segunda-feira, 30 de abril de 2018

Paris e um sonho

A 25 de Janeiro lembrava Angola.
Lembrava Luanda e a vida que lá tínhamos. A ultima vez que por aqui estive. A vontade de escrever era pouca e os motivos não me pareciam sequer válidos. Incertezas, duvidas, recomeços!

Quatro meses depois, dezenas de lembranças depois, um sonho concretizado. Um sonho pedido mil vezes e prometido outras tantas! Fomos à Disney :)
A Disney superou todas as expectativas que tinha. Eu, uma pouca admiradora de bonecos e diversões, fiquei maravilhada!
Ficamos no Hotel Santa Fé, o do tema Cars, a pedido do Gui. O hotel não é maravilhoso (uma espécie de Ibis) mas principalmente exteriormente, é muito bem conseguido! Parece realmente o deserto norte americano e os suas "routes". Fez as delicias do mais novo!
Quanto aos parques, tudo foi maravilhoso! Bom tempo, muito calor, um sol incrivel e um Mickey à nossa espera para o pequeno almoço fizeram as delicias da familia durante três belos dias.
Adoramos!





quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

25 Janeiro . Dia de Luanda

Há dez anos escrevia assim...... Há dez anos era feriado e percorríamos os primeiros kms por África, em direcção a Benguela! Há dez anos nascia uma paixão por um continente sem igual!


Parabéns Luanda!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

3 Janeiro 2008

Há dez anos atrás, fazia as malas para uma nova vida. Uma vida de casada, noutro país, noutro continente. Abraçava um desafio profissional diferente de tudo que tinha feito até essa data. Tudo mudou na minha vida, naquele dia 3 de Janeiro de 2008. Lembro-me que ia sem medo, feliz, embora deixando para trás todos e tudo. deixava para trás 30 anos de vida, amigos, os meus pais, um emprego. Mesmo nos piores dias, nunca me arrependi desta decisão. Mesmo nos dias que quis vir embora e deixar tudo para trás, nunca me arrependi de ter largado tudo e ter ido. Acho que é um exercício que todos deveriam fazer um dia...começar de novo. Hoje, em 2018, dez anos de "casada", e um filho depois, começo de novo, num país que nunca deixou de ser meu. Hoje, em 2018, peço e desejo-vos apenas saúde, pois com saúde, o começar de novo é sempre possível!

Feliz 2018

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Natal por cá 

“Dei por mim a pensar que um dia até posso ir embora, deixar de ser emigrante. Ficar a trabalhar e a viver em casa, feliz e junto aos meus. Mas estes dias, estas viagens, estes sentimentos vão certamente marcar-me para sempre e até deixar saudades. Estes dias fazem-nos crescer, fazem-nos dar valor ao que é nosso! 

Um dia certamente estas milhas vão acalmar. Mas nesse dia, vai haver um bocadinho de mim que se vai lembrar destes dias, da semana antes do Natal, dos voos com o pessoal de obra, a cantar e a ansiar a chegada a casa porque é Natal! “


Há dois anos escrevia assim. Escrevia do aeroporto de Luanda, contente por regressar a casa para o Natal. O dia em que as milhas acalmaram chegou. Há mais de um ano que não voo. Já não tenho o “ir e vir”. Já não tenho as duas casas, os dois países, já não tenho o “sou emigrante”. E exactamente como eu previa, há dois anos atrás, sinto falta dessa viagem. Sinto falta de muita coisa, é certo e já sabido, mas deste voo, desde ambiente de aeroporto em vésperas de Natal, sinto MUITA falta. Ainda ontem comentava um post de um conhecido, ainda por Luanda, sobre os atrasos dos aviões, sobre a sala de embarque, sobre as horas de espera em pé no controlo de passaporte. E comentava com saudade. Estamos bem, estamos muito melhor do que estávamos no ano passado, mas não consigo deixar de pensar nos Natais em que estava morena, em que vinha para uma temporada e depois partia para uma outra realidade, para um outro hemisfério, para uma outra vida. 

Por agora, por cá, estamos no frio e assim continuaremos. Não há praia mas haverá neve, e matar-se-ão saudades dos que ainda são emigrantes lá longe. 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

[ 40 ] 

14 600 dias até ao dia de hoje. Hoje foi um dia bom. Recebi mensagens boas, telefonemas de quem está longe e me faz falta. Lembrei-me dos planos que tinha feito para os festejar. E mais uma vez, com toda a certeza que o mundo me pode dar (e me deu) recordei que a vida nos troca os planos demasiadas vezes. 

terça-feira, 21 de novembro de 2017

40 anos. 40 anos inteirinhos vividos. Um filho, dois continentes, dois países entranhados. Uma vida com momentos muito bons, e alguns difíceis. Mas também há quem diga que só assim conseguimos apreciar o lado cor-de-rosa. Um dia passado com o que é importante para mim. Os anos passam e cada vez há menos coisas importantes. Isso é talvez a maior certeza que tenho hoje. Muito mais calma, mas apesar disso, muito menos tolerante. Mais sofrida, mais medrosa, muito mais ansiosa. Muito mais racional. Com saudade de mergulhar no mar quente, a ouvir as gargalhadas do meu filho, numa altura em que não pensava tanto. A relembrar junto ao mar, com o meu filho, o que é fazer anos em Novembro. A ler as mensagens e a pensar em quem tenho junto de mim. E em quem me faz falta, me faz mesmo muita falta. 

Mais velha. Mas acima de tudo a pensar em quanto estou grata por estar aqui. Obrigada! E venha mais anos, para tentar aproveitar cada dia o mais plenamente possível.