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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Máscaras

Cena do filme "Wacthmen" de Zack Snyder

Eu vejo as faces borradas
De maquiagem 
Eu vejo as luzes da cerimônia 
Enquanto a escureza borda minha mente 
Eu ouço estrondos e gargalhadas
Sonorizando a falta de palavras
Eu ouço frases protocolares
Evocando um passado em cinzas

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Realista Euforia

Cena do filme "Ela" de Spike Jonze

Eu já colecionei paixões
Já vivi bem longe do chão
Idealizando homéricas ilusões
Esperando o mundo na mão 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Uma Semana

15/06/2020

Nesse ínfimo espaço de tempo
Nessa fagulha instantânea
Blinde-se, blinde-se
Das explosões, das poluições, do tédio, do vazio, do desejo, do viril
Do que lhe parte a alma
Em cacos invisíveis
Porém afiados

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

PÊNDULO

A ausência do sentir
A saudade que oscila
[Uma hora quente
Outra gélida]
Pendula em mim
Entre a gratidão
E o vazio.

Por Vitor Costa

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Mais um, Menos um

Cena do filme "Lost in Translation" de Sofia Coppola

Sou mais um na multidão
Sou menos um na colisão
De corpos, veículos e estrelas

sexta-feira, 30 de março de 2018

quarta-feira, 1 de março de 2017

Universo Particular

Cena do filme "Mesmo Se Nada Der Certo" de John Carney

Pelas entranhas congeladas dos metrôs de São Paulo, um jovem casal, na faixa dos 25 anos, observa a estrondosa correnteza de pessoas, a maioria constituída de adolescentes com garrafas de vodca nas mãos, exibindo os corpos em transe e a selvageria dos primatas.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Dualidade

Cena da série "Mr. Robot" de Sam Esmail

Eu vou perder o pingo que me resta
Do véu da sanidade
Do comportamento esperado
Desesperado

sábado, 27 de agosto de 2016

Vício de Linguagem

Cena do filme "Adaptação" de Spike Jonze

No fundo do copo vazio, enxergava-se resignado. Mais uma noite inútil rodeado por hipócritas suicidas. Mas o que, de fato, pensava?

O bar de paredes desbotadas, de ambiente decadente com o velho pagode de cachaça, dos esqueléticos corpos movidos a álcool, seus amigos invisíveis e fiéis. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A Volta de Quem não Foi

Cena do filme "Hora de Voltar" de Zach Braff
Desinteresso
Amanheço
Adormeço
Descontente fico
Não fujo
Permaneço inquieto
Na expectativa 
De um progresso

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Primeiro Passo

Cena do filme "Shame" de Steve McQueen

Nunca é fácil admitir um vício, o orgulho se encolhe e o peito se abre, feito um porão de segredos que pareciam inofensivos. É deveras amargo admitir que você enganou a si mesmo e que não há mais desculpas.  

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

White Christmas

Cena da série "Black Mirror" de Charlie Brooker

Tem gente que passa o Natal sozinha, debaixo de pontes, nas ruas nuas. Sob a luz dos enfeites luminosos, há gente que passa fome e nunca teve uma ceia.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Desintoxicação

Cena do filme "Bicho de Sete Cabeças" de Laís Bodanzky

Vou me desintoxicar do mundo ativo
De tudo o que é vivo
De ter que acordar em mim

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

1999

Não fazia ideia de que no ano em que completei 9 anos, Hollywood teria um dos mais criativos e memoráveis períodos da sua história, com filmes que se tornaram marcos indeléveis para o cinema, como Matrix, Beleza Americana, O Sexto Sentido, Clube da Luta, À Espera de um Milagre, Magnólia, entre outros. Porém, minha proposta não é discorrer acerca dos filmes mais famosos, mas, enfatizar que, além dessas obras de arte, 1999 reservou uma gama de excelentes filmes norte-americanos desconhecidos do grande público e que abrilhantaram mais ainda esse ano único para a sétima arte.

Aqui destacarei 5 deles:

domingo, 27 de setembro de 2015

Esfinge

Cena do filme "O Samurai" de Jean Pierre-Melville

Está tarde e os meus pensamentos mal conseguem se ordenar. Encontro uma caneta e tento me concentrar. Anote algo para não ser esquecido... E esqueço. 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

É difícil ficar zangada quando há tanta beleza no mundo

Cena do filme "O Profissional" de Luc Besson

Ela acredita na beleza, na sutileza de uma flor discreta. Ela respira amor e isola a dor para outras avenidas. Não há o que se preocupar, pois a vida é uma brincadeira que insistimos em brutalizar.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Eu não me importo se vai doer

Cena do filme "Beleza Americana" de Sam Mendes

Somos o mesmo osso que se parte
Somos o mesmo sangue que escorre
Somos a mesma carne que apodrece
Somos essa fagulha de tempo

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Não Fui Eu!

Cena do filme "Eles Vivem" de John Carpenter

Durante essa breve estadia no "nosso" planeta, desenvolvemos os hábitos extremamente saudáveis da incomunicabilidade e da negação. Nega-se o que não se compreende, omite-se o que é inconveniente. O ser humano é assim, sempre coerente.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Orlas do Niilismo

Cena da série "True Detective" de Nic Pizzolatto

Aviso: cuidado para não caírem no abismo, ele possui uma profundidade imensa e, uma vez lá dentro, é quase impossível sair. Aconselho a permanecerem na borda. 

E se perdêssemos o sentido de tudo? E se soubéssemos que nada vale a pena? Por que fazemos o que fazemos? E se todas as dúvidas existenciais fossem apenas um alívio para buscar significado onde não existe nada? Para que acordamos todos os dias? Seria o ser humano um animal pretensioso que, apenas, tenta justificar a sua existência e a sua importância com teorias absurdas? Somos mais relevantes que os pernilongos que matamos? O mundo seria um lugar melhor sem nós? Denominamos sentimentos que já existiam muito antes de nós? Somos um mero acidente? A vida é apenas um sonho com um significado distorcido, com o desejo de ser 'alguém'? Por que o nosso pós-morte seria diferente do pós-morte de um cachorro na rua?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Metrópole

Cena do filme "Drive" de Nicolas Winding Refn

Ando pelas ruas e só vejo solidão, passos que não se cruzam, cabeças inclinadas, conectadas a um mundo intocável. Nem o congestionamento congelado, as buzinas incessantes, a fumaça que paira sobre os prédios, o fétido odor do esgoto me desviam o foco dos rios de gente.