Mostrar mensagens com a etiqueta Vídeo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vídeo. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Ilustrações em directo











Ao longo dos últimos meses fiz alguns directos na minha página Facebook, onde fiz "ao vivo e a cores" algumas ilustrações do meu próximo livro, que será a continuação de "Ter uma irmã é...", escrito pela Lara Xavier e editado pela Booksmile.

E porque é que fiz eu isto?

Porque acredito que na era do deslumbramento tecnológico e das redes sociais (que nos estão a tornar, ironicamente e de forma subtil, em seres patológicamente sós e perigosamente alienados), onde tudo nos aparece à frente de forma instantânea e descartável, precisamos mais do que nunca de ver alguém sujar as mãos num qualquer acto criativo. Já o disse e repito... acredito profundamente de que a criatividade e a arte podem de facto salvar este mundo insano em que vivemos.

É profundamente inspirador ver alguém a criar algo, seja pintura, escultura, música ou um delicioso prato gourmet. Poucas coisas me dão mais prazer do que ver um artista em plena actividade criadora, no meio do caos dos seus materiais de eleição, à mercê das suas intempéries e demónios interiores, de olhos semicerrados que vislumbram um universo só dele.

Foi exactamente isso que eu quis vos oferecer... um pequeno vislumbre do que são muitos dos meus dias. Tudo isto foi feito sem rede, e sem um posterior trabalho de edição de vídeo... perdoem-me por isso o seu carácter tosco e cheio de momentos em que parece nada estar a acontece. Acreditem em mim... apenas "parece" que nada está a acontecer.

Disse Picasso que a inspiração existe, mas que tem de se cruzar connosco enquanto estamos a trabalhar. Penso que será unânime que Picasso sabia umas coisas. 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

"A Selva" de Ferreira de Castro



Ilustração concebida ao vivo e sem rede em homenagem ao escritor Ferreira de Castro e ao seu livro "A Selva", no âmbito da Fase Distrital de Aveiro da 10º Edição do Concurso Nacional de Leitura. Foi realizada sobre uma tela de 1.20 x 1.20m forrada a pano cru, com os seguintes materiais

Infusão de açafrão em álcool
Infusão de colorau em álcool
Vinho reduzido
Jeropiga reduzida
Café
Carvão
Lapis de cera
Acrilico branco
Cola branca

An illustration painted alive, in honor of the writer Ferreira de Castro and his book "The Jungle", within the Aveiro District Phase 10th Edition of the National Reading Competition.
Was performed in mixed technique on 1.20x1.20m canvas, using the following materials:


saffron infusion in alcohol
Paprika infusion in alcohol
Reduced wine
Reropiga reduced
Coffee
Charcoal
Crayon
Acrylic white
White glue

Professor Galindro (e não, não curo maus olhados)




No passado dia 23 de Abril (eu sei, eu sei... foi quase há dois meses... eu sou pecador e tu vais tramar-me, não vais Deus?) dei início a um novo desafio enquanto ilustrador... dar aulas. O convite veio da parte do professor Luís Falcão, da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx), e o âmbito seria o módulo de Ilustração e Tecnologias da Imagem e do Som da Pós-Graduação em Animação de Histórias. No total, foram apenas 10 horas distribuídas por 3 sessões aos sábados, mas para mim serviu perfeitamente como caso de estudo para conhecer o outro lado de lá, o de quem vai transmitir conhecimento e informação... a mais nobre das profissões.

Entre as várias matérias que foram abordadas (história de ilustração, princípios básicos da composição, etc) reservei um tempo para fazer uma ilustração ao vivo, para desse modo estimular o desenho, a imaginação e a máxima liberdade na escolha dos materiais de desenho (que basicamente é tudo aquilo que deixa uma marca sobre uma qualquer superfície. Este foi o resultado.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Make Lego, not war!





Desde o início do ano que estou em casa, de baixa, devido ao susto que a minha vida decidiu pregar-me. Sempre vivi a 100 à hora, por vezes até à velocidade da luz, que é a velocidade do pensamento. E eu penso muito, demais até.

"Na minha cabeça cabem muitas coisas!", disse o meu filho João do alto dos seus poucos centímetros de altura, quando tinha mais ou menos 3 anos. Coitado, sai ao pai... nem sabe onde se meteu. 

E é exactamente esta minha tendência para as tempestades eléctricas cerebrais que têm tornado este período de convalescença tão difícil de ultrapassar. Estava habituado a viver no 80, agora passei para o 8. Devia aprender a viver no 44... o meio termo que aumenta as possibilidades de virmos a conhecer o 8 deitado -  - mais tarde. Mas não sou assim... sempre saltitei entre o preto e o branco, entre a luz e a escuridão, entre o cima e o baixo tão apaixonadamente como me foi possível, e isso é bom por vezes, outras uma maldição. Agora vivo no cinzento. Há dois meses. Vivo na ironia de nunca ter tido tanto tempo livre como tenho e de nunca conseguir conseguir fazer tão pouco como agora faço. Estou a ilustrar um livro, com a velocidade que a actual aridez criativa me permite. Tenho-me dedicado à culinária, actividade que sinto jamais fará parte do meu curriculum, no capítulo das actividades que domino. Sou mais um seguidor de receitas, que depois as adultera q.b. Tenho mais tempo para estar com os miúdos, tarefa que me dá um enorme prazer mas cujas constantes batalhas campais testosterónicas nem sempre me permitem a paz de espírito monástica que os médicos me condenaram quando tive alta do hospital. E depois há o frigorífico e a televisão. Houve mesmo um dia que dei por mim a assistir a um programa de manhã, daqueles que segundo consta têm como público alvo os idosos... "10 maneiras de usar o aparelho de frisar cabelo" era o nome da rubrica. E eu que tenho um crânio mais liso que uma bola de bilhar.

