Mostrar mensagens com a etiqueta areal. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta areal. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Barco em terra

 
 
 
 
 
Barco deixado na areia deserta sem âncora nem velas para navegar.
Ali, só, triste sem timoneiro que o guie e trace o rumo é pouso de gaivotas,alvo das pedras da garotada que vem brincar no fim do dia.
Tomara já a maré grande que o irá libertar daquela prisão sem grades nem cadeados. Prisioneiro dos raios do sol, enfeitiçado pela lua cheia resta-lhe a esperança de que o mar lhe devolverá a sua verdadeira identidade, pois um barco para ser barco tem que estar a navegar, tem que ter mestre e leme e ancora para fundear.
Precisa saber o Norte para partir na busca de novas terras, novos portos, novas gentes.
Irá ver outros céus, nuvens brancas ou cinzentas ou vermelhas de emoção ao pôr-do-sol, alaranjadas com o alvorecer. Poderá cavalgar nas vagas que os ventos irão formar.
Quer ver baleias e tubarões cortando o verde oceano. Quer tornar a ver o mar prateado cheio de peixes para pescar.
Dentro de água é invencível, nada o assustará.
Tomara já a maré grande que o irá libertar.
 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Nada encontrei




                                  



Num dia longo, sem fim, caminhei praia fora, enterrei os pés na areia, refresquei-os na água fria.
Procurei, chamei, mas só as ondas me respondiam no sossego daquela praia.
Andei. Fugia de mim para te encontrar.
O vento varreu as lembranças, os sonhos, as esperanças.
No deserto areal por onde passei nada deixei.
Nada encontrei.