Mostrar mensagens com a etiqueta Robert Morris. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Robert Morris. Mostrar todas as mensagens

01 janeiro, 2012

2012






Morris, Robert
blind time VI, moral void
(2000)



"Não existe, portanto, um nível definitivo de dignidade mas sim um progresso que, historicamente, se manifestou no reconhecimento dos direitos. Uma ética constituinte acolhê-los-á sem dúvida, mas mudando-lhes o sentido, porque os considerará compromissos e não leis físicas, ideias de um Eldorado inexistente. Ao clarificar as implicações desta expansão da justiça depararemos com uma surpresa. Pelo menos foi-o para mim. A ideia de justiça não me parece criadora. Na origem de todos os grandes avanços sociais houve sempre alguém que foi além da justiça. Que se esforçou mais do que lhe cabia. A expansão do universo da dignidade provém de um entusiasmo criador de valores, a que chamaria amor se esta palavra não estivesse absolutamente inutilizada para todo o discurso coerente. Este sentimento aparece como grande criador de valores éticos. Pertence ao momento inventivo da ética, que depois terá de ser corroborado e justificado pelos procedimentos racionais."
José Antonio Marina, Ética para Náufragos, Ed. Caminho 170

O que eu queria mesmo é que 2012 fosse o ano da ética ou mesmo das éticas [dada a complexidade do mundo e de acordo com a co-existência humana e desde que não se caia naquele relativismo em que mais vale assumir que vale tudo e ao valer tudo é o mesmo que não valer nada e o mais forte é que acaba por valer] .... mas eu sei que é pedir muito e tal...

Um ano bom, caríssimos vizinhos da blogosfera: :)))