Céus!

E depois? depois há a minha cabeça que não pára de pensar. De criar cenários. De querer voar. De querer viajar mesmo sem sair o lugar. E o medo de que nada volte a ser como dantes.
E depois há o corpo que pede para correr, mas não pode. Pede para deslizar, mas não pode. Pede para saltar, mas está proibido. Durante este período, descobri da pior forma que sou viciado em drogas... endorfinas para ser mais exacto. As tais que nascem do exercício físico, que dão uma enorme sensação de bem-estar e que ainda por cima são grátis. E agora, parado, imóvel, vejo-me privado das minhas doses semanais. Até hoje, não imaginava que os sintomas de privação pudessem ser tão intensos, e ter tantas consequências, especialmente ao nível emocional.

A minha família e os amigos preocupam-se comigo. Não gostam de me ver assim, triste, cabisbaixo, pardacento. E eu faço de tudo para me manter na luz, afastado da sombra que um eclipse de mim mesmo pode produzir.

Mas por vezes é tão difícil.

Talvez por isso a Natalina e os meu filhos tenham decidido ajudar-me a cumprir um sonho antigo. Sempre quis ter uma volkswagen pão-de-forma. Podia ser de qualquer cor... azul-cueca, amarela ou beje. Com cortinas com flores havaianas, cama e cozinha incluídas. Há uns anos atrás, quando necessitámos de trocar de carro, chegámos mesmo a ponderar adquirir esta viatura icónica. Viatura não, estilo de vida. Mas a razão sobrepôs-se à emoção, e optámos pelo conforto moderno. Ainda hoje não sei se foi uma boa opção.
Pois bem... agora tenho uma. Linda. Vermelha e branca. Daquelas que até os vidros da frente rebatem. E não gasta nada. Só tem um senão... é do exacto tamanho de um pão-de-forma. Tem 1332 peças, e demorou alguns dias a construir. Mas deu-me um gozo do caraças, a mim e aos meus filhos porque estas coisas sabem melhor quando partilhadas. E a minha cabeça pôde finalmente descansar um pouco.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Parabéns Booktailors


A Booktailors - Consultores Editoriais, actualmente desdobrada na Bookoffice no que ao agenciamento de autores diz respeito, fez 5 anos. A minha parceria com esta empresa começou mais ou menos há 2 anos, um momento que representou para mim um ponto de viragem. Ao me prestarem um serviço de agenciamento, Booktailors / Bookoffice, e muito especialmente o Paulo Ferreira - que por vezes suspeito que vai buscar a sua energia a um reactor nuclear escondido algures num dos seu bolsos - trouxeram para o meu percurso profissional um dinamismo que me fazia muita falta, ainda para mais atendendo à vida dupla que levo entre a arquitectura e a ilustração, que me rouba muita disponibilidade para assuntos tão importantes como a promoção do meu trabalho, questões de carácter administrativo / contratual e reuniões com as editoras. E se tal ainda não bastasse, desenvolvi com eles uma relação de amizade, o que é sempre o mais importante de tudo.

Infelizmente, a festa, que aconteceu na Voz do Operário na passada sexta - Feira, coincidiu com a minha ida para São João da Madeira, para participar no 5º Encontro Nacional de Ilustradores. Não quis no entanto deixar de estar presente, ainda que de uma forma virtual a pixelada. Este foi o pequeno vídeo que produzi especialmente para o evento, e que foi projectado durante a festa.
É óbvio o meu fascínio pelo cinema mudo. Já o tinha feito aqui, mas a experiência foi tão fixe que decidi fazê-lo novamente. Perdoem-me por isso a possível sensação de déjà vu.



quarta-feira, 29 de junho de 2011

E por falar em nadar...


E por falar em nadar... o blockbuster mais esperado deste Verão. Não perca, num cinema perto de si.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Verdadeiramente inspirador... obrigatório ver!




Verdadeiramente inspirador. Na verdade, uma das coisas mais inspiradoras que cruzou a minha vida nos últimos tempos, de uma das poucas pessoas que admiro... Steve Jobs, o senhor Apple.


Obrigado, David Pires, pela partilha deste Mantra. És um amigão.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Suspenso do Céu


Suspenso do Céu from Paulo Galindro on Vimeo.

Esta é a minha primeira música... totalmente composta e tocada por mim num teclado M-Audio Axiom 49 e o software Ableton Live. É um sonho tornado realidade e que espero repetir. Só tenho pena de não perceber absolutamente nada de linguagem musical. Consequentemente, tudo isto foi feito utilizando apenas o amor que tenho por esta forma de expressão e pelas incontáveis horas que passei, passo e passarei a ouvi-la.
Quanto ao filme, foi feito a partir de vídeos captados especialmente para o efeito com o meu telemóvel. A escolha deste meio com manifesta pouca qualidade de imagem permitiu-me alcançar exactamente aquilo que pretendia: espontaneidade, rugosidade, contemplação e uma estética Lo-Fi.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...