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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Domínio Público Marítimo.

(Nau dos Corvos e Cabo Carvoeiro - Peniche)

A maioria da população desconhece mas a lei portuguesa protege a costa portuguesa ou pelo menos o tenta fazer contra poderes muitas vezes instalados localmente e nacionalmente. A lei existe à muitos anos e basicamente refere que toda a orla costeira até à linha dos 50 metros a partir da maior maré dos últimos 50 anos pertence ao estado (povo português). Este pedaço de terra é gerido pela atual Agência do Ambiente tendo como apoio as Capitanias dos Portos e Comandos Locais da Polícia Marítima.

Existem excepções, nomeadamente quando um proprietário do terreno consegue comprovar que o mesmo é propriedade particular desde o século XIX, tendo estes até ao ano corrente para dar início ao processo de delimitação. Outra das situações que este tipo de terreno tem dos que se encontram para lá dos 50 metros é que o mesmo não pode ser adquirido por usucapião, logo embora o mesmo possa estar ocupado à anos por qualquer indivíduo e mesmo registado nas finanças este não o pode reclamar como seu. Outras das situações que não estão incluídas são as áreas que se encontram sobre administração portuária, o que acontece em parte da península de Peniche, tendo levado muita gente a construir casas em terrenos que são de todos os portugueses sem pagarem um tostão e reclamando hoje como suas. Mais uma vez quem prevarica é quem lucra, conseguindo um benefício particular em detrimento do bem público.

Porque é que o meu avô era cumpridor da lei, ao invés de ocupar terreno pagou todos os meses uma renda... e não deixou nada...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Bandeira de Registo na Capitania no sec. XIX.


 
Em 1849 com a necessidade de identificar os navios para proveito do comércio e identificação dos navios quando navegavam junto à costa e entrada das barras é implementado a identificação dos mesmos através de bandeiras colocadas nos mastros. Nas bandeiras constavam a letra designativa do Porto de Registo e um número unico correspondente ao seu nome. Esta bandeira era de cor branca com 4 palmos de altura e 8 palmos de comprimento, podendo ser maior desde que pagassem 200 reis por cada palmo quadrado a mais.
 
Naquela altura os principais portos portugueses teriam as inscrições a vermelho. Eram os casos de Viana do Castelo, Porto, Figueira da Foz, Lisboa, Setubal, Faro, Açores e Madeira. Os portos menores, tais como Caminha, Esposende e Fão, Povoa, Vila do Conde, Aveiro, Pederneira, Peniche, Ericeira, etc., as inscrições eram pretas.
 
Ainda as embarcações com registo da Figueira e a norte desta teriam na bandeira uma tarja preta e com registo a sul seriam todas brancas.
 
Designação dos Portos
 
Caminha - A
Vianna - B
Esposende e Fão - C
Povoa - D
Villa do Conde - E
Porto - F
Aveiro - G
Figueira - H
Pederneira - I
Peniche - J
Ericeira - K
Lisboa - L
Cezimbra - M
Setubal - N
Santiago de Cacém - O
Sines - P
Odemira - Q
Sagres - R
Lagos - S
Villa Nova de Portimão - T
Villa Real de Santo António - U
Faro - V
Tavira - W
Castro Marim - X
S. Miguel - Y
Terceira - Z
Madeira - (Delta)