana seguem fotos a três nas mesmas praias que fazem parte da minha vida desde sempre. Fazer com o Guilherme praia nestes sítios foi o melhor presente de Agosto. Não estávamos a contar com ferias este ano e muito menos conseguir vir uns dias até ao Algarve, mas os percalços das burocracias angolanas permitiram-nos passar o mês dos emigrantes (que somos!!) em Portugal e aproveitar o melhor sol que temos para oferecer. 
Permitiram que o Guilherme conhecesse as praias que eu conheço desde os 8 meses, ano após ano, e que tanto me agradam. Claro esta que praias na Tailândia, em Bali, ou em Zanzibar são outra louça, outra areia, outra agua, mas Lagos é Lagos. 
Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa como se diz. E uma não substitui a outra! 
Por este ano e uma vez que viagens intercontinentais não foram possíveis, (além das habituais obrigatórias) ficamos por cá. E a gostar muito!
Na ultima vez que cá estive estava muito gravida, muito feliz e com algumas (por acaso não eram muitas) duvidas. Nunca tive medo do parto, se calhar também porque nunca pensei muito nisso, e faz agora um ano, já tinha quase a certeza que seria cesariana. Acho que a minha gravidez (santa !!!) foi passada sem grandes pensamentos acerca da mesma. Foi um dia após o outro, indo e vendo e fazendo muita e boa praia! Acho que foi de longe o ano que fiz mais praia na minha vida. Em Março já fazia praia e assim continuei até à véspera da criatura nascer. Mas lembro-me de cá estar, na primeira versão de Lagos 2012, em Maio, sozinha na praia D.Ana, a pensar em como seria ter um filho. Isso era um dos meus medos. Não o parto em si, não as dores, não essas horas, mas o after! O criar, o estar 24 horas com ele, o ser responsável, o ele chorar e eu não saber o porquê.. Isso sim, fazia-me medo! Mas o Nuno dizia muitas vezes : se toda a gente consegue, nós também vamos conseguir".. E conseguimos! E foi muito mais fácil do que imaginei. Tudo, sem excepção. O parto (cesariana), a amamentação (da qual eu tinha medo), os primeiros dias, os primeiros meses! Tudo correu bem e passado um ano desde a ultima vez que estive em Lagos, voltamos. Voltamos a três, com um Guilherme feliz, que adora praia, agua e se ri para toda a gente. Voltamos pais e acho que melhores pessoas. Mais pacientes (eu tento!!) mais esforçados, mais responsáveis, com muitas mais preocupações mas muito, muito mais felizes!