domingo, 2 de fevereiro de 2014

Mirones do Mau Tempo.

 
Passa-se algo na cabeça das pessoas. Algo que não entendo pois vai contra tudo o que nos dizem as regras e o nosso instinto de sobrevivência. As autoridades e a comunicação social avisam sobre possíveis perigos que podem ocorrer na orla marítima e os cabeças pensantes deslocam-se exactamente para o local e hora para onde não se deveriam dirigir, a costa junto ao mar. Sou eu que estou mal ao não me deslocar para um local de perigo conforme é pedido? ou a população é determinantemente burrinha???
 
É vê-los nos seus fatos de domingo todos contentes a apontar para as ondas, acompanhados por crianças e bebés, a tirar fotografias, a fazer caretas, e dando as suas perspicazes sentenças de doutor ou engenheiro.
 
Acordem!!! Se o mar tantas vezes traiçoeiro aparecer, como por vezes acontece, levando e destruindo tudo, como por vezes faz a toneladas de betão que mais parecem pedaços de plástico, não vão ter hipótese. Simplesmente desaparecem.
 
Depois os que sobreviverem vão culpar o estado porque ninguém colocou placas e avisos a sinalizar que o mar poderia chegar aos excelentes lugares que arranjaram.
 
O que aprendi com isto tudo? Por vezes mais vale manter a população na ignorância.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Guerra Civil Portuguesa.

(Forte da Luz - Peniche)
 
A guerra civil portuguesa fez de Peniche um ponto militar importante. No ano de 1833 os liberais apoiados pelo Reino Unido, voluntários belgas e Franceses detinham a posse da praça forte.
É nestas condições que se encontra em Peniche um batalhão de franceses, os quais não eram propriamente uma tropa disciplinada. O juiz de fora da comarca de Peniche acaba por queixar-se dos actos franceses em Peniche, designadamente roubos e desordens, comunicando com o Batalhão de Peniche sobre tais actos, os quais são comunicados de imediato com o Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra.
 
Não sabemos o que aconteceu, mas ficamos a saber que a sua estadia não foi pacífica para as gentes de Peniche.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Atoninhas.

 
 
 
Neto!!! tenho aqui atoninha para o jantar. Dizia o meu avô.
Palavra essa que me fazia deliciar o paladar. Até hoje uma das melhores carnes que já provei.
 
Mas... na minha inocência nunca me passou pela cabeça que aquele petisco chamado de atoninha fosse sim golfinho, aquele animal que provoca sentimento completamente divergente de alimentação. A partir do momento que assimilei nunca mais toquei nesse tipo de carne. Naquela altura a juntar a esta minha decisão, entra em vigor a decisão do estado português sobre proibição de captura de cetáceos.
 
Mas esta situação ainda não se encontra completamente acatada por todos e muito raramente acontece, mas por vezes ainda dão à costa pequenas tiras de pele de golfinho, verificando-se que o mesmo foi esquartejado. O cetáceo acima fotografado deu à costa junto à Papoa, no fim deste verão, verificando-se que o mesmo foi cortado na zona abdominal e numa das suas barbatanas. Infelizmente estes mamíferos competem com os pescadores para obter sustento e ficam por vezes presos nas redes.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Praça Forte de Peniche.

(Liberais)
 

 
(Miguelistas)
 
 Peniche como praça forte do reino de Portugal tinha elevada importância. No ano de 1833 decorria a guerra civil portuguesa que colocava liberais contra miguelistas. Os liberais eram ajudados por forças estrangeiras e os miguelistas por forças espanholas até 1833.
 
A praça de Peniche contava com um total de 440 militares. Basta pensar que grande parte de Peniche era constituida por militares para tentar perceber o ambiente que aqui se vivia. Entre estes 84 eram franceses, 3 eram majores, havia 1 cirurgiao-mor, 31 sargentos.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014